Desprezarão a luz que Deus lhes deu e as advertências que lhes faz? A saúde do corpo deve ser considerada como essencial para o crescimento na graça e para a aquisição de bom temperamento. Se o estômago não for bem cuidado, a formação de caráter moral íntegro será prejudicada. O cérebro e os nervos relacionam-se com o estômago. O comer e o beber impróprios resultam num pensar e agir impróprios também.
Todos estão sendo agora experimentados e provados. Fomos batizados em Cristo, e, se desempenharmos nossa parte em renunciar tudo que nos afeta desfavoravelmente, fazendo de nós o que não devemos ser, ser-nos-á concedida força para o crescimento em Cristo, que é a nossa cabeça viva, e veremos a salvação de Deus. Testimonies, vol. 9, págs. 156-160.
Progressiva Reforma Dietética nas Instituições Adventistas do Sétimo Dia
Apelos Quanto a um Regime Isento de Carne em Nossas Primeiras Instituições Médicas (1884)
Levantei-me hoje às quatro horas da manhã para escrever-vos estas linhas. Tenho pensado muito ultimamente como a
instituição que presidis poderia tornar-se tudo o que Deus quereria que fosse, e tenho alguns pensamentos a sugerir.
Somos reformadores no sentido da saúde, buscando voltar, o quanto possível, ao plano original do Senhor concernente à temperança. Esta não consiste meramente em nos abstermos de bebidas intoxicantes e de fumo; estende-se além disso. Ela deve regular o que comemos.
Todos nós estamos relacionados com a reforma de saúde. Mas quando visito o Retiro, vejo que há muito marcante afastamento da reforma de saúde no que concerne ao comer carne, e estou convicta de que importa haver mudança, e isto imediatamente. Vosso regime é em grande parte composto de carne. Deus não está conduzindo nessa direção; o inimigo busca estabelecer a questão do regime em bases errôneas mediante o conduzir os que estão dirigindo a instituição a acomodar o regime ao apetite dos doentes.
Quando o Senhor conduziu os filhos de Israel para fora do Egito, propôs-Se a estabelecê-los em Canaã como um povo puro, feliz, sadio. Consideremos o plano de Deus, e vejamos por que maneira foi isto efetuado. Restringiu-lhes o regime. Tirou-lhes em grande medida o alimento cárneo. Eles, porém, ansiaram ardentemente as panelas de carne do Egito, e Deus deu-lhes carne, e com ela o seguro resultado.
O Retiro da Saúde foi estabelecido a grande custo, para tratar os doentes sem drogas. Devia ser dirigido segundo princípios de saúde. A medicação com drogas deve ser afastada o mais rapidamente possível, até que seja inteiramente rejeitada. Deve-se educar o povo quanto ao regime apropriado, da mesma maneira que o vestir, o exercitar-se. Não somente nosso povo deve ser educado, mas os que não receberam a luz acerca da reforma de saúde devem ser ensinados no que respeita a viver saudavelmente, segundo o plano de Deus. Se, porém, não temos nós mesmos uma norma nesse sentido, que necessidade há de incorrer em tão grande dispêndio para estabelecer uma instituição de saúde? Onde entrará a reforma?
Não posso admitir que estejamos andando segundo as prescrições de Deus. Cumpre-nos ter uma diversa ordem de coisas, ou desistir do nome de Retiro da Saúde; pois ele é inteiramente impróprio. O Senhor mostrou-me que o Instituto de Saúde não deve
ser moldado para satisfazer o apetite ou as idéias de qualquer pessoa. Estou apercebida do fato de que a desculpa quanto à permissão de comer carne na instituição tem sido que os buscadores do prazer que ali chegam não se agradam de qualquer outra alimentação. Deixem-nos então ir a qualquer lugar em que possam obter o regime que desejam. Quando a instituição não puder ser dirigida, mesmo para os hóspedes, em harmonia com os justos princípios, tire ela então o nome que se atribuiu. A desculpa que tem sido alegada, porém, não existe agora; pois os clientes de fora são muito poucos.
