Testemunhos Seletos - Volume 3

CAPÍTULO 23

O Propósito de Deus Quanto às Nossas Casas Publicadoras

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Nossas Casas Publicadoras

"Vós sois as Minhas testemunhas, diz o Senhor", para "proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus." Isa. 61:2.

Nossa obra de publicações foi estabelecida por direção de Deus e sob a Sua especial supervisão. Teve por desígnio o preenchimento de um propósito definido. Os adventistas do sétimo dia foram escolhidos por Deus como um povo peculiar, separado do mundo. Com a grande talhadeira da verdade Ele os cortou da pedreira do mundo, e os ligou a Si. Tornou-os representantes Seus, e os chamou para serem embaixadores Seus na derradeira obra de salvação. O maior tesouro da verdade já confiado a mortais, as mais solenes e terríveis advertências que Deus já enviou aos homens, foram confiadas a este povo, a fim de serem transmitidas ao mundo; e na realização dessa obra nossas casas publicadoras se encontram entre as mais eficientes instrumentalidades.

Estas instituições devem ser testemunhas de Deus, mestres de justiça para o povo. Delas deve irradiar luz, como de uma lâmpada incandescente. Como grande luz num farol ou numa costa perigosa, devem emitir constantemente raios de luz que penetrem as trevas do mundo, para advertir os homens dos perigos que ameaçam produzir-lhes a destruição.

As publicações expedidas de nossas casas publicadoras devem preparar um povo para encontrar-se com Deus. Através de todo o mundo devem elas fazer a mesma obra feita por João Batista para a nação judaica. Mediante comovedoras


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mensagens de advertência, o profeta de Deus despertou das fantasias mundanas os homens. Por meio dele chamou Deus ao arrependimento o Israel apostatado. Por suas apresentações da verdade expunha ele os enganos populares. Em contraste com as falsas teorias de seu tempo, a verdade contida em seus ensinos se destacava como uma certeza eterna. "Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos Céus", era a mensagem de João. Mat. 3:2. Esta mesma mensagem, por meio de publicações de nossas casas editoras, deve ser proclamada ao mundo hoje.

A profecia cumprida pela missão de João, esboça a nossa obra: "Preparai o caminho do Senhor, endireitei as Suas veredas." Mat. 3:3. Assim como João preparou o caminho para o primeiro advento de Cristo, devemos nós prepará-lo para o segundo advento do Salvador. Nossos estabelecimentos de publicações devem exaltar as reivindicações da lei de Deus calcada a pés. Enfrentando o mundo como reformadores, devem mostrar que a lei de Deus é a base de toda reforma duradoura. Em termos claros e distintos, devem apresentar a necessidade da obediência a todos os Seus mandamentos. Constrangidos pelo amor de Cristo, devem com Ele cooperar na edificação dos lugares antigamente assolados, levantando os fundamentos de muitas gerações. Devem ser reparadores das roturas, restauradores das veredas para morar. Por seu testemunho deve o sábado do quarto mandamento apresentar-se como uma testemunha: um constante memorial de Deus, para atrair a atenção e despertar perguntas que dirijam o espírito dos homens para seu Criador.

Não se esqueça jamais que essas instituições devem cooperar com o ministério dos representantes do Céu. Acham-se entre as instrumentalidades representadas pelo anjo a voar "pelo meio do Céu", e que "tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-Lhe glória; porque vinda é a hora do Seu juízo." Apoc. 14:6 e 7.

Deles deve partir a terrível denúncia: "Caiu, caiu


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Babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição." Apoc. 14:8.

São representados pelo terceiro anjo que se seguiu, "dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus". Apoc. 14:9 e 10.

A Responsabilidade de Nossas Casas Publicadoras

É em grande parte por meio de nossas casas editoras que se há de efetuar a obra daquele outro anjo que desce do Céu com grande poder e, com sua glória, ilumina a Terra.

