Evangelismo

CAPÍTULO 19

O Obreiro e Suas Habilitações

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O Espírito do Ministério

Dores de Parto por Almas

Uma vez que o pastor tem de ir em busca da ovelha perdida, não há de manifestar apenas um interesse casual, mas verdadeiras dores de parto pelas almas. Isto requer o mais sincero exame de coração, o mais sincero buscar a Deus com orações, de modo a podermos conhecê-Lo e ao poder de Sua graça, "para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da Sua graça, pela Sua benignidade para conosco em Cristo Jesus". Efés. 2:7. Carta 8, 1895.

Compaixão Pelos Inconversos

Mas quão poucos de nós consideram a salvação de pecadores segundo ela é vista pelo universo celeste - como um plano ideado desde a eternidade na mente de Deus! Quão poucos dentre nós têm o coração ligado com o Redentor nesta obra, solene e final! Mal existe uma décima parte da compaixão que deve haver pelas almas por salvar. Tantos há a serem advertidos, e todavia quão poucos há que se compadeçam juntamente com Deus o suficiente para ser alguma coisa ou não ser nada, contanto que vejam almas salvas para Cristo! Obreiros Evangélicos, págs. 116.

Consagração, Amor e Renúncia

O obreiro de Deus deve desenvolver no mais alto grau as faculdades mentais e morais com que a natureza, o cultivo e a graça de Deus o dotaram; mas seu êxito será proporcional ao grau de consagração e abnegação com que o serviço for feito, de preferência


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aos dotes naturais ou adquiridos. Fervoroso e constante esforço para adquirir habilitações é uma coisa necessária; mas a menos que Deus coopere com a humanidade, nada de bom se pode realizar. A graça divina, eis o grande elemento do poder salvador; sem ela, todo esforço humano é inútil. Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, págs. 537 e 538.

Amor e Compaixão

O Senhor quer que os homens se esqueçam a si mesmos no esforço de salvar almas. Nossa vida é pior que um fracasso se por ela passamos sem deixar pelo caminho os marcos do amor e da compaixão. Deus não coopera com um homem áspero, obstinado, destituído de amor. Um homem assim estraga o modelo que Cristo deseja que Seus obreiros revelem ao mundo. Os obreiros de Deus, seja qual for o ramo de serviço em que se achem empenhados, devem pôr em seus esforços a bondade e a beneficência e o amor de Cristo.

Deus chama portadores de luz que encham o mundo da claridade, paz e alegria que provêm de Cristo. Deus Se servirá de homens humildes, compenetrados de sua fraqueza que não julguem depender deles a obra de Deus. Esses homens se lembrarão do que o serviço divino deles requer - a propriedade da palavra e ação que o Senhor deles pede. Revelarão que Cristo lhes habita no coração, comunicando pureza a todo o ser. Carta 197, 1902.

A Simplicidade das Crianças

Trabalhemos com todas as nossas faculdades, procurando tornar a verdade para este tempo clara aos que a não compreendem. A bênção do Senhor repousará sobre toda alma que lançar mão de Sua obra inteligentemente. ...

Cultivemos a simplicidade das crianças. A preciosa Bíblia, o Livro de Deus, eis nosso instrutor. A todos quantos andarem humildemente diante de Deus, Ele dará Seu Santo Espírito e ministrar-lhes-á por intermédio dos santos anjos, a fim de produzirem a devida impressão no espírito humano. Manuscrito 77, 1909.


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Sem Louvor

Precisamos fazer nossa obra pura e fielmente, mesmo que não haja ninguém no mundo para dizer: "Está bem feito." Nossa vida precisa ser exatamente aquilo que Deus designa que ela seja - fiel em boas obras, em atos de bondade e consideração, em expressar mansidão, pureza e amor. Assim representamos Cristo perante o mundo. ...

Os homens gastos pela labuta, que são agora os primeiros e mais preeminentes na grande obra de salvar almas, são aqueles a quem Deus há de honrar. Carta 120, 1898.

O Perigo da Lisonja

Mantende os olhos fixos em Cristo. Não concentreis a atenção em algum pastor predileto, copiando-lhe o exemplo e imitando-lhe os gestos; tornando-vos, em suma, sua sombra. Não permitais que algum vos imprima seu molde. ...

Não elogieis nenhum homem; não lisonjeeis homem algum; nem permitais que ninguém vos elogie ou lisonjeie. Satanás fará bastante disso. Perdei de vista o instrumento, e pensai em Jesus. Louvai ao Senhor. Dai glória a Deus. Fazei melodia a Deus em vosso coração. Falai acerca da verdade. Falai acerca da esperança cristã, do Céu do cristão. Manuscrito 8a, 1888.

Não Facilmente Ferida a Sensibilidade

Não permitamos que nossa sensibilidade seja facilmente ferida. Devemos viver, não para vigiar sobre nossa suscetibilidade ou reputação, mas para salvar almas. Quando estamos interessados na salvação das almas, deixamos de pensar nas pequenas diferenças que possam levantar-se entre uns e outros na associação mútua. De qualquer sorte que os outros pensem de nós ou conosco procedem, nunca será necessário que perturbemos nossa comunhão com Cristo, nossa companhia com o Espírito. A Ciência do Bom Viver, pág. 485.

Um Espírito Satisfeito, Alegre

Quando possuirmos certeza clara e evidente de nossa salvação, manifestaremos a satisfação e alegria, próprias de todo seguidor de Jesus Cristo.


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A enternecedora, subjugante influência do amor de Deus comunicada à vida prática, produzirá sobre o espírito de outros impressões que serão um cheiro de vida para vida. Mas caso seja manifestado um espírito áspero, acusador, desviará muitas almas da verdade para as fileiras do inimigo. Solene pensamento! Lidar pacientemente com o tentado requer que combatamos contra o próprio eu. Carta 1a, 1894.

Manso e Humilde de Coração

O valor de nossa obra não consiste em fazer grande barulho no mundo, em ser zeloso, ansioso e ativo em nossa própria força. O valor de nossa obra é proporcional à comunicação do Espírito Santo. O valor de nossa obra vem da confiança em Deus, que traz mais santas qualidades de espírito, de modo que, na paciência, possuamos nossas almas. Devemos orar continuamente a Deus a fim de que nos aumente a resistência, nos faça fortes em Sua força, ateie em nosso coração a chama do divino amor. A causa de Deus será mais eficazmente promovida pelos que são mansos e humildes de coração. Manuscrito 38, 1895.

A Obra é de Deus, Não Nossa

Ora, aí está justamente o que precisamos compreender, que ela não é a nossa obra, mas a de Deus, e que somos simples instrumentos em Suas mãos, para realizá-la. Precisamos buscar ao Senhor de todo o coração, e o Senhor trabalhará em nosso favor. Review and Herald, 10 de maio de 1887.

Sacrifício a Todo Passo

Aproximamo-nos do fim da história terrestre, e os vários departamentos da obra de Deus devem ser levados avante com muito mais abnegação do que já foi feito até agora. A obra para estes últimos dias é uma obra missionária. A verdade presente, da primeira à última letra de seu alfabeto, significa esforço missionário. A obra a realizar pede sacrifício a cada passo de avanço. Os obreiros devem


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sair da provação purificados e refinados como ouro provado no fogo. Review and Herald, 18 de novembro de 1902.

