O verdadeiro cristão não desejará entrar em nenhum lugar de diversão nem se entregar a nenhum entretenimento sobre que não possa pedir a bênção divina. Não será encontrado no teatro, e nos salões de jogos. Não se unirá aos alegres valsistas, nem contemporizará com nenhum outro enfeitiçante prazer que lhe venha banir a Cristo do espírito.
Aos que intercedem por essas distrações, respondemos: Não podemos com elas condescender em nome de Jesus de Nazaré. A bênção de Deus não seria invocada sobre a hora passada no teatro ou na dança. Cristão algum desejaria encontrar a morte em tal lugar. Nenhum quereria ser encontrado aí, quando Cristo viesse.
Quando chegarmos à hora final, e nos acharmos face a face com o registro de nossa vida, acaso lamentaremos haver assistido a tão poucas festas? Ter tão poucas vezes participado de cenas de precipitada alegria? Não haveremos antes de chorar amargamente o ter gasto tantas horas preciosas na satisfação egoísta - negligenciado tantas oportunidades que, devidamente aproveitadas nos haveriam garantido tesouros imortais?
Tem-se tornado costume que os que professam religião, desculpem quase toda perniciosa condescendência a que o coração se acha ligado. Pela familiaridade com o pecado, tornam-se cegos à sua enormidade. Muitos que pretendem ser filhos de Deus buscam passar um verniz sobre os pecados que Sua Palavra condena, procurando ajuntar algum desígnio de caridade da igreja e suas ímpias festas de bebedeiras.
Tomam assim emprestadas as vestes do Céu para com elas servir ao diabo. Pessoas são iludidas, corrompidas e perdidas para a virtude por esses desperdícios ao sabor da moda.
No Caminho da Dissipação
Em muitas famílias religiosas a dança e o jogo de cartas são usados como brincadeiras de salão. Alegam que são entretenimentos sossegados, domésticos, que podem ser com segurança usados sob as vistas paternas. Mas cultiva-se assim o gosto por esses prazeres, e o que era considerado inofensivo em casa não será por muito tempo olhado como perigoso lá fora. Resta ainda ver se há algum bem a colher desses divertimentos. Não dão vigor ao corpo nem repouso à mente. Não implantam no coração um sentimento virtuoso ou santo. Ao contrário, destroem todo gosto pelos pensamentos sérios e pelos cultos. É verdade que existe vasta diferença entre a melhor classe de seletas festinhas e os promíscuos e degradantes ajuntamentos do baixo salão de baile. Todavia, são todos passos no caminho da dissipação.
O divertimento da dança, segundo é orientado em nossos dias, é uma escola de depravação, uma terrível maldição para a sociedade. Pudessem ser reunidos todos quantos, em nossas grandes cidades, são anualmente arruinados por este meio, e que histórias se ouviriam de vidas destruídas! Quantos, dos que estão agora prontos a defender este costume, se encheriam de angústia e pasmo ante seus frutos! Como podem pais professamente cristãos consentir em colocar seus filhos no caminho das tentações, assistindo com eles a tais cenas de festividade?
Como podem rapazes e moças trocar sua salvação por esse envolvente prazer? Review and Herald, 28 de fevereiro de 1882.
O Perigo das Diversões
O amor aos prazeres é um dos mais perigosos, porque é uma das mais sutis dentre as muitas tentações que assaltam as crianças e os jovens nas cidades. Os feriados são numerosos; os jogos e as corridas de cavalos atraem milhares de pessoas, e o turbilhão da agitação e do prazer desviam-nos dos sóbrios deveres da vida. O dinheiro que devia ter sido economizado para melhores finalidades - em muitos casos o escasso ordenado dos pobres - é desperdiçado em diversões. Fundamentos da Educação Cristã, pág. 422.
Dirigidos por Princípios
Muitos são tão temerosos de provocar desagradáveis críticas ou maliciosos comentários, que não ousam agir segundo os princípios. Não se atrevem a identificar-se com os que seguem plenamente a Cristo. Desejam pôr-se em harmonia com os costumes do mundo, e obter a aprovação dos mundanos. Cristo Se deu por nós "para nos remir de toda iniqüidade e purificar para Si um povo Seu especial, zeloso de boas obras". Tito 2:14. Review and Herald, 29 de novembro de 1887.
XIV. Relações Sociais
É pelas relações sociais que a religião cristã entra em contato com o mundo. Cada homem ou mulher que recebeu a iluminação divina deve derramar luz na estrada tenebrosa dos que não conhecem o melhor caminho. A influência social, santificada pelo Espírito de Cristo, deve desenvolver-se na condução de almas para o Salvador.
A Ciência do Bom Viver, pág. 496.