Mente, Caráter e Personalidade (Vol. 1)

CAPÍTULO 27

O Amor de Deus

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Deus é Amor

"Deus é amor." I João 4:16. Sua natureza, Sua lei, são amor; assim sempre será. "O Alto, o Sublime, que habita a eternidade" (Isa. 57:15), "cujos caminhos são eternos" (Hab. 3:6), não muda. NEle "não há mudança, nem sombra de variação". Tia. 1:17.

Toda manifestação do poder criador é uma expressão de amor infinito. A soberania de Deus compreende a plenitude de bênçãos a todos os seres criados. ...

A história do grande conflito entre o bem e o mal, desde o tempo em que, a princípio, se iniciou no Céu até à ruína final da rebelião e extirpação total do pecado, é também uma demonstração do imutável amor de Deus. Patriarcas e Profetas, pág. 33.

A Natureza Demonstra o Amor de Deus

A Natureza e a Revelação, ambas dão testemunho do amor de Deus. Nosso Pai celeste é a fonte de vida, de sabedoria e de alegria. Contemplai as belas e maravilhosas obras da Natureza. Considerai a sua admirável adaptação às necessidades e à felicidade, não só do homem, mas de todas as criaturas viventes. O sol e a chuva, que alegram e refrigeram a terra; as colinas, e mares e planícies - tudo nos fala do amor de quem


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tudo criou. É Deus quem supre as necessidades cotidianas de todas as Suas criaturas. ...

"Deus é amor" (I João 4:16), está escrito sobre cada botão que desabrocha, sobre cada haste de erva que brota. Os amáveis passarinhos, a encher de música o ar, com seus alegres trinos; as flores de delicados matizes, em sua perfeição, impregnando os ares de perfume; as altaneiras árvores da floresta, com sua luxuriante ramagem de um verde vivo - todos testificam da terna e paternal solicitude de nosso Deus, e de Seu desejo de tornar felizes os Seus filhos. Caminho a Cristo, págs. 9 e 10.

Mandamentos Baseados Sobre o Princípio do Amor

Os preceitos do decálogo são adaptados a toda a humanidade, e foram dados para a instrução e governo de todos. Dez preceitos breves, compreensivos, e dotados de autoridade, abrangem os deveres do homem para com Deus e seus semelhantes; e todos baseados no grande princípio fundamental do amor. Patriarcas e Profetas, pág. 305.

Jesus e a Lei de Compassivo Amor

A lei de Deus é de caráter imutável, e por isso Cristo Se deu em sacrifício em favor do homem caído, e Adão perdeu o Éden, sendo posto à prova, com toda a sua posteridade.

Se a lei de Deus tivesse sido mudada em um só preceito, após a expulsão de Satanás do Céu, ele teria, depois de sua queda, alcançado na Terra aquilo que não pôde alcançar no Céu antes de sua queda. Teria recebido tudo que desejasse. Sabemos que ele não recebeu. ... A lei... permanece inalterável como o trono de Deus, e a salvação de cada pessoa é determinada pela obediência ou desobediência. ... Jesus, pela lei do compassivo amor, tomou sobre Si os nossos pecados, sofreu nosso castigo, e bebeu a taça da ira de Deus, que cabia ao transgressor. ... Carregou por nós a cruz da abnegação e sacrifício, para que tivéssemos vida - vida eterna. Não havemos de carregar a cruz de Jesus? Para Conhecê-Lo (Meditações Matinais, 1965), pág. 289.


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Natureza Sensível e Amorosa de Cristo

Sua vida, de princípio a fim, foi de abnegação e sacrifício. Na cruz do Calvário fez o grande sacrifício de Si mesmo em favor de todos os homens, para que todo o mundo pudesse salvar-se, se quisesse. Cristo estava oculto em Deus, e Deus Se revelava ao mundo no caráter de Seu Filho. ...

Em todos os atos de Sua vida, manifestava cada dia Seu amor ao mundo perdido. Os que estão imbuídos de Seu espírito, seguirão em seu trabalho as mesmas diretrizes segundo as quais Cristo trabalhava. Em Cristo se manifestaram, em natureza humana, a luz e o amor de Deus. Nenhum ser humano já possuiu natureza tão sensível como o Santo de Deus, sem pecado, o qual Se manifestou como cabeça e representante daquilo que a humanidade pode tornar-se mediante a comunicação da natureza divina. Para Conhecê-Lo (Meditações Matinais, 1965), pág. 288.

O Amor de Deus, uma Fonte Divina

O amor de Deus é qualquer coisa mais que simples negação; é um princípio positivo e ativo, uma fonte viva, brotando sempre para beneficiar outros. Se o amor de Cristo habita em nós, não somente não nutriremos nenhum ódio contra nossos semelhantes, mas buscaremos por todos os modos manifestar-lhes amor. O Maior Discurso de Cristo, pág. 58.

O Universo Expressa o Amor de Deus

Oxalá todos estimassem devidamente o precioso dom que nosso Pai celestial concedeu ao nosso mundo. Os discípulos achavam que eram incapazes de expressar o amor de Cristo. Só conseguiam dizer: "Nisto consiste o amor." I João 4:10. O Universo inteiro dá expressão a esse amor e à ilimitada bondade de Deus.

