Mensagens Escolhidas - Volume 2

CAPÍTULO 30

Uso de Remédios por Ellen G. White

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Na estimação dessas referências a certas medicações, convém que o leitor observe quatro pontos:

1. As páginas seguintes relacionam as significativas declarações nas quais a Sra. White menciona medicações específicas e simples, na medida em que essas declarações eram conhecidas na ocasião de ser feita esta compilação.

2. Poucas páginas são necessárias para imprimir essas declarações, apenas onze páginas, ao passo que mais de 2.000 páginas se dedicam à compreensiva apresentação dos conselhos sobre saúde encontrados nos livros de E. G. White.

3. Por cinqüenta anos a Sra. White escreveu extensamente, para publicação, sobre o assunto da saúde e do cuidado dos doentes. Mas é fato interessante e significativo que, exceto a breve menção da "pasta de figos" para a úlcera de Ezequias, e uma ligeira alusão ao uso ineficaz de "ervas comuns" na doença de um de seus filhos (ver Spiritual Gifts, vol. 2, pág. 104), ela não fez referência ao uso medicinal de ervas ou a outras medicações específicas simples em qualquer de suas declarações publicadas. Este fato, para dizer o mínimo, não justifica a conclusão de que o uso de ervas seja de suma importância em todo o programa sanitário que ela expôs tão cabalmente.

4. A Sra. White em parte alguma declara, ao considerar essas medicações simples, que não se encontrassem, mais tarde, outras medicações mais eficazes.

Em virtude de impressões mantidas por alguns, de que os escritos da Sra. White não só endossam as ervas mas as apresentam como o meio principal no trato das doenças, e de que há grande abundância de matéria inédita sobre este ponto, os Depositários White crêem que o entendimento dos adventistas do sétimo dia será ajudado, e o registro mantido limpo mediante a publicação das declarações seguintes. Com toda a retidão, não deve o leitor atribuir a essas declarações significado maior do que o fez a autora, que, em suas obras publicadas, expôs ao público em geral os amplos princípios que devem ser seguidos no tratamento dos doentes.


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Não Posso Testificar em seu Favor

Depois de ver tanto dano causado pela ministração de drogas, não as posso usar, nem posso testificar em seu favor. Tenho de ser fiel à luz que me foi proporcionada pelo Senhor.

O tratamento que ministrávamos quando se fundou a clínica, exigia trabalho sério para combater a doença. Não usávamos preparados de drogas; seguíamos métodos naturais. Essa obra foi abençoada por Deus. Foi um trabalho em que o instrumento humano pôde cooperar com Deus na salvação de vidas. Não deve ser introduzida no organismo humano coisa alguma que deixe atrás de si um efeito danoso. E seguir os esclarecimentos dados sobre este assunto, praticar o tratamento natural, e educar em rumos completamente diversos quanto ao tratamento dos doentes - esta foi a razão que me foi dada, pela qual devíamos fundar hospitais em várias localidades.

Era-me penoso ver que muitos estudantes eram animados a ir para instruir-se no uso de drogas. O esclarecimento


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que recebi dava uma idéia completamente diferente quanto ao uso de drogas, do que o que se está fazendo em ______ ou no hospital. Temos de tornar-nos esclarecidos nestes assuntos. Os nomes intrincados dados aos remédios são usados para encobrir o fato, de modo que ninguém saiba o que lhe é dado como remédio, a menos que consiga um dicionário e veja o sentido desses nomes.

O Senhor deu algumas ervas simples, do campo, que por vezes são benéficas; e se todas as famílias fossem instruídas na maneira de usar essas ervas em caso de doença, muito sofrimento poderia ser evitado, e não se precisaria chamar médico nenhum. Essas ervas de uso antigo e singelas, usadas inteligentemente, teriam restaurado muito doente que morreu sob a medicação de drogas.

