de coração de todas as terras, que agora buscam a Deus, "se porventura, tateando, O pudessem achar". Atos 17:27.
O Perigo de Adotar Métodos Mundanos na Obra de Deus
No dia 3 de novembro de 1890, enquanto me achava a serviço em Salamanca, Nova Iorque, estando à noite em comunhão com Deus, fui arrebatada e levada fora de mim mesma, a assembléias em vários Estados, onde dei decidido testemunho de reprovação e advertência. Em Battle Creek reunia-se um concílio de pastores e de homens de responsabilidade da Casa Publicadora e de outras instituições, e ouvi os que estavam reunidos, num espírito não muito gentil dar largas a sentimentos e insistir na adoção de medidas que me encheram de apreensão e angústia.
Anos antes tivera eu de passar por idêntica experiência, e o Senhor então me revelou muitas coisas de vital importância, e me deu advertências que devem ser dadas aos que correm perigo. Na noite de 3 de novembro, foram-me essas advertências trazidas à mente e recebi a ordem de apresentá-las aos que estavam em posições responsáveis de confiança, e que não faltasse e nem desanimasse. Foram-me reveladas algumas coisas que eu não podia compreender; mas me foi dada a certeza de que o Senhor não permitiria que Seu povo fosse envolto nas névoas do ceticismo e da infidelidade mundanos, ligado em feixes com o mundo; mas se eles tão-somente Lhe ouvissem e atendessem a voz, prestando obediência aos Seus mandamentos, Ele os guiaria acima das névoas do ceticismo e incredulidade,
colocando-lhes os pés sobre a Rocha, onde poderiam respirar a atmosfera de segurança e triunfo.
Enquanto estava em fervorosa oração, perdi de vista tudo que estava ao meu redor; o aposento encheu-se de luz, e eu estava dando uma mensagem a uma assembléia que parecia ser a Associação Geral. Fui movida pelo Espírito de Deus a fazer mui fervoroso apelo; pois fui impressionada com o fato de que havia grande perigo diante de nós no coração da obra. Eu estivera e ainda estava prostrada com aflição de alma e do corpo, preocupada com o pensamento de que devia dar uma mensagem ao povo de Battle Creek para adverti-lo contra uma linha de conduta que separaria a Deus da Casa Publicadora.
Repreensão à Igreja
Os olhos do Senhor se dirigiam para o povo com um misto de tristeza e desprazer, e eram pronunciadas as palavras: "Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres." Apoc. 2:4 e 5.
Aquele que chorou sobre o impenitente Israel, notando sua ignorância quanto a Deus e a Cristo seu Redentor, contemplou o coração da obra em Battle Creek. Grande perigo cercava o povo, mas alguns não o sabiam. A incredulidade e a impenitência cegavam-lhes os olhos, e confiaram à sabedoria humana a orientação dos mais importantes interesses da causa de Deus relativos à obra de publicação. Na fraqueza do juízo humano, reuniam os homens em suas mãos finitas as rédeas do controle, ao passo que a vontade de Deus, o caminho e o conselho de Deus, não eram procurados como sendo indispensáveis. Homens de vontade obstinada e férrea,
tanto no escritório como fora dele, confederavam-se, determinados a forçar a aceitação de certas medidas de acordo com seu juízo.
A Necessidade do Discernimento Espiritual
Disse-lhes eu: "Não podeis fazer isso. O domínio desses grandes interesses não pode ser colocado inteiramente nas mãos daqueles que manifestam pouca experiência terem nas coisas de Deus, e não terem discernimento espiritual. Não deve o povo de Deus, em todas as nossas fileiras, devido ao desgoverno da parte de homens sujeitos ao erro, ter sua confiança abalada nos importantes interesses do grande coração da obra, que exerce decidida influência sobre nossas igrejas, tanto nos Estados Unidos como nas terras estrangeiras. Se lançardes mão da obra de publicação, esse grande instrumento de Deus, visando colocar sobre ela vosso cunho e inscrição, verificareis que isto será perigoso para vossa própria alma, e desastroso para a obra de Deus. Será tão grande pecado à vista de Deus como foi o pecado de Uzá quando estendeu a mão para apoiar a arca. Hás os que têm entrado no trabalho de outros homens, e tudo que Deus deles requer é que tratem com justiça, que amem a beneficência e andem humildemente diante de Deus, que trabalhem conscienciosamente como homens empregados pelo povo para executar a obra que lhes foi confiada. Alguns têm deixado de fazer isto, como suas obras testificam. Seja qual for a sua posição, qualquer que seja a sua responsabilidade, mesmo que tenham tanta autoridade como Acabe, verificarão que Deus está acima deles, que Sua soberania é suprema.
