Obreiros Evangélicos

CAPÍTULO 105

"Consideremo-nos uns aos Outros"

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Encontrareis muitas vezes almas que se acham sob o peso da tentação. Não sabeis quão severamente Satanás pode estar lutando com elas. Cuidai para que não desanimeis essas almas, dando assim vantagem ao tentador.

Quando quer que vejais ou ouçais alguma coisa que deva ser corrigida, buscai do Senhor sabedoria e graça, para que, procurando ser fiéis, não sejais severos. É sempre humilhante para uma pessoa, ver seus erros apontados. Não torneis essa experiência mais amarga por meio de censuras desnecessárias. A crítica descortês traz desânimo, tornando a vida destituída da luz do Sol e infeliz.

Meus irmãos, prevalecei pelo amor mais do que pela severidade. Quando uma pessoa em falta se torna consciente de seu erro, tende cuidado em não lhe destruir o respeito próprio. Não procureis machucar e ferir, mas antes ligar a ferida, curar.

Nenhum ser humano possui sensibilidades tão agudas ou natureza tão refinada como nosso Salvador. E que paciência manifesta Ele para conosco! Ano após ano suporta nossa fraqueza e ignorância, nossa ingratidão e impenitência. Apesar de todos os nossos desvios, nossa dureza de coração, nossa negligência de Suas santas palavras, Sua mão acha-se ainda estendida. E Ele ordena "que vos ameis uns aos outros; como Eu vos amei a vós". João 13:34.

Irmãos, considerai-vos missionários, não entre pagãos, mas entre vossos coobreiros. Requer grande quantidade de tempo e trabalho convencer uma alma


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acerca das verdades especiais para este tempo. E quando almas são levadas do pecado para a justiça, há alegria na presença dos anjos. Julgais vós que os espíritos ministradores que vigiam sobre essas almas se agradam de ver com que indiferença são tratadas por muitos que se declaram cristãos? Dominam as preferências do homem. Manifesta-se parcialidade. Favorece-se a um, enquanto outro é tratado rudemente.

Os anjos olham com reverência e assombro para a missão de Cristo ao mundo. Maravilham-se do amor que O levou a dar-Se em sacrifício pelos pecados dos homens. Mas quão levianamente consideram os seres humanos a alma comprada por Seu sangue!

Não precisamos começar por esforçar-nos a amar-nos uns aos outros. O amor de Cristo no coração é o de que se precisa. Quando o próprio eu é submergido em Cristo, o amor verdadeiro salta espontâneo.

Na paciente benignidade havemos de vencer. É a paciência no serviço que traz descanso à alma. É por meio dos humildes, diligentes, fiéis trabalhadores que é promovido o bem-estar de Israel. Uma palavra de amor e encorajamento fará mais para subjugar o temperamento precipitado e a disposição voluntariosa do que todas as críticas e censuras que pudésseis amontoar sobre a pessoa em erro.

A mensagem do Mestre tem de ser declarada no espírito do Mestre. Nossa única segurança está em conservar nossos pensamentos e impulsos sob o controle do grande Ensinador. Anjos de Deus darão a todo fiel obreiro uma rica experiência ao fazerem isso. A graça da humildade moldará nossas palavras em expressões de ternura semelhante à de Cristo. Testimonies, vol. 7, págs. 265 e 266.

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