Um dos remédios mais benéficos é o carvão de lenha em pó, posto numa bolsa e usado em fomentações. É este um dos remédios mais eficazes. Se se molhar em fervura de pimenta d"água [persicária mordaz] será melhor ainda. Tenho recomendado isto em casos em que o doente sofria grandes dores, e quando o médico me confiou julgar ser esse o último recurso antes de morrer o paciente. Então sugeri o carvão, o doente dormiu, veio a crise, e a restauração foi o resultado. A estudantes, quando feriam as mãos e sofriam de inflamação, tenho prescrito este remédio simples, com êxito completo. Vencia-se o tóxico da inflamação, passava a dor, e vinha rapidamente a cura. A mais penosa inflamação dos olhos será aliviada por uma cataplasma de carvão, colocada numa bolsa [de pano], e mergulhada em água fria ou quente, conforme melhor se adapte ao caso. Isto opera como um encanto.

Sem dúvida isto vos fará rir; mas se eu pudesse dar a este remédio algum nome estrangeiro que ninguém conhecesse além de mim, teria maior influência. ... Mas os remédios mais simples podem ajudar a Natureza, sem deixar efeitos danosos após seu uso. Carta 82, 1897.


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Quando lhe Pediam Conselho, Recomendava Remédios Simples

Há muitas ervas comuns que, se nossos enfermeiros soubessem o seu valor, poderiam usar em lugar de drogas, e constatariam serem muito eficazes. Muitas vezes me têm vindo pedir conselho quanto ao que fazer em casos de doença ou acidente, e tenho mencionado alguns desses remédios simples, e têm-se demonstrado proveitosos.

Certa ocasião veio ter comigo um médico, muito aflito. Fora chamado para ver uma jovem muito doente. Contraíra febre quando se achava nos campos vizinhos à nossa escola e fora levada para o edifício escolar, perto de Melbourne, Austrália. Mas piorou tanto que se temia não sobreviver. O médico, Dr. Merritt Kellogg, veio ter comigo e disse: "Irmã White, tem a senhora qualquer esclarecimento para mim, neste caso? Se não pudermos dar alívio a nossa irmã, ela viverá apenas mais algumas horas." Respondi: "Mande buscar, numa oficina de ferreiro, um pouco de carvão em pó; faça disso um emplasto e coloque sobre o estômago e os lados." O médico apressou-se em seguir minhas instruções. Logo voltou, dizendo: "Veio o alívio em menos de meia hora depois da aplicação dos emplastos. Ela está agora passando pelo primeiro sono, desde alguns dias."

Tenho recomendado o mesmo tratamento para outros que sofriam grande dor, e tem trazido alívio e sido o meio de salvar a vida. Minha mãe me contara que picadas de cobra e a mordedura de répteis e insetos venenosos podiam muitas vezes ser neutralizadas pelo uso de emplastos de carvão. Quando trabalhavam na terra, em Avondale, Austrália, os trabalhadores muitas vezes machucavam as mãos e as pernas, o que em muitos casos resultou em tão severa inflamação que o trabalhador tinha que deixar o trabalho por algum tempo. Um dia um deles veio ter comigo nessas condições, com a mão numa tipóia. Estava muito preocupado com seu estado, pois seu auxílio era necessário para limpar o terreno. Eu lhe disse: "Vá ao lugar onde esteve queimando o mato, e traga-me um pouco do carvão dos eucaliptos, pulverize-o, e eu farei uma atadura em sua mão."


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Isto foi feito e na manhã seguinte ele disse que a dor se fora. Logo pôde voltar para o trabalho.

Escrevo estas coisas para que saibais que o Senhor não nos deixou sem o uso de remédios simples que, usados, não deixarão o organismo nas condições de fraqueza em que o uso de drogas tantas vezes o deixa. Precisamos de enfermeiros bem preparados, que compreendam como usar os remédios simples que a Natureza provê para a restauração da saúde, e que possam ensinar aos que desconhecem as leis da saúde, essas maneiras de curar simples mas eficazes.

