Mente, Caráter e Personalidade (Vol. 2)

CAPÍTULO 86

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A Fidedignidade Traz Paz de Espírito

Cristo indaga de todo aquele que professa o Seu nome: "Amas-Me?" João 21:15. Se amais a Jesus, amareis as pessoas pelas quais Ele morreu. Pode um homem não apresentar um exterior muito agradável, pode ser deficiente em muitos aspectos; se, porém, sua reputação é a de uma pessoa reta e honesta, ganhará a confiança dos outros. O amor da verdade, a dependência e confiança que os homens podem nele depositar, removerão ou subjugarão os traços indesejáveis de seu caráter. A fidedignidade em vossa posição e vocação, a boa vontade de negar-vos com a finalidade de levar benefício a outros, trará paz de espírito e o favor de Deus. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 512.

Reação à Confiança Traída

Até ao juízo, ignorareis a influência de uma conduta bondosa e prudente para com os incoerentes, desarrazoados e indignos. Quando deparamos com a ingratidão e traição daqueles em quem depositávamos uma confiança sagrada, somos tentados a mostrar nosso ressentimento e indignação. É isso que o culpado espera e para que está preparado. Mas a bondosa paciência toma-o de surpresa, e muitas vezes desperta seus melhores impulsos, e faz-lhes nascer o desejo de uma vida mais nobre. A Ciência do Bom Viver, pág. 495.


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Nosso Confidente é Jesus

Poucos há que apreciam ou aproveitam devidamente o precioso privilégio da oração. Devemos ir ter com Jesus e dizer-Lhe todas as nossas necessidades. Podemos levar-Lhe nossos pequeninos cuidados e perplexidades, assim como nossas maiores aflições. O que quer que surja para nos perturbar ou pôr em apuros, devemos levar ao Senhor, em oração. Se sentimos a necessidade da presença de Cristo a cada passo, Satanás terá pouca oportunidade para intrometer suas tentações. É seu estudado empenho manter-nos afastados do nosso melhor e mais compassivo amigo. Não devemos fazer de ninguém nosso confidente senão de Jesus. Com segurança podemos confiar-Lhe tudo que temos no coração. Testimonies, vol. 5, págs. 200 e 201.

Uma Advertência Acerca de Confissões

Nunca animeis outros a olharem para vós quanto a sabedoria. Quando os homens se dirigem a vós em busca de conselho, encaminhai-os Àquele que lê os motivos de todo coração. Deve penetrar em nossa obra ministerial um espírito diferente. Pessoa alguma deve agir como confessor; homem algum deve ser exaltado como supremo. Nossa obra é humilhar o próprio eu e exaltar a Cristo perante o povo. Depois de Sua ressurreição, o Salvador prometeu que Seu poder acompanharia todo aquele que saísse em Seu nome. Exaltados sejam esse poder e esse nome. Precisamos ter presente continuamente a oração de Cristo quando Ele rogou que o eu fosse santificado pela verdade e a justiça. Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 170.

Não Confessar Pecados Secretos a Humanos

Apresentai às pessoas que pedem as vossas orações, estes pensamentos: Somos humanos; não podemos ler-vos o coração ou conhecer os segredos de vossa vida. Estes são conhecidos apenas por vós mesmos e por Deus.

Se agora vos arrependeis do vosso pecado, se qualquer de vós puder ver que em certo sentido tem andado contrariamente à luz que Deus vos deu, e tem deixado de dar honra ao corpo, templo de Deus, mas por hábitos errôneos tem degradado o corpo que é propriedade de Cristo, confesse estas coisas a Deus.


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A não ser que o Espírito Santo opere em vós de maneira especial para confessardes ao homem os vossos pecados de natureza oculta, não os segredeis a nenhuma alma. Conselhos Sobre Saúde, págs. 373 e 374.

Fazer de Deus o Confessor do Homem

Todos necessitam de experiência prática em confiar em Deus por si mesmos. Nenhum homem se torne vosso confessor; abri a Deus o coração; dizei-Lhe todo o segredo da alma. Levai-Lhe vossas dificuldades, pequenas ou grandes, e Ele vos há de mostrar um caminho para sair de todas elas. Somente ele pode saber dar-vos exatamente o auxílio de que necessitais. Obreiros Evangélicos, pág. 418.

"Confessei a Deus; Ele Perdoou meu Pecado"

Não é louvável falar de nossa fraqueza e desânimo. Que cada qual diga: "Aflige-me ter cedido à tentação, e que minhas orações sejam tão débeis, minha fé tão fraca. Não tenho desculpa a apresentar por ser anão em minha vida religiosa. Mas estou procurando obter a plenitude do caráter em Cristo. Tenho pecado, e todavia amo a Jesus. Tenho caído muitas vezes, e no entanto Ele me estendeu a mão para salvar-me. Contei-Lhe tudo acerca de meus erros. Tenho confessado com tristeza e vergonha tê-Lo desonrado. Tenho olhado à cruz, dizendo: Tudo isso Ele sofreu por mim. O Espírito Santo mostrou-me minha ingratidão, meu pecado em expor Cristo à ignomínia. Aquele que não conhece pecado perdoou meu pecado. Ele me chama para uma vida mais alta, mais nobre, e eu prossigo para as coisas que diante de mim estão." Manuscrito 161, 1897.

