História da Redenção

CAPÍTULO 14

Os Filhos de Israel

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José dava ouvidos às instruções de seu pai e temia ao Senhor. Era mais obediente aos justos ensinamentos do pai do que qualquer de seus irmãos. Entesourava suas instruções e, com integridade de coração, amava e obedecia a Deus. Afligia-se com a conduta errônea de alguns de seus irmãos e bondosamente suplicava que seguissem uma direção justa, abandonando seus maus atos. Isto só fazia revoltarem-se contra ele. Seu ódio do pecado era tal que ele não suportava ver seus irmãos pecando contra Deus. Levou o assunto diante de seu pai, esperando que sua autoridade pudesse reformá-los. A exposição de seus erros enraiveceu os irmãos contra ele. Tinham observado o grande amor do pai por José, e sentiram inveja dele. Essa inveja se transformou em ódio, e finalmente na disposição de matar.

O anjo de Deus instruiu José em sonhos, o que ele inocentemente relatou a seus irmãos: "Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava, e também ficava em pé, e eis que os vossos molhos o rodeavam, e se inclinavam ao meu molho. Então lhe disseram seus irmãos: Tu pois deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio sobre nós? Por isso tanto mais o aborreciam por seus sonhos e por suas palavras." Gên. 37:7 e 8.


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"E sonhou ainda outro sonho, e o contou a seus irmãos, e disse: Eis que ainda sonhei um sonho: e eis que o Sol, e a Lua, e onze estrelas se inclinavam a mim. E contando-o a seu pai e a seus irmãos, repreendeu-o seu pai, e disse-lhe: Que sonho é este que sonhaste? Porventura viremos, eu e tua mãe, e teus irmãos, a inclinar-nos perante ti em terra? Seus irmãos pois o invejavam: seu pai porém guardava este negócio no seu coração." Gên. 37:9-11.

José no Egito

Os irmãos de José tinham o propósito de matá-lo, mas finalmente se contentaram em vendê-lo como escravo, para evitar que se tornasse maior do que eles. Pensavam tê-lo colocado onde não seriam mais atormentados com seus sonhos e onde não haveria possibilidade para seu cumprimento. Mas a própria conduta que seguiram, Deus utilizou para fazer cumprir aquilo que desejavam jamais viesse a ocorrer - que ele tivesse domínio sobre eles.

Deus não deixou José ir sozinho para o Egito. Anjos prepararam o caminho para sua recepção. Potifar, oficial de Faraó, capitão da guarda, comprou-o dos ismaelitas. E o Senhor esteve com José, prosperando-o e dando-lhe o favor de seu senhor, pelo que todas as suas posses foram confiadas aos cuidados de José. Potifar "deixou tudo o que tinha na mão de José, de maneira que de nada sabia do que estava com ele, a não ser do pão que comia." Gên. 39:6. Era considerado uma abominação um hebreu preparar alimento para um egípcio.

Quando José foi tentado a desviar-se do caminho da retidão, transgredir a lei de Deus e mostrar-se infiel a seu senhor, firmemente resistiu e deu prova do elevado poder do temor de Deus em sua resposta


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à esposa de seu senhor. Depois de falar da grande confiança que seu senhor depositava nele, entregando-lhe tudo o que tinha, exclamou: "Como pois faria eu este tamanho mal, e pecaria contra Deus?" Gên. 39:9. Ele não seria persuadido a desviar-se do caminho da justiça e pisar sobre a lei de Deus por quaisquer incentivos ou ameaças.

Quando foi acusado, e um crime vil lhe foi falsamente atribuído, não se entregou ao desespero. Consciente de sua inocência e justiça, ainda confiou em Deus. E Deus, que até então o defendera, não o desamparou. Foi preso em cadeias e metido numa sombria prisão. Contudo, Deus transformou seu próprio infortúnio em bênção. Deu-lhe favor com o carcereiro, e a José foi logo confiada a guarda de todos os prisioneiros.

