A Vontade: um Fator de Êxito
O Poder da Vontade
A vontade é o poder que governa a natureza do homem, trazendo todas as outras faculdades sob sua influência. A vontade não é gosto ou inclinação, mas é o poder de decidir, que opera nos filhos dos homens para a obediência a Deus ou para a desobediência. Testimonies, vol. 5, pág. 513.
Toda a criança deve compreender a verdadeira força de vontade. Cumpre que seja levada a ver quão grande é a responsabilidade envolvida nesse dom. A vontade é ... a força para a decisão, ou escolha. Educação, pág. 289.
Êxito ao Submeter a Vontade a Deus
Todo o ser humano dotado de razão tem o poder de escolher o que é reto. Em cada incidente da vida, a Palavra de Deus para nós é: "Escolhei hoje a quem sirvais." Jos. 24:15. Cada qual pode pôr a sua vontade ao lado da vontade de Deus, pode optar pela obediência a Ele e, ligando-se assim com as forças divinas, colocar-se onde nada o poderá forçar a praticar o mal. Em cada jovem e criança há o poder de, mediante o auxílio de Deus, formar um caráter íntegro e viver uma vida de utilidade.
O pai ou professor que com tais instruções ensine à criança o governo de si mesma, será da maior utilidade e terá um êxito permanente. Para o observador superficial, o seu trabalho pode não mostrar o verdadeiro valor; poderá deixar de ser estimado em tão grande conta como o daquele que retém o espírito e a vontade da criança sob uma autoridade absoluta; entretanto, os anos vindouros demonstrarão o resultado do melhor método de ensino. Educação, pág. 289.
Não Enfraquecer, mas Dirigir a Vontade da Criança
Poupai toda força da vontade, pois que o ser humano necessita de toda ela, mas dai-lhe a devida direção. Tratai-a com sabedoria e ternura, como um tesouro sagrado. Não a despedaceis; antes, mediante preceito e verdadeiro exemplo, moldai-a sabiamente até que a criança chegue aos anos em que será responsável por si mesma. Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág. 116.
Cedo as crianças devem ser ensinadas a submeter sua vontade e inclinação à vontade e à autoridade dos pais. Quando estes ensinam aos filhos essa lição, estão-nos educando a se submeterem à vontade de Deus e obedecerem aos seus reclamos, e preparando-os para serem membros da família de Cristo. Manuscrito 119, 1899.
Guiados, não Esmagados
Dirigir o desenvolvimento da criança, sem estorvá-lo por meio de um governo indevido, deve ser objeto de estudo tanto por parte do pai como do professor. As regras demasiadas são coisa tão ruim como a deficiência delas. O esforço para se "quebrar a vontade" de uma criança é um erro terrível. Os espíritos são constituídos diferentemente; conquanto a força possa conseguir uma submissão aparente, com muitas crianças o resultado é uma mais decidida rebelião do coração. Mesmo que o pai ou o professor consiga impor a sujeição que deseja, o desfecho poderá ser não menos desastroso para a criança. ...
Desde que a renúncia da vontade é muito mais difícil a alguns alunos do que a outros, o professor deve fazer com que a obediência às suas exigências seja tão fácil quanto possível. A vontade deve ser dirigida e modelada, mas não ignorada ou esmagada. Educação, págs. 288 e 289.
Guiar; Nunca Forçar
Permiti que os filhos sob o vosso cuidado tenham uma individualidade, como vós mesmos. Sempre procurai guiá-los, mas nunca forçá-los. Testimonies, vol. 5, pág. 653.
O Exercício da Vontade Fortalece o Espírito
Uma criança pode ser ensinada de maneira a... não ter vontade própria.
Sua individualidade pode imergir na da pessoa que lhe dirige o ensino; sua vontade, para todos os intentos e desígnios, está sujeita a de seu mestre. As crianças assim educadas serão sempre deficientes em energia moral e responsabilidade como indivíduos. Não foram ensinadas a agir movidas pela razão e por princípios; sua vontade foi controlada por outros, e a mente não foi chamada a expandir-se e fortalecer-se pelo exercício. Não foram dirigidas e disciplinadas com respeito à sua constituição peculiar, e à sua capacidade mental, de modo a desenvolverem as mais vigorosas faculdades da mente, quando necessário. Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág. 74.
Quando Há um Choque de Vontades
Se a criança tem vontade inflexível, a mãe reconhecerá, se é que compreende a sua responsabilidade, que essa vontade obstinada faz parte da herança que ela lhe deu. Não considerará sua vontade como algo que deva ser quebrado. Tempos há em que a determinação da mãe encontra a determinação do filho, em que a vontade firme e madura da mãe encontra a vontade absurda da criança, e em que ou a mãe governa, devido a sua vantagem de idade e experiência, ou há o governo da vontade mais velha pela vontade mais nova e indisciplinada da criança. Em tais ocasiões, há necessidade de grande sabedoria; pois pelo trato insensato, por severa compulsão, a criança pode ser estragada para esta vida e para a futura. Pela falta de sabedoria tudo pode estar perdido.