Solene é a responsabilidade que repousa sobre nossas casas publicadoras. Os que administram essas instituições, os que dirigem os periódicos e preparam os livros, achando-se, como se acham, à luz dos propósitos divinos, e chamados para dar a advertência ao mundo, são tidos por Deus como responsáveis pela alma de seus semelhantes. A eles, bem como aos ministros da palavra, aplica-se a mensagem dada por Deus ao Seu profeta da antiguidade: "A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da Minha boca, e lha anunciarás da Minha parte. Se Eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para desviar o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua impiedade, mas o seu sangue Eu o demandarei da tua mão." Ezeq. 33:7 e 8.

A tempo algum esta mensagem se aplicou com maior força do que ao de hoje. Mais e mais o mundo despreza as reivindicações divinas. Os homens têm-se tornado ousados na transgressão. A maldade dos habitantes do mundo já quase encheu a medida da sua iniqüidade. Esta Terra já quase chegou ao ponto em que Deus há de permitir ao destruidor operar com ela segundo sua vontade. A substituição da lei de Deus pelas dos homens, a exaltação, por autoridade meramente humana,


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do domingo, posto em lugar do sábado bíblico, é o derradeiro ato do drama. Quando essa substituição se tornar universal, Deus Se revelará. Ele Se erguerá em Sua majestade para sacudir terrivelmente a Terra. Sairá de Seu lugar para punir os habitantes do mundo por sua iniqüidade, e a Terra descobrirá seu sangue, e não mais esconderá seus mortos.

O grande conflito que Satanás originou nas cortes celestiais cedo, bem cedo, há de ser para sempre decidido. Logo, todos os habitantes da Terra terão tomado partido, ou a favor ou contra o governo do Céu. Hoje, como nunca dantes, Satanás está exercendo seu poder para iludir, desviar e destruir toda alma incauta. Somos chamados a despertar o povo a fim de se preparar para os grandes acontecimentos que o aguardam. Temos que advertir os que se acham à beira da ruína. O povo de Deus deve pôr em ação todas as faculdades para combater as falsidades de Satanás e derribar suas fortalezas. A todo ser humano no vasto mundo, que dê ouvidos, devemos esclarecer os princípios que se acham em jogo no grande conflito, princípios de que depende o destino eterno da alma. Ao povo de longe e de perto devemos apresentar a questão: "Estais vós seguindo o grande apóstata na desobediência à lei de Deus, ou o Filho de Deus, que declarou: "Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai"?" João 15:10.

Esta é a obra que nos defronta; para ela foram estabelecidas as nossas instituições; esta é a obra que Deus delas espera.

Demonstrações de Princípios Cristãos

Devemos não somente publicar a teoria da verdade, mas também apresentar no caráter e vida uma ilustração prática da mesma. Nossos estabelecimentos de publicações devem estar perante o mundo como uma concretização dos princípios cristãos. Se nessas instituições se cumpre o propósito de Deus para com elas, o próprio Cristo Se encontra à testa dos obreiros. Santos anjos superintendem o trabalho em todas as


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seções. E tudo quanto é feito em qualquer ramo, deve levar o selo da aprovação do Céu, para apresentar a excelência do caráter de Deus.

Deus ordenou que Sua obra seja apresentada ao mundo em molde santo, distinto. Quer Ele que Seu povo mostre por seu viver a vantagem do cristianismo sobre o mundanismo. Por Sua misericórdia, foram tomadas todas as providências para que nós, em todas as transações comerciais, demonstremos a superioridade dos princípios celestiais sobre os do mundo. Devemos mostrar que trabalhamos segundo um plano mais elevado do que o dos mundanos. Em todas as coisas devemos manifestar pureza de caráter, mostrar que a verdade recebida e obedecida torna os recebedores filhos e filhas de Deus, filhos do Rei celeste, e, como tais, são honestos em seu trato, fiéis, verdadeiros e sinceros, tanto nas coisas mínimas da vida como nas máximas.

Em toda a nossa obra, mesmo em ramos mecânicos, deseja Deus que apareça a perfeição de Seu caráter. A exatidão, habilidade, tato, sabedoria e perfeição que Ele exigiu na construção do tabernáculo terrestre, deseja sejam aplicados a tudo quanto se faça em Seu serviço. Toda e qualquer transação efetuada por Seus servos deve ser pura e preciosa à Sua vista, como o foram o ouro, incenso e mirra que, com fé sincera e incorrupta, os magos do Oriente trouxeram ao menino Salvador.

