Orientação da Criança

CAPÍTULO 25

Simplicidade

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VII. Desenvolvimento de Qualidades Cristãs

Simplicidade

Educar com Simplicidade Natural

Os pequeninos devem ser educados com uma simplicidade infantil. Devem ser ensinados a estar contentes com os pequenos e úteis deveres e com os prazeres e experiências próprios de sua idade. As crianças correspondem à erva da parábola, e a erva tem uma beleza toda peculiar. As crianças não devem ser forçadas a uma maturidade precoce, mas, tanto quanto possível, devem reter a frescura e graça de seus tenros anos. Quanto mais calma e simples a vida da criança, isto é, mais livre de estímulos artificiais e mais de acordo com a Natureza, mais favorável é para o vigor físico e mental e para a força espiritual. Educação, pág. 107.

Devem os pais, pelo seu exemplo, incentivar a formação de atos de simplicidade e afastar os filhos de uma vida artificial para uma vida natural. Signs of the Times, 2 de outubro de 1884.

As Crianças Mais Atraentes

As crianças que são naturais e não afetadas são mais atraentes. Não é prudente ter as crianças em especial consideração. Não deve ser encorajada a vaidade louvando seu aspecto, suas palavras ou ações. Tampouco devem vestir-se de maneira cara ou pomposa. Isso alimenta nelas o orgulho e desperta inveja no coração de seus companheiros. Ensinai às crianças que o verdadeiro adorno não é o exterior. "O enfeite... não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestes; mas o homem encoberto no coração, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus." I Ped. 3:3 e 4. Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág. 141.


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O Segredo do Verdadeiro Encanto

Deve-se ensinar às moças que o verdadeiro encanto da feminilidade não consiste apenas na beleza da forma ou do aspecto, ou na posse de realizações; mas no espírito manso e quieto, na paciência, generosidade, bondade, e na prontidão para fazer algo pelos outros e sofrer por eles. Devem ser ensinadas a trabalhar, a estudar para algum propósito, a viver por algum objetivo, a confiar em Deus e a temê-Lo, e a respeitar aos pais. Assim, ao avançarem em anos tornar-se-ão mais puras, mais confiantes em si e amadas. Será impossível desprezar tal mulher. Ela escapará às tentações e provas que têm sido a ruína de tantos. Health Reformer, dezembro de 1877.

Sementes de Vaidade

Em muitas famílias, as sementes da vaidade e do egoísmo são semeadas no coração dos filhos quase durante a infância. Seus engenhosos ditos e feitos são comentados e louvados na sua presença e repetidos a outros com exagero. Os pequeninos notam isso e ficam inflados de importância própria; atrevem-se a interromper as conversas e se tornam atrevidos e insolentes. A lisonja e a condescendência alimentam-lhes a vaidade e a obstinação, até que o mais novo, com não pouca freqüência, governa toda a família, inclusive o pai e a mãe.

A disposição formada por esta sorte de ensino não pode ser posta de lado, ao alcançar a criança um juízo mais maduro. Cresce com seu crescimento, e o que poderia ter parecido esperteza no bebê torna-se desprezível e ímpio no homem ou mulher. Procuram governar sobre seus companheiros; e se qualquer deles recusa ceder à sua vontade, consideram-se ofendidos ou insultados. Isso se dá porque, para seu prejuízo, mostrou-se condescendência para com eles, na juventude, em vez de lhes ser ensinada a abnegação necessária para suportar as durezas e lutas da vida. Testimonies, vol. 4, págs. 200 e 201.


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Não Incentivar o Amor ao Elogio

As crianças necessitam receber demonstrações de apreço, simpatia, animação; mas se deve ter cuidado e não alimentar nelas o amor ao elogio. ... Os pais ou professores que tenham em vista o verdadeiro ideal do caráter, e as possibilidades de o alcançar, não podem acariciar ou estimular o sentimento de presunção. Não encorajarão nos jovens o desejo de exibir sua habilidade ou perfeição. Aquele que olha para o que é mais alto do que ele próprio há de ser humilde; contudo, possuirá aquela dignidade que não se envergonha ou se confunde ante uma exibição exterior ou grandeza humana. Educação, pág. 237.

Simplicidade no Regime Alimentar e Vestuário

Os pais têm um dever sagrado a cumprir, ensinando os filhos a auxiliarem nos encargos do lar, a estarem contentes com alimentos singelos e simples, e vestuário limpo e pouco dispendioso. Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág. 158.

Oh, se as mães e os pais reconhecessem sua responsabilidade e que têm de dar contas diante de Deus! Que mudança se operaria na sociedade! Os filhos não seriam estragados, sendo elogiados e mimados ou tornados vãos pela condescendência no vestuário. Review and Herald, 13 de abril de 1897.

Ensinar Simplicidade e Confiança

Devemos ensinar aos nossos filhos lições de simplicidade e confiança. Devemos ensinar-lhes a amar, temer e obedecer ao Seu Criador. Em todos os planos e propósitos da vida, deve a Sua glória ser considerada suprema; Seu amor deve ser a mola principal de cada ação. Review and Herald, 13 de junho de 1882.

Cristo Nosso Exemplo

Jesus, nosso Redentor, andou na Terra com a dignidade de um rei, no entanto era manso e humilde de coração. Era uma luz e uma bênção em cada lar, pois levava consigo a alegria, a esperança e a coragem. Oh, se pudéssemos ficar satisfeitos com menos anseios do coração, menos lutas por coisas difíceis de obter para embelezar


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nosso lar, enquanto aquilo a que Deus dá mais valor que às jóias, o espírito manso e quieto, não é alimentado! A graça da simplicidade, da mansidão e do afeto verdadeiro, tornaria o mais humilde lar um paraíso. É melhor suportar alegremente todo o inconveniente do que afastar a paz e o contentamento. Testimonies, vol. 4, pág. 622.

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