José dava ouvidos às instruções de seu pai e temia ao Senhor. Era mais obediente aos justos ensinamentos do pai do que qualquer de seus irmãos. Entesourava suas instruções e, com integridade de coração, amava e obedecia a Deus. Afligia-se com a conduta errônea de alguns de seus irmãos e bondosamente suplicava que seguissem uma direção justa, abandonando seus maus atos. Isto só fazia revoltarem-se contra ele. Seu ódio do pecado era tal que ele não suportava ver seus irmãos pecando contra Deus. Levou o assunto diante de seu pai, esperando que sua autoridade pudesse reformá-los. A exposição de seus erros enraiveceu os irmãos contra ele. Tinham observado o grande amor do pai por José, e sentiram inveja dele. Essa inveja se transformou em ódio, e finalmente na disposição de matar.
O anjo de Deus instruiu José em sonhos, o que ele inocentemente relatou a seus irmãos: "Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava, e também ficava em pé, e eis que os vossos molhos o rodeavam, e se inclinavam ao meu molho. Então lhe disseram seus irmãos: Tu pois deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio sobre nós? Por isso tanto mais o aborreciam por seus sonhos e por suas palavras." Gên. 37:7 e 8.
"E sonhou ainda outro sonho, e o contou a seus irmãos, e disse: Eis que ainda sonhei um sonho: e eis que o Sol, e a Lua, e onze estrelas se inclinavam a mim. E contando-o a seu pai e a seus irmãos, repreendeu-o seu pai, e disse-lhe: Que sonho é este que sonhaste? Porventura viremos, eu e tua mãe, e teus irmãos, a inclinar-nos perante ti em terra? Seus irmãos pois o invejavam: seu pai porém guardava este negócio no seu coração." Gên. 37:9-11.
José no Egito
Os irmãos de José tinham o propósito de matá-lo, mas finalmente se contentaram em vendê-lo como escravo, para evitar que se tornasse maior do que eles. Pensavam tê-lo colocado onde não seriam mais atormentados com seus sonhos e onde não haveria possibilidade para seu cumprimento. Mas a própria conduta que seguiram, Deus utilizou para fazer cumprir aquilo que desejavam jamais viesse a ocorrer - que ele tivesse domínio sobre eles.
Deus não deixou José ir sozinho para o Egito. Anjos prepararam o caminho para sua recepção. Potifar, oficial de Faraó, capitão da guarda, comprou-o dos ismaelitas. E o Senhor esteve com José, prosperando-o e dando-lhe o favor de seu senhor, pelo que todas as suas posses foram confiadas aos cuidados de José. Potifar "deixou tudo o que tinha na mão de José, de maneira que de nada sabia do que estava com ele, a não ser do pão que comia." Gên. 39:6. Era considerado uma abominação um hebreu preparar alimento para um egípcio.
Quando José foi tentado a desviar-se do caminho da retidão, transgredir a lei de Deus e mostrar-se infiel a seu senhor, firmemente resistiu e deu prova do elevado poder do temor de Deus em sua resposta
à esposa de seu senhor. Depois de falar da grande confiança que seu senhor depositava nele, entregando-lhe tudo o que tinha, exclamou: "Como pois faria eu este tamanho mal, e pecaria contra Deus?" Gên. 39:9. Ele não seria persuadido a desviar-se do caminho da justiça e pisar sobre a lei de Deus por quaisquer incentivos ou ameaças.
Quando foi acusado, e um crime vil lhe foi falsamente atribuído, não se entregou ao desespero. Consciente de sua inocência e justiça, ainda confiou em Deus. E Deus, que até então o defendera, não o desamparou. Foi preso em cadeias e metido numa sombria prisão. Contudo, Deus transformou seu próprio infortúnio em bênção. Deu-lhe favor com o carcereiro, e a José foi logo confiada a guarda de todos os prisioneiros.