Assim devem os seguidores de Cristo, em sua vida comercial, ser uma luz para o mundo. Deus não lhes pede que façam esforço para brilhar. Não aprova Ele nenhuma tentativa inspirada pela satisfação própria, para ostentar bondade superior. Deseja que sua alma se encha de princípios do Céu e, então, ao entrarem em contato com o mundo, revelarão a luz que neles há. Sua honestidade, sinceridade e firme fidelidade em todos os atos da vida, serão um meio de disseminar a luz.

O reino de Deus não vem com ostentação exterior. Vem pela suave inspiração de Sua palavra, pela operação interior de


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Seu Espírito, pela comunhão da alma com Aquele que é a vida. A maior manifestação de seu poder vê-se na natureza humana levada à perfeição do caráter de Cristo.

Uma aparência de fortuna ou elevada posição, construções ou mobiliário dispendiosos, não são essenciais ao avançamento da obra de Deus; tampouco o são as realizações que granjeiam o aplauso dos homens e servem à vaidade. A ostentação mundana, por imponente que seja, não tem valor algum perante Deus.

Conquanto seja nosso dever buscar a perfeição nas coisas exteriores, cumpre ter sempre em mente que este objetivo não deve tornar-se supremo. Deve manter-se subordinado aos interesses mais elevados. Acima do visível e transitório, avalia Deus o invisível e eterno. O primeiro só tem valor quando expressa o último. As mais seletas produções de arte não possuem beleza que se possa comparar com a formosura de caráter, que é fruto da operação do Espírito Santo na alma.

Ao dar Deus Seu Filho ao mundo, dotou os seres humanos de riquezas imperecíveis - riquezas que, em se comparando com elas os tesouros dos homens, acumulados desde o princípio do mundo, estes nada são. Cristo veio ao mundo e Se apresentou aos filhos dos homens com o amor acumulado na eternidade, e este é o tesouro que, mediante nossa ligação a Ele, devemos receber, revelar e comunicar.

Nossas instituições imprimirão dignidade à obra de Deus justamente na medida da consagrada devoção dos obreiros - revelando estes o poder da graça de Cristo para transformar a vida. Devemos ser diferentes do mundo porque Deus sobre nós colocou o Seu selo e porque manifesta em nós o Seu próprio caráter de amor. Nosso Redentor nos cobre com Sua justiça.

Ao escolher homens e mulheres para Seu serviço, Deus não indaga se possuem saber, eloqüência ou riquezas mundanas. Pergunta: "Andam eles com tanta humildade, que Eu lhes


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possa ensinar os Meus caminhos? Posso pôr-lhes nos lábios as Minhas palavras? Representar-me-ão eles?"

Deus pode servir-Se de cada pessoa na proporção exata em que Lhe é possível pôr o Seu Espírito no templo da alma. A obra que aceita, é aquela que Lhe reflete a imagem. Seus seguidores devem apresentar, como credenciais perante o mundo, as indeléveis características de Seus princípios imortais.

Instrumentalidades Missionárias

Nossas casas publicadoras são centros designados por Deus, e por meio delas há de ser realizada uma obra cuja magnitude não é ainda compreendida. Há ramos de esforço e influência ainda quase não tocados por elas, nos quais Deus solicita a sua cooperação.

É desígnio de Deus que à medida que a mensagem da verdade penetre em campos novos, prossiga constantemente a obra de estabelecer centros novos. Através de todo o mundo deve o Seu povo erguer monumentos de Seu sábado - o sinal entre Ele e eles de que Ele é quem os santifica. Em vários pontos, nos campos missionários, devem estabelecer-se casas publicadoras. Dar dignidade à obra, servir de centros de esforço e influência, atrair a atenção do povo, desenvolver os talentos e capacidades dos crentes, unir as novas igrejas e apoiar os esforços dos obreiros, dando-lhes recursos para mais pronta transmissão da mensagem - todas essas e muitas considerações mais, obrigam o estabelecimento de centros de publicações em campos missionários.

