A Majestade do Céu Como Missionário Médico
Este mundo foi visitado pela majestade do Céu, o Filho de Deus. "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16. Cristo veio a este mundo como a expressão do próprio coração, e mente, e natureza e caráter de Deus. Ele era o resplendor da glória do Pai, a expressa imagem de Sua pessoa. Todavia, pôs de lado as vestes reais e a régia coroa, e desceu de Sua elevada posição para tomar o lugar de servo. Era rico, mas por amor de nós, para que pudéssemos ter riquezas eternas, Se fez pobre. Ele fez o mundo, mas Se esvaziou tão completamente a Si mesmo que durante o Seu ministério declarou: "As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça." Mat. 8:20.
Ele veio a este mundo e esteve entre os seres que criou, como Homem de dores e que sabe o que é padecer. "Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e, pelas Suas pisaduras, fomos sarados." Isa. 53:5. Foi tentado em todos os pontos como nós o somos, mas sem pecado.
Um Servo de Todos
Cristo permaneceu à frente da humanidade na roupagem da humanidade. Tão cheia de simpatia e amor era Sua atitude, que os mais pobres não se sentiam receosos de ir a Ele. Era bom para com todos, facilmente acessível aos mais humildes. Ia de casa em casa, curando os enfermos, alimentando os famintos, confortando os que choravam, aliviando os aflitos, falando de paz aos angustiados. Tomava as criancinhas nos braços e as abençoava, e falava palavras de esperança e conforto às fatigadas mães. Com incansável ternura e bondade ia ao encontro de cada tipo de angústia e aflição humanas. Não para Si mesmo, mas em favor dos outros, trabalhava Ele. Estava disposto a humilhar-Se, a renunciar a Si mesmo.
Não procurava distinguir-Se. Era o servo de todos. Era Sua comida e bebida ser um conforto e um consolo para os outros, alegrar os tristes e sobrecarregados com quem diariamente entrava em contato.
Expressão do Amor de Deus
Cristo permanece diante de nós como Homem-Modelo, o grande Missionário Médico - um exemplo para todos os que viessem depois. Seu amor, puro e santo, abençoava a todos os que estivessem dentro de sua esfera de influência. Seu caráter era inteiramente perfeito, isento da mais leve mancha do pecado. Ele veio como uma expressão do perfeito amor de Deus, não para oprimir, nem para julgar e condenar, mas para sanar todo caráter fraco e defeituoso, para salvar a homens e mulheres do poder de Satanás.
Ele é o Criador, o Redentor e o Mantenedor da raça humana. A todos faz Ele o convite: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve." Mat. 11:28-30.
Em Seus Passos
Que exemplo, então, devemos dar ao mundo? Devemos fazer a mesma obra que o grande Missionário Médico assumiu em nosso favor. Cumpre-nos seguir o caminho da renúncia palmilhado por Cristo.
Quando vejo tantos se dizendo missionários médicos, surge repentinamente diante de mim a representação do que Cristo foi neste mundo. Quando penso em quanto falta aos obreiros hoje, quando comparados com o Modelo divino, meu coração se torna opresso de uma tristeza que as palavras não podem expressar. Farão algum dia homens e mulheres uma obra que leve os traços e o caráter do grande Missionário Médico? ...
Não há, neste mundo afligido e amaldiçoado pelo pecado, aflições suficientes para levar-nos a nos consagrarmos à obra de proclamar a mensagem de que "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna"? João 3:16. Este mundo foi palmilhado pelo Filho de Deus. Ele veio trazer aos
homens a luz e a vida, torná-los livres da servidão do pecado. Ele virá novamente com poder e grande glória, para levar para Si os que durante esta vida seguiram Seus passos.
Seu Nome Deve Ser Honrado
Oh! quanto anseio ver os que se dizem médicos-missionários honrando o Grande Modelo, cuja vida declare o que se acha compreendido na alegação de ser médico-missionário Desejaria que eles estivessem aprendendo da mansidão e humildade do Salvador. Dói-me o coração ao pensar que Cristo é tão grandemente decepcionado em Seus seguidores. Eles usam um nome que a sua vida diária não lhes dá o direito de usar.