É causado positivo dano ao organismo pelo contínuo comer carne. Não há nenhuma desculpa para isso a não ser um apetite pervertido, depravado. Talvez pergunteis: Quereria a senhora acabar inteiramente com o comer carne? Respondo: Finalmente chegarei a isto, mas não estamos preparados para este passo justo agora. O comer carne será finalmente abandonado. A carne de animais não mais constituirá parte de nosso regime; e olharemos com desagrado para um açougue. ...
Somos constituídos daquilo que comemos. Fortaleceremos as paixões animais comendo alimento animal? Em vez de educar o gosto em apreciar esse regime grosseiro, é bem tempo de educar-nos a viver de frutas, cereais e verduras. Esta é a obra de todos quantos se acham ligados a nossas instituições. Usai cada vez menos carne, até que ela não seja absolutamente usada. Se a carne for abandonada, se o paladar não for educado nessa direção, se for estimulado o gosto por frutas e cereais, em breve será como Deus designou no princípio que fosse. Carne alguma será usada por Seu povo.
Quando a carne não for usada como tem sido, aprendereis mais correta maneira de cozinhar, e sereis capazes de substituir a carne por qualquer outra coisa. Muitos pratos benéficos à saúde podem ser preparados, os quais são isentos de gordura e carne de animais mortos. Uma variedade de pratos simples, perfeitamente saudáveis e nutritivos, podem ser providos independentemente de carne. Homens vigorosos precisam comer abundância de verduras, frutas e cereais. Acidentalmente alguma carne pode ter de ser servida a pessoas de fora que educaram de tal maneira o paladar que julgam não poderem manter as forças a menos que comam carne. Terão, porém, maior capacidade de resistência caso se abstenham desse alimento do que se dele viverem em grande parte.
A principal objeção dos médicos e auxiliares no Retiro da Saúde a rejeitar o regime cárneo, é que eles querem carne, e então insistem que precisam ter carne. Portanto, estimulam o uso da mesma. Deus não quer, no entanto, que os que chegam ao Retiro da Saúde sejam educados a viver de um regime cárneo. Por simples palestras no salão e pelo exemplo, educai noutra direção. Isto demandará grande habilidade no preparo dos alimentos saudáveis. Exigirá mais trabalho, todavia deve ser gradualmente feito. Usai menos carne. Eduquem os que cozinham e os que têm a responsabilidade, seus próprios gostos e hábitos no comer segundo as leis da saúde.
Temos estado a voltar para o Egito em vez de avançar para Canaã. Não inverteremos a ordem das coisas? Não teremos comida simples e saudável em nossa mesa? Não dispensaremos os biscoitos quentes, que só causam dispepsia? Aqueles que elevam a norma o mais próximo que lhes é possível da prescrição de Deus, segundo a luz que Ele lhes comunicou mediante Sua Palavra e os testemunhos de Seu Espírito, não mudarão de atitude para satisfazer os desejos de seus amigos ou parentes, sejam eles um ou dois ou um exército, que estejam vivendo contrariamente aos sábios arranjos do Senhor. Caso procedamos nessas coisas movidos por princípios, se observarmos estritas regras de regime, se, como cristãos, educarmos nossos gostos em harmonia com os planos de Deus, exerceremos uma influência que satisfará a mente de Deus. A questão é: "Estamos nós dispostos a ser verdadeiros reformadores de saúde?"
É essencial que seja evitada a rotina no regime. O apetite será muito melhor havendo variação na comida. Sede coerentes. Não useis várias espécies de alimentos numa refeição, e nenhuma variedade na seguinte. Dai atenção à economia nesse sentido. Deixai o povo queixar-se, se quiserem. Deixai-os criticar se não há variedade suficiente para satisfazer-lhes o gosto. Os israelitas queixavam-se sempre de Moisés e de Deus. É vosso dever manter a norma da reforma de saúde. Mais se pode fazer pelos doentes mediante a regularização de seu regime alimentar do que por todos os banhos que lhes possam ser dados.