Aquele que criou os homens e as mulheres tem interesse nos que sofrem. Ele guiou no estabelecimento de nossas casas de saúde e na construção de escolas perto de nossas clínicas, para que se tornem meios eficazes no preparo de homens e mulheres para a obra de servir a humanidade sofredora. No tratamento dos doentes, não precisam ser usadas drogas tóxicas. Álcool e fumo, sob qualquer forma, não devem ser recomendados, não se dê o caso de ser alguma alma levada a contrair o gosto dessas coisas maléficas. Carta 90, 1908.

Remédios Simples e Seguros

Com respeito ao que podemos fazer por nós mesmos, há um ponto que requer cuidadosa e atenta consideração. Tenho que me tornar conhecida a mim mesma, tenho que ser sempre uma discípula quanto ao cuidado deste edifício, o corpo que Deus me deu, a fim de que o possa preservar na melhor das condições de saúde. Devo comer aquilo que seja de fato o melhor para mim fisicamente, e devo ter cuidado especial para que meu vestuário seja de molde a facultar uma sadia circulação do sangue. Não devo privar-me de exercício e ar. Devo receber todo o sol que me seja possível obter.

Cumpre-me ter sabedoria para ser fiel guarda de meu corpo. Eu faria uma coisa muito imprudente se entrasse num aposento frio quando estivesse perspirando; demonstrar-me-ia mordoma infiel se me permitisse sentar numa corrente de ar, expondo-me assim a apanhar um resfriado. Imprudente seria se me deixasse ficar sentada com pés e pernas frios, impelindo assim o sangue


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das extremidades para o cérebro ou os órgãos internos. Devo sempre proteger os pés, quando o tempo está úmido.

Devo comer regularmente, do alimento mais saudável, que produza a melhor qualidade de sangue, e não devo trabalhar intemperantemente, se está em meu poder evitar de fazê-lo.

E quando transgrido as leis que Deus estabeleceu em meu ser, devo arrepender-me e reformar-me, colocando-me na mais favorável condição, sob os cuidados dos médicos que Deus proveu: ar puro, água pura, e o restaurador e precioso sol.

A água pode ser usada de muitas maneiras para aliviar o sofrimento. Goles de água pura, quente, tomados antes da refeição (quase meio litro, mais ou menos), nunca fará mal algum, mas sim, fará bem.

Uma xícara de chá de gatária (erva-dos-gatos) acalmará os nervos.

Chá de lúpulo favorece o sono. Emplasto de lúpulo sobre o estômago alivia a dor.

Se a vista está fraca, se há dor nos olhos, ou inflamação, pedaços de flanela macia molhados em água quente com sal, trarão alívio rápido.

Quando a cabeça está congestionada, se os pés e pernas são banhados em água com um pouco de mostarda, sentir-se-á alívio.

Há muitos outros remédios simples que farão muito para restaurar a ação saudável do corpo. Todas essas preparações simples, o Senhor espera que usemos por nós mesmos, mas as perplexidades do homem são as oportunidades de Deus. Se negligenciarmos fazer aquilo que está ao alcance de quase todas as famílias, e pedirmos ao Senhor que alivie a dor quando somos indolentes demais para fazer uso desses remédios ao nosso alcance, isto é simples presunção. O Senhor espera de nós que trabalhemos para obter alimento. Não é desígnio Seu que recolhamos a colheita a menos que aremos a terra, destorroemo-la e a cultivemos. Então Deus envia a chuva e o sol e as nuvens para fazer com que a vegetação cresça. Deus opera e o homem coopera com Deus. Então há sementeira e colheita.


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Deus fez que da terra germinassem ervas para uso do homem, e se compreendêssemos a natureza dessas ervas e raízes, e delas fizéssemos uso devido, não haveria necessidade de recorrermos ao médico tão freqüentemente, e o povo estaria em muito melhores condições de saúde do que se encontra hoje. Eu tenho fé em invocar o Grande Médico, quando usamos os remédios que mencionei. Carta 35, 1890.