Devemos ser santificados, alma e corpo, mediante a verdade; então honraremos o nome - médico-missionário. Oh! esse nome significa muito Ele requer uma representação totalmente diversa da que é dada por muitos que o usam. Estes logo compreenderão quanto se têm afastado dos princípios do Céu, e quão grandemente têm magoado o coração de Cristo. Carta 117, 1903.
Compreendido Através da Prática
Quando todos os nossos médicos-missionários viverem a vida nova em Cristo Jesus, e tomarem Suas palavras como significando o que elas devem significar, haverá uma compreensão muito mais clara e mais inteligente do que constitui a verdadeira obra médico-missionária. E, não obstante, esse ramo da obra pode ser melhor compreendido quando praticado com simplicidade. O desdobramento dessa obra terá para eles um significado mais profundo depois que obedecerem à santa lei gravada em tábuas de pedras pelo dedo de Deus, inclusive o preceito do sábado, a respeito do qual o próprio Cristo falou por meio de Moisés aos filhos de Israel. ...
Seguir o Mestre
Repousa sobre os servos de Deus, que estão realizando obra médico-missionária verdadeira, a mais sagrada e solene responsabilidade de conservar em mira a vida de serviço abnegado de Cristo. Devem eles desviar os olhos de todas as demais coisas, e olhar para Jesus, o autor e consumador de sua fé. Ele é a fonte de toda luz, o Manancial de todas as bênçãos do Céu.
Sou instruída a dizer a todo obreiro médico-missionário: Segui o vosso Guia. Ele é o caminho, a verdade, a luz e a vida. Ele é aquele cujo exemplo nós, como verdadeiros médicos-missionários, devemos seguir.
Nesta época de piedade doentia e princípio pervertido, os que são convertidos na vida e na prática revelarão espiritualidade saudável e influente. Os que têm conhecimento da verdade como se acha revelada na Palavra de Deus, devem agora vir para a linha de frente. Meus irmãos, Deus requer isso de vós. Cada jota de vossa influência deve agora ser usado do lado certo. Devem todos aprender agora como permanecer firmes na defesa da verdade que é digna de aceitação. Os que se estão esforçando para viver a vida de Cristo, devem chamar as coisas pelo seu nome exato, e permanecer na defesa da verdade como é em Jesus.
Tempo de Avançar
Cumpre a toda alma cuja vida está escondida com Cristo em Deus, vir para a frente de batalha agora. Alguma coisa deve ser feita. Devemos lutar de maneira mais intensa em favor da fé uma vez entregue aos santos. O espírito em que a verdade é defendida e o reino de Deus levado avante, deve ser como seria se Cristo estivesse em pessoa na Terra. Se Ele aqui estivesse, seria levado a passar uma solene repreensão em muitos que alegam ser médicos-missionários, mas que não quiseram ouvir o convite que lhes fez, de aprenderem dEle a Sua mansidão e humildade de coração. Na vida de alguns que ocupam as posições mais elevadas, o eu tem sido exaltado. Enquanto tais pessoas não se desembaraçam de todo desejo de exaltação própria, não podem discernir claro o caráter e a glória do grande Médico-Missionário. ...
Devemos agora unificar, e por meio de verdadeira obra médico-missionária preparar o caminho para nosso Rei vindouro. Cresçamos no conhecimento da verdade, e rendamos todos a excelência e glória devidas Àquele que é um com o Pai. Busquemos com muito fervor a unção celestial, o Espírito Santo. Manuscrito 83, 1903.
