O Lar Adventista

CAPÍTULO 84

Como Influenciar os Juvenis em Relação às Recreações

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Como Dirigir o Pensamento Adolescente em Relação às Recreações

Normas Rebaixadas

Os pais cristãos estão abrindo caminho às propensões de seus filhos para o amor ao mundo. Abrem a porta a divertimentos que uma vez proibiram por princípio. Manuscrito 119, 1899.

Mesmo entre os pais cristãos tem havido excessiva aprovação ao amor por divertimentos. Eles têm recebido as máximas do mundo, têm-se conformado com a opinião geral de que é necessário que os primeiros anos de crianças e jovens sejam passados na indolência, em divertimentos egoístas, em tolas condescendências. Desta maneira tem sido criado o gosto por prazeres estimulantes, e crianças e jovens têm educado a mente no sentido de se deleitarem em exibições instigantes; e manifestam positivo desprazer nas obrigações sóbrias e úteis da vida. Vivem sua vida mais segundo a ordem dos irracionais. Não voltam os pensamentos para Deus ou as realidades eternas, mas esvoaçam como mariposas em sua estação. Não agem como seres sensíveis, cuja vida pode ser medida com a vida de Deus, e que a Ele são responsáveis por cada hora do seu tempo. The Youth"s Instructor, 20 de julho de 1893.

As Mães Devem Orientar

Em vez de afastar os filhos de sua presença, para não serem incomodadas com o barulho nem molestadas com as constantes atenções que eles exigem, devem as mães compreender que seu tempo não poderia ser melhor empregado do que em tranqüilizar e divertir-lhes a mente incansável, ativa com algum divertimento ou alguma ocupação agradável e leve. A mãe


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será amplamente recompensada pelos esforços que fizer e o tempo que despender em imaginar distrações para os filhos.

As crianças amam a associação. Elas não podem, como coisa geral, divertir-se sozinhas; e a mãe deve sentir que, em muitos casos, o lugar dos filhos quando estão em casa é o aposento que ela ocupa. Assim ela pode tê-los sob as vistas de maneira geral e estar em condições de endireitar pequenas desavenças, quando lho pedirem, e corrigir hábitos errôneos ou a manifestação de paixões egoístas, e dirigir-lhes a mente na direção certa. Aquilo que as crianças apreciam elas entendem que a mãe também aprecia, e para elas é perfeitamente natural consultar a mãe em seus pequenos problemas. E a mãe não deve ferir o coração de seus sensíveis filhos tratando o assunto com indiferença ou recusando-se a preocupar-se com essas pequenas questões. O que para a mãe pode ser de pouco valor é de grande importância para eles. E uma palavra de orientação ou a de advertência no devido tempo, se provará muitas vezes de grande valor. Solemn Appeal, págs. 136 e 137.

Não Recusar Recreações Inocentes

Por falta de tempo e de idéia, muita mãe recusa a seus filhos algum inocente prazer, enquanto os dedos atarefados e os fatigados olhos se empenham diligentemente em qualquer obra destinada a mero adorno, qualquer coisa que, na melhor hipótese, servirá unicamente para animar a vaidade e a extravagância em seu jovem coração. Ao aproximarem-se os filhos da adolescência, estas lições dão frutos em orgulho e ausência de valor moral. A mãe aflige-se com as faltas dos filhos, mas não compreende que a colheita que está tendo é o fruto da semente por ela própria plantada.

Algumas mães não são uniformes no tratamento de suas crianças. Têm às vezes condescendências que lhes são


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nocivas; e de outras vezes, recusam qualquer inocente satisfação que tornaria deveras feliz o coraçãozinho infantil. Assim fazendo, elas não imitam a Cristo; Ele amava as crianças; compreendia-lhes os sentimentos, e interessava-Se por elas, fosse em seus prazeres, fosse em suas provações. A Ciência do Bom Viver, págs. 389 e 390.