Aqui está um exemplo para todas as gerações que venham a existir sobre a Terra. Embora estejam expostos a tentações, devem sempre compreender que há uma defesa à mão e que será culpa sua se não forem preservados. Deus será um auxílio presente e Seu Espírito uma proteção. Embora cercados das mais severas tentações, há uma fonte de energia, à qual podem recorrer para resistir a elas.

Quão violento foi o assalto à moral de José! Veio de alguém de influência - alguém que era o máximo em habilidade para conduzi-lo ao descaminho. Contudo, quão pronta e firmemente foi ele resistido. José sofreu por sua virtude e integridade, pois aquela que pretendia desencaminhá-lo vingou-se da virtude que não pôde subverter, e pela sua influência causou o seu lançamento na prisão, acusando-o de um grave erro. Aqui José sofreu porque não abriu mão de sua integridade. Tinha colocado sua reputação e interesse nas mãos de Deus. Embora fosse submetido à aflição por algum tempo, a fim de ser preparado para


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uma importante posição, Deus manteve a salvo aquela reputação denegrida por uma ímpia acusadora, e posteriormente, quando Deus considerou oportuno, fê-la resplandecer. Mesmo na prisão, Deus preparou o caminho de sua elevação. A virtude a seu tempo alcançará a sua própria recompensa. O escudo que cobria o coração de José era o temor de Deus, o qual o levou a ser fiel e justo para com seu senhor e leal a Deus.

Embora José fosse exaltado como governador sobre toda a terra, não se esqueceu de Deus. Sabia que era estranho numa estranha terra, separado de seus pais e irmãos, o que freqüentemente lhe causava tristeza, mas cria firmemente que a mão de Deus tinha dirigido seu caminho, para colocá-lo numa posição importante. Confiando em Deus continuamente, desempenhou com fidelidade todos os deveres de seu ofício, como governador da terra do Egito.

José andava com Deus. Não seria persuadido a desviar-se da vereda da justiça e transgredir a lei de Deus, por nenhum incentivo ou ameaça. Seu domínio próprio e paciência na adversidade e sua inquebrantável fidelidade foram deixados em registro para benefício de todos os que posteriormente vivessem na Terra. Quando os irmãos de José reconheceram diante dele o seu pecado, liberalmente ele lhes perdoou e mostrou, pelos seus atos de benevolência e amor, que não abrigava ressentimentos pela maneira cruel com que agiram em relação a ele.

Dias de Prosperidade

Os filhos de Israel não eram escravos. Nunca tiveram de vender o seu gado, suas terras e a si mesmos a Faraó por alimentos, como muitos egípcios tinham feito. A eles tinha sido concedida uma parte da terra onde habitar, com seus rebanhos e gado, em consideração ao serviço prestado por José ao reino. Faraó


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apreciou sua sabedoria no uso de todas as coisas concernentes ao reino, especialmente na preparação para os longos anos de fome que viriam sobre a terra do Egito. Sentia que todo o reino era devedor de sua prosperidade ao sábio comando de José; e, como sinal da sua gratidão, disse a José: "A terra do Egito está diante da tua face, no melhor da terra faze habitar teu pai e teus irmãos; habitem na terra de Gósen; e se sabes que entre eles há homens valentes, os porás por maiorais do gado, sobre o que eu tenho." Gên. 47:6.

"E José fez habitar a seu pai e seus irmãos, e deu-lhes possessão na terra do Egito, no melhor da terra, na terra de Ramessés, como Faraó ordenara. E José sustentou de pão a seu pai, a seus irmãos, e a toda a casa de seu pai, segundo as suas famílias." Gên. 47:11 e 12.

Nenhum imposto foi requerido do pai e irmãos de José pelo rei do Egito, e a José foi concedido o privilégio de supri-los liberalmente de alimento. O rei disse aos governadores: Não somos devedores ao Deus de José, e a ele, por este liberal suprimento de alimentos? Não é por causa de sua sabedoria que temos assim abundantemente? Enquanto outras terras estão perecendo, temos em quantidade! Sua administração tem grandemente enriquecido o reino.