Propósito da Humildade de Cristo
Há demasiado eu e muito pouco de Jesus no ministério de todas as denominações. O Senhor usa homens humildes para proclamarem Suas mensagens. Tivesse Cristo vindo na majestade
de um rei, com a pompa que acompanha os grandes homens da Terra, muitos O teriam aceito. Jesus de Nazaré, contudo, não deslumbrou os sentidos com exibição de glória exterior, nem fez disto o fundamento de reverência deles. Ele veio como Homem humilde, para ser o Mestre e o Modelo, bem como o Redentor da raça. Tivesse Ele estimulado a ostentação, tivesse vindo acompanhado por uma comitiva dos grandes homens da Terra, como poderia ter ensinado a humanidade? Como poderia ter apresentado verdades tão candentes como as que se encontram em Seu sermão da montanha? Seu exemplo era tal que Ele desejava que todos os Seus seguidores imitassem. Onde estaria a esperança dos humildes na vida, tivesse Ele vindo em exaltação e habitando como rei na Terra? Jesus conhecia as necessidades do mundo melhor do que eles próprios. Ele não veio na forma de um anjo, vestido com a armadura do Céu, mas como homem. Não obstante, aliado a Sua humildade havia um poder e grandeza inerentes que infundiam respeito aos homens, ao mesmo tempo em que O amavam. Embora possuidor de tal amabilidade, de aparência assim despretensiosa, Ele andou entre eles com a dignidade e poder de um Rei de origem celeste. Testimonies, vol. 5, pág. 253.
Os Discípulos de Cristo Devem Representar Seu Caráter
O Salvador viveu neste mundo aquela vida que o amor a Deus constrangerá todo verdadeiro crente em Cristo a viver. Ao seguir-Lhe o exemplo, em nossa obra médico-missionária, revelaremos ao mundo que nossas credenciais procedem do alto, que como representantes do reino do Céu estamos cumprindo as palavras da Oração do Senhor: "Venha o Teu reino." Mat. 6:10. Unidos com Cristo em Deus, revelaremos ao mundo que, como Deus escolheu o Seu Filho para ser Seu representante na Terra, assim Cristo nos escolheu para representar Seu caráter. Todos aqueles que possuem verdadeira fé em Cristo Jesus, representá-Lo-ão no caráter. ...
Às Elevações da Fé
Nossos obreiros missionários médicos devem elevar-se a alturas que podem ser alcançadas apenas por uma fé viva e operante. Nesta fase de nossa história, os homens que se acham na liderança da obra não devem permitir que prevaleça nenhuma confusão de sentimentos no que se refere ao que realmente se deve esperar do médico-missionário enviado por Deus.
Importa que haja uma compreensão mais clara e definida do que envolve a obra médico-missionária. Deve ser definida como permanecendo em um plano completamente mais elevado, e como conseguindo resultados de ordem muito mais santificada, antes que Deus possa endossá-la como verdadeira. Os que desejarem honrar a Deus, não misturarão os planos de natureza mundana com Seus planos, tentando atingir os resultados que esta obra está determinada por Deus a atingir. ...
Nossa obra é claramente definida. Como o Pai enviou o Seu unigênito Filho ao mundo, também Cristo nos envia a nós, Seus discípulos, como Seus obreiros missionários médicos. No cumprimento dessa elevada e santa missão, devemos fazer a vontade de Deus. Nenhuma mente ou juízo de homem algum deve servir-nos de critério do que constitui verdadeira obra médico-missionária. ...
A verdadeira obra médico-missionária é de origem celeste. Ela não foi originada por qualquer pessoa que vive. Mas vemos tanta coisa que desonra a Deus relacionada com essa obra, que sou instruída a dizer: A obra médico-missionária é de origem divina, e tem uma missão muito gloriosa a cumprir. Em todos os seus propósitos deve ela estar em conformidade com a obra de Cristo. Os que são cooperadores de Deus representarão tão certamente o caráter de Cristo como Cristo representou o caráter de Seu Pai enquanto esteve neste mundo.