Aqui está um exemplo para todas as gerações que venham a existir sobre a Terra. Embora estejam expostos a tentações, devem sempre compreender que há uma defesa à mão e que será culpa sua se não forem preservados. Deus será um auxílio presente e Seu Espírito uma proteção. Embora cercados das mais severas tentações, há uma fonte de energia, à qual podem recorrer para resistir a elas.
Quão violento foi o assalto à moral de José! Veio de alguém de influência - alguém que era o máximo em habilidade para conduzi-lo ao descaminho. Contudo, quão pronta e firmemente foi ele resistido. José sofreu por sua virtude e integridade, pois aquela que pretendia desencaminhá-lo vingou-se da virtude que não pôde subverter, e pela sua influência causou o seu lançamento na prisão, acusando-o de um grave erro. Aqui José sofreu porque não abriu mão de sua integridade. Tinha colocado sua reputação e interesse nas mãos de Deus. Embora fosse submetido à aflição por algum tempo, a fim de ser preparado para
uma importante posição, Deus manteve a salvo aquela reputação denegrida por uma ímpia acusadora, e posteriormente, quando Deus considerou oportuno, fê-la resplandecer. Mesmo na prisão, Deus preparou o caminho de sua elevação. A virtude a seu tempo alcançará a sua própria recompensa. O escudo que cobria o coração de José era o temor de Deus, o qual o levou a ser fiel e justo para com seu senhor e leal a Deus.
Embora José fosse exaltado como governador sobre toda a terra, não se esqueceu de Deus. Sabia que era estranho numa estranha terra, separado de seus pais e irmãos, o que freqüentemente lhe causava tristeza, mas cria firmemente que a mão de Deus tinha dirigido seu caminho, para colocá-lo numa posição importante. Confiando em Deus continuamente, desempenhou com fidelidade todos os deveres de seu ofício, como governador da terra do Egito.
José andava com Deus. Não seria persuadido a desviar-se da vereda da justiça e transgredir a lei de Deus, por nenhum incentivo ou ameaça. Seu domínio próprio e paciência na adversidade e sua inquebrantável fidelidade foram deixados em registro para benefício de todos os que posteriormente vivessem na Terra. Quando os irmãos de José reconheceram diante dele o seu pecado, liberalmente ele lhes perdoou e mostrou, pelos seus atos de benevolência e amor, que não abrigava ressentimentos pela maneira cruel com que agiram em relação a ele.
Dias de Prosperidade
Os filhos de Israel não eram escravos. Nunca tiveram de vender o seu gado, suas terras e a si mesmos a Faraó por alimentos, como muitos egípcios tinham feito. A eles tinha sido concedida uma parte da terra onde habitar, com seus rebanhos e gado, em consideração ao serviço prestado por José ao reino. Faraó
apreciou sua sabedoria no uso de todas as coisas concernentes ao reino, especialmente na preparação para os longos anos de fome que viriam sobre a terra do Egito. Sentia que todo o reino era devedor de sua prosperidade ao sábio comando de José; e, como sinal da sua gratidão, disse a José: "A terra do Egito está diante da tua face, no melhor da terra faze habitar teu pai e teus irmãos; habitem na terra de Gósen; e se sabes que entre eles há homens valentes, os porás por maiorais do gado, sobre o que eu tenho." Gên. 47:6.
"E José fez habitar a seu pai e seus irmãos, e deu-lhes possessão na terra do Egito, no melhor da terra, na terra de Ramessés, como Faraó ordenara. E José sustentou de pão a seu pai, a seus irmãos, e a toda a casa de seu pai, segundo as suas famílias." Gên. 47:11 e 12.
Nenhum imposto foi requerido do pai e irmãos de José pelo rei do Egito, e a José foi concedido o privilégio de supri-los liberalmente de alimento. O rei disse aos governadores: Não somos devedores ao Deus de José, e a ele, por este liberal suprimento de alimentos? Não é por causa de sua sabedoria que temos assim abundantemente? Enquanto outras terras estão perecendo, temos em quantidade! Sua administração tem grandemente enriquecido o reino.
