Atitudes Corretas Para a Mãe Lactante
O melhor alimento para o bebê é o que lhe foi provido pela Natureza. Não deveria, sem necessidade, ser dele privado. É falta de coração eximir-se a mãe, por amor da comodidade ou de diversões sociais, da delicada tarefa de amamentar o filhinho. A Ciência do Bom Viver, pág. 383.
É crítico o período durante o qual o bebê recebe o alimento da mãe. Muitas mães, enquanto nutrem a criança, têm-se permitido trabalhar demais, estimulando o sangue ao cozinharem, o que tem afetado seriamente o bebê, não só pelo alimento febril recebido do seio da mãe, mas também porque seu sangue se tornou envenenado pelo regime insalubre daquela - regime que lhe tem posto em estado febril todo o organismo, deste modo afetando o alimento do pequeno. Este é também afetado pela condição da mente da mãe. Se ela é infeliz, se facilmente se agita e se irrita, dando lugar a irrupções de paixão, o alimento que a criança recebe da mãe é inflamado, produzindo muitas vezes cólica, espasmos e, em alguns casos, convulsões e desmaios.
Também o caráter da criança é mais ou menos afetado pela natureza do alimento recebido da mãe. Quão importante, então, que a mãe, enquanto amamenta seu bebê, conserve um estado mental feliz, tendo o perfeito controle de seu espírito. Assim fazendo, não se prejudica o alimento da criança, e o procedimento calmo e dominado seguido pela mãe no cuidado do filho, tem muito que ver com o molde de seu espírito. Se o pequeno for nervoso, ficar agitado facilmente, as maneiras cuidadosas e calmas da mãe terão uma influência no sentido de
abrandar e corrigir, e a saúde da criança muito poderá aproveitar. Conselhos Sobre o Regime Alimentar, pág. 228.
Quanto mais sossegada e simples for a vida da criança, mais favorável será, tanto para seu desenvolvimento físico como mental. A mãe deve buscar estar, em todas as ocasiões, serena, calma, e na inteira posse de si mesma. A Ciência do Bom Viver, pág. 381.
O Alimento não Substitui a Atenção
As crianças têm sido grandemente prejudicadas por tratamento impróprio. Se impertinentes, são geralmente alimentadas para calar-se, quando na maioria dos casos, a verdadeira razão é o haverem recebido demasiado alimento, havendo ficado prejudicadas pelos hábitos errôneos da mãe. Mais alimento apenas piora a situação, pois seu estômago já está abarrotado.
As crianças são geralmente criadas desde o berço para satisfazerem ao apetite, e são ensinadas que vivem para comer. A mãe faz muito para a formação do caráter dos filhos na infância. Ela pode ensiná-los a controlar o apetite, ou a serem condescendentes com o apetite, tornando-se glutões. A mãe muitas vezes faz planos para umas tantas tarefas durante o dia; e quando as crianças a incomodam, em vez de tomar tempo para amenizar-lhes suas pequenas mágoas, e distraí-las, dá-lhes às vezes de comer para que se aquietem, o que responde ao propósito por algum tempo, mas torna conseqüentemente a coisa pior. O estômago das crianças foi sobrecarregado com alimento, quando não tinha dele a mínima necessidade. Tudo o que se necessitava era um pouco do tempo e atenção da mãe. Mas ela considerou o seu tempo como demasiado precioso para devotá-lo ao interesse das crianças. Talvez o arranjo da casa de maneira atraente que arranque aplausos das visitas, ou o preparo do alimento no estilo da
moda, sejam para ela de mais importância que a felicidade e a saúde de seus filhos. Solemn Appeal, págs. 125 e 126.
O Alimento Deve Ser Saudável e Apetitoso, mas Simples
O alimento deve ser tão simples que sua preparação não absorva todo o tempo da mãe. Deve tomar-se cuidado, é certo, para que a mesa seja suprida com alimento saudável e preparado de maneira agradável e convidativa. Não se pense que qualquer coisa que descuidadamente se prepare para servir como alimento seja suficientemente bom para as crianças. Mas menos tempo deve devotar-se ao preparo de pratos não saudáveis, para agradar o gosto pervertido e mais tempo à educação e preparo dos filhos. Christian Temperance and Bible Hygiene, pág. 141.
Preparando o Enxoval do Recém-nascido
No preparo do guarda-roupa do nenê, deve ter-se em vista a conveniência, o conforto e a saúde, de preferência à moda e ao desejo de causar admiração. A mãe não deve desperdiçar tempo em bordados ou trabalhos de fantasias, para embelezar as pequeninas vestimentas, sobrecarregando-se assim de trabalho desnecessário, com detrimento de sua saúde e da do pequenino ser. Ela não deve se inclinar sobre costuras que exijam esforço fatigante dos olhos e dos nervos, numa época em que necessita de abundância de repouso e exercício agradável. Convém compreender sua obrigação de poupar as forças, de modo a poder suportar o que dela é exigido. A Ciência do Bom Viver, págs. 381 e 382.
Garantir Limpeza, Aquecimento e Ar Fresco
As criancinhas precisam de calor, mas comete-se freqüentemente um erro, conservando-as em aposentos demasiado aquecidos, privados em alto grau de ar fresco. ...
O nenê deve ser mantido ao abrigo de toda influência que tenda a enfraquecer ou envenenar-lhe o organismo. Dever-se-ia ter o mais escrupuloso cuidado em manter tudo que o cerca
asseado e aprazível. Conquanto seja necessário proteger os pequeninos de repentinas e fortes mudanças de temperatura, convém cuidarem que, dormindo ou despertos, dia e noite, eles respirem ar puro revigorante. A Ciência do Bom Viver, pág. 381.
O Cuidado da Criança na Enfermidade
Em muitos casos as doenças infantis têm sua origem nos erros cometidos na maneira de as cuidar. Irregularidade na alimentação, deficiência no vestuário nas tardes frias, falta de vigoroso exercício para manter o sangue em saudável circulação, ou falta de abundância de ar puro à purificação desse mesmo sangue, podem ser a causa da perturbação. Estudem os pais a fim de ver as causas da doença, e modifiquem então as más condições o mais depressa possível.
Está ao alcance de todos os pais aprender muito sobre o cuidado e prevenção, e mesmo o tratamento das doenças. A mãe, especialmente, deve saber o que fazer nos casos comuns de doença na família. Deve saber a maneira de tratar o filho doente. Seu amor e percepção devem habilitá-la para prestar-lhe serviços que não deveriam ser confiados a mãos estranhas. A Ciência do Bom Viver, pág. 385.