Purificada do Mundanismo
Sou instruída a dizer que Deus fará com que a obra médico-missionária seja purificada da mancha do mundanismo, e elevada à sua verdadeira posição diante do mundo. Quando planos que põem em perigo as almas são postos em ligação com esta obra, sua influência é destruída. Eis a razão de terem surgido, na execução da obra médico-missionária, muitas perplexidades que exigem nossa cuidadosa consideração. ...
Nada nos auxiliará mais nesta fase de nossa obra do que compreender e cumprir a missão do maior Médico-Missionário que já pisou a Terra; coisa alguma nos ajudará mais do que compreendermos quão sagrada é esta espécie de obra, e quão perfeitamente se ajusta ela à vida de trabalho do Grande Missionário. O objetivo de nossa missão é o mesmo objetivo da missão de Cristo. Por que enviou Deus o Seu Filho ao mundo caído? Para tornar conhecido o Seu amor pela humanidade e demonstrá-lo. Cristo veio como Redentor. Em todo o Seu
ministério devia Ele conservar em evidência Sua missão de salvar pecadores. ...
O propósito de Deus ao confiar a homens e mulheres a missão que Ele confiou a Cristo é libertar Seus seguidores de todo procedimento mundano e dar-lhes uma obra idêntica à que Cristo realizou. Manuscrito 130, 1902.
Fontes de Êxito
Ensinou-nos o Senhor que todos os nossos hospitais devem ser dirigidos, não como se o sucesso da obra realizada fosse devido à habilidade dos médicos, mas em virtude do poder divino ligado com o médico. O Grande Médico deve ser engrandecido. Deve-se fazer ver que a aprovação de Deus sobre a instituição é porque os princípios da reforma de saúde são respeitados, e porque Cristo é reconhecido como Médico-Chefe. Nossas casas de saúde foram no passado, e continuarão a ser, se corretamente dirigidos, um meio de abençoar e erguer a humanidade. Se a verdade for representada corretamente, os que procuram nossos hospitais aprenderão muito acerca de seus princípios, e muitos se converterão. Estas instituições me têm sido apresentadas como focos de luz que apresentam a verdade como é em Jesus. O Senhor Jesus é o grande ministrador da saúde, e Sua presença em nossas instituições tem sido um cheiro de vida para vida. Cristo veio ao mundo como o Grande Médico da humanidade. Onde quer que os nossos hospitais sejam estabelecidos, devem tornar-se influências educadoras. O Senhor Se agradaria de que, juntamente com auxiliares escolhidos, estruturásseis vossa obra de molde a fazer um trabalho mais especializado em setores religiosos.
Maravilhosa tem sido a operação do plano de Deus no estabelecimento de tão numerosas instituições de saúde. O mundo está sendo escravizado por intemperança de toda sorte, e os que são nestes dias verdadeiros educadores, os que instruem no sentido da abnegação e do sacrifício, receberão a sua recompensa. Agora é nosso tempo, agora é nossa oportunidade para realizar uma obra abençoada. Carta 50, 1909.
Modelos do Poder Salvador de Deus
Em nossas instituições médicas as pessoas devem ser postas em contato com as verdades especiais para este tempo. Deus diz que haverá instituições estabelecidas sob a supervisão de homens que foram curados por meio da fé na Palavra de Deus, e que dominaram seus defeitos de caráter. No mundo se têm
tomado todas as espécies de providências para aliviar a humanidade sofredora, mas a verdade em sua simplicidade deve ser levada a estes sofredores por meio da influência de homens e mulheres leais aos mandamentos de Deus. Casas de saúde devem ser estabelecidos por todo o nosso mundo, e dirigidos por um povo que esteja em harmonia com as leis de Deus, um povo que coopere com Deus na defesa da verdade que decide o caso de cada alma por quem Cristo morreu. ...
Toda a luz do passado que ilumina o presente e penetra o futuro, como se acha revelada na Palavra de Deus, destina-se a cada alma que vem às nossas instituições de saúde. Deseja o Senhor que os hospitais estabelecidos entre os adventistas do sétimo dia sejam símbolos do que pode ser feito em favor do mundo, marcos do poder salvador das verdades do evangelho. Devem eles ser instrumentos no cumprimento do grande propósito de Deus em favor da raça humana.
