Obra que Requer Discernimento e Discriminação
Tratar com mentes humanas é a obra mais bela e ao mesmo tempo a mais difícil, dada a mortais. Os que se empenham nesta obra devem ter claro discernimento e boa faculdade de discriminação.
A verdadeira independência mental é um elemento inteiramente diverso da precipitação. Essa qualidade de independência que leva a uma opinião cautelosa, devota e deliberada, não deve ser abandonada facilmente, pelo menos não antes que a evidência seja suficientemente forte para nos dar a certeza de que estamos em erro. Esta independência manterá o espírito calmo e estável, entre os inúmeros erros que prevalecem, e levará aos que ocupam posição de responsabilidade a considerar cuidadosamente a evidência, sob todos os ângulos, sem ser arrastados por influência de outros, ou pelo ambiente, a firmar conclusões sem a devida compreensão e completo conhecimento de todas as circunstâncias. Testimonies, vol. 3, págs. 104 e 105.
Tarefa Exigente
Visto como o homem custou tanto ao Céu, isto é, o preço do amado Filho de Deus, quão cuidadosos devem os pastores, professores e pais ser no trato das almas que foram levadas sob sua influência! É uma bela obra, tratar com mentes, e deve-se cumpri-la, com temor e tremor.
Os educadores da juventude devem manter perfeito domínio próprio. Destruir a influência de alguém sobre uma pessoa, pela impaciência ou para manter indevida dignidade e supremacia, é um terrível erro, pois pode ser o meio de perder para Cristo essa pessoa. As mentes juvenis podem tornar-se tão deformadas por uma orientação imprudente, que o dano causado pode nunca mais ser vencido completamente. A religião de Cristo deve ter uma influência controladora sobre a educação e preparo dos jovens.
O exemplo do Salvador, de abnegação, bondade universal e longânimo amor, é uma repreensão aos pastores e professores impacientes. Ele pergunta a esses instrutores impetuosos: "É esta a maneira em que tratais as pessoas pelas quais dei Minha vida? Não tendes em maior estima o infinito preço que paguei por sua redenção?" Testimonies, vol. 4, pág. 419.
O Médico Encontra Todas as Espécies de Mentes
O Dr. ______ deve procurar aumentar diariamente sua bagagem de conhecimentos, e cultivar a cortesia e perfeição de maneiras. ... Deve ele ter em mente que se associa com todas as espécies de mentes e que as impressões que ele dá se estenderão a outros Estados e refletirão sobre o Instituto [Sanatório de Battle Creek]. Testimonies, vol. 3, págs. 183 e 184.
Paciência e Sabedoria
Os pastores devem ser cuidadosos em não esperar demais daqueles que ainda andam às apalpadelas nas trevas do erro. Devem fazer bem o seu trabalho, confiando em que Deus comunicará às mentes indagadoras a misteriosa, vivificante influência de Seu Espírito Santo, sabendo que sem isso a sua obra não terá êxito. Devem ser pacientes e prudentes ao tratar com mentes humanas, lembrados de quão variadas são as circunstâncias que produziram tão diversificados traços individuais. Devem também guardar-se a si mesmos estritamente, para que o próprio eu não alcance a supremacia, e Jesus seja deixado fora da questão. Obreiros Evangélicos, pág. 381.
O Amor de Cristo Abre o Caminho
Unicamente Aquele que conhece o coração sabe a maneira de
levar o homem ao arrependimento. Só a Sua sabedoria nos pode dar êxito em alcançar os perdidos. Podeis erguer-vos inflexivelmente, pensando: "Sou mais santo do que tu", e não importa quão correto seja o vosso raciocínio ou quão verdadeiras as vossas palavras; elas jamais tocarão corações. O amor de Cristo, manifestado em palavras e atos, encontrará caminho à alma, quando a reiteração do preceito ou do argumento nada conseguiria. A Ciência do Bom Viver, págs. 163 e 164.
