Cristo foi o grande Missionário-Médico a nosso mundo. Ele pede voluntários que cooperem com Ele na grande obra de semear o mundo com a verdade. Os obreiros de Deus devem implantar as normas da verdade em todo lugar a que possam obter acesso. O mundo necessita de restauração. Ele jaz na impiedade e no maior perigo. A obra de Deus pelos que estão fora de Cristo deve ampliar-se e estender-se. Deus convida Seu povo a trabalhar diligentemente por Ele de maneira que a eficiência cristã se torne generalizada. Seu reino deve ser dilatado. Cumpre erguerem-se-Lhe monumentos nos Estados Unidos e nos outros países.
A obra da reforma pró-saúde relacionada com a verdade presente para este tempo, é uma força para o bem. Ela é a mão direita do evangelho, e abre muitas vezes campos à sua entrada. Convém todavia lembrar que a obra precisa avançar com solidez, e em completa harmonia com o plano divino de organização. Cumpre organizar igrejas, e de maneira alguma se devem essas igrejas divorciar da obra médico-missionária. Tampouco deve a obra médico-missionária ser separada do ministério evangélico. Quando se fizer isto, ambos serão unilaterais. Nenhum é um todo completo.
A obra para este tempo deve apelar ao espírito do cristão como a mais importante que se possa realizar. É questão de cultivar a vinha do Senhor. Nesta vinha todo homem tem sorte e lugar, a ele designados pelo Senhor. E o êxito de cada um depende de sua relação individual com a Cabeça divina.
A graça e o amor de nosso Senhor Jesus Cristo e Sua terna relação para com Sua igreja na Terra, devem manifestar-se pelo desenvolvimento de Sua obra e a evangelização do povo em muitos lugares. Os celestes princípios da verdade e da justiça devem ser vistos mais e mais plenamente na vida dos seguidores de Cristo. Mais abnegação e ausência de cobiça se deve mostrar nas transações de negócios do que se tem visto nas igrejas desde o derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecoste. Nem um vestígio da influência dos monopólios egoístas, mundanos, deve fazer a mais leve impressão no povo que está vigiando e trabalhando e orando pela segunda vinda de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo nas nuvens do Céu com poder e grande glória.
Não estamos, como um povo, preparados para o aparecimento do Senhor. Caso cerrássemos as janelas da alma para a Terra e abríssemos para o Céu, toda instituição estabelecida seria uma luz ardente e resplandecente no mundo. Cada membro da igreja, vivesse ele as grandes, elevadas e enobrecedoras verdades para este tempo, seria uma luz ardente e resplandecente. O povo de Deus não Lhe pode agradar a menos que seja superpossuído da eficiência do Espírito Santo. Tão pura e verdadeira deve ser a relação de uns para com os outros, que por suas palavras, afeições, qualidades, mostrem que são um com Cristo. Devem ser sinais e maravilhas em nosso mundo, levando avante inteligentemente todo ramo da obra. E as diversas partes da obra devem ser tão harmoniosamente relacionadas umas com as outras que todas se movam como bem regulados mecanismos. Então se compreenderá a alegria da salvação de Cristo. Não haverá então nada da representação agora feita por aqueles a quem foi dada a luz da verdade para comunicar,
mas que não revelaram os princípios da verdade em sua associação uns com os outros, que não fizeram a obra do Senhor de maneira a glorificá-Lo. ...
Depois de Cristo ressuscitar, proclamou sobre o sepulcro: "Eu sou a ressurreição e a vida." Cristo, o Salvador ressurgido, é nossa vida. Ao tornar-Se Cristo a vida da alma, sente-se a mudança, mas a linguagem não pode descrevê-la. Todas as pretensões ao conhecimento, à influência, ao poder, são destituídas de valor sem o perfume do caráter de Cristo. Ele deve ser a própria vida da alma, da mesma maneira que o sangue é a vida do corpo. ...
Purificados de Todo Egoísmo
Aqueles que se acham ligados ao serviço de Deus precisam ser purificados de todo traço de egoísmo. Tudo deve ser feito em harmonia com a ordem: "Quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo" (Col. 3:17) "para glória de Deus". I Cor. 10:31. A divina lei de justiça e eqüidade precisa ser estritamente obedecida nos tratos entre semelhante e semelhante, irmão e irmão. Cumpre-nos buscar perfeita ordem e justiça perfeita, segundo a semelhança do próprio Deus. Unicamente nessa base nossas obras resistirão à prova do juízo. ...
Cristianismo é a revelação do mais terno afeto de uns pelos outros. A vida cristã constitui-se de deveres e privilégios cristãos. Em sua sabedoria, Cristo deu a Sua igreja na infância um sistema de sacrifícios e ofertas, do qual era Ele próprio o fundamento, e pelo qual Sua morte foi prefigurada. Todo sacrifício apontava para Ele como o Cordeiro morto desde a fundação do mundo, para que todos compreendessem que o salário do pecado é a morte. NEle não havia pecado, e todavia Ele morreu por nossos pecados.
O sistema de símbolos e cerimônias operava para um fim - a reivindicação da lei de Deus, para que todos quantos cressem em Cristo chegassem "à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo". Efés. 4:13. Na obra cristã há ampla margem para a atividade de todos os dons dados por Deus. Todos devem ser
unidos em executar as reivindicações de Deus, revelando a cada passo avante aquela fé que opera por amor e purifica a alma.
Cristo deve receber supremo amor dos seres que criou. E Ele requer também que o homem nutra sagrada consideração por seus semelhantes. Toda alma salva salvar-se-á por amor, o qual começa em Deus. A genuína conversão é uma mudança do egoísmo para santificada afeição para com Deus e uns pelos outros. Farão os adventistas do sétimo dia agora uma completa reforma, para que sua alma manchada de pecado seja purificada da lepra do egoísmo?
Preciso dizer a verdade a todos. Os que aceitaram a luz da Palavra de Deus não devem nunca, nunca deixar no espírito humano a impressão de que Deus Se contente com seus pecados. A Palavra define o pecado como a transgressão da lei. Manuscrito 16, 1901.
Em Situações Difíceis
Muitas vezes os soldados de Deus se encontram em situações duras e difíceis, sem saber por quê. Devem eles, porém, afrouxar seu ponto de apoio por surgirem dificuldades? Deverá sua fé diminuir porque não podem ver o caminho através das trevas? De modo nenhum. Cumpre-lhes nutrir o senso permanente do poder de Deus para sustê-los em seu trabalho. Eles não podem perecer, nem podem extraviar-se, caso Lhe sigam a guia, e se esforcem por apoiar Sua lei. Manuscrito 145.