O Lar Adventista

CAPÍTULO 16

Companheirismo Feliz

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A Verdadeira União, uma Experiência Contínua

Alcançar a devida compreensão da relação matrimonial é obra da vida inteira. Os que se casam ingressam numa escola onde nunca, nesta vida, se diplomarão. Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 95.

Por mais cuidadosa e sabiamente que se tenha entrado no casamento, poucos casais se encontram completamente unidos ao realizar-se a cerimônia matrimonial. A real união dos dois em casamento é obra dos anos subseqüentes. A Ciência do Bom Viver, págs. 359 e 360.

Ao enfrentar o recém-casado par a vida com sua carga de perplexidade e cuidado, desaparece o romance com o qual tantas vezes a imaginação reveste o casamento. Marido e mulher ficam conhecendo mutuamente o caráter, como não lhes era possível conhecê-lo em sua associação anterior. É este um período assaz crítico de sua vida. A felicidade e utilidade de toda a sua vida futura depende de seguirem agora o devido procedimento. Muitas vezes descobrem no outro fraquezas e defeitos insuspeitados: mas os corações que o amor uniu descobrirão também excelências até então desconhecidas. Que todos procurem descobrir as virtudes e não os defeitos. Muitas vezes é nossa própria atitude, a atmosfera que nos rodeia, o que determina aquilo que o outro nos revelará. A Ciência do Bom Viver, págs. 359 e 360.

Seja o Amor Provado e Experimentado

A afeição poderá ser clara como cristal e formosa em sua pureza e, contudo, ser superficial, por não ter sido provada nem refinada. Fazei de Cristo em tudo o primeiro, o último e o melhor. Contemplai-O constantemente, e, à medida que se for submetendo à


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prova, vosso amor a Ele se tornará dia a dia mais profundo e mais forte. E ao crescer vosso amor a Ele, também vosso amor mútuo há de crescer, aprofundar-se e fortalecer-se. Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 96.

Embora possam surgir dificuldades e perplexidades nem o marido nem a esposa abrigue o pensamento de que sua união é um erro ou uma decepção. Resolva cada qual ser para o outro tudo que é possível. Continuai as primeiras atenções. De todos os modos, anime um ao outro nas lutas da vida. Procure cada um promover a felicidade do outro. Haja amor mútuo, mútua paciência. Então, o casamento, em vez de ser o fim do amor, será como que seu princípio. O calor da verdadeira amizade, o amor que liga coração a coração, é uma amostra do Céu. Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 311.

Todos devem cultivar a paciência pela prática da paciência. Sendo bondosos e perdoadores, o verdadeiro amor pode ser mantido quente no coração, e se desenvolverão qualidades que o Céu aprovará. Review and Herald, 2 de fevereiro de 1886.

O Inimigo Procurará Provocar Separação

Satanás está sempre pronto para tirar vantagem quando surge qualquer ponto controvertido, e pondo em movimento os objetáveis traços hereditários de caráter no marido e na mulher, procurará levar à separação os que uniram seus interesses em solene concerto diante de Deus. No voto matrimonial prometeram ser um, comprometendo-se a esposa a amar e obedecer ao marido, este prometendo amar sua esposa e tratá-la com carinho. Se a lei de Deus é obedecida, o demônio da contenda será conservado fora do lar, e não ocorrerá separação de interesses, nem será permitida alienação das afeições. Carta 18a, 1891.

Conselho a um Casal Voluntarioso

Nem o marido nem a mulher deve buscar dominar. O Senhor estabeleceu o princípio


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que guiará esse assunto. O marido deve amar a mulher como Cristo à igreja. E a mulher deve respeitar e amar o marido. Ambos devem cultivar espírito de bondade, resolvidos a nunca ofender ou prejudicar o outro. ...

Não procureis obrigar o outro a proceder como desejais. Não podereis fazer isso e ao mesmo tempo conservar o amor mútuo. Manifestações de vontade própria destroem a paz e a felicidade do lar. Não permitais que vossa vida conjugal seja de contenda. Se o permitirdes, sereis ambos infelizes. Sede bondosos nas palavras e delicados no trato, renunciando a vossos próprios desejos. Vigiai bem as vossas palavras; pois exercem influência poderosa para o bem ou para o mal. Não permitais aspereza alguma da voz. Trazei para vossa vida conjugal a fragrância da semelhança de Cristo. Testemunhos Seletos, vol. 3, págs. 96 e 97.

O Amor Expresso em Palavras e Obras

Muitos há que consideram a expressão de amor como uma fraqueza e mantêm uma reserva que repele aos outros. Este espírito detém a corrente de simpatia. Sendo reprimidos os generosos impulsos sociais, eles mirram, e o coração torna-se desolado e frio. Devemos precaver-nos contra este erro. O amor não pode existir por muito tempo sem se exprimir. Não permitais que o coração do que se acha ligado convosco pereça à míngua de bondade e simpatia. ...