Ensinar e Viver as Doutrinas

Os servos de Deus têm de empregar o máximo cuidado com relação às doutrinas que ensinam, ao exemplo que dão e à influência que exercem nos que se associam com eles. O grande apóstolo apela para a igreja e para Deus a fim de que testifiquem da verdade e sinceridade de sua profissão de fé. "Vós e Deus sois testemunhas", diz ele, "de quão santa, justa e irrepreensivelmente nos houvemos para convosco." I Tess. 2:10. Review and Herald, 11 de dezembro de 1900.

Evitar Enredar-se com Negócios

Devemos ser coobreiros Seus. Os que se acham em Seu serviço precisam separar-se de todo embaraço de negócios que lhes manchem o caráter cristão. Os pescadores chamados pelo Salvador, deixaram imediatamente suas redes. Os que se entregam à obra do ministério não se devem enredar com ramos de negócios que venham a trazer aspereza a sua vida, e sejam detrimentos a seu progresso espiritual na obra que o Senhor lhes deu a fazer. Carta 53, 1905.

É Fatal a Insinceridade

Importa que não haja na vida do obreiro nenhuma duplicidade, nenhum caminho tortuoso. Conquanto o erro, mesmo nutrido em sinceridade, seja perigoso para quem quer que seja, a insinceridade no que respeita à verdade, é fatal. Medical Missionary, janeiro de 1891.

Um Espírito Áspero Nega a Cristo

Os homens podem falar fluentemente sobre doutrinas, e podem exprimir vigorosa fé em teorias; possuem eles, porém, mansidão e amor semelhantes a Cristo? Caso revelem um espírito áspero, crítico, estão negando a Cristo. Se não são bondosos, brandos de coração, longânimos, não são semelhantes a Jesus; enganam sua própria alma. Um espírito contrário ao amor, à humildade, à mansidão e à benignidade de Cristo, nega-O, seja qual


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for a profissão de fé. Review and Herald, 9 de fevereiro de 1892.

Falar de Fé e de Animação

Cuidemos de nossas palavras. Falemos de fé, e teremos fé. Não deis nunca lugar a um pensamento de desânimo na obra de Deus. Nunca deixeis escapar uma palavra de dúvida. Isto é qual semente semeada, tanto no coração do que a profere, como no dos ouvintes, para produzir uma colheita de desânimo e incredulidade. Carta 77, 1895.

A Crítica aos Coobreiros Deprime

Cabe-nos o privilégio de proferir palavras que animem nossos companheiros de trabalho e os que se nos associam; não, de dizer aquilo que deprime. Não é sábio comparar-nos com outros obreiros, falando de suas falhas, e suscitando objeções a seus métodos de trabalho. Não seria de surpreender se os que trabalham sob sérias responsabilidades, e que têm muitas provas a enfrentar, errassem por vezes. ...

Familiarizemo-nos com o bem que está sendo realizado por nosso irmãos, e falemos sobre isto. Carta 204, 1907.

O Ciúme e a Suspeita Produzem Desunião

Coisa alguma retarda e entrava tanto a obra em seus vários ramos, como o ciúme e as suspeitas e desconfianças. Isto revela dominar a desunião entre os obreiros de Deus. O egoísmo, eis a raiz de todo mal. Carta 113a, 1897.

Mal Irreparável aos Coobreiros

Ninguém seja severo e ditatorial em seu trato com os obreiros de Deus. Aqueles que são propensos a criticar, lembrem-se de que têm cometido erros tão prejudiciais como os que eles condenam nos outros. Dobrem-se eles em contrição diante de Deus, pedindo perdão pelas coisas ríspidas que têm falado, e o espírito não


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controlado que têm manifestado. Lembrai-vos de que Deus ouve toda palavra que proferis e que, como julgais, sereis julgados. ...

Não remediaremos as dificuldades existentes esforçando-nos para restaurar os feridos, em vez de decepar-lhes os membros, deixando-os aleijados para o resto da vida, sua utilidade prejudicada, quando poderiam haver sido restaurados? Manuscrito 143, 1902.

A Crítica Feita aos Outros, Prejudica o Próprio Trabalho

Os planos e métodos dos obreiros de Deus devem ser inteiramente expurgados dos métodos mundanos. Sua obra deve ser levada a cabo com simplicidade cristã. Lembrai-vos de que o que toma a posição de crítico, enfraquece grandemente as próprias mãos. Deus não constituiu dever de nenhum homem, de mulher alguma, criticar seus coobreiros. Review and Herald, 2 de setembro de 1902.

A Tentação Especial de Satanás

Caso os homens queiram colocar-se em posição onde possam ser usados por Deus, não devem criticar outros, exporem-lhes os defeitos. Esta é a tentação especial de Satanás, com a qual se esforça por entravar a obra. Manuscrito 152, 1898.

A Presunção Afeta a Obra

Precisamos homens que fortaleçam e edifiquem a obra, não que derribem e procurem destruir o que os outros estão buscando realizar. Precisamos de homens e mulheres em quem Deus possa atuar, cujo terreno do coração tenha sido lavrado e desterroado.

Não necessitamos de obreiros que precisem ser apoiados e conduzidos pelos que já se acham há muito na fé, que se consideram um todo perfeito. A esses, diríamos: "Ficai onde estais." Temos tido bastante que fazer com essa espécie de obreiros. Precisamos obreiros que não se achem absorvidos no egoísmo, que não sejam presunçosos. Manuscrito 173, 1898.


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Complicar o Progresso da Mensagem

Os atributos do inimigo de Deus e do homem exprimem-se muitas vezes no espírito e atitude de uns para com os outros. Eles se ferem uns aos outros, porque não partilham da natureza divina; e assim trabalham contra a perfeição de seu caráter. Trazem sobre si mesmos aflições, e tornam a obra árdua e penosa, porque consideram seu espírito e defeitos de caráter preciosas virtudes, a que se devem apegar, e que devem fomentar. ...

Os homens tornam a obra de promover a verdade dez vezes mais difícil do que na realidade é, buscando tomar a obra de Deus de Suas mãos para as suas próprias mãos finitas. Pensam que devem estar constantemente inventando alguma coisa para levar os homens a fazerem aquilo que eles julgam que essas pessoas devem fazer. O tempo assim gasto faz sempre a obra mais complicada; pois o grande Obreiro Mestre é deixado fora da questão no cuidado de Sua própria herança. Os homens empreendem a tarefa de assoalhar o caráter defeituoso dos outros, e só conseguem tornar os defeitos muito piores. Melhor seria que deixassem a Deus o realizar a Sua própria obra; pois Ele não os considera capazes de reformar o caráter. General Conference Bulletin, 25 de fevereiro de 1895.

Lavrado e Polido no Serviço

Os que são deficientes no caráter, na conduta, em hábitos e práticas, devem dar ouvidos ao conselho e à reprovação. Este mundo é a oficina de Deus, e toda pedra que pode ser usada no templo celeste, deve ser lavrada e polida, até que seja uma pedra provada e preciosa, apropriada para seu lugar no edifício do Senhor. Caso, porém, nos recusemos a ser preparados e disciplinados, seremos como pedras que não serão lavradas nem polidas, e que serão afinal rejeitadas como inúteis. Youth"s Instructor, 31 de agosto de 1893.