Conselho ao Diretor Clínico de um Novo Hospital

Fazei tudo que vos seja possível para aperfeiçoar a instituição, interna e externamente. Certificai-vos de que os arredores estejam na melhor ordem. Não deixeis ali coisa alguma que cause impressão desagradável no espírito dos pacientes.

Animai os pacientes a viver saudavelmente e a fazer abundante exercício. Isto contribuirá muito para lhes restaurar a saúde. Coloquem-se bancos à sombra das árvores, para que os pacientes sejam animados a passar muito tempo ao ar livre. E deve ser provido um lugar, cercado com lona ou com vidro, onde, em tempo frio, os pacientes possam sentar-se ao sol sem sentir o vento. ...

Ar puro e sol, espírito alegre dentro e fora da instituição, palavras agradáveis e atos bondosos - esses são os remédios de que carecem os doentes, e Deus coroará de êxito vossos esforços por prover esses remédios aos doentes que vêm ao hospital. Mediante a disposição feliz e bem-humorada, expressões de simpatia e esperança aos outros, vossa própria alma se encherá de luz e paz. E nunca vos esqueçais de que a influência benéfica da bênção de Deus, para nós é tudo.

Ensinai aos enfermeiros e aos pacientes o valor desses elementos restauradores da saúde, que são liberalmente providos por Deus, e a utilidade de coisas simples, fáceis de obter.

Dir-vos-ei algo de minha experiência com carvão de lenha como remédio. Para algumas formas de indigestão é mais eficaz do que as drogas. Um pouco de óleo de oliva em que se tenha misturado um pouco desse pó, tende a purificar e curar. Eu o acho excelente. Carvão de eucalipto, pulverizado, temos usado bastante em casos de inflamação. ...


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Estudai e ensinai sempre o uso dos remédios mais simples, e podeis esperar que a bênção especial do Senhor siga o emprego desses meios que estão ao alcance do povo comum. Carta 100, 1903.

Outras Experiências Com Carvão

Restauração rápida. - Um irmão adoeceu com uma inflamação do intestino e disenteria sanguinolenta. Não seguia ele cuidadosamente a reforma pró-saúde; ao contrário condescendia com o apetite. Estávamos preparando-nos para deixar o Texas, onde estivéramos trabalhando por vários meses, e preparamos a condução para levar esse irmão e a família, bem como vários outros que sofriam de febre intermitente. Meu marido e eu resolvemos incorrer nessa despesa, de preferência a que morressem vários chefes de família, deixando ao desamparo as esposas e filhos.

Dois ou três foram levados numa grande carroça de molas, sobre colchões de molas. Mas aquele homem que sofria de inflamação intestinal, mandou pedir que eu fosse vê-lo. Meu marido e eu concluímos que não conviria levá-lo. Tivemos temor de que o processo da morte já se iniciara. Então, qual comunicação do Senhor, veio-me o pensamento de tomar carvão pulverizado, despejar água nele, e dar a beber essa água ao doente, colocando também compressas de carvão sobre o intestino e estômago. Estávamos a quilômetro e meio da cidade de Denison, mas o filho do doente foi à oficina de um ferreiro, arrumou o carvão e o moeu, usando-o então de acordo com as instruções dadas. O resultado foi que em meia hora houve mudança para melhor. Tivemos que iniciar a viagem e deixar a família atrás, mas qual não foi nossa surpresa quando, no dia seguinte, a carroça em que ia aquele doente nos alcançou. Estava ele deitado numa cama, na carroça. A bênção divina operara com o simples meio empregado. Carta 182, 1899. Ver pág. 287.