Dê cada um amor, em vez de exigi-lo. Cultive aquilo que tem em si de mais nobre, e esteja pronto a reconhecer as boas qualidades do outro. É um admirável estímulo e satisfação saber alguém que é estimado. A simpatia e o respeito animam na luta em busca da perfeição, e o próprio amor cresce à medida que estimula a propósitos mais nobres. A Ciência do Bom Viver, págs. 360 e 361.

A razão por que há em nosso mundo tantos homens e mulheres de coração empedernido é que a verdadeira afeição tem


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sido considerada como fraqueza, sendo conseqüentemente desencorajada e reprimida. A melhor parte da natureza das pessoas desta classe foi pervertida e amesquinhada na infância; e a menos que os raios da luz divina derretam sua frieza e endurecido egoísmo, sua felicidade estará enterrada para sempre. Se queremos ter coração terno, como o tinha Jesus quando esteve na Terra, e santificada simpatia, como a têm os anjos pelos pecadores mortais, precisamos cultivar as simpatias da infância, que são a simplicidade em si. Então seremos refinados, elevados e dirigidos por princípios celestiais. Testimonies, vol. 3, pág. 539.

Cuidados e fardos em demasia estão sendo levados para nossas famílias, e muito pouco da natural simplicidade, paz e felicidade é acariciado. Devia haver menos preocupação pelo que o mundo exterior dirá e mais profunda atenção para com os membros do círculo familiar. Deve haver menos ostentação e afetação de polidez mundana, e mais ternura e amor, alegria e cortesia cristã entre os membros da família. Muitos precisam aprender como tornar o lar atrativo, um lugar de prazer. Corações agradecidos e bondoso olhar são mais valiosos que riqueza e luxo; e o contentamento com as coisas simples tornará o lar feliz se nele existir o amor. Testimonies, vol. 4, págs. 621 e 622.

Pequenas Atenções Têm o seu Peso

Deus experimenta e prova-nos pelas ocorrências comuns da vida. São as pequenas coisas que revelam os capítulos do coração. São as pequenas atenções, os numerosos incidentes pequeninos e as simples cortesias da vida, que formam a soma da felicidade da existência; e é a negligência das palavras bondosas, animadoras e afetuosas, e das pequenas cortesias da vida que ajudam a formar o todo da infelicidade da existência. Verificar-se-á afinal que a negação do próprio eu pelo bem e felicidade dos que nos


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rodeiam constitui grande parte do registro da vida no Céu. E revelar-se-á também o fato de que, o cuidado do eu, sem consideração para com o bem e a felicidade de outros, não escapa à observação de nosso Pai celeste. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 208.

Um Esposo que não Expressava Afeição

Uma casa que tenha amor, onde o amor é expresso em palavras, olhares e ações, é um lugar onde os anjos gostam de manifestar sua presença e consagrar a cena pelos raios de luz da glória. Ali as humildes obrigações caseiras têm o seu encanto. Nenhum dos deveres da vida será desagradável para a esposa em tais circunstâncias. Ela os desempenhará com alegria de espírito e haverá como que raios de sol ao redor de si, e em seu coração haverá melodias ao Senhor. No momento ela sente que não é senhora das afeições de teu coração. Tem-lhe dado ocasião de assim pensar. Tens cumprido tuas tarefas como a cabeça da família, mas há uma falta. Há séria falta da preciosa influência do amor que leva a delicadas atenções. O amor deve ser visto no olhar e nas maneiras e ouvido nos tons da voz. Testimonies, vol. 2, págs. 417 e 418.

Uma Esposa Decepcionante e Egoísta

O caráter moral dos que se unem em casamento será degradado ou elevado nessa união; e a obra de deterioração conseqüente de uma natureza baixa, decepcionante, egoísta e incontrolada começa logo após a cerimônia matrimonial. Se o rapaz faz uma escolha sábia, terá a seu lado alguém que levará até o máximo de suas forças a parte que lhe toca dos fardos da vida, alguém que o enobrecerá e refinará, e fá-lo-á feliz em seu amor. Mas se a esposa é de caráter impulsivo, narcisista, exatora, acusadora, culpando o esposo por


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motivos e sentimentos que se originam exclusivamente em seu temperamento pervertido; se não possui discernimento e senso discriminativo para reconhecer-lhe o amor e apreciá-lo, mas fala de negligência e falta de amor porque ele não lhe satisfaz cada capricho, quase que inevitavelmente ela acarretará o estado de coisas que parece deplorar; faz que todas essas acusações se tornem realidade. Carta 10, 1889.

Características de uma Esposa e Mãe Sociável

Em vez de lidarem por se pôr a par das exigências da moda, tenham as mulheres a força moral de se vestirem saudável e singelamente. Em lugar de se entregar a uma verdadeira labuta, procure a esposa e mãe encontrar tempo para ler, para se manter bem informada, para ser uma companheira a seu marido, e se conservar em contato com a mente em desenvolvimento de seus filhos. Empregue ela sabiamente as oportunidades que tem agora de influenciar os seus queridos para aquela vida mais elevada. Tome tempo para tornar o querido Salvador um companheiro diário, um amigo familiar. Consagre tempo ao estudo de Sua Palavra, para levar as crianças aos campos, e aprender a conhecer a Deus mediante a beleza de Suas obras.