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As Graças da Cultura e da Bondade

Nosso Grande Exemplo

Cristo exemplificou na própria vida Seus ensinos divinos. Seu zelo nunca O levou a ficar arrebatado. Manifestava coerência sem obstinação, benevolência sem fraqueza, ternura e simpatia sem sentimentalismo. Era altamente sociável; no entanto, possuía modesta dignidade que não animava indevida familiaridade. Sua temperança nunca induzia à austeridade ou farisaísmo. Ele não se conformava com este mundo; todavia não era indiferente às necessidades do menor dentre os homens. Estava alerta às necessidades de todos. Manuscrito 132, 1902.

O Modelo Perfeito

Desde Seus tenros anos até à varonilidade, Cristo viveu uma vida que era um modelo perfeito de humildade, diligência e obediência. Era sempre cuidadoso e considerado para com os outros, sempre abnegado. Ele trouxe o zelo celeste, não para ser servido, mas para servir. ...

A vida abnegada de Cristo é um exemplo a todos. Seu caráter é um modelo do caráter que podemos formar, caso Lhe sigamos as pisadas. Manuscrito 108, 1903.

Dignidade, Cortesia, Refinamento

Certificai-vos de manter a dignidade da obra mediante uma vida bem ordenada e pia conversação. Não temais nunca elevar demasiado alto a norma. As famílias que se empenham na obra missionária devem aproximar-se bem dos corações. O espírito de Jesus deve penetrar a alma do obreiro; são as palavras agradáveis, de simpatia, a manifestação de desinteressado amor pela alma deles, que derribam as barreiras do orgulho e do egoísmo, e mostram aos incrédulos que possuímos o amor de Cristo; e então a verdade encontrará acesso ao coração. Tal é nossa obra, e o cumprimento do plano de Deus. Afastemos


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de nós toda vulgaridade, tudo quanto é rústico. Cultivemos a cortesia, o refinamento, a polidez cristã. Guardai-vos de ser abruptos e grosseiros. Não considereis tais peculiaridades como virtudes; pois Deus não as olha como tais. Esforçai-vos por não ofender quem quer que seja desnecessariamente. Review and Herald, 25 de novembro de 1890.

Cristo, Nosso Modelo de Etiqueta

O verdadeiro requinte nos pensamentos e maneiras aprende-se melhor na escola do divino Mestre do que por qualquer observância de regras estabelecidas. Seu amor, penetrando no coração, dá ao caráter aquele contato purificador que o modela à semelhança do Seu. Esta educação comunica uma dignidade inspirada pelo Céu e um senso das verdadeiras conveniências. Proporciona uma doçura de índole e gentileza de maneiras que nunca poderão ser igualadas pelo verniz superficial dos costumes da sociedade. Educação, pág. 241.

A Verdadeira Etiqueta - Ampla Simpatia e Bondade

Muitos que dão grande valor à etiqueta, mostram pouco respeito a tudo que, apesar de excelente, deixe de corresponder à sua norma artificial. Isto significa educação falsa. Alimenta um orgulho crítico e um exclusivismo tacanho.

A essência da verdadeira polidez é a consideração para com os outros. A educação essencial e duradoura é a que alarga a simpatia, favorece a afabilidade universal. Educação, pág. 241.

Brandura e Bondade

Ambos vós necessitais de mais suavidade no contato com os outros. Vossas palavras devem produzir um efeito calmante, não hostilizar. Encha-se-vos o coração de amor pelas almas. Trabalhai pelos que vos rodeiam com profundo e terno interesse. Se vedes alguém cometer um erro, ide ter com ele na maneira indicada por Cristo em Sua Palavra, e vede se não vos é possível considerar o assunto com brandura cristã. Orai com ele, e crede que o Salvador vos mostrará o caminho para sair da dificuldade.


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Os pastores necessitam muito da graça de Deus de modo a fazer aceitavelmente seu trabalho. Quando um pastor encontra os membros de uma igreja arregimentados uns contra os outros, solicite uma trégua, e procure promover entendimento e harmonia. Não dê nunca ordens e advertência de maneira ríspida e autoritária. Isto não é necessário. É trabalho mais que perdido. ...

O Senhor vos convida a exercer influência enobrecedora. Recebei no coração as verdades da Palavra de Deus. Unicamente assim podeis ter a mente de Deus. Colocai-vos sob a modeladora influência do Espírito Santo. Exercereis então muito maior força no sentido do bem. ...

Onde quer que reine o amor de Jesus, há paz e descanso. Onde esse amor é acalentado, há como que uma refrigerante corrente em um deserto, transformando a aridez em fertilidade. Manuscrito 105, 1902.

Tato e Bom Discernimento Abrandam Corações

O tato e o critério centuplicam a utilidade de um obreiro. Se profere as palavras convenientes no tempo oportuno, e manifesta o devido espírito, isto terá no coração daquele que ele está procurando ajudar, uma influência capaz de o comover. Obreiros Evangélicos, pág. 119.

Bondade Para com os que Diferem na Doutrina

Os que diferem de nós na fé e na doutrina devem ser tratados bondosamente. São a propriedade de Cristo, e teremos de encontrar-nos com eles no grande dia do ajuste final. Teremos de enfrentar-nos uns aos outros no juízo, e contemplar o registro de nossos pensamentos, palavras e ações, não como nós os encaramos, mas como eram na verdade. Deus nos prescreveu o dever de amar-nos uns aos outros como Cristo nos amou. The Youth"s Instructor, 9 de dezembro de 1897.

Sem Sentimento Pessoal nem Egoísmo

Os homens devem trabalhar segundo Suas [de Deus] regras e Seus


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arranjos, caso queiram ser bem-sucedidos. Deus só aceitará os esforços feitos de boa vontade e com humildade de coração, sem o traço de sentimentos pessoais e de egoísmo. Carta 66, 1887.

Calçar os Sapatos do Evangelho

Meu irmão, sinto intenso desejo de que sejais um homem segundo o coração de Deus. Importa que façais uma mudança em vossa vida. Tendes preciosíssima verdade a apresentar, mas precisais calçar os sapatos do evangelho - vossos pés devem ser "calçados ... na preparação do evangelho da paz". Efés. 6:15. Vossa maneira de vos dirigir ao povo nem sempre agrada a Deus. Necessitais experimentar Seu poder convertedor na alma todos os dias. Estais cheio de resistência e energia físicas, e necessitais muito da graça de Cristo, para que se diga de vós, como dEle: "A Tua mansidão me engrandeceu." Sal. 18:35. Quando o Espírito Santo tomar posse de vossa mente e reger vossos fortes sentimentos, sereis mais semelhantes a Cristo. Carta 164, 1902.

A Santidade da Obra de Deus

Lidar com coisas sagradas da mesma maneira que fazemos com os assuntos comuns é uma ofensa a Deus; pois aquilo que Ele separou para fazer Seu serviço no levar a luz ao mundo, é santo. Os que mantêm qualquer ligação com a obra de Deus não devem andar na vaidade de sua própria sabedoria, mas na sabedoria divina, do contrário estarão em risco de pôr as coisas sagradas e as comuns no mesmo nível, separando-se assim de Deus. Review and Herald, 8 de setembro de 1896.

