Nunca deve o obreiro que organiza pequenos grupos aqui e ali, dar aos recém-convertidos à fé, a impressão de que Deus não exige que eles trabalhem sistematicamente em auxiliar na manutenção da causa, seja por seus trabalhos pessoais, seja por meio de seus recursos. Freqüentemente os que recebem a verdade se acham entre os pobres do mundo; não devem, porém, fazer disso uma desculpa para negligenciar os deveres que sobre eles recaem em vista da preciosa luz que receberam. Não devem permitir que a pobreza os impeça de depositar um tesouro no Céu. As bênçãos ao alcance do rico, acham-se também ao seu alcance. Se são fiéis no emprego do pouco que possuem, seu tesouro no Céu aumentará segundo sua fidelidade. É o motivo pelo qual trabalham, não a quantidade feita, que torna sua oferta valiosa à vista do Céu.
Todos devem ser ensinados a fazer pelo Mestre o que lhes estiver ao alcance; a devolver-Lhe segundo a prosperidade que lhes tem dado. Ele pede como Sua a décima parte de suas rendas, sejam elas grandes ou pequenas; e aqueles que a retêm cometem roubo para com Ele, e não podem esperar que Sua mão lhes dê prosperidade. Ainda que a igreja seja composta, na maioria, de irmãos pobres, o assunto da liberalidade sistemática deve ser plenamente exposto, e o plano adotado de coração. Deus é capaz de cumprir Suas promessas. Seus recursos são infinitos, e Ele os emprega todos em cumprir Seus desígnios. E quando Ele vê um fiel cumprimento do dever na devolução do dízimo, muitas vezes, em Sua sábia providência, proporciona
meios pelos quais este seja aumentado. Aquele que segue o plano de Deus no pouco que lhe foi dado, receberá a mesma recompensa que aquele que oferta de sua abundância.
O mesmo se verifica relativamente aos que empregam alegremente seus talentos de aptidões na causa de Deus, ao passo que os que deixam de desenvolver o que lhes foi dado incorrerão na mesma perda que lhes adviria se esse pouco houvesse sido muito. Foi o homem que possuía apenas um talento, mas que o escondeu na terra, que recebeu a condenação do Senhor.
O plano de Deus no sistema do dízimo é belo em sua simplicidade e igualdade. Todos dele podem lançar mão com fé e ânimo, pois é divino em sua origem. Nele se reúne simplicidade e utilidade, e não é preciso profundeza de saber para o entender e executar. Todos podem sentir que está ao seu alcance tomar parte no levar avante a preciosa obra de salvação. Todo homem, mulher e jovem se pode tornar tesoureiro para o Senhor, e ser um agente para satisfazer às exigências feitas ao tesouro. ...
Grandes objetivos são realizados por esse sistema. Se todos o aceitassem, cada um se tornaria vigilante e fiel tesoureiro de Deus; e não haveria falta de meios com que levar avante a grande obra de proclamar a última mensagem de advertência ao mundo. Testimonies, vol. 3, págs. 388 e 389.