Empregai em frutas a mesma quantia gasta em carne. Mostrai ao povo a correta maneira de viver. Houvesse isto sido feito desde o princípio na instituição de _________ e o Senhor
haver-Se-ia agradado, e teria aprovado os esforços. ...
Cuidado e habilidade devem ser exercidos no preparo do alimento. Espero que a Dra. ________ ocupe a posição que lhe foi designada, que tenha conselho com a cozinheira, de modo que a comida posta à mesa no Retiro de Saúde esteja em harmonia com a reforma de saúde. Porque alguém se inclina a condescender com o próprio apetite, não deve alegar que sua maneira é que é o modo de viver; não deve, por seu modo de agir, procurar moldar a instituição a fim de harmonizá-la a seus gostos e costumes. Os que têm a responsabilidade da instituição devem aconselhar-se freqüentemente uns com os outros. Devem agir em perfeita harmonia.
Não alegueis, eu vos rogo, que o comer carne deve ser correto, porque este ou aquele, que é escravo do apetite, disse que não pode viver no Retiro de Saúde sem carne. Manter-se de carne de animais mortos é uma maneira grosseira de viver, e como um povo, devemos estar operando uma mudança, uma reforma, ensinando ao povo que há preparações de alimentos que lhes darão mais forças, e lhes conservarão mais a saúde do que a carne.
O pecado desta geração é a glutonaria no comer e beber. Condescendência com o apetite, eis o deus a que muitos adoram. Os que se acham ligados com o Instituto de Saúde devem dar um bom exemplo nessas coisas. Devem proceder conscienciosamente no temor de Deus, e não serem dominados por um paladar pervertido. Ser suficientemente esclarecidos quanto aos princípios da reforma de saúde, e em todas as circunstâncias postar-se sob sua bandeira.
Espero, Dra. ______, que aprendais mais e mais a maneira de cozinhar saudavelmente. Providenciai abundância de comida boa e saudável. Não economizeis nesse sentido. Restringi vossos cardápios de carne, mas tende bastante fruta e verdura de boa qualidade, e tereis então o prazer de ver o vigoroso apetite com que todos partilharão do que preparais. Nunca penseis que a comida boa, saudável que se ingere é perdida. Ela proporcionará sangue e músculos, e dará forças para os deveres diários. Carta 3, 1884.
Tenho estado a pensar muito no Instituto de Saúde de ______. Muitos pensamentos me enchem a mente, e desejo expressar-vos alguns deles.
Tenho evocado a luz que me foi comunicada por Deus, e por meu intermédio a vós transmitida, quanto à reforma de saúde. Tendes vós procurado com cuidado e oração, compreender a vontade de Deus nessa questão? A desculpa tem sido que os de fora querem regime cárneo; mas mesmo que eles recebessem alguma carne, sei que, com cuidado e habilidade, seriam preparados pratos que em larga escala, substituíssem a carne, e dentro de pouco tempo eles estariam educados a deixar a carne de animais mortos. Mas se alguém que faz a cozinha depende principalmente da carne, essa pessoa pode encorajar - e encorajará - o alimento cárneo, e o apetite pervertido forjará toda desculpa quanto a essa espécie de regime.
Quando vi como as coisas estavam indo - que se ______ não tivesse carne para cozinhar não sabia que prover como substituto, e que a carne era o principal artigo na alimentação - senti que era preciso haver imediatamente uma mudança. Pode haver alguns tuberculosos que exijam carne, mas que eles a recebam em seu quarto, e não tentem o já pervertido apetite dos que não a devem comer. ... Talvez penseis que não vos é possível trabalhar sem carne. Assim pensei algum tempo, mas sei que em Seu plano original, Deus não providenciou carne de animais mortos como parte do regime alimentício do homem. É um gosto grosseiro, pervertido, que aceita esse alimento. ... Depois, o fato de a carne encontrar-se largamente afetada por doenças, deve levar-nos a fazer diligentes esforços para deixar inteiramente de usá-la. Minha atitude agora é a de deixar de todo em paz a carne. Será difícil a alguns assim fazer; tão difícil como ao habituado ao álcool deixar seu trago; mas sentir-se-ão melhor com a mudança. Carta 2, 1884.