Senso de Sagrada Responsabilidade

Estão surgindo jovens para entrar na obra de Deus, alguns dos quais mal têm qualquer senso da santidade e responsabilidade dessa obra. ... Dizem tolices, brincam com as jovens, ao mesmo tempo que estão ouvindo quase diariamente as verdades mais solenes e mais de molde a comover a alma. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 399.


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Não Atores, mas Mestres da Palavra

Vejo que deve ocorrer no ministério grande reforma antes que ele seja aquilo que Deus quer que seja. Os pastores no púlpito não têm permissão de comportar-se como representantes de teatro, tomando atitudes e expressões calculadas a causar efeito. Eles não ocupam o púlpito sagrado como atores, mas como mestres de verdades solenes. Há também pastores fanáticos que, tentando pregar a Cristo, atacam, gritam, saltam para cima e para baixo, esmurram o púlpito, como se esse exercício corporal servisse para alguma coisa. Tais momices não emprestam força alguma às verdades proferidas, antes, ao contrário, desgostam os homens e mulheres de pensar sereno e vistas elevadas. É dever dos que se entregam ao ministério deixar toda rudeza e toda conduta tempestuosa, no púlpito pelo menos.

Gestos desalinhados e grosseiros não se devem tolerar nas profissões comuns da vida; quanto menos, então, deverão eles ser tolerados na sacratíssima obra do ministério evangélico! O pastor deve cultivar graça, cortesia e refinamento de maneiras. Deve conduzir-se com a calma dignidade condicente com sua elevada vocação. Solenidade, uma certa autoridade piedosa, de mistura com mansidão, eis o que deve caracterizar o porte daquele que é mestre da verdade de Deus.

Os pastores não devem formar hábito de contar anedotas no púlpito; isto prejudica o poder e a solenidade da verdade que apresentam. A narração de anedotas ou incidentes que produzam riso ou um pensamento leviano no espírito dos ouvintes, é severamente censurável. As verdades devem ser revestidas de linguagem pura e cheia de dignidade; e as ilustrações devem ser de caráter semelhante.

Fosse o ministério evangélico o que ele deve e poderia ser; e os mestres da verdade de Cristo estariam trabalhando em


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harmonia com os anjos; seriam colaboradores de seu grande Mestre. Há demasiado pouca oração entre os ministros de Cristo, e demasiada exaltação própria. Há demasiado pouco chorar entre o pórtico e o altar, clamando: "Poupa o Teu povo, ó Senhor, e não entregues a Tua herança ao opróbrio." Joel 2:17. Há demasia de longos sermões doutrinais, sem uma centelha de fervor espiritual e do amor de Deus. Há demasia de gesticulações e narração de anedotas humorísticas no púlpito, e demasiado pouco se diz acerca do amor e da compaixão de Jesus Cristo.

Não basta pregar aos homens; cumpre-nos orar com eles e por eles; importa não nos mantermos friamente afastados deles, mas nos aproximarmos com simpatia das almas que desejamos salvar, visitá-las e conversar com elas. O pastor que dirige a obra fora do púlpito de maneira apropriada, realizará dez vezes mais do que aquele que limita seu labor ao púlpito. Review and Herald, 8 de agosto de 1878.

Evitar Gracejos e Pilhérias

Este espírito de gracejos e pilhérias, de leviandade e frivolidade, é uma pedra de tropeço para os pecadores e ainda pior pedra de tropeço para os que dão lugar à inclinação do coração não santificado. O fato de que alguns têm permitido esse traço desenvolver-se a ponto de gracejar ser neles tão natural como a respiração, não diminui seus maus efeitos. Quando alguém puder apontar a uma palavra frívola proferida por nosso Senhor, ou a qualquer leviandade vista em Seu caráter, ele pode sentir que a leviandade e os gracejos são desculpáveis nele próprio. Este espírito não é cristão; pois ser cristão é ser semelhante a Cristo. Jesus é um modelo perfeito, e devemos imitar-Lhe o exemplo. Um cristão é a mais elevada espécie de homem, um representante de Cristo.

Alguns que são dados a gracejar, e a fazer observações levianas e frívolas, podem aparecer no púlpito sagrado com


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apropriada dignidade. Podem ser capazes de passar imediatamente à contemplação de assuntos sérios, e apresentar a seus ouvintes as mais importantes e decisivas verdades já confiadas a mortais; mas talvez seus companheiros de trabalho, a quem eles influenciaram, e que se lhes uniram nos descuidosos gracejos, não possam mudar tão depressa o curso de seus pensamentos. Sentem-se condenados, a mente fica-lhe confundida; e acham-se incapazes de entrar na contemplação dos temas celestes e pregar a Cristo e Cristo crucificado.

A disposição de dizer coisas espirituosas que provoquem riso, quando se acham em consideração as necessidades da causa, seja em uma reunião de comissão, ou da mesa, seja em qualquer outra reunião de negócios, não é de Cristo. Essa inoportuna hilaridade tem uma tendência desmoralizante. Deus não é honrado quando levamos tudo para o ridículo num dia, e no dia seguinte estamos desanimados e quase destituídos de esperança, sem luz da parte de Cristo, e prontos a criticar e murmurar. Ele Se agrada quando Seu povo manifesta solidez, resistência e firmeza de caráter, e quando possui disposição animada, contente e esperançosa. ...

Caso a mente se concentre em coisas celestiais, a conversa fluirá no mesmo sentido. O coração transbordará na contemplação da esperança cristã, a mui grande e preciosa promessa registrada para nossa animação; e nosso regozijo em vista da misericórdia e bondade de Deus não precisa ser reprimido; é uma alegria que ninguém nos pode tirar. Review and Herald, 10 de junho de 1884.

Pastores Folgazãos

Há em vossa associação um homem (não sei seu nome) que não deve estar ligado com ela como pastor, pois sua influência no espírito dos que estão buscando a verdade é desfavorável. Ele me foi apontado,


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sendo-me ditas estas palavras: "A obra de Deus não necessita de pastores não convertidos, folgazãos. O espírito desse homem não se acha em harmonia com a obra solene em que nos achamos empenhados." A verdade que professamos crer não precisa de homens frívolos para apresentá-la. Um homem de disposição leviana e jovial fará mais em levedar as igrejas com o mesmo espírito, do que dez homens bons podem efetuar para remover essa impressão. ...

O poder convertedor de Deus deve possuir o coração dos pastores, ou eles devem buscar outra vocação. Caso os embaixadores de Cristo reconheçam a solenidade de apresentar a verdade ao povo, serão homens sóbrios, refletidos, coobreiros de Deus. Uma vez que tenham o verdadeiro senso da comissão dada por Cristo a Seus discípulos, hão de, com reverência, abrir a Palavra de Deus, e escutar a instrução do Senhor, pedindo sabedoria do Céu, para que, enquanto se colocam entre os vivos e os mortos, reconheçam que precisam prestar contas a Deus pela obra que sai de suas mãos.

Que pode o pastor fazer sem Jesus? Verdadeiramente nada. Então, se ele é um homem frívolo, brincalhão, não está preparado para cumprir o dever sobre ele posto pelo Senhor. "Sem Mim", diz Cristo, "nada podereis fazer." João 15:5. As palavras petulantes que lhe caem dos lábios, as frívolas anedotas, as palavras proferidas a fim de provocar o riso, são todas condenadas pela Palavra de Deus, e inteiramente fora de lugar na tribuna sagrada. ...