"Sendo pois José falecido, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração. Os filhos de Israel frutificaram, e aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles. Depois levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José; o qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito, e mais poderoso do que nós. Eia, usemos sabiamente para com ele, para que não se multiplique, e aconteça que,


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vindo guerra, ele também se ajunte com os nossos inimigos, e peleje contra nós, e suba da terra." Êxo. 1:6-10.

A Opressão

Este novo rei do Egito compreendia que os filhos de Israel prestavam um grande serviço ao reino. Muitos deles eram capazes e entendidos operários, e ele não estava disposto a perder seu trabalho. Este novo rei incluiu os filhos de Israel naquela classe de escravos que tinham vendido seus rebanhos, suas terras e eles próprios ao reino. "E puseram sobre eles maiorais de tributos, para os afligirem com suas cargas. Porque edificaram a Faraó cidades de tesouros, Pitom e Ramessés." Êxo. 1:11.

"Mas quanto mais o afligiam, tanto mais se multiplicava, e tanto mais se crescia; de maneira que se enfadavam por causa dos filhos de Israel. E os egípcios faziam servir os filhos de Israel com dureza; assim lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo o seu serviço, em que os serviam com dureza." Êxo. 1:12-14.

Eles compeliram as mulheres a trabalhar nos campos, como se fossem escravas. Mesmo assim seu número não diminuía. Como o rei e seus governadores vissem que eles aumentavam continuamente, unidos deliberaram forçá-los a executar certa quantidade de trabalho cada dia. Pensavam submetê-los com pesado labor, e estavam zangados porque não podiam diminuir o seu número e esmagar o seu espírito independente.

E porque não conseguissem cumprir seu propósito, endureceram o coração para ir ainda mais adiante. O rei ordenou que as crianças do sexo masculino fossem mortas tão logo tivessem nascido. Satanás era o agente


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nesse negócio. Sabia que um libertador estava para aparecer entre os hebreus, para resgatá-los da opressão. Imaginava que, se pudesse levar o rei a destruir as crianças masculinas, o propósito de Deus seria anulado. As mulheres temiam a Deus e não fizeram como o rei do Egito lhes ordenou, mas salvaram a vida dos meninos.

As mulheres não ousaram matar os meninos hebreus, e porque não obedeceram à ordem do rei, o Senhor as prosperou. Quando o rei do Egito foi informado de que seu mandado não fora obedecido, ficou furioso. Então tornou sua ordem mais urgente e extensa. Conclamou o povo a guardar uma estrita vigilância, dizendo: "Quando ajudardes no parto as hebréias, e as virdes sobre os assentos, se for filho, matai-o; mas se for filha, então viva." Êxo. 1:16.

Moisés

Quando este cruel decreto estava na sua maior força, nasceu Moisés. Sua mãe o ocultou enquanto podia ter alguma segurança, e então preparou um pequeno cesto de junco, vedando-o com piche, para que nenhuma água entrasse na pequena arca, e colocou-o na água junto à margem enquanto sua irmã ficou ali por perto com aparente indiferença. Vigiava ansiosamente para ver o que aconteceria a seu irmãozinho. Os anjos também vigiavam, para que nenhum dano ocorresse à indefesa criança, ali colocada por uma amorosa mãe e confiada ao cuidado de Deus por suas ferventes orações entremeadas de lágrimas.

E esses anjos guiaram os passos da filha de Faraó para o rio, bem perto de onde fora deixado o pequeno e inocente desconhecido. Sua atenção foi atraída para o pequeno e estranho cesto e ela mandou que


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uma de suas criadas fosse buscá-lo. Quando removeu a tampa do pequeno cesto singularmente construído, viu um lindo bebê, "e eis que o menino chorava; e moveu-se de compaixão dele". Êxo. 2:6. Sabia que uma terna mãe hebréia tinha seguido este método peculiar para preservar a vida de seu bem-amado bebê, e decidiu de uma vez que ele seria seu filho. A irmã de Moisés imediatamente veio em sua direção e perguntou: "Irei eu a chamar uma ama das hebréias, que crie este menino para ti? E a filha de Faraó disse-lhe: Vai." Êxo. 2:7-8.