"Sendo pois José falecido, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração. Os filhos de Israel frutificaram, e aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles. Depois levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José; o qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito, e mais poderoso do que nós. Eia, usemos sabiamente para com ele, para que não se multiplique, e aconteça que,
vindo guerra, ele também se ajunte com os nossos inimigos, e peleje contra nós, e suba da terra." Êxo. 1:6-10.
A Opressão
Este novo rei do Egito compreendia que os filhos de Israel prestavam um grande serviço ao reino. Muitos deles eram capazes e entendidos operários, e ele não estava disposto a perder seu trabalho. Este novo rei incluiu os filhos de Israel naquela classe de escravos que tinham vendido seus rebanhos, suas terras e eles próprios ao reino. "E puseram sobre eles maiorais de tributos, para os afligirem com suas cargas. Porque edificaram a Faraó cidades de tesouros, Pitom e Ramessés." Êxo. 1:11.
"Mas quanto mais o afligiam, tanto mais se multiplicava, e tanto mais se crescia; de maneira que se enfadavam por causa dos filhos de Israel. E os egípcios faziam servir os filhos de Israel com dureza; assim lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo o seu serviço, em que os serviam com dureza." Êxo. 1:12-14.
Eles compeliram as mulheres a trabalhar nos campos, como se fossem escravas. Mesmo assim seu número não diminuía. Como o rei e seus governadores vissem que eles aumentavam continuamente, unidos deliberaram forçá-los a executar certa quantidade de trabalho cada dia. Pensavam submetê-los com pesado labor, e estavam zangados porque não podiam diminuir o seu número e esmagar o seu espírito independente.
E porque não conseguissem cumprir seu propósito, endureceram o coração para ir ainda mais adiante. O rei ordenou que as crianças do sexo masculino fossem mortas tão logo tivessem nascido. Satanás era o agente
nesse negócio. Sabia que um libertador estava para aparecer entre os hebreus, para resgatá-los da opressão. Imaginava que, se pudesse levar o rei a destruir as crianças masculinas, o propósito de Deus seria anulado. As mulheres temiam a Deus e não fizeram como o rei do Egito lhes ordenou, mas salvaram a vida dos meninos.
As mulheres não ousaram matar os meninos hebreus, e porque não obedeceram à ordem do rei, o Senhor as prosperou. Quando o rei do Egito foi informado de que seu mandado não fora obedecido, ficou furioso. Então tornou sua ordem mais urgente e extensa. Conclamou o povo a guardar uma estrita vigilância, dizendo: "Quando ajudardes no parto as hebréias, e as virdes sobre os assentos, se for filho, matai-o; mas se for filha, então viva." Êxo. 1:16.
Moisés
Quando este cruel decreto estava na sua maior força, nasceu Moisés. Sua mãe o ocultou enquanto podia ter alguma segurança, e então preparou um pequeno cesto de junco, vedando-o com piche, para que nenhuma água entrasse na pequena arca, e colocou-o na água junto à margem enquanto sua irmã ficou ali por perto com aparente indiferença. Vigiava ansiosamente para ver o que aconteceria a seu irmãozinho. Os anjos também vigiavam, para que nenhum dano ocorresse à indefesa criança, ali colocada por uma amorosa mãe e confiada ao cuidado de Deus por suas ferventes orações entremeadas de lágrimas.
E esses anjos guiaram os passos da filha de Faraó para o rio, bem perto de onde fora deixado o pequeno e inocente desconhecido. Sua atenção foi atraída para o pequeno e estranho cesto e ela mandou que
uma de suas criadas fosse buscá-lo. Quando removeu a tampa do pequeno cesto singularmente construído, viu um lindo bebê, "e eis que o menino chorava; e moveu-se de compaixão dele". Êxo. 2:6. Sabia que uma terna mãe hebréia tinha seguido este método peculiar para preservar a vida de seu bem-amado bebê, e decidiu de uma vez que ele seria seu filho. A irmã de Moisés imediatamente veio em sua direção e perguntou: "Irei eu a chamar uma ama das hebréias, que crie este menino para ti? E a filha de Faraó disse-lhe: Vai." Êxo. 2:7-8.