A menos que os pastores sejam homens convertidos, as igrejas ficarão enfermas e prestes a morrer. Unicamente o poder de Deus pode mudar o coração humano e impregná-lo do amor de Cristo. Só o poder de Deus pode corrigir e subjugar as paixões e santificar os sentimentos. Todos quantos ministram precisam humilhar o coração orgulhoso,


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submeter a própria vontade à vontade de Deus, e esconder sua vida com Cristo em Deus.

Qual é o objetivo do ministério? É misturar o cômico com o religioso? O teatro é o lugar para tais exibições. Caso Cristo esteja formado no interior, caso a verdade com seu poder santificador seja introduzida no santuário interior da alma, não tereis homens folgazãos, nem também homens azedos, mal-humorados e rudes para ensinarem as preciosas lições de Cristo às almas que perecem. Carta 15, 1890.

Andar Circunspectamente

Toda postura, que é tão comum, como gestos teatrais, toda leviandade e frivolidade, todo gracejo e pilhéria, devem ser considerados pelos que levam o jugo de Cristo como não sendo "convenientes" - uma ofensa a Deus e negação de Cristo. Isto incapacita o espírito para o pensar sólido e o sólido labor. Torna os homens ineficientes, superficiais e espiritualmente enfermos. ...

Que todo pastor seja calmo. Ao estudar ele a vida de Cristo, verá a necessidade de andar circunspectamente. Todavia, pode ser e será, caso esteja ligado com o Sol da Justiça, alegre e feliz, manifestando os louvores dAquele que o chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz. Sua conversação será pura, inteiramente limpa de toda frase de gíria. Manuscrito 8a, 1888.

Aplicação à Obra

Dedicação à Sua Obra

Cristo absorvia-Se na obra que viera fazer. Sua dedicação ao trabalho de salvar a raça perdida manifestava-se em todas as ocasiões. Manuscrito 132, 1902.

O Serviço Prestado de Coração Pelo Obreiro

Empreendei esta obra como sendo a obra do Senhor, fazendo-a


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com reflexão e paciência. Isto é um serviço real, que o Mestre aprovará. Trabalhai com clara percepção da obrigação que sobre vós pesa, sabendo que anjos de Deus se acham presentes, para pôr o selo celeste sobre a fidelidade, e condenar a infidelidade de qualquer espécie.

O empreender corajosamente a obra que necessita ser feita e nela pôr o coração, torna o trabalho um prazer, e traz êxito. Assim Deus é glorificado. ...

Ao realizardes fielmente vossa obra, vossa mente assemelhar-se-á à mente de Cristo. Buscai, por meio de oração e súplicas, as bênçãos prometidas. Pedi a Deus que vos dê verdadeira compreensão da obra a ser realizada. Não vos deixeis desviar nem ser entravados por qualquer influência contrária. Desempenhai fielmente vossa parte no levar bênçãos a vossos semelhantes. Louvai a Deus pelo privilégio de cooperar com Ele em Sua obra. Ao pordes todo o coração na obra a ser feita, entrais em verdadeiro companheirismo com vossos coobreiros. Vereis Cristo em vossos irmãos. ...

Enfadonhos são todos os deveres em que se não põe o coração. O tempo é ouro. Há uma obra a ser feita, e em sua execução cumpre-nos pôr o coração inteiro. Os deveres colocados por Deus em nosso caminho, devemos cumprir, não como tarefa árida e fria, mas como um serviço de amor. Introduzi em vosso trabalho as mais elevadas faculdades e simpatias. E verificareis que Cristo nele está. Sua presença tornará a tarefa leve, e o coração se vos encherá de alegria. Trabalhareis em harmonia com Deus, em lealdade; amor e fidelidade.

Devemos ser cristãos sinceros, diligentes, cumprindo fielmente os deveres postos em nossas mãos, e olhando sempre para Jesus, autor e consumador de nossa fé. A recompensa


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a recebermos não depende de nosso aparente êxito, mas do espírito em que nossa obra é feita. ...

Todas as faculdades de nosso ser devem ser empenhadas em serviço abnegado. Cumpre empregar todo talento. Aproveitai melhor o futuro do que o fizestes ao passado. Dai vossos talentos aos banqueiros, pois Cristo tem fome de almas. Manuscrito 20, 1905.

Energia e Meticulosidade

O Senhor não Se agrada de que Sua obra seja feita descuidadamente, ou que seja penosamente levada como se fosse uma enfadonha tarefa. Não temos tempo a perder em movimentos lentos, de má vontade. O interesse que devemos ter em tudo que fazemos tornará nossa obra interessante e educativa. Carta 147a, 1897.

Perseverante Energia e Acurada Aplicação

Onde há falta de perseverante energia e acurada aplicação nos assuntos temporais e nas transações de negócios, será visível a mesma deficiência nas coisas espirituais. Testimonies, vol. 2, pág. 498.

Excedido em Tática de Guerra por Satanás

Depois do que vos foi mostrado quanto a vossa inclinação de ser vagaroso e moderado e de permitir que passem as oportunidades sem serem aproveitadas, perdeis tempo, perdeis interesse, e levais as coisas com tanta moderação que Satanás vos excede repetidamente na tática da guerra. Não é uma obra indiferente e comum aquela em que vos achais empenhado entre um povo separado de Deus, e que necessita os mais zelosos esforços em seu favor. ...

Se mal há alguma coisa a apresentar por vossos esforços em todo esse tempo que tendes estado nos vales, penso que não sois o homem para aquele campo. ...

Acaso planejastes para tornar essas reuniões o mais interessantes possível? Espero que tenhais na alma a preocupação da obra. Tendes permanecido junto da tenda, justo no terreno, ou tornastes uma necessidade o ir à casa todo dia, e ajuntar


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sobre vós preocupações que nada têm que ver com a obra? Esse trabalho na obra de Deus, para enfrentar as trevas morais, exige abnegação, fadiga, perseverante esforço e fé fervorosa. Muitos se lisonjeiam de que poderiam fazer grandes coisas se tão-somente tivessem oportunidade, mas sempre alguma coisa as impede; a Providência lhes tem de tal modo impedido o caminho, que não puderam fazer o que desejavam. Não esperamos que alguma grande ocasião se nos depare no caminho, mas mediante ação pronta e vigorosa precisamos apoderar-nos das oportunidades, criá-las e dominar as dificuldades.

Necessitais de energia vital vinda do Céu. Precisamos, em nossa obra, não somente malhar o ferro enquanto está quente, mas aquecer o ferro malhando-o. Movimentos vagarosos, comodistas, indolentes, nada farão por nós nessa obra. Precisamos instar a tempo e fora de tempo. Críticos são os tempos atuais para trabalhar. Com hesitação e demora, perdemos muitas oportunidades boas. ...

O que mais entrava o caminho para cumprirdes o dever, é a irresolução, falta de firmeza nos propósitos, indecisão. Que Deus vos ajude a revestir-vos da armadura, e fazer a obra de vosso Mestre. Carta 13, 1886.