Alegremente correu a irmã à sua mãe e relatou-lhe as felizes novas e, conduzindo-a a toda pressa à filha de Faraó, que entregou a criança à mãe para criá-la, sendo liberalmente paga para criar seu próprio filho. Com gratidão essa mãe deu início a sua tarefa, agora feliz e segura. Ela cria que Deus tinha preservado a vida de seu filho. Fielmente aproveitou a preciosa oportunidade de educá-lo com respeito a uma vida de utilidade. Era mais específica em sua instrução do que na dos outros filhos; pois tinha confiança que fora preservado para alguma grande obra. Por meio de fiéis ensinamentos, ela instilou na sua mente jovem o temor de Deus e o amor pela verdade e justiça.

Não descansou aqui em seus esforços, mas fervorosamente orou a Deus por seu filho, para que fosse preservado de toda influência corruptora. Ensinou-o a prostrar-se e orar a Deus, o Deus vivo, pois apenas Ele podia ouvi-lo e ajudá-lo em qualquer emergência. Procurou impressionar sua mente com a pecaminosidade da idolatria. Sabia que ele logo seria separado de sua influência e entregue a sua real mãe adotiva, para ser rodeado de influências tendentes


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a fazê-lo descrer da existência do Criador dos Céus e da Terra.

As instruções recebidas de seus pais foram de molde a fortificar-lhe a mente e protegê-lo de ser exaltado e corrompido pelo pecado, tornando-se soberbo em meio ao esplendor e à extravagância da vida na corte. Possuía mente clara e coração compreensivo, e nunca perdeu as piedosas impressões recebidas na juventude. Sua mãe conservou-o tanto quanto pôde, mas foi obrigada a separar-se dele quando tinha cerca de doze anos, tornando-se ele então o filho da filha de Faraó.

Aqui Satanás foi derrotado. Levando Faraó a destruir os meninos, pensava anular o propósito de Deus e aniquilar aquele que Deus suscitaria para libertar Seu povo. Mas esse mesmo decreto, condenando as crianças hebréias à morte, foi o meio usado por Deus para colocar Moisés na família real, onde teria vantagens para tornar-se homem entendido e eminentemente qualificado para tirar do Egito Seu povo.

Faraó esperava elevar ao trono seu neto adotivo. Educou-o para estar à frente dos exércitos do Egito e guiá-los nas batalhas. Moisés era o grande favorito dos exércitos de Faraó e honrado porque conduzia a guerra com superior perícia e sabedoria. "E Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras." Atos 7:22. Os egípcios consideravam Moisés como personalidade notável.

Preparação Especial Para Liderança

Moisés foi instruído pelos anjos de que Deus o havia escolhido para ser o libertador dos filhos de Israel. Os líderes entre os filhos de Israel foram também ensinados por anjos de que


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o tempo de seu livramento estava próximo, e que Moisés era o homem a quem Deus usaria para cumprir este propósito. Moisés imaginava que os filhos de Israel seriam libertados pela guerra, e que ele seria o chefe das multidões hebréias, para conduzir a batalha contra o exército egípcio e livrar seus irmãos do jugo da opressão. Tendo isto em vista, Moisés resguardou suas afeições, para que não fossem muito fortes em relação a sua mãe adotiva ou a Faraó, a fim de não lhe ser muito difícil permanecer livre para fazer a vontade de Deus.

O Senhor preservou Moisés de ser prejudicado pela influência corruptora ao seu redor. Os princípios da verdade, recebidos de seus pais tementes a Deus, em sua juventude, nunca foram esquecidos por ele. E quando mais necessitava de ser defendido da corrupta influência reinante na corte, as lições de sua juventude produziram fruto. O temor de Deus estava diante dele. Tão grande era o seu amor pelos irmãos, e tão grande o seu respeito pela fé dos hebreus, que ele não encobria o parentesco pela honra de ser herdeiro da família real.