Ao povo de Deus e Suas instituições desta geração, da mesma forma que ao antigo Israel, pertencem as palavras escritas por Moisés mediante o Espírito de Inspiração:
"És povo santo ao Senhor, teu Deus, e o Senhor te escolheu de todos os povos que há sobre a face da Terra, para Lhe seres o Seu povo próprio." Deut. 14:2.
"Vedes aqui vos tenho ensinado estatutos e juízos, como me mandou o Senhor, meu Deus. ... Guardai-os, pois, e fazei-os, porque esta será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos que ouvirão todos estes estatutos e dirão: Só este grande povo é gente sábia e inteligente. Porque, que gente há tão grande, que tenha deuses tão chegados como o Senhor, nosso Deus, todas as vezes que O chamamos? E que gente há tão grande, que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que hoje dou perante vós?" Deut. 4:5-8.
Mesmo estas palavras são insignificantes para atingir a grandeza e a glória do propósito de Deus a ser executado por meio de Seu povo. Manuscrito 166, 1899.
O Mais Grandioso Alvo
Necessitam-se hospitais nos quais se possa realizar obra médica e cirúrgica bem-sucedida. Dirigidas de acordo com a vontade de Deus, essas instituições removeriam preconceito e dariam a nossa obra uma nota favorável. O mais elevado alvo dos obreiros nestas instituições deve ser a saúde espiritual para os pacientes. Pode-se fazer obra evangelística
bem-sucedida junto com a obra médico-missionária. Só quando esses ramos da obra estiverem unidos, podemos esperar recolher os mais preciosos frutos para o Senhor. Carta 202, 1903.
Monumentos Para Deus
Em todos os seus departamentos, nossos sanatórios devem ser monumentos a Deus, instrumentos Seus em semear a semente da verdade no coração humano. E isto serão eles, caso sejam bem administrados. Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 483.
Reformar as Práticas Médicas
Quanto a serem usadas drogas em nossas instituições, é contrário à luz que o Senhor Se dignou conceder. O comércio de drogas tem causado mais dano ao nosso mundo e matado mais do que ajudado ou curado. A luz foi-me concedida primeiro quanto ao porquê devam ser as instituições estabelecidas: os casas de saúde deviam reformar as práticas médicas. Carta 69, 1898.
Uma Honra a Deus
O Deus do Céu é honrado por uma instituição dirigida dessa maneira. O Hospital ______ foi estabelecido por ordem de Deus, a fim de que homens e mulheres pudessem compreender melhor as virtudes da árvore da vida. Em Sua misericórdia Deus tornou o hospital um poder tal, em aliviar o sofrimento físico, que milhares estão sendo atraídos para ele, a fim de serem curados de suas enfermidades, e muitas vezes eles não são curados apenas fisicamente, mas recebem do Salvador o perdão de seus pecados, e se identificam inteiramente com Cristo, com Seus interesses, com Sua honra. Seus pecados são retirados e colocados na conta de Cristo. Sua justiça lhes é imputada. O bálsamo da saúde é aplicado à alma. Eles recebem a graça de Cristo e saem para comunicar a outros a luz da verdade. O Senhor os torna Suas testemunhas. Seu testemunho é: "Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus." II Cor. 5:21. Eles jamais se esquecem das orações, dos cânticos de louvor e gratidão, que ouviram quando estiveram no hospital. Podemos compreender quanto é Deus glorificado por esta obra? Carta 38, 1899.