Como a Sra. White Disciplinou Seus Filhos

Quando as crianças pedirem para fazer parte deste grupo ou reunir-se a algum outro para uma reunião de divertimento, dizei-lhes: "Não posso permitir que vão, filhos; assentem-se aqui e lhes direi por quê. Estou construindo uma obra para a eternidade e para Deus. Deus os entregou a mim e os confiou a meus cuidados. Estou posta no lugar de Deus para vocês, meus filhos; portanto devo vigiá-los como quem tem contas a prestar no dia de Deus. Querem vocês que o nome de mamãe apareça nos livros do Céu como alguém que falhou no desempenho de seus deveres para com os filhos, ou que tenha permitido ao inimigo ocupar o terreno que ela devia ter ocupado? Filhos, vou dizer-lhes qual é o caminho certo, e se escolherem afastar-se de mamãe e seguir os caminhos da impiedade, mamãe ficará isenta de culpa, mas vocês terão de sofrer por seus próprios pecados."

Este foi o procedimento que adotei com meus filhos, e antes que eu me desse conta eles estavam em lágrimas e diziam: "Não gostaria de orar por nós?" Bem, eu jamais recusei orar por eles, ajoelhando-me a seu lado. Nessas ocasiões tenho atravessado a noite até Sol alto em súplica a Deus por eles, para que o encantamento do inimigo seja quebrado, e tenho alcançado a vitória. Embora me custe noites de labor, sinto-me regiamente paga quando meus filhos se me dependuram ao pescoço e dizem: "Oh, mãe, sentimo-nos tão felizes por não nos haver deixado ir aonde havíamos desejado. Agora vemos que teria sido errado fazê-lo."


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Pais, esta é a maneira como deveis agir: com convicção. Tendes de empenhar-vos neste trabalho, se esperais salvar vossos filhos para o reino de Deus. Manuscrito 70.

Problemas Perturbadores da Adolescência

No atual estado da sociedade não é fácil tarefa restringirem os pais aos filhos, instruí-los de acordo com a norma bíblica do direito. Os filhos tornam-se muitas vezes impacientes sob a restrição, querendo fazer a própria vontade, indo e vindo segundo lhes apraz. Especialmente da idade de dez a dezoito, são propensos a julgar que nenhum mal pode haver em ir a reuniões mundanas de jovens companheiros. Mas os experientes pais cristãos podem ver o perigo. Estão familiarizados com o temperamento peculiar dos filhos, e sabem o efeito dessas coisas em seu espírito; e, levados pelo desejo de que se salvem, devem mantê-los afastados desses excitantes divertimentos. Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág. 327.

Vigilância Após a Conversão

Quando os filhos decidem por si mesmos abandonar os prazeres do mundo e se tornarem discípulos de Cristo, que peso é tirado do coração desses pais cuidadosos e fiéis! No entanto, nem então devem cessar os esforços de sua parte. Esses jovens apenas começaram com sinceridade a luta contra o pecado, e contra os males do coração natural, e precisam, em sentido especial, o conselho e o vigilante cuidado dos pais. Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág. 327.

Como Proteger os Filhos

Quantos pais há que lamentam o fato de não poderem conservar seus filhos no lar, o fato de não terem esses filhos amor pelo lar! Logo no começo da adolescência têm eles manifestado o desejo da companhia de estranhos, e tão logo se tornam suficientemente crescidos, rompem aquilo


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que lhes parece o cativeiro de uma restrição irrazoável, e não ouvem quer os conselhos do pai quer as orações da mãe. Se fosse feita uma análise, se verificaria que o pecado está muito relacionado com os pais. Eles não tornaram o lar o que devia ser - um lugar atrativo, agradável, iluminado com a luz de palavras de bondade, olhares de simpatia e verdadeiro amor.

O segredo da salvação dos filhos está em fazer vosso lar agradável e atrativo. A condescendência da parte dos pais não ligará os filhos nem a Deus e nem ao lar; mas uma influência firme e piedosa no devido treino e educação da mente poderia salvar muitos filhos da ruína. Review and Herald, 9 de dezembro de 1884.

É dever dos pais vigiarem o sair e o entrar de seus filhos. Devem estimulá-los e apresentar-lhes incentivos a serem atraídos ao lar, e que façam ver o interesse que os pais neles têm. Os chefes de família devem tornar o lar aprazível e alegre. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 151.

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