Fundamentos da Educação Cristã

CAPÍTULO 69

Providência em Favor de Nossas Escolas

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Um Apelo a Pastores, Médicos e Professores no Sul da Califórnia

Os homens colocados como líderes em qualquer parte da solene obra da última mensagem evangélica devem cultivar e acalentar amplos pontos de vista e idéias. É o privilégio de todos os que assumem responsabilidades na obra do evangelho serem hábeis discípulos na escola de Cristo. O professo seguidor de Cristo não deve ser guiado pelos ditames de sua própria vontade; sua mente deve ser ensinada a pensar os pensamentos de Cristo e iluminada para compreender a vontade e o caminho de Deus. Tal crente será um seguidor dos métodos de trabalho de Cristo.

Nossos irmãos não devem esquecer que a sabedoria de Deus tomou providências em favor de nossas escolas de maneira a trazer bênçãos a todos quantos participam no empreendimento. O livro Parábolas de Jesus foi doado para a obra educacional, a fim de que os alunos e outros amigos das escolas pudessem manusear esses livros e, por sua venda, angariar grande parte dos recursos necessários para saldar o débito da escola. Mas este plano não tem sido apresentado a nossas escolas como deveria ser; os professores e os alunos não foram ensinados a pegar esse livro e promover corajosamente sua venda para benefício da obra educacional.

Há muito tempo, os professores e os alunos de nossas escolas deveriam ter aprendido a aproveitar a oportunidade de angariar recursos pela venda de Parábolas de Jesus. Vendendo estes livros os alunos estarão servindo à causa de Deus, e, enquanto fizerem isso, pela disseminação de preciosa luz, aprenderão inestimáveis lições na experiência cristã. Todas as nossas escolas devem agora alinhar-se, procurando diligentemente cumprir o plano apresentado a nós para a educação dos obreiros, para o amparo das escolas e para a conquista de almas para a causa de Cristo.

Nas cidades de Riverside, Redlands e São Bernardino


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acha-se aberto diante de nós um campo missionário no qual, até agora, apenas tocamos com as pontas dos dedos. Foi realizada ali uma boa obra até o ponto em que nossos obreiros tiveram estímulo para efetuá-lo; há, porém, necessidade de meios para levar avante a obra com êxito. Era o desígnio de Deus que pela venda dos livros A Ciência do Bom Viver e Parábolas de Jesus fossem angariados muitos recursos para a obra de nossos hospitais e escolas, e que desse modo nosso povo se sentisse mais livre para doar de seus meios para a abertura da obra em novos campos missionários. Se nosso povo se empenhar agora na venda desses livros como deve fazer, teremos muito mais recursos para conduzir a obra do modo como o Senhor deseja.

Onde quer que o trabalho de vender Parábolas de Jesus foi empreendido ardorosamente, o livro tem produzido bom resultado. E as lições aprendidas pelos que se empenharam nessa obra têm compensado sobejamente os seus esforços. E agora todo o nosso povo deve ser incentivado a participar desse esforço missionário especial. Tem-me sido dada a luz de que, de toda maneira possível, devem ser concedidas instruções a nosso povo quanto aos melhores métodos de apresentar esses livros às pessoas.

Fui instruída a respeito de que em nossas grandes reuniões devem estar presentes obreiros que ensinem nosso povo a semear as sementes da verdade. Isto significa mais do que ensiná-los a vender a revista Signs of the Times e outros periódicos. Abrange cabal instrução sobre o manuseio de livros como Parábolas de Jesus e A Ciência do Bom Viver. Estes são livros que contêm preciosas verdades e dos quais o leitor pode extrair lições do mais alto valor.

Por que não foi designado alguém na vossa reunião campal [em 1907] para apresentar a nosso povo as vantagens deste aspecto da obra? Devido à omissão em fazer isso, perdestes uma preciosa oportunidade de colocar grandes bênçãos ao alcance das pessoas, e perdestes também a oportunidade de angariar meios para amparo de nossas instituições. Meus irmãos, incentivemos nosso povo a assumir esta obra sem mais delongas.

Há alguns que têm tido experiência na venda de alimentos


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saudáveis, os quais deveriam interessar-se agora na venda de nossos preciosos livros; pois neles há alimento para a vida eterna. Los Angeles foi-me apresentado como um campo muito fecundo para a venda de Parábolas de Jesus e A Ciência do Bom Viver. Os milhares de habitantes transitórios e os visitantes tirariam proveito das lições contidas nestes livros, e os que têm responsabilidades em nossos hospitais devem agir sensatamente nesta questão, incentivando a todos - enfermeiros, auxiliares e alunos - a reunir dessa maneira a maior quantidade possível do dinheiro requerido para cobrir as despesas das diferentes instituições.