Nenhuma confederação deve ser formada com os descrentes, nem deveis reunir certo número de pessoas escolhidas que pensam como vós, e que dirão amém a tudo que propuserdes, enquanto são excluídos outros, que vós julgais
não concordarem convosco. Foi-me mostrado haver grande perigo em fazer isso.
"Porque assim o Senhor me disse com uma forte mão e me ensinou que não andasse pelo caminho deste povo, dizendo: Não chameis conjuração a tudo quanto este povo chama conjuração; e não temais o seu temor, nem tão pouco vos assombreis. Ao Senhor dos Exércitos, a Ele santificai; e seja Ele o vosso temor, e seja Ele o vosso assombro. À Lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva." Isa. 8:11-13 e 20. O mundo não deve ser critério para nós. Deixai que o Senhor atue. Ouça-se a voz do Senhor.
Não Haja Aliança com os Incrédulos
Os que estão empregados em qualquer departamento da obra pelo qual o mundo possa ser transformado, não devem fazer aliança com os que não conhecem a verdade. O mundo não conhece nem o Pai nem o Filho, e nenhum discernimento têm quanto ao caráter de nossa obra, quanto ao que devemos ou não devemos fazer. Devemos obedecer às ordens que vêm do alto. Não devemos ouvir os conselhos dados nem seguir os planos sugeridos pelos incrédulos. As sugestões feitas pelos que não sabem a obra que Deus está fazendo para este tempo, são de molde a enfraquecer o poder dos instrumentos de Deus. Aceitando tais sugestões, será desfeito o conselho de Cristo. ...
Os olhos do Senhor estão sobre todo o trabalho, todos os planos, toda a imaginação de cada mente; Ele vê o que está debaixo da superfície das coisas, discernindo os pensamentos e intenções do coração. Não há um ato escuro, não há um plano, uma imaginação do coração, um pensamento da mente que Ele não leia como um livro aberto.
Todo ato, toda palavra, todo motivo, é fielmente registrado nos relatórios pelo grande Perscrutador do coração, que disse: "Eu sei as tuas obras." Apoc. 2:2.
Foi-me mostrado que as loucuras de Israel nos dias de Samuel se repetirão hoje entre o povo de Deus, a não ser que haja maior humildade, menos confiança no eu, e maior confiança no Senhor Deus de Israel, o Governador do povo. Somente quando o poder divino é combinado com o esforço humano é que a obra suportará a prova. Quando o homem não mais se apoiar no homem ou em seu juízo, mas fizer de Deus a sua confiança, manifestar-se-á ele em cada caso pela humildade de espírito, por falar menos e orar muito mais, e por manter cautela em seus planos e movimentos. Tais homens revelarão o fato de que confiam em Deus, de que têm a mente de Cristo.
Confiar nos Homens
Repetidas vezes tem-me sido mostrado que o povo de Deus, nestes últimos dias não se podia salvar confiando no homem e fazendo da carne o seu braço. A poderosa talhadeira da verdade, tem-nos arrancado do mundo como pedras rústicas que devem ser desbastadas, esquadrejadas e polidas para o edifício celestial. Devem ser lavradas pelos profetas com reprovações, advertências, admoestações e conselhos, para que possam ser ajustadas segundo o Modelo divino. Esta é a obra específica do Confortador, transformar o coração e o caráter para que o homem possa andar no caminho do Senhor. ...