Com Compaixão e Amor
Nem todos têm aptidão para corrigir os errantes. Não têm bastante sabedoria para lidar com justiça, e ao mesmo tempo amar a misericórdia. Não se inclinam a ver a necessidade de misturar amor e terna compaixão com a fiel repreensão. Alguns são sempre desnecessariamente severos e não sentem a necessidade da ordem do apóstolo: "E compadecei-vos de alguns que estão na dúvida; salvai-os, arrebatando-os do fogo." Jud. 22 e 23. Testimonies, vol. 3, págs. 269 e 270.
O Homem Impetuoso, não Deve Tratar com Mentes Humanas
A falta de uma fé firme e de discernimento nas coisas sagradas deve ser considerada suficiente para excluir qualquer homem de ligação com a obra de Deus. Assim também a condescendência com um temperamento voluntarioso, um espírito áspero e despótico, revela que seu possuidor não deve ser colocado onde seja levado a decidir questões de peso que afetam a herança de Deus.
Um homem impetuoso nenhuma parte deve desempenhar no trato com a mente humana. Não se lhe deve confiar o ajuste de questões que se relacionam com aqueles que Cristo comprou por um preço infinito. Se se puser a manejar homens, ferir-lhes-á e magoará a alma; pois não têm o fino tato, a delicada sensibilidade comunicada pela graça de Cristo. O coração precisa ser abrandado e subjugado pelo Espírito de Deus. O coração de pedra não se tornou um coração de carne. Testemunhos Para Ministros, pág. 261.
Qualidades Necessárias à Compreensão de Mentes Humanas
Há mais dificuldades nesta obra do que em alguns outros ramos
de comércio; mas as lições aprendidas, o tato e a disciplina adquiridos vos habilitarão para outros campos de utilidade, onde podereis ajudar as pessoas. Os que aprendem mal sua lição, e são descuidosos e bruscos ao aproximar-se das pessoas, mostrariam a mesma falta de tato e habilidade em tratar com as mentes, se ingressassem no ministério. Manual for Canvassers, págs. 41 e 42.
Como Lidar com o Impulso, Impaciência, Orgulho e Presunção
O lidar com a mente humana é a mais delicada tarefa que já se haja confiado a mortais, e os professores necessitam constantemente do auxílio do Espírito de Deus, a fim de executarem devidamente sua obra. Entre os jovens que freqüentam a escola, encontrar-se-á grande variedade de caracteres e educação. O professor terá de enfrentar impulso, impaciência, orgulho, egoísmo e indevida presunção. Alguns dos jovens viveram em ambiente de restrição e aspereza arbitrários, o que lhes desenvolveu o espírito de obstinação e desconfiança. Outros foram mimados, sendo-lhes permitido, por pais excessivamente amorosos, que seguissem as próprias inclinações. Têm-se desculpado os defeitos até que o caráter ficou deformado. Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág. 264.
Paciência, Tato e Sabedoria
Para lidar com êxito com essas diferentes mentalidades, o professor necessita exercer grande tato e delicadeza na direção, ao mesmo tempo que firmeza no governo. Manifestar-se-ão muitas vezes desgosto e mesmo desdém para com os devidos regulamentos. Alguns porão em campo sua habilidade para esquivar-se aos castigos, enquanto outros exibirão indiferença e pouco caso para com as conseqüências da transgressão. Tudo isso exigirá paciência, domínio e sabedoria por parte daqueles a quem foi confiada a educação dos jovens. Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág. 264.
Irreparáveis Cicatrizes e Feridas
Talvez o professor tenha suficiente educação e conhecimento nas ciências para ensinar. Verificou-se, porém, possuir tato e sabedoria para lidar com mentes humanas?
Se os instrutores não têm o amor de Cristo no coração não estão habilitados a assumir as sérias responsabilidades que recaem sobre os que educam a juventude. Carecendo eles próprios da mais elevada educação, ignoram como lidar com a mente humana. Seu coração insubordinado luta pelo controle; e sujeitar a mente e o caráter maleável das crianças a tal disciplina é deixar nessa mente cicatrizes e ferimentos que permanecerão indeléveis. Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág. 193.