Diligência - Fidelidade - Obediência ao Comando

Os interesses do reino de Cristo pedem diligência e fidelidade em grau tanto maior quanto as coisas espirituais e eternas são de maior importância do que as coisas temporais. Não deve haver frouxidão no trabalho, nem ação vagarosa e tardia, pois isto poria em risco nossa própria alma e a dos outros. ...

Que general assumiria o comando de um exército quando os oficiais sob a sua liderança se recusam a obedecer até que se achem capacitados de que suas ordens sejam razoáveis? Tal atitude significaria ruína para todo o exército. Enfraqueceria as mãos dos soldados. Surgiria em seu espírito a pergunta:


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Não haverá um meio melhor? Mas mesmo que haja um meio melhor, as ordens devem ser obedecidas, do contrário o resultado seria derrota e desastre. Um momento de demora, e a vantagem que se poderia obter ficaria perdida.

Todo bom soldado obedece implícita e prontamente as ordens de seu capitão. A vontade do comandante tem de ser a vontade do soldado. Por vezes ele se surpreenderá com a ordem dada, mas não deve se deter para indagar o porquê. Quando a ordem do capitão contraria os desejos do soldado, não lhe cabe hesitar nem queixar-se, dizendo: Não vejo coerência nesses planos. Não deve formular desculpas e deixar seu trabalho por fazer. Soldados dessa espécie não seriam aceitos como aptos para se empenharem em batalhas terrenas, e muito menos serão eles aceitos no exército de Cristo. Quando Cristo ordena, Seus soldados devem obedecer sem hesitação. Precisam ser soldados fiéis, do contrário Ele os não pode aceitar. A toda alma é concedida liberdade de escolha, mas depois que o homem se alistou, requer-se que seja tão verdadeiro como o aço, quer para a vida, quer para a morte. Manuscrito 71/2, 1900.

É Essencial Mente Disciplinada, Organizada

Os que ensinam a Palavra não devem esquivar-se à disciplina mental. Todo obreiro, ou grupo de obreiros, deve mediante perseverantes esforços, estabelecer regras e regulamentos que levem à formação de hábitos corretos de pensamento e de ação. Esse preparo não somente é necessário para os obreiros jovens, mas para os de mais idade também, a fim de seu ministério ser isento de erros, e seus sermões serem claros, precisos e convincentes.

Certas mentes são mais como antigos bazares de curiosidades do que outra coisa. Muitos retalhos e fragmentos da verdade foram recolhidos e armazenados ali; não sabem, porém, como apresentá-los de maneira clara e harmônica. É


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a relação que essas idéias têm umas com as outras, que lhes dá valor. Toda idéia e declaração devem estar tão intimamente unidas como os elos de uma cadeia. Quando um pastor lança uma grande quantidade de assuntos perante o povo a fim de que eles a assimilem e ponham em ordem, seu trabalho é perdido; pois serão poucos os que façam isto. Review and Herald, 6 de abril de 1886.

O Serviço Metódico Promove o Êxito

Há jovens, homens e mulheres, que não possuem método no trabalho. Embora estejam sempre ocupados, não podem apresentar senão pequenos resultados. Têm idéias errôneas quanto ao trabalho, e acham que estão trabalhando arduamente, quando se houvessem exercitado método em seu trabalho, e se aplicado inteligentemente ao que tinham de fazer, teriam produzido muito mais em menos tempo. Demorando-se nos assuntos menos importantes, acham-se apressados, perplexos e confusos quando são chamados a cumprir os deveres mais importantes. Estão sempre fazendo e, pensam, trabalhando arduamente; todavia pouco têm a apresentar por seus esforços. The Youth"s Instructor, 31 de agosto de 1893.

Método e Prontidão Poupam Tempo

Precisa haver homens que comecem uma obra na devida maneira, e se atenham a ela e vão avante com firmeza. Tudo deve ser feito segundo um plano bem elaborado, e com método. Deus confiou a homens Sua sagrada obra, e pede que a façam cuidadosamente. É essencial a regularidade em tudo. Nunca chegueis tarde a um encontro marcado. Em nenhum departamento ou escritório se deve perder tempo com conversas desnecessárias. A obra de Deus requer coisas que não recebe porque os homens não aprendem do Deus da sabedoria. Eles forçam em sua vida demasiadas coisas, adiam para amanhã aquilo


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que lhes exige a atenção hoje, e perde-se muito tempo em ajuntar penosamente as malhas perdidas. ...

Alguns obreiros devem abandonar os vagarosos métodos de trabalho predominantes, e aprender a ser rápidos. A presteza é necessária da mesma maneira que a diligência. Se desejarmos executar a obra de acordo com a vontade de Deus, ela deve ser feita de maneira expedita, mas não sem reflexão e cuidado. Manuscrito 24, 1887.

Organizar Nosso Trabalho Diário

As pessoas que não adquiriram hábitos de estrita operosidade e economia de tempo, devem ter regras estabelecidas para as estimular à regularidade e à presteza. George Washington foi habilitado a realizar grande quantidade de negócios, porque era exato em conservar a ordem e a regularidade. Cada papel tinha sua data e seu lugar, e tempo algum era perdido em procurar o que não estava no lugar designado. Obreiros Evangélicos, pág. 277 e 278.

Ter Iniciativa

Quando um obreiro é colocado em certo setor da vinha do Senhor, seu trabalho lhe é dado como a um fiel coobreiro de Deus, para trabalhar naquela vinha. Ele não deve esperar que, a cada ponto, lhe seja indicado por mentes humanas o que ele precisa fazer, mas planejar seu trabalho para fazê-lo onde for necessário. Deus vos concedeu energia cerebral para ser empregada. As carências dos crentes e as necessidades dos incrédulos devem ser estudadas cuidadosamente, e vossos esforços devem satisfazer essas necessidades. Cumpre-vos indagar de Deus e não de qualquer vivente o que haveis de fazer. Sois servo do Deus vivo, e não de qualquer homem. Não podeis efetuar inteligentemente a obra de Deus sendo a sombra dos pensamentos e orientações de outro homem. Estais sob a direção de Deus. Carta 8, 1895.

Presteza Evita Confusão

Há entre os obreiros certa falta de aptidão, certa confusão, falta de compreensão mútua e de prontidão. As coisas não são feitas a tempo. Em conseqüência


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surgem complicações e dificuldades difíceis de vencer, devido à falta de ação coesa. Caso não seja remediado, esse estado de coisas se manifestará e fará sentir ainda mais no futuro, pois a obra crescerá e se tornará maior a necessidade de perfeito entendimento dos negócios nesta casa. O infeliz hábito de negligenciar uma obra especial que precisa ser feita a determinado tempo, triplica a dificuldade de efetuá-la posteriormente com exatidão e sem deixar alguma coisa negligenciada ou por terminar. Manuscrito 24, 1887.

Levantar-se a Horas Regulares

Alguns jovens são muitos contrários à ordem e disciplina. Não respeitam os regulamentos do lar, levantando-se a uma hora certa. Ficam na cama por horas depois do amanhecer, quando todos devem estar em movimento. Queimam a lâmpada da meia-noite, dependendo de luz artificial para suprir a luz provida pela Natureza em horas convenientes. Assim fazendo, não somente desperdiçam preciosas oportunidades, como causam despesas extras. Em quase todos os casos, porém, a alegação é: "Não posso terminar o serviço; tenho alguma coisa a fazer; não posso deitar cedo." Assim ficam profundamente sonolentos quando deviam estar despertos com a Natureza e as aves madrugadoras. Os preciosos hábitos de ordem são desfeitos; e os momentos assim ociosamente gastos de manhã cedo descontrolam o andamento do serviço para todo o dia.