Não Há Virtude Especial em Confessar ao Homem

Espero que ninguém fique com a idéia de que estão obtendo o favor de Deus por confessar a seres humanos. Tem de haver na vida aquela fé que opera por amor é purifica a alma. O amor de Cristo subjugará as tendências carnais. A verdade não só traz em si mesma a evidência de sua origem celestial, mas prova que, pela graça do Espírito de Deus, ela é eficaz na purificação da alma. O Senhor deseja que vamos ter


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com Ele diariamente, com todas as nossas dificuldades e confissões de pecado, e Ele pode dar-nos descanso ao usarmos Seu jugo e levarmos Seu fardo. Seu Santo Espírito, com Sua afável influência, encherá a alma, e cada pensamento será levado cativo à obediência de Cristo. Testimonies, vol. 5, pág. 648.

Não Confessar a Outra Pessoa

Não é degradação para o homem, prostrar-se diante de seu Criador e confessar seus pecados e implorar perdão mediante os méritos de um Salvador crucificado e ressurgido. É nobre reconhecerdes vosso erro diante dAquele a quem feristes pela transgressão e rebelião. Isto vos exalta diante dos homens e dos anjos; pois "quem a si mesmo se humilhar será exaltado". Mat. 23:12.

Mas aquele que se prostra diante do caído homem e abre em confissão os secretos pensamentos e imaginações do coração, desonra a si mesmo, rebaixando sua varonilidade e degradando todos os nobres instintos de sua alma. ... É esta degradante confissão do homem para o caído homem que é responsável por muito do crescente mal que está corrompendo o mundo e adaptando-o para a destruição final. Testimonies, vol. 5, págs. 638 e 639.

Confissão Aberta de Pecados Secretos Pode Semear o Mal

Foi-me mostrado que muitas, muitas confissões nunca deveriam ser pronunciadas aos ouvidos de mortais; pois o resultado é tal que o limitado julgamento de seres finitos não antecipa. Sementes do mal são espalhadas na mente e coração dos que ouvem, e quando estão sob tentação, essas sementes germinarão e trarão fruto, e a mesma triste experiência se repetirá. Pois, pensa o tentado, esses pecados não podem ser tão ofensivos; pois não fazem essas mesmas coisas os que fizeram confissão - cristãos de longa data? Assim, a confissão aberta desses pecados secretos na igreja, se demonstrará um cheiro de morte, e não de vida. Testimonies, vol. 5, pág. 645.


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Revelar Segredos Separa de Deus a Alma

Vi que, quando irmãs dadas a muito falar se reúnem, geralmente Satanás está presente, pois ele encontra emprego. Ele está ao lado, para agitar a mente e tirar o maior proveito da vantagem conseguida. Ele sabe que toda essa tagarelice e mexerico e revelação de segredos e dissecação de caracteres separa de Deus a alma. É morte para a espiritualidade e para uma calma influência religiosa.

A irmã ______ peca muitíssimo com a língua. Deveria ela, por suas palavras, exercer uma influência para o bem, porém muitas vezes fala impensadamente. Às vezes suas palavras põem nas coisas uma construção que elas não têm. Às vezes há exagero. Outras vezes há afirmações errôneas. Não é que haja intenção de falsear, mas o hábito de muito falar, e falar sobre coisas inaproveitáveis, foi acalentado por tanto tempo que ela se tornou descuidosa e imprudente em suas palavras e muitas vezes ela mesma não sabe o que está afirmando. Ela destrói qualquer influência para o bem que poderia ter. É tempo de que haja inteira reforma nesse respeito. Sua companhia não tem sido prezada como seria se ela não tivesse condescendido com essa pecaminosa tagarelice. Testimonies, vol. 2, págs. 185 e 186.

Desabafar Aflições em Ouvidos Humanos

Por vezes desabafamos nossas aflições em ouvidos humanos, contamos nossas dores aos que não nos podem ajudar, e negligenciamos confiar tudo a Jesus, que é capaz de transformar a dolorosa senda em caminhos de paz e alegria. Nossa Alta Vocação (Meditações Matinais, 1962), pág. 95.

Cuidado com Homens que não Conhecem a Deus

Continuando as instruções aos discípulos, disse Jesus: "Acautelai-vos dos homens." Mat. 10:17. Não deviam pôr implícita confiança naqueles que não conheciam a Deus, revelando-lhes seus desígnios; pois isso daria vantagem aos instrumentos de Satanás. As invenções humanas fazem muitas vezes fracassar os planos de Deus. Os que constroem o templo do Senhor, devem fazê-lo em harmonia com o modelo mostrado no monte - a semelhança divina. Deus é desonrado e o evangelho traído,


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quando Seus servos confiam no conselho de homens que não se acham sob a guia do Espírito Santo. A sabedoria mundana é loucura diante de Deus. Os que nela se apoiarem, hão de com certeza errar. O Desejado de Todas as Nações, pág. 354.

Não Trair a Confiança

Virá uma crise a cada uma de nossas instituições. Estarão em operação influências contra elas, tanto por parte dos crentes como dos descrentes. Não deve haver agora traição da confiança ou legado sagrado, para benefício ou exaltação do próprio eu.

Devemos constantemente vigiar nossa vida, com zeloso cuidado, do contrário daremos ao mundo impressão errada. Dizei-o, e agi de conformidade: "Sou cristão. Não posso agir segundo as máximas do mundo. Devo amar a Deus supremamente e a meu irmão, como a mim mesmo. Não posso participar de qualquer arranjo, nem cooperar com ele - se esse arranjo interferir, do modo mínimo que seja, com a minha utilidade, ou enfraquecer minha influência, ou destruir a confiança de quem quer que seja, nos instrumentos de Deus." Testimonies, vol. 5, pág. 479.

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