Alegremente correu a irmã à sua mãe e relatou-lhe as felizes novas e, conduzindo-a a toda pressa à filha de Faraó, que entregou a criança à mãe para criá-la, sendo liberalmente paga para criar seu próprio filho. Com gratidão essa mãe deu início a sua tarefa, agora feliz e segura. Ela cria que Deus tinha preservado a vida de seu filho. Fielmente aproveitou a preciosa oportunidade de educá-lo com respeito a uma vida de utilidade. Era mais específica em sua instrução do que na dos outros filhos; pois tinha confiança que fora preservado para alguma grande obra. Por meio de fiéis ensinamentos, ela instilou na sua mente jovem o temor de Deus e o amor pela verdade e justiça.
Não descansou aqui em seus esforços, mas fervorosamente orou a Deus por seu filho, para que fosse preservado de toda influência corruptora. Ensinou-o a prostrar-se e orar a Deus, o Deus vivo, pois apenas Ele podia ouvi-lo e ajudá-lo em qualquer emergência. Procurou impressionar sua mente com a pecaminosidade da idolatria. Sabia que ele logo seria separado de sua influência e entregue a sua real mãe adotiva, para ser rodeado de influências tendentes
a fazê-lo descrer da existência do Criador dos Céus e da Terra.
As instruções recebidas de seus pais foram de molde a fortificar-lhe a mente e protegê-lo de ser exaltado e corrompido pelo pecado, tornando-se soberbo em meio ao esplendor e à extravagância da vida na corte. Possuía mente clara e coração compreensivo, e nunca perdeu as piedosas impressões recebidas na juventude. Sua mãe conservou-o tanto quanto pôde, mas foi obrigada a separar-se dele quando tinha cerca de doze anos, tornando-se ele então o filho da filha de Faraó.
Aqui Satanás foi derrotado. Levando Faraó a destruir os meninos, pensava anular o propósito de Deus e aniquilar aquele que Deus suscitaria para libertar Seu povo. Mas esse mesmo decreto, condenando as crianças hebréias à morte, foi o meio usado por Deus para colocar Moisés na família real, onde teria vantagens para tornar-se homem entendido e eminentemente qualificado para tirar do Egito Seu povo.
Faraó esperava elevar ao trono seu neto adotivo. Educou-o para estar à frente dos exércitos do Egito e guiá-los nas batalhas. Moisés era o grande favorito dos exércitos de Faraó e honrado porque conduzia a guerra com superior perícia e sabedoria. "E Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras." Atos 7:22. Os egípcios consideravam Moisés como personalidade notável.
Preparação Especial Para Liderança
Moisés foi instruído pelos anjos de que Deus o havia escolhido para ser o libertador dos filhos de Israel. Os líderes entre os filhos de Israel foram também ensinados por anjos de que
o tempo de seu livramento estava próximo, e que Moisés era o homem a quem Deus usaria para cumprir este propósito. Moisés imaginava que os filhos de Israel seriam libertados pela guerra, e que ele seria o chefe das multidões hebréias, para conduzir a batalha contra o exército egípcio e livrar seus irmãos do jugo da opressão. Tendo isto em vista, Moisés resguardou suas afeições, para que não fossem muito fortes em relação a sua mãe adotiva ou a Faraó, a fim de não lhe ser muito difícil permanecer livre para fazer a vontade de Deus.
O Senhor preservou Moisés de ser prejudicado pela influência corruptora ao seu redor. Os princípios da verdade, recebidos de seus pais tementes a Deus, em sua juventude, nunca foram esquecidos por ele. E quando mais necessitava de ser defendido da corrupta influência reinante na corte, as lições de sua juventude produziram fruto. O temor de Deus estava diante dele. Tão grande era o seu amor pelos irmãos, e tão grande o seu respeito pela fé dos hebreus, que ele não encobria o parentesco pela honra de ser herdeiro da família real.