Nosso Deus é um Deus de ordem, e deseja que Seus filhos queiram pôr-se em ordem, e sob Sua disciplina. Não seria melhor, portanto, romper com esse hábito de transformar a noite em dia, e as frescas horas matinais em noite? The Youth"s Instructor, 28 de janeiro de 1897.

Vantagens de Fazer as Coisas a Tempo

O ter um tempo para as coisas traz boa impressão sobre a verdade. Perdem-se


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freqüentemente vitórias por causa de demora. Haverá crises nesta causa. A ação pronta e decisiva no justo momento, trará em resultado gloriosos triunfos, ao passo que o atraso e a negligência ocasionarão grandes fracassos e positiva desonra a Deus. Testimonies, vol. 3, pág. 498.

O Valor de Usar Bloco de Anotações

Se os jovens formar hábitos de regularidade e ordem, aproveitará na saúde, na disposição, na memória e no humor.

É dever de todos observarem regras estritas em seus hábitos de vida. Isto para vosso próprio bem, queridos jovens, tanto física como moralmente. Quando vos levantardes pela manhã, considerai, tanto quanto possível, o trabalho que deveis efetuar durante o dia. Caso seja necessário, tende um bloco de anotações em que escrevais as coisas a serem feitas, e estabelecei-vos o tempo em que deveis realizar o trabalho. The Youth"s Instructor, 28 de janeiro de 1897.

Não Limitar o Trabalho a Determinadas Horas

O sistema de oito horas não encontra lugar no programa do ministro de Deus. Ele deve-se manter de prontidão a qualquer hora. Obreiros Evangélicos, pág. 451.

O Trabalho do Salvador à Tardinha

Todo o dia ajudava aos que a Ele vinham; à tardinha atendia aos que tinham que labutar durante o dia pelo sustento da família. A Ciência do Bom Viver, pág. 18.

O Trabalho Diligente Ajuda a Responder à Oração

Ao passo que nos cumpre orar pedindo as bênçãos de Deus, temos de reforçar nossas súplicas com trabalho mui diligente, cabal, zeloso. Manuscrito 25, 1895.

Não Depender de Milagres

Deus geralmente não opera milagres para promover Sua verdade. Se o lavrador negligencia cultivar o solo depois da semeadura, Deus não opera


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nenhum milagre para impedir o seguro resultado da negligência. Na colheita, ele achará seu campo infrutífero. Deus opera segundo grandes princípios apresentados por Ele à família humana, e a nós cabe elaborar planos sábios, e pôr em operação os meios pelos quais Deus produzirá determinados resultados.

Os que não fazem esforços decididos, mas esperam apenas que o Espírito Santo os impulsione à ação, perecerão nas trevas. Gostaríamos de perguntar aos que estão esperando por um milagre: Quais dos meios postos por Deus ao vosso alcance foram experimentados? Perguntaríamos aos que estão à espera de que se realize alguma obra sobrenatural, que dizem simplesmente: "Crê, crê": Tende-vos submetido à revelada ordem de Deus? O Senhor disse: "Farás" e "Não farás".

Estudem todos a parábola dos talentos, e compreendam que Deus deu a cada um a sua obra - a todo homem Ele confiou seus talentos, para que, exercitando sua capacidade, aumente a própria eficiência. Não deveis sentar-vos quietamente, sem nada fazer na obra de Deus. Review and Herald, 28 de setembro de 1897.

Não Negligentes

Trabalhai pelos que estão desperdiçando sua vida, realizando apenas metade do que poderiam fazer para o Mestre. Esforçai-vos por despertá-los para o senso de sua responsabilidade. Orai uns pelos outros, e uns aos outros exortai, e tanto mais quanto virdes que se vai aproximando aquele dia. Diga o irmão a seu irmão e a irmã a sua irmã: "Vem, meu coobreiro, ponhamos toda a diligência em nossa obra; pois a noite vem, quando ninguém pode trabalhar." Ninguém perca minutos falando quando devia estar trabalhando.

Lembre-se o conversador de que há tempos em que ele não tem o direito de conversar. Há os que dedicam tempo a ficar parados.


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Ouça-se a voz da fiel sentinela: "Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor." Rom. 12:11. Tendes acaso serviço a fazer para o Mestre? É construir uma casa em que seja levada avante Sua obra? Cerrai os lábios. Não torneis os outros ociosos, tentando-os a ouvir vossa conversa. Muitos perdem o tempo quando um emprega a língua em vez dos utensílios de trabalho. Manuscrito 42, 1901.

Os Pastores Não se Devem Empenhar em Negócios Seculares

Desejo dizer aos irmãos ______ e ______ que seu trabalho é em grande parte entre incrédulos. Os que são bem-sucedidos expositores da verdade bíblica, devem colocar-se perante os que não ouviram a mensagem para este tempo. Os irmãos que acima mencionei têm uma obra a fazer nas reuniões campais, que se devem realizar nas grandes cidades. Eles, porém, se acham em risco de se inabilitarem para fazer a obra que Deus lhes deu a fazer. O Pastor ______ perderá por certo sua compostura a menos que deixe de se interessar em trabalho que o Senhor não requer, trabalho que exige atenção a detalhes de negócios. Empenhando-se em ocupações seculares, não estaria fazendo aquilo que lhe foi designado por Deus. A proclamação da mensagem evangélica, eis o que lhes será luz e vida. Manuscrito 105, 1902.

Visar Unicamente à Glória de Deus

A constante ocupação de Satanás é entravar a obra de Deus, e trabalhar para destruição da humanidade. Freqüentemente, quando o interesse em uma localidade se acha no auge, ele faz parecer ao espírito do obreiro que algum assunto insignificante em casa é de grande importância, exigindo-lhe a imediata presença. Se o obreiro não visa unicamente a glória de Deus, deixa o serviço por terminar, e corre para casa. Talvez seja ali detido por dias e mesmo semanas, e o trabalho anterior fica atrapalhado e se perde.


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Perde-se malha após malha, para nunca mais serem retomadas. Isto agrada o inimigo. E ao ver ele que é bem-sucedido em tornar os assuntos seculares de primeira importância no espírito dessa pessoa, enche-lhe as mãos de dificuldades. Começa imediatamente a criar problemas domésticos, de modo a embaraçar-lhe a mente, e se possível, mantê-lo afastado do trabalho. ...

Ao tempo em que as almas estão no ponto de decidir pró ou contra a verdade, não consintais, eu vos rogo, em ser afastado de vosso campo de labor. Não o abandoneis ao inimigo, eu diria, ainda que alguém esteja morto em vossa casa. Cristo disse: "Segue-Me. ... Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos." Luc. 9:60. Se tão-somente pudésseis ver a importância da obra segundo ela me foi apresentada, seria sacudida para longe a paralisia de que muitos estão possuídos, e haveria uma ressurreição e reavivamento mediante Jesus Cristo. ...