Desde 1845 que de tempos em tempos me são revelados os perigos do povo de Deus, e me têm sido mostrados os perigos que se adensariam ao redor dos remanescentes nos últimos dias. Tais perigos me têm sido revelados até ao tempo presente. Grandes cenas logo se desenrolarão diante de nós. O Senhor virá com poder e grande glória e
Satanás sabe que sua autoridade usurpada logo estará para sempre terminada. Sua última oportunidade de alcançar o domínio do mundo está agora diante dele, e ele fará os mais decididos esforços para realizar a destruição dos habitantes da Terra. Os que crêem na verdade devem ser quais fiéis sentinelas na torre de vigia, ou Satanás lhes sugerirá raciocínios enganadores, e eles enunciarão opiniões que trairão sagrados e santos depósitos. A inimizade de Satanás contra o bem manifestar-se-á cada vez mais, ao conduzir ele em atividade suas forças em sua última obra de rebelião; e toda alma que não esteja inteiramente entregue a Deus e não seja guardada pelo poder divino, fará uma aliança com Satanás contra o Céu e se unirá na batalha contra o Governador do Universo.
Numa visão dada em 1880, perguntei: "Onde está a segurança do povo de Deus nesses dias de perigo?" A resposta foi: "Jesus intercede por Seu povo, embora Satanás esteja à Sua mão direita para Lhe resistir." "Mas o Senhor disse a Satanás: O Senhor te repreende, ó Satanás, sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo?" Zac. 3:2. Como Intercessor e Advogado do homem, guiará Jesus a todos os que desejam ser guiados, dizendo: Segui-Me para cima, passo a passo, onde brilha a clara luz do Sol da Justiça.
Mas nem todos seguem a luz. Alguns se estão desviando do caminho seguro, que a cada passo é o caminho da humildade. Deus confiou aos Seus servos uma mensagem para este tempo; mas esta mensagem não coincide em cada particular com as idéias de todos os dirigentes e alguns criticam a mensagem e os mensageiros. Até ousam rejeitar as palavras de reprovação que lhes são enviadas por Deus por meio de Seu Santo Espírito.
Que reserva de poder dispõe o Senhor com que alcançar
aqueles que desprezaram Suas advertências e reprovações, e consideraram os testemunhos do Espírito de Deus como de origem não mais alta que a sabedoria humana? No juízo, que podeis vós, que isto fazeis, apresentar a Deus como desculpa por vos terdes desviado das evidências que Ele vos tem dado de que Deus estava na obra? "Pelos seus frutos os conhecereis." Mat. 7:20. Não repetirei agora diante de vós as evidências dadas nos últimos dois anos do trato de Deus por meio de Seus servos escolhidos. Mas a evidência atual de Sua atuação vos é revelada, e agora estais sob a obrigação de crer. Não podeis negligenciar as mensagens de advertência de Deus, não podeis rejeitá-las nem tratá-las levianamente a não ser com perigo de perda infinita.
Aviltando a Alma
A cavilação, o ridículo e a má representação só podem ser contemporizadas à custa do aviltamento de vossa própria alma. O uso de tais armas não vos proporciona preciosas vitórias, antes avilta a mente e de Deus separa a alma. Coisas sagradas são rebaixadas ao nível do comum, e se cria um estado de coisas que agrada ao príncipe das trevas, e afugenta o Espírito de Deus. A cavilação e a crítica deixam a alma tão destituída do orvalho da graça como destituídas estavam de chuva as colinas de Gilboa. Não se pode depositar confiança no julgamento daqueles que condescendem com o ridículo e o engano. Não se podem considerar de peso seus conselhos ou resoluções. Deveis apresentar as credenciais divinas antes de poderdes fazer decididos movimentos para dar forma à obra da causa de Deus.
Acusar e criticar aqueles que Deus está usando, é acusar e criticar ao Senhor, que os enviou. Para que possam
ter um correto discernimento das coisas religiosas, necessitam todos cultivar suas faculdades religiosas. Alguns têm fracassado ao distinguir entre o ouro puro e o mero brilho, entre a substância e a sombra.