Deus poderia ter mandado Seu Filho ao mundo para condenar o mundo. Mas, maravilhosa graça! Cristo veio para salvar, não para destruir. Os apóstolos nunca tocavam nesse assunto sem que o coração se lhes inflamasse com a inspiração do incomparável amor do Salvador. O apóstolo João não encontra palavras para expressar seus sentimentos. Exclama: "Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto


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de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não O conheceu a Ele mesmo." I João 3:1. Quanto o Pai nos amou, não podemos jamais avaliar. Não existe padrão pelo qual compará-lo. Carta 27, 1901.

Satanás Responsável Pelo Conceito de um Deus Severo, Cruel

Satanás levou o homem a imaginar Deus como um ser cujo principal atributo fosse a justiça severa - um rigoroso juiz, e credor exigente e cruel. Representou o Criador como um ser que espreita desconfiado, procurando discernir os erros e pecados dos homens, para que possa trazer juízos sobre eles. Foi para dissipar essa negra sombra, revelando ao mundo o infinito amor de Deus, que Jesus baixou para viver entre os homens. Caminho a Cristo, pág. 11.

O Amor Entre o Pai e o Filho, um Símbolo

Por mais que um pastor ame as suas ovelhas, ama ainda mais a seus próprios filhos e filhas. Jesus não é somente o nosso Pastor; é nosso "eterno Pai". E Ele diz: "Conheço as Minhas ovelhas, e das Minhas sou conhecido. Assim como o Pai Me conhece a Mim, também Eu conheço o Pai." João 10:14 e 15. Que declaração esta! É Ele o Filho unigênito, aquele que Se acha no seio do Pai, Aquele que Deus declarou ser "o Varão que é o Meu companheiro" (Zac. 13:7), e apresenta a união entre Ele e o eterno Deus como figura da que existe entre Ele e Seus filhos na Terra! O Desejado de Todas as Nações, pág. 483.

Deus ama os seguidores de Cristo tal qual ama Seu Filho unigênito. Manuscrito 67, 1894.

O Amor de Cristo é uma Energia Vitalizante

O amor difundido por Cristo por todo o ser, é um poder vitalizante. Todo órgão vital - o cérebro, o coração, os nervos - esse amor toca, transmitindo cura. Por ele são despertadas para a atividade as mais altas energias do ser. Liberta a pessoa da culpa e da dor, da ansiedade e do cuidado que consomem


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as forças vitais. Vem com ele serenidade e compostura. Implanta na alma uma alegria que coisa alguma terrestre pode destruir - a alegria no Espírito Santo - alegria que comunica saúde e vida. A Ciência do Bom Viver, pág. 115.

Recordando o Amor de Deus

Graças a Deus pelos quadros luminosos que nos tem apresentado! Juntemos todas as benditas promessas de Seu amor, a fim de sobre elas poder deter continuamente o olhar. O Filho de Deus, deixando o trono do Pai, revestindo Sua divindade com a natureza humana a fim de resgatar o homem do poder de Satanás; o triunfo que obteve em nosso favor, abrindo ao homem a porta do Céu, revelando aos olhos humanos a câmara onde a Divindade manifesta Sua glória; a raça caída erguida do abismo da ruína em que o pecado a submergira, e novamente posta em ligação com o infinito Deus, e depois de resistir à divina prova mediante a fé em seu Redentor, revestida da justiça de Cristo, e exaltada a Seu trono - eis os quadros que o Senhor deseja que contemplemos. Caminho a Cristo, pág. 118.

O Amor Faz o Nosso Céu

É o amor de Cristo que faz o nosso Céu. Mas quando procuramos falar desse amor, a linguagem nos falha. Pensamos em Sua vida na Terra, em Seu sacrifício por nós; pensamos em Sua atuação no Céu como Advogado nosso; nas mansões que está preparando para os que O amam; e só podemos exclamar: "Oh, as alturas e profundezas do amor de Cristo!" Ao nos demorarmos junto à cruz, alcançamos uma pálida concepção do amor de Deus, e dizemos: "Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados." I João 4:10. Mas em nossa contemplação de Cristo, estamos apenas demorando à beirada de um amor que é imensurável. Seu amor é qual vasto oceano, sem fundo nem praia. Review and Herald, 6 de maio de 1902.

O Amor de Deus, Infinito

Todo o amor paternal que tem vindo de geração em geração


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pelo conduto de corações humanos, todas as fontes de ternura que têm derivado da mente dos homens, são apenas qual pequenino regato, em relação ao ilimitado oceano, quando comparados com o infinito, inexaurível amor de Deus. Não o pode explicar a língua, nem a pena descrever. Podeis meditar nele a cada dia de vossa vida; podeis examinar as Escrituras diligentemente a fim de compreendê-lo; podeis convocar todas as faculdades e capacidades que Deus vos concedeu, no esforço de compreender o amor e a compaixão do Pai celestial; e todavia resta além uma infinitude. Podeis passar séculos estudando esse amor; entretanto nunca podereis compreender plenamente o comprimento e a largura, a profundidade e a altura, do amor de Deus em dar Seu Filho para morrer pelo mundo. A própria eternidade jamais poderá revelá-lo plenamente. Entretanto, ao estudarmos a Bíblia e meditarmos sobre a vida de Cristo e o plano da redenção, esses grandiosos temas se abrirão mais e mais ao nosso entendimento. Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 337.

O Amor Divino é Progressivo

Ao transcorrerem os anos da eternidade, trarão mais e mais abundantes e gloriosas revelações de Deus e de Cristo. Assim como o conhecimento é progressivo, também o amor, a reverência e a felicidade aumentarão. Quanto mais aprendem os homens acerca de Deus, mais Lhe admiram o caráter. O Grande Conflito, pág. 678.

VI. Egoísmo e Respeito Próprio

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