Por que nosso povo é tão tardo em compreender o que o Senhor quer que eles façam? Nossos dirigentes devem preparar-se com antecedência para aproveitar suas oportunidades de apresentar esses livros a nosso povo, em nossas grandes e pequenas reuniões, chamando voluntários que queiram empenhar-se em sua venda. Quando esta obra é assumida com o ardor que nossos tempos requerem, o débito que agora repousa sobre nossas escolas será grandemente diminuído. E então as pessoas que agora estão sendo convidadas a dar abundantemente de seus recursos para sustentar estas instituições, ficarão livres para empregar uma parte maior de suas ofertas na obra missionária em outros lugares necessitados, onde ainda não foram feitos esforços especiais.

Grande benefício resultará de levar esses livros ao conhecimento dos dirigentes da União Feminina de Temperança Cristã. Devemos convidar esses obreiros a nossas reuniões e dar-lhes a oportunidade de se familiarizarem com nosso povo. Colocai esses preciosos livros em suas mãos e contai-lhes a história de sua doação para a causa, e seus resultados. Explicai como, pela venda de A Ciência do Bom Viver, poderão ser levados ao hospital, para tratamento, pacientes que jamais conseguiriam chegar ali sem ajuda; e como por esse meio será prestado auxílio no estabelecimento de hospitais em lugares onde são grandemente necessários. Se nossos hospitais forem sabiamente administrados por homens e mulheres que têm diante de si o temor do Senhor, eles serão um meio de colocar-nos em ligação com os


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obreiros na União Feminina de Temperança Cristã, e esses obreiros não demorarão a ver a vantagem do ramo médico de nossa obra. Como resultado de seu contato com nossa obra médica, alguns deles aprenderão verdades que necessitam saber para o aperfeiçoamento do caráter cristão.

Um ponto que jamais deve ser esquecido por nossos obreiros é o de que o Senhor Jesus Cristo é nosso principal diretor. Ele delineou um plano pelo qual as escolas podem ser libertadas de seus débitos; e Ele não justificará o procedimento dos que põem este plano de lado por falta de confiança em seu êxito. Quando Seu povo avançar unido em socorro de Sua causa na Terra, não lhes será negada nenhuma das boas coisas que o Senhor tem prometido.

Em lugares como Los Angeles, onde a população está constantemente mudando, são apresentadas maravilhosas oportunidades para a venda de nossos livros. Tem havido grande perda porque nosso povo não tem aproveitado esta oportunidade de maneira mais completa. Por que não devem os professores e os alunos da Escola de São Fernando fazer de Los Angeles um campo especial para a venda de Parábolas de Jesus? Se com diligência e fé eles executarem o plano que nos foi dado no tocante ao uso deste livro, anjos de Deus acompanhar-lhes-ão os passos, e a bênção do Céu estará sobre os seus esforços.

Teria sido excelente coisa se os professores da Escola de São Fernando tivessem, durante as férias, aproveitado essa oportunidade de promover a obra com o Parábolas de Jesus. Teriam encontrado uma bênção em sair com os alunos, ensinando-lhes como enfrentar as pessoas e como apresentar o livro. A história da doação do livro e sua finalidade levariam alguns a ter especial interesse no livro e na escola em cujo favor é vendido.

Por que os professores de nossas escolas não fizeram mais desse trabalho? Se nosso povo tão-somente compreendesse isto, não haveria trabalho mais aceitável a ser efetuado no campo nacional do que empenhar-se na venda de Parábolas de Jesus; pois ao mesmo tempo que estão ajudando


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assim a cumprir o plano do Senhor para o amparo de nossas escolas, estão também levando ao conhecimento do povo as preciosas verdades da Palavra de Deus.

A indiferença que alguns têm manifestado para com este empreendimento desagrada a Deus. Ele quer que tal empreendimento seja reconhecido por todo o nosso povo como o Seu método para livrar nossas escolas de dívidas. É pelo fato deste plano ter sido negligenciado que sentimos agora tão pungentemente nossa falta de recursos para o avanço da obra. Tivessem as escolas aproveitado a providência assim tomada em seu favor, haveria mais dinheiro na tesouraria escolar e mais dinheiro nas mãos do povo de Deus, para aliviar as necessidades de outros departamentos da causa; e, acima de tudo, os professores e os alunos teriam recebido as próprias lições que precisavam aprender no serviço do Mestre.

Envio-vos estas linhas porque vejo que há necessidade de intuição mais profunda, de mais ampla percepção da parte de nossos obreiros médicos e educacionais, se desejam obter todo o benefício que Deus tenciona conceder-lhes mediante o uso de Parábolas de Jesus e de A Ciência do Bom Viver. Rogo-vos, meus irmãos, que leiais estas palavras para o nosso povo, a fim de que aprendam a revelar o espírito de sabedoria, de poder e de são discernimento. Review and Herald, 3 de setembro de 1908.

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