Deus disciplina Seus obreiros, a fim de que eles se possam preparar para preencher os lugares que lhes são designados. Deseja habilitá-los para fazer serviço mais aceitável. Há pessoas que desejam ter autoridade, e que necessitam da santificação proveniente da submissão. Deus opera uma mudança em sua vida. Talvez lhes ponha diante deveres que eles por si não haveriam de preferir. Se estiverem dispostos a deixar-se guiar por Ele, dar-lhes-á graça e força para cumprir esses deveres num espírito de submissão e auxílio. Assim se habilitam a ocupar lugares em que suas disciplinadas aptidões serão de grande utilidade.
Alguns, Deus educa mediante decepções e aparentes fracassos. É Seu desígnio que eles aprendam a dominar as dificuldades. Inspira-lhes resolução de tornar cada aparente fracasso um sucesso. Muitas vezes os homens oram e derramam lágrimas por causa das perplexidades e obstáculos que os enfrentam. Mas, se eles mantiverem o princípio de sua confiança firme até ao fim, Deus lhes abrirá o caminho. O êxito virá, ao lutarem contra dificuldades que parecem invencíveis, e, com esse êxito, lhes sobrevirá a maior alegria.
Uma vida monótona não favorece o desenvolvimento espiritual. Alguns só podem atingir a mais alta norma de espiritualidade mediante uma mudança na ordem regular das coisas. Quando, em Sua providência, Deus vê que é essencial que sobrevenham mudanças, para a edificação do caráter, perturba a tranqüila corrente da vida. Ele vê que um obreiro necessita de estar mais
intimamente ligado com Ele; e, para efetuar isso, separa-o de amigos e conhecidos. Quando Ele estava preparando Elias para a trasladação, fazia-o mudar de um lugar para outro, a fim de que o profeta não se estabelecesse comodamente, e deixasse assim de adquirir força espiritual. E era o desígnio de Deus que a influência de Elias fosse uma força para ajudar a muitas almas a adquirir uma experiência mais larga e proveitosa.
Muitos há que não se sentem satisfeitos para servir ao Senhor corajosamente no lugar que lhes foi designado por Ele, ou fazer sem murmurar a obra que lhes pôs nas mãos. É justo ficar malsatisfeito com a maneira em que cumprimos o dever, mas não devemos estar descontentes com o dever em si mesmo, por preferirmos fazer outra coisa. Em Sua providência, Deus põe diante das criaturas humanas serviço que será qual remédio para seu espírito doente. Assim Ele busca levá-los a pôr de lado a preferência egoísta que, se satisfeita, os tornaria incapazes para a obra que tem para eles. Se aceitam e realizam esse serviço, sua mente será curada. Se o recusam, serão deixados a lutar consigo mesmos e com outros.
Os que não têm permissão de descansar em sossego, mas têm de estar em contínuas mudanças, armando a tenda hoje num lugar e amanhã noutro, lembrem-se de que o Senhor os está guiando, e que este é Seu modo de os auxiliar em formar um caráter perfeito. Em todas as mudanças que lhes são exigidas, Deus deve ser reconhecido como seu companheiro, guia e proteção.