Enfrentar a Questão
O hospital está fazendo boa obra. Chegamos justamente ao ponto da vexativa questão da carne. Não devem os que vão para o hospital ter carne à mesa, e serem instruídos a deixá-la gradualmente?... Anos atrás foi-me
comunicada luz quanto a não dever ser tomada a atitude de rejeitar totalmente a carne, porque em alguns casos ela era preferível às sobremesas, e pratos compostos de doces. Estes causam seguramente distúrbios. É a mistura de carne, verduras, frutas, vinhos, chá, café, bolos e tortas requintadas que arruínam o estômago, e põem os seres humanos em condições de se tornarem inválidos, com todos os desagradáveis efeitos da enfermidade sobre o temperamento. ...
Apresento a palavra do Senhor Deus de Israel. Em virtude de transgressão, a maldição de Deus tem sobrevindo à própria Terra, e ao gado, e a toda carne. Os seres humanos estão sofrendo o resultado de sua conduta, desviando-se dos mandamentos de Deus. Também os animais sofrem sob a maldição.
O uso da carne não deve entrar nas prescrições para nenhum inválido de quaisquer médicos dentre os que compreendem estas coisas. A doença no gado está tornando o comer carne coisa perigosa. A maldição do Senhor está sobre a Terra, o homem, os animais e os peixes no mar; e à medida que a transgressão se torna quase universal, será permitido à maldição tornar-se tão ampla e profunda como a própria transgressão. Contrai-se doença pelo uso da carne. A carne enferma desses animais mortos é vendida nos mercados, e o seguro resultado é a doença entre os homens.
O Senhor deseja levar Seu povo a uma situação em que não toquem nem provem carne de animais mortos. Portanto, não sejam essas coisas prescritas por nenhum médico que tenha conhecimento da verdade para este tempo. Não há segurança alguma no comer carne de animais mortos, e dentro de breve tempo o leite das vacas será também excluído do regime do povo que guarda os mandamentos de Deus. Brevemente não será garantido usar coisa alguma que provenha da criação animal. Os que dão crédito à Palavra de Deus, e Lhe obedecem os mandamentos de todo o coração, serão abençoados. Ele será seu escudo protetor. Mas com o Senhor não se brinca. Desconfiança, desobediência, afastamento da vontade de Deus e de Seu caminho, colocará o pecador em situação em que o Senhor não pode dar-lhe Seu divino favor. ...
Refiro-me outra vez à questão do regime. Não podemos fazer agora como nos arriscamos a fazer no passado quanto ao comer carne. Esta tem sido sempre uma maldição à família humana, mas em nossos dias isto se torna particularmente a maldição pronunciada por Deus sobre os rebanhos do campo em razão da transgressão e pecado do homem. A doença nos animais está-se tornando mais e mais comum, e nossa única segurança agora é deixar a carne inteiramente de lado. Dominam hoje as doenças em seu estado mais agravado, e a última coisa que médicos esclarecidos devem fazer é aconselhar doentes a comer carne. É por comer carne em tão alta escala neste país que homens e mulheres estão ficando desmoralizados, o sangue corrompido, as doenças implantadas no organismo. Por causa do comer carne muitos morrem, e não compreendem a causa. Fosse a verdade conhecida, daria testemunho de que fora a carne de animais que passaram pela morte. O pensamento de alimentar-se de carne de animais mortos é repulsivo, mas há alguma coisa além disto. Ao comer carne, partilhamos de carne morta enferma, e esta semeia a semente da corrupção no organismo humano.
