O Lar Adventista

CAPÍTULO 53

Frente Unida

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Responsabilidades no Governo Compartilhadas

Unidos e com oração devem pai e mãe assumir a pesada responsabilidade de guiar corretamente a seus filhos. Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág. 127.

Devem os pais trabalhar unidos como um todo. Não deve haver divisão. Muitos pais, porém, trabalham em oposição, e os filhos são assim prejudicados pela má direção. ... Acontece às vezes que um dos pais é demasiado condescendente e o outro demasiado severo. Esta diferença funciona contra os bons resultados na formação do caráter dos filhos. Nenhuma violência deve ser exercida na condução de reformas, mas ao mesmo tempo nenhuma condescendente fraqueza deve ser mostrada. A mãe não deve procurar esconder aos olhos do pai as faltas dos filhos, nem deve animá-los a fazer o que o pai proibiu. Nenhuma semente de dúvida deve a mãe plantar no espírito dos filhos quanto à sabedoria das decisões do pai. Não deve ela, por sua conduta, contrafazer a obra do pai. Review and Herald, 30 de março de 1897.

Se pai e mãe estão em divergência, trabalhando um para contrapor-se à influência do outro, a família ficará em má condição, e nem o pai e nem a mãe receberá o respeito e a confiança necessários ao bom governo da família. ... As crianças são ativas no discernir qualquer coisa que lance reflexos sobre regras e regulamentos do lar, especialmente aqueles regulamentos que lhes restringem as ações. Review and Herald, 13 de março de 1894.


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Pai e mãe devem unir-se na disciplina dos filhos; cada um deve levar a sua parte de responsabilidade, reconhecendo diante de Deus a obrigação de educar de tal maneira sua prole que lhes sejam assegurados, tanto quanto possível, boa saúde física e caráter bem desenvolvido. Pacific Health Journal, abril de 1890.

Perigo de Dar Lições Sobre o Engano

Algumas mães bondosas toleram nos filhos erros que não deveriam ser suportados nem por um momento. Os malfeitos deles são muitas vezes ocultos ao pai. Artigos de toucador ou qualquer outra concessão é feita pela mãe, com entendimento de que o pai nada deva saber a esse respeito; pois ele reprovaria tais coisas.

Aí é ensinada eficazmente aos filhos uma lição de engano. Depois, se o pai descobre esses erros, são apresentadas desculpas, e a verdade é dita só pela metade. A mãe não é franca. Não considera como deve que o pai tem nos filhos o mesmo interesse que ela, e não deve ser mantido na ignorância dos erros ou tentações que precisam ser corrigidos neles enquanto jovens. Têm-se encoberto coisas. Os filhos conhecem a falta de união entre os pais, e isto tem seu efeito. E cedo começam a enganar, encobrir, dizer à mãe e ao pai de maneira diferente, do que na verdade as coisas são. O exagero torna-se hábito, e chegam a ser ditas grossas mentiras quase sem que a consciência se sinta acusada ou repreendida.

Esses erros começaram com a mãe esconder as coisas do pai, que tem igual interesse no caráter que os filhos estão formando. O pai devia ter sido consultado francamente. Tudo deveria ter-lhe sido exposto. A direção oposta, porém, tomada


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para ocultar os erros dos filhos, anima a disposição de enganar, a falta de veracidade e honestidade. Testemunhos Seletos, vol. 1, págs. 49 e 50.

Deve haver sempre, da parte dos pais cristãos, o princípio de estarem unidos no governo dos filhos. Existe a este respeito uma culpa da parte de alguns pais - a falta de união. Essa falta se encontra por vezes no pai, mas mais freqüentemente na mãe. A mãe amante mima os filhos e com eles condescende. O trabalho do pai muitas vezes o afasta de casa e do convívio dos filhos. A influência da mãe é que atua. Seu exemplo contribui muito para formar o caráter das crianças. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 49.

Pais em Desavença, Filhos Confundidos

A família estável precisa ser bem organizada. Juntos pai e mãe devem considerar suas responsabilidades, e com clara compreensão assumir sua tarefa. Não deve haver divergência. Pai e mãe não devem jamais criticar planos e propósitos um do outro na presença dos filhos. Se a mãe é inexperiente no conhecimento de Deus, deve raciocinar da causa para o efeito, procurando verificar se sua disciplina é de molde a incrementar as dificuldades do pai ao esforçar-se ele pela salvação dos filhos. Estou seguindo o caminho do Senhor? Esta deve ser a principal pergunta. Manuscrito 79, 1901.

Se os pais não estão de acordo em alguma coisa, afastem-se da presença dos filhos até que uma solução seja encontrada. Review and Herald, 30 de março de 1897.

Muitas vezes acontece não estarem os pais unidos no governo da família. O pai, que está com os filhos apenas pouco tempo, e ignora suas peculiaridades de disposição e temperamento, é ríspido e severo. Não controla o temperamento, mas corrige com ira. A criança sabe disto, e em vez de submeter-se, o castigo enche-a de ira. A mãe permite que a falta passe


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uma vez sem repreensão quando de outra vez puniu duramente. As crianças nunca sabem o que esperar, e são tentadas a ver até onde podem transgredir impunemente. Assim semeiam-se sementes do mal que germinarão e darão fruto. Signs of the Times, 11 de março de 1886.

Se os pais estão unidos nesta obra de disciplina, os filhos compreenderão o que deles se requer. Mas se o pai, pela palavra ou por um olhar, não aprova a disciplina que a mãe impõe; se acha que ela é demasiado estrita e que ele deve compensar a dureza por mimos e condescendência, a criança ficará arruinada. Logo ela compreenderá que pode fazer o que apraz. Os pais que cometem este pecado contra os filhos são responsáveis pela ruína de suas almas. Review and Herald, 27 de junho de 1899.

Os anjos olham com intenso interesse cada família, a fim de ver como as crianças são tratadas pelos pais, tutores ou amigos. Que estranho desgoverno eles testemunham numa família onde pai e mãe estão em desacordo! O tom de voz do pai ou da mãe, suas palavras, e olhares - tudo faz manifesto que não estão unidos na condução dos filhos. O pai lança censuras sobre a mãe e leva as crianças a desrespeitar a terna afeição da mãe pelos pequenos. A mãe pensa que é obrigada a conceder grande afeição aos filhos, adulando-os e mostrando-se condescendente, porque acha que o pai é duro e impaciente e ela deve trabalhar por anular a influência de sua severidade. Review and Herald, 13 de março de 1894.

Necessário Muita Oração e Sóbria Reflexão

A afeição não pode ser perdurável, mesmo no círculo do lar, a menos que haja uma conformidade da vontade e disposição com a vontade de Deus. Todas as faculdades e paixões devem ser


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postas em harmonia com os atributos de Jesus Cristo. Se pai e mãe unem seus interesses no amor e temor de Deus a fim de lograrem autoridade no lar, verão a necessidade de muita oração e muita sóbria reflexão. E ao buscarem a Deus, seus olhos serão abertos para verem os mensageiros celestiais presentes a fim de protegê-los em resposta à oração da fé. Eles vencerão as fraquezas do caráter e prosseguirão para a perfeição. Manuscrito 36, 1890.

A Suave Corda do Amor

Pai e mãe, uni vossos corações na mais íntima e feliz união. Não vivais separados, mas uni-vos um ao outro mais intimamente; então estareis preparados para unir o coração de vossos filhos ao vosso pela suave corda do amor. Review and Herald, 15 de setembro de 1891.

Persisti em semear a semente para o tempo e a eternidade. Todo o Céu está observando os esforços do pai cristão. Review and Herald, 15 de setembro de 1891.

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