Quando Moisés tinha quarenta anos de idade, "saiu a seus irmãos, e atentou nas suas cargas; e viu que um varão egípcio feria a um varão hebreu, de seus irmãos. E olhou a uma e a outra banda, e, vendo que ninguém ali havia, feriu ao egípcio, e escondeu-o na areia. E tornou a sair no dia seguinte, e eis que dois varões hebreus contendiam; e disse ao injusto: Por que feres a teu próximo? O qual disse: Quem te tem posto a ti por maioral e juiz sobre nós? pensas matar-me, como mataste o egípcio? Então temeu Moisés, e disse: Certamente este negócio foi descoberto. Ouvindo pois Faraó este caso, procurou
matar a Moisés; mas Moisés fugiu de diante da face de Faraó, e habitou na terra de Midiã." Êxo. 2:11-15. O Senhor guiou seu caminho, e ele encontrou um lar com Jetro, homem que adorava a Deus. Era pastor, e também sacerdote em Midiã. Suas filhas cuidavam do rebanho. O rebanho de Jetro, porém, logo foi colocado sob o cuidado de Moisés, que se casou com uma das filhas de Jetro e permaneceu em Midiã por quarenta anos.
Moisés foi precipitado em matar o egípcio. Supunha que o povo de Israel entenderia que uma providência especial de Deus o suscitara para livrá-los. Entretanto Deus não pretendia libertar os filhos de Israel pela força, como Moisés pensava, mas pelo Seu próprio grande poder, para que a glória fosse atribuída a Ele somente. Deus rejeitou o ato de Moisés em matar o egípcio para efetuar Seu propósito. Tinha, em Sua providência, introduzido Moisés na família real do Egito, onde recebera uma esmerada educação; contudo não estava preparado para que Deus lhe confiasse a grande obra para a qual o suscitara. Moisés não podia deixar imediatamente a corte do rei e os privilégios que lhe eram garantidos como neto do rei, para realizar o trabalho especial de Deus. Tinha primeiro que encontrar tempo para obter experiência e ser educado na escola da adversidade e da pobreza. Enquanto vivia em seu retiro, o Senhor enviou Seus anjos para instruí-lo especialmente com relação ao futuro. Aqui ele aprendeu mais plenamente a grande lição do domínio próprio e humildade. Guardava o rebanho de Jetro e, enquanto cumpria sua humilde tarefa como pastor, Deus o estava preparando para se tornar o pastor espiritual de Suas ovelhas, o Seu povo de Israel.
Quando Moisés conduziu o rebanho para o deserto, e chegou ao monte de Deus, ao Horebe, "apareceu-lhe o Anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça." Êxo. 3:2.
"E disse o Senhor: Tenho visto atentamente a aflição do Meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores. Portanto desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra, a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel... Eis que o clamor dos filhos de Israel chegou a Mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem. Vem agora, pois, e Eu te enviarei a Faraó, para que tires o Meu povo (os filhos de Israel) do Egito." Êxo. 3:7-10.
Chegara o tempo em que Deus queria que Moisés trocasse o cajado de pastor pela vara de Deus, a qual Ele tornaria poderosa em realizar sinais e maravilhas, livrando o Seu povo da opressão, e guardando-o quando perseguido por seus inimigos.
Moisés concordou em realizar esta missão. Primeiramente, visitou o sogro e obteve sua licença para ele e a família voltarem ao Egito. Não se atreveu a contar a Jetro sua mensagem para Faraó, temendo que ele relutasse em deixar sua esposa e filhos o acompanharem em tão perigosa missão. O Senhor fortaleceu-o e removeu seus temores, dizendo: "Volta para o Egito; porque todos os que buscavam a tua alma morreram." Êxo. 4:19.