Eu vos escrevo, meu irmão, para que não mais sejam dadas em nosso hospital prescrições para comer carne. Não há desculpas para isso. Não há garantia quanto à influência e resultados posteriores sobre a mente humana. Sejamos reformadores de saúde em todo sentido do termo. Tornemos conhecido em nossas instituições que não mais haverá mesa de carne, mesmo para os pensionistas; e então as instruções ministradas quanto ao abandono desse artigo não serão somente dizer, mas fazer. Se for menor a clientela, que seja. Os princípios serão de muito maior valor quando forem compreendidos, quando for sabido que a vida de nenhuma criatura viva será tirada para sustentar a vida do cristão. Carta 59, 1898.
Uma Segunda Carta Enfrentando o Assunto
Recebi vossa carta, e darei a melhor explicação que puder relativamente à carne. As palavras que mencionais achavam-se numa carta a ________ e alguns outros ao tempo que a irmã ________ se achava no Retiro de Saúde. Essas cartas
foram procuradas com afinco. Algumas cartas foram copiadas, e outras não. Disse-lhes que dessem informações acerca do tempo das declarações feitas. Naquela época o regime cárneo estava sendo prescrito e usado em larga escala. A luz que me fora comunicada era que a carne em condições de saúde não devia ser cortada imediatamente, mas palestras deviam ser feitas no salão relativamente ao uso da carne de animais mortos, de qualquer espécie; que frutas, cereais e verduras devidamente preparados era tudo o que o organismo exigia para manter-se com saúde; mas que eles precisavam primeiro mostrar que não necessitamos de carne, uma vez que haja bastante fruta, como na Califórnia. No Retiro de Saúde, porém, eles não estavam preparados para dar passos abruptos, depois de haverem usado tão abundantemente a carne como haviam feito. Seria necessário usarem-na bem parcimoniosamente a princípio, deixando-a afinal inteiramente. Mas precisaria haver apenas uma mesa chamada a mesa dos pacientes que comem carne. As outras mesas deviam estar isentas desse artigo. ...
Trabalhei com demasiado fervor para que toda a carne fosse abandonada, mas essa difícil questão precisa ser tratada discretamente, sem precipitação, depois de a carne haver sido usada três vezes ao dia. Os pacientes devem ser educados do ponto de vista da saúde.
Isto é tudo de quanto me posso lembrar naquele ponto. Mais luz ou conhecimento tem sobrevindo, para nossa consideração. A criação animal está enferma, e é difícil determinar o grau de enfermidade na família humana resultante do regime cárneo. Lemos constantemente nos jornais diários acerca da inspeção da carne. Açougues estão continuamente sendo esvaziados; a carne que se vende é condenada como imprópria para o uso.
Tem-me sido comunicado por muitos anos o conhecimento de que a carne não é boa para a saúde nem a moral. Parece todavia tão estranho que eu tenha de enfrentar repetidamente essa questão do comer carne. Tive uma palestra muito minuciosa e decisiva com os médicos do Lar da Saúde. Eles haviam considerado o assunto, e o irmão e a irmã ________ foram levados a situações muito difíceis. Estava sendo prescrita carne aos pacientes. ... Sábado, enquanto na Associação da União Australiana, realizada em Stanmore, senti-me solicitada pelo Espírito do Senhor a tratar do caso do Lar da Saúde estabelecido em Summer Hill, que fica apenas a algumas estações de Stanmore.
Apresentei as vantagens a serem obtidas nesse hospital. Mostrei que a carne nunca devia ser posta à mesa como artigo de alimentação, que a vida e a saúde de milhares estavam sendo sacrificadas nos altares em que a carne de animais mortos era oferecida para consumo. Nunca fiz apelo mais veemente e decidido. Disse: Estamos gratos por ter aqui uma instituição em que não é prescrita a nenhum paciente a carne de animais mortos. Permiti que se diga que nem um bocado de carne tem sido posto à mesa, seja para médicos, seja para gerentes, auxiliares, ou pacientes. Disse: Temos confiança em nossos médicos, de que essa questão será tratada do ponto de vista da saúde; pois animais mortos devem ser sempre olhados como coisa imprópria para constituir regime alimentar de cristãos.
