Cumpre-nos, em nossa obra, dar mais atenção à reforma da temperança. Todo dever que pede reforma, envolve arrependimento, fé e obediência. Isto significa o reerguimento da alma a uma vida nova e mais nobre. Assim toda verdadeira reforma tem seu lugar na obra da terceira mensagem angélica. A reforma da temperança requer nossa especial atenção e apoio. Devemos, em nossas reuniões campais, chamar a atenção para esta obra, tornando-a um assunto vivo. Precisamos apresentar ao povo os princípios da verdadeira temperança, e pedir assinaturas para o compromisso de temperança. Importa dar cuidadosa atenção aos que se acham escravizados pelos maus hábitos. Cumpre-nos levá-los à cruz de Cristo.
Nossas reuniões campais devem ter a cooperação de médicos. Para isso requerem-se homens de sabedoria e são discernimento, homens que respeitem o ministério da Palavra e não sejam vítimas da incredulidade. Esses homens são os guardiões da saúde do povo, e devem ser reconhecidos e respeitados. Eles devem dar instruções ao povo no que respeita aos perigos da intemperança. Esse mal terá de ser enfrentado mais ousadamente no futuro do que tem sido no passado. Os pastores e os médicos devem salientar os males da intemperança. Importa que ambos trabalhem no evangelho com poder, condenando o pecado e exaltando a justiça. Os pastores e médicos que não fazem apelos individuais ao povo, são remissos em seu dever. Falham no cumprimento da obra que Deus lhes designou.
Há, noutras igrejas, cristãos que estão na defesa dos princípios da temperança. Devemos buscar aproximar-nos desses
obreiros, abrindo caminho para que estejam conosco lado a lado. Devemos convidar grandes homens, homens bons, para apoiarem nossos esforços em salvar o que se havia perdido.
Caso a obra de temperança fosse levada avante por nós como foi iniciada trinta anos atrás; se em nossas reuniões campais expuséssemos diante do povo os males da intemperança no comer e no beber, e especialmente o mal das bebidas alcoólicas; uma vez que estas coisas fossem apresentadas em ligação com os sinais da próxima vinda de Cristo, haveria uma sacudidura entre o povo. Se mostrássemos zelo proporcional à importância das verdades de que estamos tratando, seríamos instrumento em salvar centenas, ou antes, milhares da ruína.
Unicamente a eternidade revelará o que tem sido realizado por esta espécie de ministério - quantas almas, enfermas de dúvida e cansadas do mundanismo e desassossego, têm sido levadas ao grande Médico, que almeja salvar perfeitamente todos quantos se chegam a Ele. Cristo é um Salvador ressurgido, e há cura debaixo de Suas asas.
Ao vermos os homens se dirigindo para os lugares onde se oferece o venenoso líquido que lhes destrói a razão, ao ver-lhes a alma vacilante, que estamos nós fazendo para os salvar? Nossa obra pelos tentados e caídos só terá êxito real à medida que a graça de Cristo remodele o caráter, e o homem seja posto em viva ligação com o infinito Deus. Tal é o desígnio de todo verdadeiro esforço em prol da temperança. Somos chamados a trabalhar com energia mais que humana, com o poder que reside em Jesus Cristo. Aquele que desceu a Se revestir de natureza humana é O que nos mostrará a maneira de dirigir a batalha. Cristo deixou em nossas mãos Sua obra, e temos de lutar com Deus, suplicando dia e noite o poder invisível. É simplesmente o apegar-nos a Ele, por Jesus Cristo, que trará a vitória.
Ao aproximar-nos do fim do tempo, precisamos erguer-nos
mais e mais alto na questão da reforma de saúde e temperança cristã, apresentando-a de maneira mais positiva e decidida. Precisamos esforçar-nos continuamente para educar o povo, não apenas por palavras, mas por nossa maneira de viver. O preceito e a prática aliados, possuem uma influência poderosa. Testimonies, vol. 6, pág. 112, 1900.