Fundamentos da Educação Cristã

CAPÍTULO 5

Uma Visita a College City

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Há algumas semanas, visitei College City (Califórnia), para falar, a convite, sobre o assunto da temperança. A igreja foi oferecida para a ocasião, e havia uma boa assistência. O povo desse lugar já tomou uma louvável posição em favor dos princípios de temperança. Com efeito, foi com essa condição que se estabeleceu um colégio aqui. O terreno em que se encontra o edifício escolar, com uma grande área circundante, foi doado à Igreja Cristã para fins educacionais, com a estipulação de que jamais seja aberto algum bar a menos de cinco quilômetros do colégio. Este acordo parece ter sido cumprido fielmente. Notamos que os jovens se achavam mais seguros ao freqüentar a escola numa tal cidade, do que onde há bares abertos dia e noite, em cada esquina.

Os regulamentos deste colégio protegem estritamente a associação de rapazes e moças durante o período letivo. Só quando esses regulamentos são suspensos temporariamente, como às vezes é o caso, podem os rapazes acompanhar as moças à entrada e à saída das reuniões públicas. Nosso próprio colégio em Battle Creek tem regulamentos similares, porém não tão rigorosos. Eles são indispensáveis para proteger os jovens contra o perigo de namoro prematuro e casamento insensato. Os jovens são enviados ao colégio por seus pais para obterem educação, não para flertarem com o sexo oposto. O bem da sociedade, bem como os mais altos interesses dos alunos, requer que não tentem escolher um companheiro de vida enquanto seu caráter ainda não se acha desenvolvido, amadurecido o discernimento, encontrando-se eles ao mesmo tempo privados do cuidado e guia paternos.

É em virtude da falha educação do lar que os jovens são tão pouco dispostos a se submeterem à devida autoridade. Eu sou mãe. Sei por isto o que digo quando afirmo que os jovens e as crianças não estão apenas seguros


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porém mais felizes sob a salutar restrição, do que quando seguem suas próprias inclinações. Pais, vossos filhos não são protegidos convenientemente. Nunca devem obter permissão para sair e entrar quando desejam, sem o saberdes ou consentirdes. A irrestrita liberdade que se confere às crianças desta época demonstrou ser a ruína de milhares. A quantos se permite ficar nas ruas à noite, e os pais se contentam em ignorar os companheiros de seus filhos! Não raro são escolhidos companheiros cuja influência tende unicamente para a desmoralização.

Sob a proteção da noite rapazes se reúnem em grupos para aprender suas primeiras lições em jogos de cartas, de azar, e para fumar e bebericar vinho ou cerveja. Filhos de pais religiosos se arriscam a entrar em bares para petiscar ou para qualquer outra extravagância semelhante, e assim colocam-se no caminho da tentação. A própria atmosfera desses ambientes está impregnada de blasfêmia e poluição. Ninguém pode permanecer por muito tempo aí sem se corromper. É em virtude de tais associações que jovens promissores estão se tornando embriagados e criminosos. É preciso guardar-se contra as próprias fontes do mal. Pais, a menos que saibais que o ambiente é próprio, não permitais que vossos filhos saiam à rua depois de cair a noite a fim de se empenharem em competições esportivas ao ar livre ou para se encontrarem com outros rapazes com o propósito de se divertirem. Se esta regra for rigidamente imposta, a obediência se tornará habitual, cessando o desejo de extravagâncias.

Os que estão buscando proteger os jovens contra a tentação e prepará-los para uma vida de utilidade, acham-se empenhados numa boa obra. Alegramo-nos em ver, em qualquer instituição de ensino, o reconhecimento da importância da devida restrição e disciplina para os jovens. Oxalá sejam os esforços de todos os instrutores assim coroados de êxito. Signs of the Times, 2 de março de 1882.

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