Prezados Irmão e Irmã:
Sinto por vós terna simpatia, e estou orando para que vejais as coisas na devida luz. Deveis cuidar para que ninguém dirija seus negócios de tal maneira que incorra em dívida. ...
Quando um homem verifica que não tem êxito, por que não recorre à oração, ou muda de trabalho? Tempos tempestuosos estão à nossa frente, e o Senhor aceitará a todo aquele que com Ele pode cooperar. Ponde em prática a abnegação e o sacrifício próprio. Considerai cada movimento cuidadosamente e com oração. Andai mansamente perante o Senhor. Devemos manter dedicação a Deus, e fazer caminhos retos para os nossos pés, para que o coxo não se desvie do caminho. Carta 63, 1897.
Conselho a um Colportor
Em vossa carta, vós vos queixais do jugo da dívida. Mas não há escusa para terdes dívida. ... Vossa liberdade em tomar emprestado, sem nenhuma razão para supor que estareis em condições de restituir, está fazendo a outros grande injustiça, roubando-lhes o pouco que possuem, e trazendo descrédito à causa de Deus. Se, no tempo em que estáveis praticando a ação, reconhecêsseis o que estáveis fazendo, pararíeis. Veríeis a pecaminosidade de roubar homens, sejam eles crentes ou descrentes, e pô-los em situação difícil para vos aliviar as necessidades atuais.
Esse vosso caso, irmão ______, não é uma questão de pouca importância.
Seguindo o rumo que tendes seguido, deixareis na vereda de outros colportores uma influência deletéria, que dificilmente podereis desfazer. Tereis fechado a porta a outras pessoas que querem colportar e fazer o trabalho honradamente, mas não serão consideradas dignas de confiança. Devido à atitude errada adotada por alguns colportores, não ousam aventurar com aqueles que realmente necessitam de certa condescendência e de favores no sentido da confiança. E com a experiência que eles têm tido, na perda, para o tesouro, de milhares de dólares, por que não deveriam eles ter medo de depositar confiança em homens que agem de tal maneira que tiram do tesouro, deixando-o sem os meios de que tanto necessitam para manter a obra de Deus para este tempo? Carta 36, 1897.
Liberdade Pela Abnegação
Decidi nunca incorrer em outro débito. Negai-vos mil e uma coisas antes de entrar em outra dívida. Essa tem sido a maldição de vossa vida: entrar em dívida. Evitai-a, como evitaríeis a varíola.
Fazei, com Deus, o solene concerto de, com a Sua bênção, pagar vossas dívidas e a ninguém dever coisa alguma, ainda que tenhais de viver a pão e água. É tão fácil, ao preparar a mesa, tirar do bolso uma moeda para extraordinários. Cuidai dos centavos e os dólares cuidarão de si mesmos. É uma moedinha aqui, uma moedinha ali, gasta para isto, aquilo, e aquele outro, que logo somam dólares. Negai o eu ao menos quando estais rodeados de dívidas. ... Não vacileis, não desanimeis nem desistais. Negai vosso gosto, negai a condescendência com o apetite, economizai vosso dinheiro e pagai vossas dívidas. Esforçai-vos para pagá-las o mais depressa possível. Quando vos puderdes apresentar novamente como um homem livre, não devendo nada a ninguém, tereis alcançado uma grande vitória. Carta 4, 1877.
Dívida Pessoal não Deve Impedir a Liberalidade
Alguns não se têm erguido e unido no plano da doação sistemática, desculpando-se de não estarem livres de dívidas. Alegam que primeiro a ninguém devem ficar devendo coisa alguma. (Rom. 13:8.) Mas o fato de terem dívidas não os escusa. Vi que devem dar a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. Alguns são conscienciosos quanto a não dever coisa alguma a ninguém, e pensam que Deus nada pode exigir deles enquanto todas as suas dívidas não estiverem pagas. Aí é que eles se enganam. Deixam de dar a Deus o que Lhe pertence. Devem todos levar ao Senhor uma oferta agradável. Os que têm dívidas devem retirar a quantia que devem do que possuem, e dar uma parte proporcional do restante. Testimonies, vol. 1, pág. 220.