Carvão e linhaça. - Carecemos muito de um hospital. Na quinta-feira a irmã Sara McEnterfer foi chamada para ver se


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podia fazer alguma coisa pelo filhinho do irmão B, que tem dezoito meses de idade. Fazia vários dias que tinha uma inflamação dolorosa no joelho, que se supunha provir da picada de algum inseto venenoso. Colocou-se sobre a inflamação carvão pulverizado, de mistura com linhaça, e esse emplasto deu alívio imediato. A criança chorara de dor a noite toda, mas ao ser aplicado o emplasto, adormeceu. Hoje foi ela ver o menino duas vezes. Rasgou a inflamação em dois lugares, e supurou abundantemente grande quantidade de pus amarelo e sangue. A criança ficou aliviada de seu grande sofrimento. Damos graças ao Senhor por podermos tornar-nos hábeis no uso de coisas simples, ao nosso alcance, para aliviar a dor, e remover com êxito a sua causa. Manuscrito 68, 1899.

Outros Remédios

Emplasto de figos para Ezequias. - Quando Ezequias adoeceu, o profeta de Deus levou-lhe a mensagem de que havia de morrer. O rei clamou ao Senhor e o Senhor o ouviu, dando-lhe a promessa de que lhe seriam acrescentados à vida quinze anos. Uma palavra de Deus, um toque do dedo divino, teriam sido bastantes para curar Ezequias instantaneamente. Em vez disso, porém, foi-lhe mandado fazer um emplasto de figos e colocá-lo sobre a parte afetada. Isso foi feito, e restaurou-se a saúde de Ezequias. Bem conviria acatar, mais do que o fazemos, esta prescrição que o Senhor ordenou fosse usada. Manuscrito 29, 1911.

Valor do óleo de eucalipto. - Sinto muito saber que a irmã C não está bem de saúde. Não posso recomendar remédio melhor para a tosse do que eucalipto e mel. Num copo com mel ponde umas poucas gotas de óleo de eucalipto, mexei bem e tomai-o toda vez que venha a tosse. Tenho tido bastante incômodo com minha garganta, mas sempre que uso esse remédio, o mal passa bem depressa. Basta eu o usar umas poucas vezes, e a tosse se vai. Se quiserdes usar essa receita, podereis ser vosso próprio médico. Se a primeira experiência não efetuar a cura, tentai outra vez. A melhor ocasião de tomá-lo é antes de deitar. Carta 348, 1908.


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Já vos disse que remédio uso quando sofro de mal da garganta. Tomo um copo de mel fervido, e nele ponho algumas gotas de óleo de eucalipto, mexendo bem. Quando vem a tosse, tomo uma colher das de chá dessa mistura, e vem quase imediatamente o alívio. Sempre tenho usado isso, com o melhor dos resultados. Peço-vos que tomeis o mesmo remédio, quando molestada pela tosse. Essa receita pode parecer tão simples que não vos inspire confiança nela, mas tenho-a experimentado por vários anos e muito a posso recomendar.

Também, tomai escalda-pés, tendo posto na água folhas de eucalipto. Há grande virtude nessas folhas, e se experimentardes isso, haveis de comprovar a veracidade de minhas palavras. O óleo de eucalipto é especialmente benéfico nos casos de tosse e dores no peito e nos pulmões. Quero que ponhais à prova esse remédio, tão simples, e que nada vos custa. Carta 20, 1909.

Árvores de propriedades medicinais. - O Senhor tem-me dado esclarecimento acerca de muitas coisas. Tem-me mostrado que nossas casas de saúde devem ser construídas em terreno alto, para conseguir os melhores resultados, e que devem ser rodeadas de extensa área de terra, embelezada por flores e árvores ornamentais.

Em certo lugar estavam-se fazendo preparativos para limpar o terreno para a construção de um hospital. Foram instruídos de que há saúde no perfume dos pinheiros, dos cedros e dos abetos. E há várias outras espécies de árvores que têm propriedades medicinais e promovem a saúde. Não sejam essas árvores cortadas desapiedadamente. ... Deixai-as viver. Carta 95, 1902.