Dessa obra é privilégio, sim, é dever de nossas instituições já estabelecidas, participar. Essas instituições foram fundadas com sacrifício. Foram erguidas graças aos donativos de abnegação do povo de Deus e ao desinteressado labor de Seus servos. É desígnio de Deus que eles manifestem o mesmo espírito de sacrifício e façam a mesma obra ajudando o estabelecimento de centros novos noutros campos.


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Tanto para instituições como para indivíduos prevalece a mesma lei: não se devem concentrar em si mesmos. Ao ser estabelecida uma instituição, e crescer em força e influência, não deve ela estar constantemente procurando conseguir maiores recursos para si mesma. A respeito de cada instituição, tanto como de cada indivíduo, é verdade que recebe para dar. Deus nos dá a fim de podermos dar também. Logo que uma instituição haja conseguido firmar-se, deve empenhar-se em auxiliar outras instrumentalidades divinas que se encontrem em maior necessidade.

Isto está em conformidade com os princípios, tanto da lei como do evangelho - princípios exemplificados na vida de Cristo. A maior prova da sinceridade de nossa professa sujeição à lei de Deus e profissão de fidelidade ao Redentor, é o altruísta, abnegado amor aos nossos semelhantes.

A magnificência do evangelho é fundar-se ele sobre o princípio da restauração, na raça caída, da imagem divina por uma constante manifestação de beneficência. Deus honrará esse princípio onde quer que se manifeste.

Os que seguem o exemplo de Cristo, de abnegação pela causa da verdade, fazem grande impressão sobre o mundo. Seu exemplo é convincente e contagioso. Os homens vêem que há entre o professo povo de Deus aquela fé que opera por amor e purifica do egoísmo a alma. Na vida dos que obedecem aos mandamentos de Deus, vêem os mundanos a convincente prova de que a lei divina é uma lei de amor a Deus e aos homens.

A obra de Deus deve ser sempre um sinal de Sua beneficência, e justamente à medida que esse sinal se evidencia no trabalho de nossas instituições, ganhará a confiança do povo e trará recursos para o avançamento de Seu reino. O Senhor retirará Sua bênção do lugar em que há condescendência com interesses egoístas, em qualquer ramo da obra; mas Ele concederá ao Seu povo a posse de bens, através de todo o mundo, se desses bens se servirem para o reerguimento da humanidade. A experiência dos dias apostólicos nos há de servir quando aceitarmos de todo o coração o princípio divino da beneficência -


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ao consentirmos em obedecer, em todas as coisas, à direção de Seu Santo Espírito.

Escolas de Preparo Para Obreiros

Nossas instituições devem ser instrumentalidades missionárias no mais elevado sentido, e o verdadeiro trabalho missionário começa sempre com os que estão mais próximos. Em cada instituição há trabalho missionário para ser feito. Desde o gerente até ao mais humilde obreiro, todos devem sentir responsabilidade pelos inconversos dentre o seu próprio número. Devem esforçar-se fervorosamente para levá-los a Cristo. Em resultado de tais esforços muitos serão ganhos e se tornarão fiéis e sinceros no serviço de Deus.

Ao tomarem nossas casas publicadoras sobre si um sentimento de responsabilidade pelos campos missionários, verão a necessidade de prover aos obreiros uma educação mais ampla e completa. Reconhecerão o valor de seus recursos para esta obra, e verão a necessidade de habilitar os obreiros, não unicamente para desenvolver a obra dentro de seus próprios limites, mas também para dar auxílio eficiente às instituições em campos novos.

É desígnio de Deus que nossas casas publicadoras sejam escolas bem-sucedidas que eduquem tanto em ramos comerciais como espirituais. Dirigentes e obreiros devem ter sempre em mente que Deus requer perfeição em todas as coisas ligadas ao Seu serviço. Compreendam isto todos quantos entram em nossas instituições para receber instrução! A todos dê-se a oportunidade de adquirir a eficiência maior possível. Familiarizem-se com diferentes ramos da obra, de maneira que, se forem chamados para outros campos, tenham preparo variado e estejam assim habilitados para assumir responsabilidades diversas.

