Não seria correto de nossa parte observar feriados para Deus, quando poderíamos reviver em nosso espírito a lembrança de Seu trato conosco? Não estaria correto considerar Suas bênçãos passadas, lembrar as impressivas advertências que nos têm chegado à alma, para que não esqueçamos a Deus?
O mundo tem muitos feriados, e os homens ficam absorvidos com esportes, corridas de cavalos, jogos de azar, fumo e bebida. Mostram claramente sob que bandeira se acham. Tornam evidente não estar sob a bandeira do Príncipe da vida, mas que o príncipe das trevas os governa e controla.
Não deveria o povo de Deus ter mais freqüentemente santas convocações em que agradecer a Deus Suas preciosas bênçãos? Não encontraremos tempo para louvar a Deus pelo descanso, a paz e a alegria que nos dá, e para tornar manifesto, mediante diárias ações de graças, que apreciamos o grande sacrifício feito em nosso favor a fim de podermos ser participantes da natureza divina? Não falaremos da perspectiva de repouso no Paraíso de Deus, nem contaremos a honra e a glória reservadas aos servos de Jeová? "Meu povo habitará em... moradas bem seguras, e em lugares quietos de descanso." Isa. 32:18. Vamos com destino ao lar, em busca de uma pátria melhor - uma pátria celestial.
O mundo está cheio de atrativos. Os homens agem como se estivessem loucos por coisas baixas e vulgares, que não satisfazem. Como os vi agitados por causa do resultado de uma partida de críquete! Vi as ruas de Sydney, por vários
quarteirões, densamente apinhadas. Indagando o motivo da agitação, foi-me dito que um perito jogador de críquete ganhara a partida. Senti-me triste.
Por que não são os escolhidos de Deus mais entusiastas? Estão lutando por uma coroa imortal, por uma pátria em que não haverá necessidade de luz do Sol ou de Lua, ou de qualquer lâmpada; pois o Senhor Deus lhes proporciona luz, e eles reinarão para todo o sempre. Sua vida correrá paralela à existência de Deus; mas a candeia dos ímpios extinguir-se-á em ignominiosa escuridão, e então os justos resplandecerão como o Sol no reino de seu Pai. ...
Não recomendo reuniões sociais em que a juventude se ajunta para mera diversão, para empenhar-se em conversas frívolas, destituída de senso, e onde se faz ouvir alto e ruidoso riso. Não recomendo a espécie de reuniões em que há um rebaixamento da dignidade, apresentando a cena o aspecto de fraqueza e insensatez.
Muitas vezes, rapazes por quem os seres celestes têm estado a esperar a fim de os contar como missionários de Deus são atraídos para as reuniões de diversão, sendo arrastados pelas fascinações de Satanás. Em vez de temerem prosseguir em suas relações com moças cuja profundidade mental facilmente se pode medir, cujo caráter é vulgar, enamoram-se delas, e contratam casamento. Satanás sabe que, se esses jovens noivam com moças de espírito vulgar, amantes de prazer, de espírito mundano e irreligiosas, ligam-se a pedras de tropeço.
Sua utilidade será grandemente prejudicada, quando não inteiramente destruída. Mesmo se esses rapazes chegam a fazer completa entrega de si mesmos a Deus, verificarão, todavia, ser grandemente entravados por estar ligados a uma esposa inexperiente e indisciplinada, sem qualidades cristãs, morta para Deus, morta para a piedade e morta para a santidade genuína. Sua existência se demonstrará insatisfatória e infeliz.
As reuniões para divertimento confundem a fé, e tornam o motivo confuso e incerto. O Senhor não aceita corações divididos. Quer o homem todo. Ele fez tudo quanto há no homem. Ofereceu um sacrifício completo para redimir seu corpo e a alma. O que Ele requer daqueles a quem criou e redimiu resume-se nas palavras: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. ... Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Mat. 22:37 e 39. Deus não aceitará nada menos do que isso. Special Testimonies on Education, págs. 80-83.
"Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia." I Cor. 10:12. Não pode haver mais fatal presunção do que a que leva os homens a se aventurarem no caminho da condescendência consigo mesmos. A esta solene advertência de Deus não devem os pais e mães dar ouvidos? Não devem indicar fielmente aos jovens os perigos, constantemente a se erguerem para os desviar de Deus?