Mais Delicada Discriminação
O Senhor me apresentou, de muitas maneiras e em várias ocasiões, quão cuidadosamente devemos tratar com os jovens que tratar com mentes requer o mais fino discernimento. Todo aquele que tem que ver com a educação e preparo dos jovens, precisa viver muito perto do Grande Mestre, para ser contagiado por Seu espírito e maneira de trabalhar. Devem-se ministrar lições que afetem seu caráter e trabalho vitalício. Obreiros Evangélicos, pág. 333.
O Elemento Pessoal
Em todo verdadeiro ensino o elemento pessoal é essencial. Cristo, em Seu ensino, tratava com os homens individualmente. Foi pelo trato e convívio pessoal que Ele preparou os doze. Era em particular, e muitas vezes a um único ouvinte, que dava Suas preciosas instruções. Ao honrado rabi, na conferência noturna no Monte das Oliveiras, à desprezada mulher junto ao poço de Sicar, abriu Ele Seus mais ricos tesouros; pois descobriu nesses ouvintes o coração apto a ser impressionado, a mente aberta, o espírito pronto para receber. Mesmo a multidão que tantas vezes Lhe dificultava os passos não era para Cristo uma massa indistinta de seres humanos. Falava diretamente a cada espírito e apelava para cada coração. Observava a fisionomia dos ouvintes, notava-lhes a iluminação do semblante, o instantâneo e respondente olhar que dizia haver a verdade atingido a pessoa; e, então, vibrava-Lhe no coração uma corda correspondente de jubilosa simpatia. Educação, pág. 231.
Excesso de Trabalho Desqualifica
Os próprios professores devem dar a devida atenção às leis da
saúde, a fim de que possam conservar suas energias na melhor condição possível, e pelo exemplo, assim como por preceito, exercerem correta influência sobre seus alunos. O professor cujas forças físicas já estejam enfraquecidas pela enfermidade ou excesso de trabalho, deve dar atenção especial às leis da vida. Deve tomar tempo para a recreação. Não deve tomar sobre si responsabilidades além de seu trabalho escolar, que o sobrecarreguem por tal maneira física ou mentalmente, que seu sistema nervoso fique desequilibrado; pois neste caso ele ficará incapaz de tratar com as mentes e não poderá fazer justiça a si próprio nem a seus alunos. Fundamentos da Educação Cristã, pág. 147.
Compreender Diferentes Necessidades
Foi-me mostrado que os médicos de nosso Instituto devem ser homens e mulheres de fé e espiritualidade. Devem pôr em Deus sua confiança. Dos que vêm ao Instituto, muitos há que por sua própria condescendência pecaminosa trouxeram sobre si doenças de quase todas as espécies.
Essa classe não merece as atenções que freqüentemente requerem. E é penoso para os médicos dedicar tempo e forças a essa classe aviltada física, mental e moralmente.
Existe, porém, uma classe de pessoas que, por ignorância, viveram violando as leis da Natureza. Trabalharam com intemperança e comeram com intemperança porque estavam acostumados a assim fazer. Alguns sofreram muitos maus-tratos de muitos médicos, sem haver tido melhora, ao contrário, pioraram muito. Afinal são afastados das atividades, da sociedade e da família; e como último recurso vão ao Instituto de Saúde, com débil esperança de encontrar alívio.
Essa classe precisa de compaixão. Devem ser tratados com a maior ternura, cuidando-se de tornar claras ao seu entendimento as leis de seu ser - que eles podem, deixando de violá-las e dominando-se, evitar sofrimentos e enfermidades - a penalidade da violação da lei da Natureza. Testimonies, vol. 3, pág. 178.
Não Dizer a Verdade em Todas as Ocasiões
Poucos, apenas, dos que fizeram sociedade com o mundo, e que olham às coisas por um ângulo mundano, estão preparados para ouvir uma apresentação de fatos a seu respeito. A verdade, tal qual, nem sempre deve ser dita. Há uma ocasião adequada e oportuna para falar, quando as palavras não ofendem. Os médicos não devem sobrecarregar-se de trabalhos, deixando prostrado seu sistema nervoso, pois esse estado físico não favorece um espírito calmo, nervos estáveis e disposição animosa, feliz. Testimonies, vol. 3, pág. 182.