É esta uma crise que raras vezes se deve permitir chegar, pois tanto a mãe como a criança terão uma luta árdua. Grande cuidado deve-se ter em evitar tal fato. Mas uma vez que se entre em tal questão, a criança deve ser levada a ceder ante a sabedoria superior do pai. A mãe deve conservar suas palavras sob perfeito controle. Não deve haver ordens em voz alta.
Nada deve ser feito que desenvolva na criança o espírito de desafio. A mãe deve estudar como lidar com ela de tal maneira que seja atraída a Jesus; deve orar com fé para que Satanás não seja vitorioso sobre a vontade da criança. Os anjos celestiais vigiam a cena.
A mãe deve reconhecer que Deus é seu ajudador, que o amor é o seu êxito, seu poder. Se for sábia cristã, não tentará forçar a criança à submissão. Orará; e ao orar, terá consciência de uma renovação da vida espiritual em si mesma. E verá, ao mesmo tempo, que o poder que está operando nela, opera também no filho. E a criança, em vez de ser compelida, é guiada e se torna mais dócil; e é ganha a batalha. Todo o pensamento bondoso, toda a ação paciente, toda a palavra de sábia restrição, são como maçãs de ouro em salvas de prata. A mãe alcançou uma vitória tão preciosa que a linguagem não pode exprimir. Alcançou renovada luz e crescente experiência. A "luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo" (João 1:9), submeteu-lhe a vontade. Há paz depois da tempestade, como o brilho do Sol depois da chuva. Carta 55, 1902.
Os Pais Devem Manter Sentimentos Juvenis
Muito poucos reconhecem a importância de conservar, tanto quanto possível, seus sentimentos juvenis, e não se tornarem de natureza áspera e antipática. Deus Se agradaria de ver os pais misturarem a graciosa simplicidade da criança com a força, a sabedoria e a maturidade de homens e mulheres. Muitos nunca tiveram uma infância genuína. Jamais aproveitaram a liberdade, a simplicidade, a frescura da vida que desabrochava. Eram repreendidos e repelidos, reprovados e espancados, até que a inocência e a franqueza confiante da criança foi trocada pelo
medo, pela inveja, pelo ciúme e pela falsidade. Tais pessoas raramente têm as características que tornarão feliz a infância de seus queridos. Good Health, março de 1880.
Um Grande Erro
Grande erro é cometido quando as rédeas do domínio são colocadas nas mãos da criança, e lhe é permitido ter o governo e domínio do lar. Isso dá indevida direção a esta coisa maravilhosa - o poder da vontade. Mas isso tem sido e continuará a ser feito porque os pais e mães estão cegos no discernimento e no cálculo. Manuscrito 126, 1897.
Uma Mãe que Capitulou Ante o Filho que Chorava
Vosso filho ... precisa que a mão da sabedoria o guie corretamente. Tem-lhe sido permitido chorar pelo que quer, até que isso para ele se tornasse um hábito. É-lhe permitido chorar pelo pai. Freqüentes vezes, em sua presença foi dito a outros como chora pelo pai, a ponto de ele fazer disso um motivo para chorar. Tivesse eu vosso filho, e em três semanas ele estaria transformado. Eu lhe faria compreender que minha palavra era lei, e bondosa mas firmemente levaria a cabo meu propósito. Não submeteria minha vontade à vontade da criança. Tendes um trabalho a fazer aqui, e muito tendes perdido por não executá-lo antes. Carta 5, 1884.
A Vida Infeliz da Criança Estragada
Toda criança que não é disciplinada cuidadosamente e com oração será infeliz nesse tempo de prova, e formará tão desagradáveis traços de caráter que o Senhor não a poderá unir à Sua família no Céu. Durante toda a vida da criança estragada, há um fardo muito grande a ser levado. Nas provas, nos desapontamentos, nas tentações, ela seguirá a sua vontade indisciplinada e mal dirigida. Manuscrito 126, 1897.
As crianças a quem se permite seguir seu próprio rumo não são felizes.
O coração não domado não tem em si os elementos de descanso e contentamento. O espírito e o coração devem ser disciplinados e postos sob a devida restrição, a fim de que o caráter se harmonize com as sábias leis que governam nosso ser. Inquietação e descontentamento são os frutos da condescendência e do egoísmo. Testimonies, vol. 4, pág. 202.
A Base de Muitas Provas
As tristes provas que se demonstram tão perigosas para a prosperidade da igreja, e que fazem com que o descrente tropece e se desvie com dúvidas e insatisfação geralmente provêm de um espírito não domado e rebelde, fruto da condescendência paterna na distante juventude. Quantas vidas têm sido arruinadas, quantos crimes são cometidos sob a influência de um acesso repentino que bem poderia ter sido cortado na infância, quando a mente era suscetível, quando o coração era facilmente influenciado pelo direito e estava sujeito à vontade de uma mãe amorável! O preparo deficiente da criança é o fundamento de uma vasta soma de miséria moral. Testimonies, vol. 4, pág. 202.