Quando Moisés tinha quarenta anos de idade, "saiu a seus irmãos, e atentou nas suas cargas; e viu que um varão egípcio feria a um varão hebreu, de seus irmãos. E olhou a uma e a outra banda, e, vendo que ninguém ali havia, feriu ao egípcio, e escondeu-o na areia. E tornou a sair no dia seguinte, e eis que dois varões hebreus contendiam; e disse ao injusto: Por que feres a teu próximo? O qual disse: Quem te tem posto a ti por maioral e juiz sobre nós? pensas matar-me, como mataste o egípcio? Então temeu Moisés, e disse: Certamente este negócio foi descoberto. Ouvindo pois Faraó este caso, procurou


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matar a Moisés; mas Moisés fugiu de diante da face de Faraó, e habitou na terra de Midiã." Êxo. 2:11-15. O Senhor guiou seu caminho, e ele encontrou um lar com Jetro, homem que adorava a Deus. Era pastor, e também sacerdote em Midiã. Suas filhas cuidavam do rebanho. O rebanho de Jetro, porém, logo foi colocado sob o cuidado de Moisés, que se casou com uma das filhas de Jetro e permaneceu em Midiã por quarenta anos.

Moisés foi precipitado em matar o egípcio. Supunha que o povo de Israel entenderia que uma providência especial de Deus o suscitara para livrá-los. Entretanto Deus não pretendia libertar os filhos de Israel pela força, como Moisés pensava, mas pelo Seu próprio grande poder, para que a glória fosse atribuída a Ele somente. Deus rejeitou o ato de Moisés em matar o egípcio para efetuar Seu propósito. Tinha, em Sua providência, introduzido Moisés na família real do Egito, onde recebera uma esmerada educação; contudo não estava preparado para que Deus lhe confiasse a grande obra para a qual o suscitara. Moisés não podia deixar imediatamente a corte do rei e os privilégios que lhe eram garantidos como neto do rei, para realizar o trabalho especial de Deus. Tinha primeiro que encontrar tempo para obter experiência e ser educado na escola da adversidade e da pobreza. Enquanto vivia em seu retiro, o Senhor enviou Seus anjos para instruí-lo especialmente com relação ao futuro. Aqui ele aprendeu mais plenamente a grande lição do domínio próprio e humildade. Guardava o rebanho de Jetro e, enquanto cumpria sua humilde tarefa como pastor, Deus o estava preparando para se tornar o pastor espiritual de Suas ovelhas, o Seu povo de Israel.

Quando Moisés conduziu o rebanho para o deserto, e chegou ao monte de Deus, ao Horebe, "apareceu-lhe o Anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça." Êxo. 3:2.


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"E disse o Senhor: Tenho visto atentamente a aflição do Meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores. Portanto desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra, a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel... Eis que o clamor dos filhos de Israel chegou a Mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem. Vem agora, pois, e Eu te enviarei a Faraó, para que tires o Meu povo (os filhos de Israel) do Egito." Êxo. 3:7-10.

Chegara o tempo em que Deus queria que Moisés trocasse o cajado de pastor pela vara de Deus, a qual Ele tornaria poderosa em realizar sinais e maravilhas, livrando o Seu povo da opressão, e guardando-o quando perseguido por seus inimigos.

Moisés concordou em realizar esta missão. Primeiramente, visitou o sogro e obteve sua licença para ele e a família voltarem ao Egito. Não se atreveu a contar a Jetro sua mensagem para Faraó, temendo que ele relutasse em deixar sua esposa e filhos o acompanharem em tão perigosa missão. O Senhor fortaleceu-o e removeu seus temores, dizendo: "Volta para o Egito; porque todos os que buscavam a tua alma morreram." Êxo. 4:19.

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