Os preconceitos e opiniões que prevaleciam em Mineápolis de modo algum estão mortos; as sementes ali semeadas em alguns corações estão prestes a saltar para a vida e a dar idêntica colheita. A copa foi cortada, mas as raízes nunca foram desarraigadas, e elas ainda dão o seu fruto profano para envenenar o juízo, perverter a percepção, e cegar o entendimento daqueles com quem vos relacionais, com relação à mensagem e aos mensageiros. Quando, pela confissão completa, destruirdes as raízes da amargura, vereis a luz à luz de Deus. Sem esse trabalho completo, nunca purificareis vossa alma. Precisais estudar a Palavra de Deus com um propósito: Não de confirmar as vossas próprias idéias, mas o de fazer com que sejam podadas, sejam condenadas ou aprovadas, conforme estão ou não estão em harmonia com a Palavra de Deus. Deve a Bíblia ser o nosso companheiro constante. Deveis estudar os testemunhos, não para escolher certas sentenças para usá-las como julgais conveniente, para fortalecer as vossas afirmações, enquanto desrespeitais as mais claras declarações dadas para corrigir os vossos procedimentos.
A Verdadeira Religião é Desprezada
Há entre nós um afastamento de Deus, e ainda não se fez a zelosa obra do arrependimento e volta ao primeiro amor essencial à restituição a Deus e à regeneração do coração. A infidelidade está fazendo suas incursões em nossas fileiras; pois é moda apartar-se de Cristo e dar lugar ao ceticismo. Para muitos, o clamor do coração tem sido: "Não queremos que Este reine sobre nós." Luc. 19:14. Baal, Baal, é
a escolha. A religião de muitos dentre nós será a religião do Israel apostatado, porque amam a seus próprios caminhos, e abandonam o caminho do Senhor. A verdadeira religião, a única religião da Bíblia, que ensina o perdão somente pelos méritos de um Salvador crucificado e ressurreto, que advoga a justiça pela fé no Filho de Deus, tem sido desprezada, contra ela se tem falado, tem sido ridicularizada e rejeitada. É denunciada como levando ao entusiasmo e ao fanatismo. Mas é a vida de Jesus Cristo na alma, é o ativo princípio do amor comunicado pelo Espírito Santo, que, unicamente, podem tornar a alma frutífera para as boas obras. É o amor de Cristo a força e o poder de cada mensagem em prol de Deus que jamais saiu de lábios humanos. Que espécie de futuro estará à nossa frente, se deixarmos de chegar à unidade da fé?
Quando formos unidos por aquela união pela qual Cristo orou, findará aquela longa controvérsia que tem sido mantida pelos agentes satânicos, e não veremos homens forjando planos segundo a ordem do mundo por não terem visão espiritual para discernir as coisas espirituais. Agora vêem homens andando, como árvores, e necessitam do toque divino para que possam ver como Deus vê, e trabalhar como Cristo trabalhou. Então unidos ecoarão os vigias de Sião as trombetas em notas mais claras e mais altas, pois verão vir a espada e reconhecerão o perigo em que está o povo de Deus.
Precisais fazer caminhos retos para os vossos pés, para que o coxo não se desvie do seu caminho. Somos rodeados pelos aleijados e pelos que manquejam na fé, e vós deveis ajudá-los, não coxeando vós mesmos, mas ficando de pé, como homens que foram experimentados e provados, firmes ao princípio como a rocha. Sei que se deve fazer uma obra em favor do povo, ou muitos não estarão preparados para receber a luz do anjo que foi enviado do Céu
para iluminar toda a Terra com a sua glória. Não penseis que sereis encontrados como vasos de honra no tempo da chuva serôdia, para receber a glória de Deus, se entregardes vossa alma à vaidade, falando coisas perversas e alimentando em segredo as raízes da amargura. Certamente que o desagrado de Deus, recairá sobre toda a alma que acaricia e nutre essas raízes de dissensão e possui um espírito tão diferente do espírito de Cristo.
Ao repousar sobre mim o Espírito do Senhor, pareceu-me estar presente em um de nossos concílios. Alguém dentre vós se levantou; suas maneiras eram bem decididas e ardorosas ao levantar um jornal diante de vós. Pude ler claramente o cabeçalho do jornal; era o American Sentinel. Criticava-se o jornal e o caráter dos artigos ali publicados. Os que estavam no concílio apontaram para certas passagens, dizendo: Isso deve ser cortado e aquilo deve ser mudado. Palavras duras eram pronunciadas, criticando os métodos do jornal, e prevalecia um forte espírito dessemelhante de Cristo. As vozes eram decididas e desafiadoras.