Exaltar a Cristo
O propósito de nossas instituições de saúde não é primeiro e antes de tudo
funcionar como hospitais. As instituições de saúde relacionadas com a terminação da obra do evangelho na Terra representam os grandes princípios do evangelho em toda a sua plenitude. Cristo é quem deve ser revelado em todas as instituições relacionadas com a terminação da obra, mas nenhuma delas pode fazer isso tão plenamente como a instituição de saúde à qual o enfermo e sofredor se dirige em busca de alívio e libertamento tanto dos males físicos como espirituais. Muitos desses necessitam, como o paralítico de outrora, primeiramente o perdão do pecado; e precisam aprender o "não peques mais". João 5:14.
Se uma casa de saúde que se acha ligada com esta mensagem final deixa de exaltar a Cristo e aos princípios do evangelho como estes se acham desdobrados na mensagem do terceiro anjo, ela falha em seus aspectos mais importantes, e contradiz o próprio objetivo de sua existência. Review and Herald, 29 de outubro de 1914.
Cristo Deve Trazer Alívio e Cura
Tenho sido instruída quanto a devermos levar os enfermos de nossas instituições a esperar grandes coisas, por causa da fé do médico no Grande Restaurador que, durante os anos de Seu ministério terrestre, andava por todas as cidades e vilas da Terra, e curava a todos os que iam a Ele. Ninguém era despedido vazio; Ele os curava a todos. Compreendam os doentes que, embora invisível, Cristo está presente para aliviar e curar. Carta 82, 1908.
Despertar a Fé no Grande Médico
Como seguidores de Cristo, cumpre-nos trabalhar com todos os métodos racionais de pregar o evangelho da verdade presente. Não só por palavras, mas por atos, devemos dar indicação de que Cristo está desejoso de unir-Se com Seus devotados pastores hoje na cura do enfermo e sofredor. O Senhor deseja despertar na mente de Seus obreiros uma fé viva em Seu poder. Quando crescermos na fé do evangelho de Cristo, e encorajarmos aquela fé como apresentada na Palavra de Deus, haverá em nossos hospitais não apenas um conhecimento prático de como cuidar dos doentes de acordo com princípios corretos, mas a manifestação de uma fé viva no Deus que levará os obreiros a buscar o Grande Médico em favor de assistência divina. E o Senhor virá em auxílio de tais pessoas como resposta à sua fé no poder dEle.
Pelo fato de termos casas de saúde para a cura dos enfermos,
não devemos deixar de invocar ao Grande Restaurador. Não é para que dependamos apenas dos métodos simples usados, que nos é mandado estabelecer clínicas, mas para que apontemos aos aflitos o Poderoso Restaurador da saúde. Devemos suplicar Seu poder para trabalhar em harmonia com nossos tratamentos médicos. A obra de nossos hospitais seria muito mais bem-sucedida se os médicos lessem a Palavra com mais fervor e pusessem em prática seus preceitos; se eles pregassem o reino de Deus e orassem para que a graça restauradora de Cristo viesse sobre o aflito.
Preguemos o evangelho aos doentes, relacionando Jesus, o Grande Restaurador, com os remédios simples usados; e nossa fé viva será respondida. Todavia, os que vão ao Grande Restaurador devem estar dispostos a fazer Sua vontade, humilhar a alma e confessar seus pecados. Quando nos apropriarmos do poder divino com uma fé que não será negada, veremos a salvação de Deus.
Cristo declarou que veio para devolver a vida aos homens. Esta obra deve ser realizada pelos seguidores de Cristo, e deve ser feita pelos meios mais simples. As famílias devem ser ensinadas a cuidar dos doentes. A esperança do evangelho deve ser revivida no coração dos homens e mulheres. Devemos procurar atraí-los para o Grande Restaurador. Trabalhem os médicos de maneira inteligente no exercício de curar, não com drogas, mas seguindo métodos racionais. Depois devem eles, pela oração da fé, buscar o poder de Deus para impedir o progresso da doença. Isto inspirará nos sofredores fé em Cristo e no poder da oração, e lhes despertará confiança em nossos métodos simples de tratamento das enfermidades. Tal obra será um meio de dirigir a mente para a verdade, e será de grande eficiência na obra do ministério do evangelho. Carta 126, 1909.