"Minha bebida de ervas." - Não precisamos ir à China em busca de nosso chá, ou a Java em busca do café. Disseram alguns: "A irmã White usa chá, ela o guarda em casa"; e que ela lhes ofereceu o mesmo. Não disseram a verdade, pois não o uso, tampouco o guardo em casa. Certa vez, na travessia do oceano, adoeci e nada pude reter no estômago, e tomei, como remédio, um pouco de chá fraco, mas não quero que ninguém


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torne a fazer a observação de que "a irmã White usa chá". Se vierdes a minha casa, mostrar-vos-ei a sacola que contém minha bebida herbácea. Mando vir do Michigan através das montanhas, brotos de trevo vermelho. Quanto ao café, nunca o pude beber, de sorte que os que disseram que a irmã White bebe café cometeram um erro. Manuscrito 3, 1888.

Flores de trevo - primeira colheita. - Tenho um pedido a fazer. Não quererão essas crianças, por bondade, apanhar tanto trevo como apanharam no ano passado, ou mesmo mais? Se isso fizerem, prestar-me-ão um grande favor. Não o posso fazer aqui. Não temos trevo em nosso terreno. A primeira colheita é preferível, mas se for tarde, convirá conseguir da segunda colheita. Carta 1, 1872.

Chá usado como remédio, mas não como bebida. - Não uso chá, nem verde nem preto. Nem uma colherada me passou pelos lábios, há muitos anos, exceto quando atravessei o oceano, e uma vez, desde que estou deste lado, tomei-o como remédio quando me achava doente e vomitava. Nessas circunstâncias pode demonstrar-se um alívio propício.

Não usei chá quando estáveis conosco. Tenho sempre usado chá de trevo vermelho, como vos disse. Eu vos ofereci e disse que era uma bebida boa, simples e saudável. ...

Há anos que não compro um centavo de chá. Conhecendo sua influência, não ouso usá-lo, exceto em casos de muito vomitar, quando o tomo como remédio, mas não como bebida. ...

Eu não prego uma coisa e pratico outra diferente. Não apresento a meus ouvintes regras de vida, ao mesmo tempo fazendo de meu caso uma exceção.

Não sou culpada de tomar qualquer chá exceto o de brotos de trevo vermelho, e se eu gostasse de vinho, chá e café, não usaria esses narcóticos destruidores da saúde, pois aprecio a saúde e aprecio o exemplo salutar, em todas as coisas. Quero ser aos outros um modelo de temperança e de boas obras. Carta 12, 1888.

Café como remédio. - Quanto me lembre, de vinte anos para cá não tomei uma xícara de café genuíno, a não ser, como


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disse, em minha doença, quando, como remédio, tomei uma xícara de café, muito forte, de mistura com um ovo cru, batido. Carta 20, 1882.

Suco de uva e ovos. - Fui instruída de que estais prejudicando vosso corpo mediante um regime de miséria. ... É a falta de alimento conveniente que vos tem feito sofrer tanto. Não tendes tomado o alimento necessário para nutrir vossas débeis forças físicas. Não deveis negar-vos o alimento bom e saudável. ... Obtende ovos, de galinhas sadias. Usai esses ovos cozidos ou crus. Ponde-os crus no melhor vinho sem fermento que possais obter. Isto vos suprirá ao organismo o que lhe é necessário. ... Os ovos contêm propriedades que são agentes medicinais para combater venenos. Conselhos Sobre o Regime Alimentar, págs. 203 e 204.

Aprovados os Procedimentos Médicos Progressistas

Transfusões de sangue. - Há uma coisa que tem salvo vida: transfusão de sangue de uma pessoa para outra; mas isto ser-vos-á difícil, talvez impossível. Apenas o sugeri. Medicina e Salvação, págs. 286 e 287.

Vacinação. -

Tratamento de raios X em Loma Linda. - Por várias semanas me submeti a tratamentos de raios X, para a mancha escura que eu tinha na fronte. Tomei ao todo vinte e três aplicações, e elas conseguiram remover inteiramente a mancha. Por isso sou muito grata. Carta 30, 1911.

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