Os aprendizes devem ser preparados de modo que, depois de haverem passado na instituição o tempo necessário, possam sair habilitados para encarregarem-se inteligentemente dos diferentes ramos da obra publicadora, dando impulso à causa de Deus pelo melhor emprego de suas energias, e sendo capazes de comunicar a outros o conhecimento que receberam.


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Todos os obreiros devem estar compenetrados de que não devem unicamente ser instruídos em ramos comerciais, mas tornar-se também hábeis para assumir responsabilidades espirituais. Compenetre-se todo obreiro da importância de uma ligação pessoal com Cristo, uma individual experiência de Seu poder para salvar. Sejam os obreiros educados como o eram os jovens nas escolas dos profetas. Seja o seu espírito modelado por Deus por meio das instrumentalidades por Ele designadas. Todos devem receber preparo bíblico, ficando arraigados e firmados nos princípios da verdade, a fim de poderem permanecer no caminho do Senhor e exercer justiça e juízo.

Façam-se todos os esforços para despertar e animar o espírito missionário. Estejam os obreiros compenetrados do reconhecimento do alto privilégio que se lhes oferece nesta última obra de salvação, a saber, o privilégio de ser usado por Deus como Sua mão auxiliadora. Seja cada qual ensinado a trabalhar pelos outros, justamente onde se encontra, mediante esforço prático em prol das almas. Aprendam todos a buscar na Palavra de Deus a instrução, em todos os ramos de trabalho missionário. Então, ao ser-lhes comunicada a Palavra do Senhor, ela lhes suprirá ao espírito sugestões para trabalhar os campos de modo que traga para Deus, de todas as partes de Sua vinha, os melhores resultados.

Cumprido o Propósito de Deus

Cristo deseja fortalecer o Seu povo com a plenitude de Seu poder, de modo tal que por eles todo o mundo seja envolto numa atmosfera de graça. Quando Seu povo se entregar a Deus de todo o coração, este propósito se cumprirá. A Palavra de Deus aos que se acham empregados em Suas instituições é: "Purificai-vos, os que levais os vasos do Senhor." Isa. 52:11. Em todas as nossas instituições, seja o egoísmo substituído pelo abnegado amor e trabalho pelas almas de perto e de longe. Então, o santo óleo verterá dos dois ramos de oliveira para os tubos de ouro, que o entornarão nos vasos preparados para


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recebê-lo. Então, a vida dos obreiros de Cristo será de fato uma exposição das verdades de Sua Palavra.

O amor e temor de Deus, a intuição de Sua bondade, Sua santidade, passarão de uma para outra instituição. Uma atmosfera de amor e paz permeará cada departamento. Toda palavra falada, cada trabalho executado, terá uma influência do Céu. Cristo habitará na humanidade, e a humanidade habitará em Cristo. Em todo trabalho aparecerá, não o caráter do homem finito, mas o do infinito Deus. A influência divina comunicada por santos anjos impressionará os espíritos levados em contato com os obreiros; destes obreiros emanará uma fragrante influência.

Quando chamados a penetrar em novos campos, os obreiros dessa forma preparados sairão como representantes do Salvador, habilitados para serem úteis em Seu serviço, capacitados para comunicar a outros, por preceito e exemplo, o conhecimento da verdade para este tempo. A excelente contextura do caráter, conseguida pelo poder divino, receberá luz e esplendor do Céu, e estará perante o mundo como testemunha que guia para o trono do Deus vivo.

Então a obra avançará com solidez e força redobrada. Aos obreiros de todos os ramos será comunicada nova eficiência. As publicações expedidas como mensageiros de Deus terão o sinete do Eterno. Raios de luz do santuário celeste acompanharão as preciosas verdades que nelas se encontram. Como nunca dantes, terão poder para despertar nas almas a convicção do pecado, criar fome e sede da justiça, e gerar viva solicitude pelas coisas que jamais passarão. Os homens tomarão conhecimento da reconciliação da iniqüidade e da eterna justiça que o Messias veio trazer por meio de Seu sacrifício. Muitos serão levados a participar da gloriosa liberdade dos filhos de Deus, e se unirão ao povo de Deus para aguardar nosso Senhor e Salvador, que em breve virá com poder e glória.

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