Mantenha-se ela animosa e alegre. Em vez de passar todos os momentos num costurar sem fim, faça do serão um aprazível período social, uma reunião de família depois dos deveres do dia. Muito homem seria assim levado a preferir o convívio de seu lar, em vez de o clube e o bar. Muito menino seria guardado contra a rua e o bar da esquina. Muita menina seria salva de associações frívolas, que não levam a bom caminho. A influência do lar seria tanto para os pais como para os filhos, aquilo que era o desígnio de Deus que fosse, uma bênção que se estendesse por toda a vida. A Ciência do Bom Viver, pág. 294.

A vida de casado não é toda ela um romance; ela tem suas dificuldades reais e suas minúcias domésticas. A esposa não se deve considerar uma boneca para ser cuidada, mas uma mulher; alguém que deve meter o ombro sob fardos reais, não


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imaginários, e viver uma vida compenetrada, inteligente, considerando que há outras coisas mais para pensar do que apenas em si. ... A vida real tem suas sombras e suas tristezas. Problemas sobrevêm a toda alma. Satanás está constantemente operando para demolir a fé e destruir a coragem e esperança de cada um. Carta 34, 1890.

Conselho a um Casal Infeliz

Vossa vida de casados tem sido muito semelhante a um deserto - apenas um ou outro ponto verdejante para serem lembrados com prazer. Não há necessidade de ser assim. O amor não pode existir sem revelar-se em atos externos, como o fogo não pode manter-se vivo sem queimar. Tu irmão C, tens suposto estar abaixo de tua dignidade manifestar carinho por atos bondosos e buscar oportunidade de demonstrar afeição a tua esposa mediante palavras ternas e trato afável. És susceptível de mudar em teus sentimentos e de te deixares afetar demasiado pelas circunstâncias. ... Deixa teus negócios, cuidado, perplexidades e contrariedades quando deixares teus afazeres. Vem para teu lar com a fisionomia alegre, com simpatia, bondade e amor. Isto será melhor que despender dinheiro com remédios ou médicos para tua esposa. Será saúde para o corpo e vigor para a alma. A vida de ambos tem sido muito desastrosa. Ambos têm tido culpa em fazê-la assim. Deus não Se agrada com vossa desgraça; vós a haveis atraído sobre vós pela falta de autocontrole.

Deixas que os sentimentos vacilem. Pensas, irmão C, estar abaixo de tua dignidade manifestar amor, falar bondosa e afetuosamente. Todas essas palavras de bondade, pensas, sugerem frouxidão e fraqueza, e são desnecessárias. Mas em lugar delas vêm palavras impacientes, de discórdia, atritos e censura. ...


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Não possuis os elementos de um espírito cordato. Demoras-te em teus dissabores; necessidades e pobreza imaginárias antecipadas te fixam na face; sentes-te angustiado, aflito, torturado; teu cérebro parece em fogo, deprimido teu espírito. Não aprecias o amor de Deus e não manifestas gratidão de coração por todas as bênçãos que teu bondoso Pai celestial te tem concedido. Vês tão-somente os desconfortos da vida. Uma insanidade mundana te envolve como pesadas nuvens de trevas espessas. Satanás exulta sobre ti, porque terás angústia quando a paz e felicidade estão ao teu dispor. Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 99.

Amor Mútuo e Tolerância Recompensados

Sem mútuo amor e tolerância mútua nenhum poder terreno pode manter-te a ti e a tua esposa nos laços da unidade cristã. Vosso companheirismo na relação matrimonial deve ser íntimo e terno, santo e elevado, insuflando poder espiritual em vossas vidas, para que possais ser um para o outro tudo que a Palavra de Deus requer. Quando alcançardes a condição que o Senhor deseja alcanceis, encontrareis o Céu cá embaixo e Deus em vossa vida. Carta 18a, 1891.

Lembrai, caro irmão e irmã, que Deus é amor e que pela Sua graça conseguireis fazer-vos mutuamente felizes, como prometestes em vosso voto matrimonial. Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 99.

Homens e mulheres podem atingir o ideal de Deus a seu respeito, se tomarem a Cristo como seu ajudador. O que a sabedoria humana não pode fazer, Sua graça realizará pelos que a Ele se entregarem em amorosa confiança. Sua providência pode unir corações com laços de origem celestial. O amor não será mera troca de suaves e lisonjeiras palavras. O tear do Céu tece com trama e urdidura mais fina, não obstante mais firme, do que se pode tecer nos teares da Terra. O resultado não é um tecido


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débil, mas sim, capaz de resistir a fadigas e provas. Coração unirá a coração nos áureos vínculos de um amor que é perdurável. A Ciência do Bom Viver, pág. 362.

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