Testemunhos Seletos - Volume 1

CAPÍTULO 53

Recreação Cristã

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A Recreação Cristã

Tenho estado a pensar no contraste que se observaria entre nossa reunião aqui, hoje, e as que são em geral promovidas por descrentes. Em vez de oração, e da menção de Cristo e das coisas religiosas, ouvir-se-ia o riso tolo e a frívola conversação. O objetivo deles seria divertirem-se todos a valer. Essa reunião começaria com tolice e terminaria em vaidade. Queremos dirigir estas reuniões, e conduzir-nos a nós mesmos, de tal maneira que possamos voltar para casa com a consciência livre de ofensa para com Deus e o homem; a consciência de não havermos ferido ou prejudicado de qualquer maneira aqueles com quem estivemos em contato, nem termos exercido sobre eles influência nociva.

Eis aí onde muitos falham. Não consideram que são responsáveis pela influência que exercem diariamente: que terão de dar contas a Deus pelas impressões que causam, e pela influência que exercem em todos os seus contatos com outros na vida. Se essa influência é de molde a tender a desviar a mente dos outros de Deus, atraindo-a na direção da vaidade e da tolice, levando-a a buscar o próprio prazer em divertimentos e extravagantes condescendências, hão de dar contas por isto. E se essas pessoas são homens e mulheres de influência, e sua posição é daquelas que faz com que seu exemplo afete a outros, maior então será seu pecado por negligenciarem regular sua conduta pela norma bíblica.

Os momentos que estamos hoje fruindo acham-se exatamente em harmonia com minhas idéias de recreação. Procurei


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apresentar meus pontos de vista, mas eles podem ser mais bem ilustrados que expressos. Achava-me neste campo cerca de um ano atrás, quando houve uma reunião semelhante à que temos agora. Quase tudo transcorreu de forma muito agradável, mas ainda ocorreram algumas coisas não apropriadas. Alguns condescenderam consideravelmente com gracejos e zombarias. Nem todos eram observadores do sábado, e manifestou-se uma influência menos agradável do que poderíamos desejar.

Creio, porém, que ao passo que estamos buscando refrigerar nosso espírito e revigorar o corpo, é-nos exigido por Deus que empreguemos todas as nossas faculdades em todo o tempo, para os melhores fins. Podemos associar-nos como estamos fazendo hoje aqui, e fazer tudo para a glória de Deus. Podemos e devemos dirigir nossas recreações de tal maneira que sejamos habilitados a cumprir melhor nossos deveres, e que nossa influência seja mais benéfica sobre aqueles com quem nos associamos. Isto se aplicaria especialmente a uma ocasião como esta, que deve ser de animação para todos nós. Podemos voltar a nossos lares com a mente revigorada e refrigerado o corpo, preparados para reiniciar o trabalho com mais esperança e ânimo.

Cremos em que é nosso privilégio glorificar a Deus todos os dias de nossa vida na Terra; que não devemos viver neste mundo simplesmente para nosso próprio divertimento, para nos agradar a nós mesmos. Estamos aqui para beneficiar a humanidade, para sermos uma bênção à sociedade. E se deixarmos nossa mente soltar-se naquela baixa direção em que muitos, que estão buscando apenas vaidade e tolice, deixam correr a sua, como poderíamos ser uma bênção à sociedade, um benefício para nossa espécie e geração? Não podemos, sem culpa, condescender com qualquer divertimento que nos incapacite para o mais fiel desempenho dos deveres comuns da vida.

Devemos buscar o elevado e belo. Devemos encaminhar o espírito em sentido diverso daquilo que é superficial e sem importância, que não tem solidez. Nosso desejo é tirar novas forças de


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tudo em que nos empenhemos. De todas essas reuniões para fins de recreação, de todas essas aprazíveis associações, precisamos colher novas energias para tornar-nos homens e mulheres melhores. De toda fonte possível, devemos obter novo ânimo, nova resistência, novo poder a fim de ser-nos possível elevar nossa vida à pureza e santidade, e não descermos ao baixo nível deste mundo. ...

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