Meu Guia me deu palavras de advertência e de reprovação àqueles que participavam desse procedimento, que não eram cuidadosos em pronunciar suas acusações e condenação. Em suma essa foi a repreensão dada: O Senhor não presidiu a este concílio, e há o espírito de contenda entre os conselheiros. A mente e o coração desses homens não estão sob a influência controladora do Espírito de Deus. Sejam os adversários de nossa fé, aqueles que sugiram e desenvolvam planos como os que estais agora discutindo. Do ponto de vista do mundo, alguns desses planos não são objetáveis; mas não devem ser adotados por aqueles que têm a luz do Céu. A luz que Deus deu, deve ser respeitada, não somente para a nossa própria segurança, mas também para
a segurança da igreja de Deus. Os passos que agora são dados por uns poucos não devem ser seguidos pelo povo remanescente de Deus. Vosso procedimento não pode ser apoiado pelo Senhor. Torna-se evidente, por vosso procedimento, que estabelecestes vossos planos sem o auxílio dAquele que é poderoso em conselho; mas o Senhor agirá. Os que criticaram a obra de Deus, precisam de que seus olhos sejam ungidos, pois se sentiram poderosos em sua própria força. Mas há Um que pode atar o braço do poderoso e anular o conselho do prudente.
Dar a Mensagem de Deus
A mensagem que temos de dar, não é uma mensagem que os homens precisem acovardar-se de transmitir. Não precisam encobri-la, não precisam ocultar-lhe a origem e o propósito. Seus advogados devem ser homens que não se calem nem de dia nem de noite. Tendo feito solenes votos a Deus, e tendo sido comissionados como mensageiros de Cristo, como mordomos dos mistérios da graça de Deus, estamos na obrigação de declarar fielmente todo o conselho de Deus. Não devemos tornar menos preeminentes as verdades especiais que nos têm separado do mundo, e nos têm tornado o que somos; pois estão cheias de interesses eternos. Deus nos deu luz com relação às coisas que agora estão ocorrendo no final do tempo, e com a pena e com a voz, devemos proclamar a verdade ao mundo, não de maneira tímida, destituída de espírito, mas na demonstração do Espírito e do poder de Deus. Os mais vigorosos conflitos estão envolvidos na proclamação da mensagem, e os resultados de sua promulgação, são importantes tanto para o Céu como para a Terra.
Logo terminará o conflito entre os dois grandes poderes, o do bem e o do mal; mas até o tempo de seu fim,
haverá contínua e aguda contenda. Como Daniel e os seus companheiros em Babilônia, devemos agora fazer o propósito de ser fiéis ao princípio, venha o que vier. A incandescente fornalha ardente aquecida sete vezes mais do que era necessário, não fez com que esses fiéis servos de Deus se afastassem de sua obediência à verdade. Permaneceram firmes no tempo da prova, e foram lançados na fornalha; mas não foram esquecidos por Deus. A figura do Quarto personagem foi vista andando com eles nas chamas, e saíram não tendo sequer cheiro de fogo nas vestes. ...
O mundo hoje está cheio de bajuladores e dissimuladores, mas Deus proíbe que os que pretendem ser guardiães de sagrados depósitos traiam os interesses da causa de Deus, insinuando sugestões e expedientes do inimigo de toda a justiça.
Não há tempo agora para nos arregimentarmos ao lado dos transgressores da lei de Deus, para vermos com seus olhos, ouvirmos com seus ouvidos, para compreendermos com seus sentidos pervertidos. Devemos todos apressar-nos. Devemos trabalhar para tornar-nos uma unidade, para termos uma vida santa e um caráter puro. Não mais se curvem os que professam ser servos do Deus vivo ante o ídolo das opiniões humanas, não mais sejam escravos de qualquer vergonhosa concupiscência, não mais tragam ao Senhor oferta poluída, uma alma maculada pelo pecado.
Como alunos diligentes, lede a Palavra, sede praticantes da Palavra, e o Espírito Santo estará bem perto de todo o obreiro, e o amor de Deus se acenderá na alma daquele que está ministrando, ao fazer justamente a obra que o Senhor ordenou que se fizesse nas atividades missionárias. Special Testimonies to Ministers and Workers Série A, nº 11, 1898, pág. 31.