Testemunhos Seletos - Volume 1

CAPÍTULO 99

Alunos da Escola

TS1 - Pag. 539  

Os alunos que professam amar a Deus e obedecer à verdade, devem possuir tal grau de domínio próprio e resistência de princípios religiosos que sejam habilitados a permanecer inabaláveis em meio das tentações, e a defenderem a Cristo no colégio, nas casas que se acham hospedados, ou onde quer que estejam. A religião não é para ser usada meramente como uma capa, na casa de Deus; antes, os princípios religiosos devem caracterizar toda a vida. Os que bebem da fonte da vida, não manifestarão, à semelhança dos mundanos, ansioso desejo de variações e de prazer. Em sua conduta e caráter ver-se-ão o sossego, a paz e a felicidade que encontraram em Jesus mediante o depositar-Lhe aos pés, dia a dia, suas perplexidades e preocupações. Mostrarão que há contentamento e mesmo alegria na vereda da obediência e do dever. Esses exercerão sobre os condiscípulos uma influência que se fará sentir na escola inteira. Os que compõem esse fiel exército serão um refrigério e fortalecimento para os professores e dirigentes em seus esforços, contrariando toda espécie de infidelidade, de discórdia e negligência no que concerne a cooperar com os regulamentos. Sua influência será salvadora, e no grande dia de Deus suas obras não perecerão, mas segui-los-ão no mundo por vir; e a influência de sua vida aqui falará através dos séculos sem fim da eternidade. Um jovem sincero, consciencioso, fiel na escola, é inestimável tesouro. Os anjos do Céu contemplam-no com amor. O precioso Salvador o ama, e no livro do Céu registrará toda obra de justiça, cada tentação resistida, todo mal subjugado. Ele estará assim depositando um bom fundamento contra o tempo que há de vir, de modo a lançar mão da vida eterna. ...


TS1 - Pag. 540  

Depende em grande medida dos jovens cristãos a conservação e perpetuidade das instituições designadas por Deus para progresso de Sua obra. Esta séria responsabilidade repousa sobre a mocidade de hoje, a qual se revela no campo de ação. Jamais houve um período em que, de uma geração, dependessem tão relevantes resultados; quão importante, pois, que os moços se achem habilitados a realizar a grande obra, para que Deus os possa usar como instrumentos! Os direitos de seu Criador sobre eles excedem a todos os outros.

Foi Deus que lhes deu a vida, e todas as faculdades físicas e mentais de que se acham dotados. Ele lhes concedeu aptidões para sábio aproveitamento, para que se lhes possa confiar uma obra perdurável como a eternidade. Em troca de Seus grandes dons, Ele pede o devido cultivo e exercício de suas faculdades intelectuais e morais. Não lhas deu para mero entretenimento deles, ou para serem mal empregadas naquilo que é contrário à Sua vontade e providência, mas para que sejam usadas para promover o desenvolvimento da verdade e da santidade no mundo. Ele lhes reclama o reconhecimento, a veneração e o amor pela contínua bondade e as infinitas misericórdias que lhes dispensa. Com justiça requer obediência a Suas leis e a todos os sábios regulamentos que restringirão a mocidade e a salvaguardarão dos ardis de Satanás, conduzindo-os aos caminhos da paz. Se os jovens pudessem ver que, submetendo-se às leis e aos regulamentos de nossas instituições estão apenas fazendo aquilo que melhorará sua posição na sociedade, aperfeiçoar-lhes-á o caráter, enobrecerá o espírito e acrescentará sua felicidade, não se rebelariam contra regras justas e exigências sãs, nem se empenhariam em suscitar suspeitas e preconceitos contra essas instituições. Nossa mocidade deve possuir um espírito de energia e fidelidade para satisfazer às exigências que lhes são feitas, o que será garantia de êxito para eles. O caráter desenfreado e descuidoso de muitos dos jovens deste século, é coisa pungente. A culpa recai em grande parte sobre os pais, em casa. Sem o temor de Deus, ninguém será verdadeiramente feliz.

<< Capítulo Anterior Próximo Capítulo >>