Não disfarcei o assunto numa partícula que fosse. Disse que trouxessem os de nosso Lar de Saúde carne de animais mortos para a mesa, e mereceriam o desagrado de Deus. Contaminariam o templo de Deus, e necessitaria que lhes fossem dirigidas as palavras: Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá. A luz que Deus me tem comunicado é que Sua maldição está sobre a terra, o mar, o gado, os animais. Dentro em pouco não haverá garantia na posse de rebanhos ou gados. A terra está em decadência sob a maldição de Deus. Carta 84, 1898.
Fiéis a Nossos Princípios
Tem decrescido ultimamente o número dos doentes em nosso hospital, devido a uma série de circunstâncias que não se podiam remediar. Uma das razões da falta de clientela, penso, é a atitude que os que se encontram à testa da instituição têm tomado quanto a servir carne aos pacientes. Desde o início do hospital, tem-se servido carne no refeitório. Sentimos haver chegado o tempo de tomar decidida atitude contra essa prática. Sabíamos não ser agradável a Deus que o alimento cárneo seja posto diante dos doentes.
Agora, nem chá, nem café, nem carne é servido na instituição. Estamos decididos a viver os princípios da reforma de saúde, para andar no caminho da verdade e da justiça. Não seremos, por temor de perder os clientes, reformadores meio-termo.
Tomamos nossa posição e, com o auxílio de Deus, nela permaneceremos. O alimento provido para os pacientes é saudável e apetecível. O regime é composto de frutas e cereais e nozes. Há, aqui na Califórnia, abundância de frutas de todas as espécies.
Se chegam pacientes tão apegados ao regime da carne que julgam não poder viver sem ela, procuraremos fazê-los ver a questão de ponto de vista inteligente. E se assim não fizerem, se estiverem decididos a usar aquilo que lhes destrói a saúde, não nos recusamos a fornecer-lha, caso estejam dispostos a comê-la no quarto, e dispostos a incorrer nas conseqüências. Eles, porém, devem tomar sobre si a responsabilidade de suas ações. Não lhes sancionamos a direção. Não ousamos desonrar nossa mordomia sancionando o uso daquilo que contamina o sangue e traz doenças. Seríamos infiéis a nosso Mestre se fizéssemos aquilo que sabemos não ser aprovado por Ele.
Esta é a atitude que havemos tomado. Estamos resolvidos a ser leais aos princípios da reforma de saúde, e que Deus nos ajude, é minha oração.
É preciso pôr em prática planos que tragam um acréscimo de clientela. Seria, porém, correto de nossa parte, que por amor de obter mais pacientes, voltássemos a servir carne? Havemos de dar aos doentes aquilo que os fez adoecer, que os manterá doentes se o continuarem a usar como alimento? Não tomaremos antes nossa atitude como pessoas resolvidas a levar avante os princípios da reforma de saúde? Manuscrito 3a, 1903.
Há em nossas instituições pessoas que pretendem crer nos princípios da reforma de saúde, e que todavia condescendem com o uso de alimentos cárneos e outros que sabem serem prejudiciais à saúde. Digo a esses, em nome do Senhor: Não aceiteis cargos em nossas instituições enquanto vos recusais a viver os princípios que nossas instituições representam; pois assim fazendo, tornais duplamente difícil a obra dos mestres e diligentes que se estão esforçando para conduzir a obra na direção devida.
Desobstruí a estrada do Rei. Deixai de bloquear o caminho da mensagem que Ele envia.
Foi-me mostrado que os princípios que nos foram dados nos primeiros dias de nossa mensagem devem ser considerados tão importantes por nosso povo hoje, como o eram então. Alguns há que nunca seguiram a luz a nós comunicada relativamente à questão do regime. É tempo agora de tirar a luz de sob o alqueire, e deixá-la resplandecer em raios límpidos e brilhantes. Manuscrito 73, 1908.