Cristo Compreende
Aquele que tomou sobre Si a humanidade sabe compadecer-Se dos sofrimentos dela. Cristo não só conhece cada alma, suas necessidades e provações particulares, mas também sabe todas as circunstâncias que atritam e desconcertam o espírito. Sua mão se estende em piedosa ternura a todo filho em sofrimento. Os que mais sofrem, mais simpatia e piedade dEle recebem. Comove-se com o sentimento de nossas enfermidades, e deseja que Lhe lancemos aos pés as perplexidades e aflições, deixando-as ali. A Ciência do Bom Viver, pág. 249.
A Compreensão Traz Mais Íntimo Relacionamento com Cristo
Boas obras são o fruto que Cristo requer que produzamos: palavras bondosas; atos de beneficência; de terna consideração para com os pobres, os necessitados, os enfermos. Quando corações se compadecem de corações carregados de desânimo e tristeza, quando a mão se abre ao necessitado, quando os nus são vestidos, o estranho acolhido a um assento na sala e um lugar em vosso coração, os anjos vem para muito perto, e um acorde responde no Céu.
Todo ato de justiça, misericórdia e benevolência produz melodia no Céu. O Pai, em Seu trono, contempla os autores desses atos de misericórdia e os classifica entre os Seus mais preciosos tesouros. "Eles serão para Mim particular tesouro, naquele dia que prepararei, diz o Senhor dos Exércitos." Mal. 3:17. Todo ato de misericórdia aos necessitados, os
sofredores, é tido como feito a Jesus. Quando socorreis o pobre, vos compadeceis do enfermo e oprimido, e amparais o órfão, vós vos pondes em mais íntimo relacionamento com Jesus. Testimonies, vol. 2, pág. 25.
Cristo Pede Ternura e Compaixão
A verdadeira compaixão entre o homem e seus semelhantes, deve ser o sinal que distingue os que amam e temem a Deus, dos que são indiferentes quanto a Sua lei. Quão grande foi a compaixão que Cristo expressou, ao vir a este mundo para dar a vida em sacrifício de um mundo moribundo! Sua religião levava à prática de genuíno trabalho médico missionário. Era Ele um poder restaurador. "Misericórdia quero, e não sacrifício" (Osé. 6:6), disse Ele. Este é o teste que o Grande Autor da verdade usava para distinguir a verdadeira religião, da falsa. Deus quer que Seus médicos missionários procedam com a ternura e compaixão que Cristo mostraria se estivesse em nosso mundo. Medicina e Salvação, pág. 251.
Soma da Vida Feliz
O intelecto cultivado é grande tesouro; sem, porém, a suavizante influência da compaixão e do amor santificado, não é ele de grande valor. Devemos ter palavras e atos de terna consideração para com os outros. Podemos manifestar mil e uma pequenas atenções em palavras amigas, e olhares aprazíveis, que voltarão de novo para nós, Cristãos irrefletidos, por sua negligência para com outros, manifestam não estar em união com Cristo. É impossível estar unido a Cristo e todavia ser desamorável para com outros, e esquecido de seus direitos. Muitos há que anseiam intensamente por amorosa compaixão.
Deus deu a cada um de nós uma identidade particular, nossa própria, que não se pode dissolver na de outro; mas nossas características individuais serão muito menos preeminentes se na verdade pertencemos a Cristo e Sua vontade for a nossa. Nossa vida deve ser consagrada ao bem e à felicidade dos outros, como foi a de nosso Salvador. Devemos esquecer-nos a nós mesmos, sempre à espreita de oportunidades - mesmo em coisas pequeninas - para mostrar gratidão pelos favores recebidos de outros, e estar atentos para observar
oportunidades para animar outros, confortando-os em suas tristezas e aliviando-lhes as cargas por mostras de terna bondade e pequenos atos de amor. Essas atenciosas cortesias que, iniciando-se em nossa família, estendem-se até fora do círculo familiar, ajudam a perfazer a soma da vida feliz; e a negligência desses pequeninos atos perfaz a soma das tristezas e amarguras da vida. Testimonies, vol. 3, págs. 539 e 540.