Caso assumamos firmemente nossa posição como obreiros de Deus, dizendo: "O Senhor nos deu uma mensagem, e não podemos ser fiéis vigias a menos que estejamos em nosso posto de dever; levaremos a obra avante através de todos os perigos", então verificaremos que anjos de Deus ministrarão à nossa família no lar, e dirão ao inimigo: "Para trás." Historical Sketches, págs. 127 e 128.

Concentrar-se na Tarefa Principal

Almas Perdidas por Causa de Esforços Divididos

Alguns pastores se têm entregue ao trabalho de escrever durante um período de decidido interesse religioso, e freqüentemente se tem dado que esses escritos não tinham absolutamente ligação especial com a obra em mãos. Isto é um erro manifesto; pois em tempos assim é dever do pastor empregar


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toda a sua força em levar avante a causa de Deus. Seu espírito deve estar despreocupado, e centralizado no único objetivo de salvar almas. Estivessem seus pensamentos embaraçados com outros assuntos, perder-se-iam para a causa muitos que seriam salvos mediante oportuna instrução. Testimonies, vol. 4, pág. 265.

Perda Devido a Esforços Divididos

Vosso erro tem sido este: Assim que iniciais uma série de reuniões, começais a escrever muito. Ora, se vossa parte da obra é escrever, se Deus vos disse, como fez a João: "Escreve estas coisas", (Apoc. 2:1) então dedicai-vos a isso, e não tenteis outra coisa. Se tendes de falar, vossa mente não é tão vigorosa, se bem que intensamente ativa, que sustente a tensão de falar, visitar e escrever. Deveis deixar vossa mente descansar grandemente, quando vos empenhais no esforço de apresentar verdades novas e surpreendentes ao povo, verdades cuja recepção envolve uma cruz. Precisais escolher com cuidado o assunto, fazer breves vossos discursos, e muito claros os importantes pontos da doutrina. ...

Para que sejais bem-sucedidos nesta obra, importa fazerdes uma coisa só de uma vez, concentrar as faculdades nesse único trabalho. A esse respeito, vosso juízo é falho. Ao começardes a fazer uma série de conferências, ponde isto em primeiro lugar. Não comeceis a escrever cartas e artigos para as revistas; assim fazendo, dividis vossas energias. O Pastor ______ e o Pastor ______ foram corrigidos quanto a isto. O Senhor mostrou-me que a importante obra de apresentar a verdade estava sendo deslustrada em suas mãos; nem metade da energia era posta no trabalho, devido a dedicarem eles tanto tempo a escrever cartas. Visitar, eis a parte importante desse labor; mas o tempo desses irmãos era ocupado em quase contínuo


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escrever, o que os fatigava, ocupava-lhes o tempo e não ajudava o trabalho em mãos, antes o prejudicava. O povo ficava privado da exposição clara e convincente das Escrituras, e a parte devocional da obra era negligenciada. ...

Eis a razão: Fora do púlpito, empregavam muito de seu tempo em escrever, desculpando-se quanto a visitar por se acharem tão ocupados e fatigados. Em resultado, tinham o cérebro cansado quando chegavam ao púlpito; não podiam efetuar uma obra sobre que Deus pudesse colocar Seu selo. Não faziam nada com clareza. Todavia, se se entusiasmavam a um alto grau, julgavam que seus discursos eram poderosos. Tocavam nisto e naquilo, apresentando grande massa de assunto que julgavam convincente e avassaladora prova, mas em realidade a verdade ficava soterrada sob uma massa de matéria que eles lançavam sobre os ouvintes, de modo que os pontos se perdiam ali. Tudo quanto apresentavam era turvo. Tantos assuntos eram apresentados em uma conferência, que ponto algum ficava provado e patente ao espírito dos que não estavam familiarizados com a verdade. ... Um assunto, alguns pontos esclarecidos e patenteados, seria de mais valor para os ouvintes do que essa quantidade de matéria que talvez chameis de provas, e julgais haver confirmado vosso ponto de vista. Carta 47, 1886.

A Saúde e Seus Princípios

Os Evangelistas Tentados a Negligenciar a Saúde

Satanás opera para destruir. Ele gostaria de levar o espírito dos que amam a Deus e estão pregando o evangelho a serem negligentes com sua saúde física, pois esta tem muito que ver


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com a norma geral de virtude. Há pastores que dedicam demasiado tempo a pregar, e esgotam as forças vitais. ... São os muitos discursos longos que fatigam. Seria de muito mais proveito metade do alimento evangélico apresentado. Carta 91, 1898.

A Tensão do Evangelismo

Vossas reuniões de domingo à noite são pesado esforço para vós, pois vos permitis chegar a uma alta tensão. Depois, posteriormente, sobrevém uma reação correspondente e, em resultado, vossa associação com a igreja não produz paz e justiça. ...

O tremendo esforço que fazeis em preparar-vos para as reuniões, deixa de realizar a obra mais necessária. Podeis ser louvado e exaltado pelos homens, porém isto não é prova de que vosso trabalho exerça a devida influência.

Assim diz o Senhor: "É preciso que vos guardeis de provocar-vos a uma alta tensão no preparo para falar ao povo." Carta 51, 1902.

Temperança na Obra de Deus

Os servos de Cristo não devem tratar sua saúde com indiferença. Ninguém trabalhe a ponto de exaustão, incapacitando-se assim para futuros esforços. Não tenteis amontoar num dia o trabalho de dois. Afinal, verificar-se-á que os que trabalham cuidadosa e sabiamente, terão realizado tanto como os que expõem de tal modo sua resistência física e mental, que não possuem mais reservas de onde tirar no momento necessário. Obreiros Evangélicos, pág. 244.

Trabalhar Inteligentemente

Todo obreiro deve trabalhar inteligentemente, tendo em vista unicamente a glória de Deus. Cumpre-lhe cuidar de não abusar de nenhuma das faculdades que lhe foram dadas por Ele.

O Senhor, meu irmão, quer que reformeis vosso método de


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trabalho, a fim de terdes mente equilibrada, caráter simétrico, e força espiritual para aconselhar com sabedoria. Os homens experientes no conhecimento da verdade são demasiado poucos para serdes sacrificado. Estais quase continuamente sobrecarregando vossas faculdades, tanto físicas como mentais, pois vos permitis sentir com demasiada intensidade. Tendes imaginação demasiado viva, e pondes muita intensidade em vossas pregações, o que mantém a mente numa contínua tensão, a voz em elevado tom, e não somente vós vos fatigais, como o povo fica aborrecido, e seu interesse afrouxa. A reação vem com certeza; pois não sabeis como vos moderar gradualmente de tal tensão, e o pobre corpo mortal sente o cansaço. Segue-se depressão proporcional.

Não deveis permitir que vossos esforços se tornem assim tão desnecessariamente pesados. Sobrecarregais a vós mesmo tanto no escrever como no pregar. Deus não exige isto. Observai estritamente as leis da saúde, e estareis refrigerados para fazer um bom trabalho para o Mestre; tereis novo maná para alimentar as ovelhas na pastagem de Cristo. Carta 39, 1887.

Os Necessários Períodos de Repouso

Alguns de nossos pastores acham que precisam realizar cada dia qualquer trabalho que possam relatar para a Associação. E, em resultado de o buscar fazer, seus esforços são muitas vezes débeis e ineficientes. Eles devem ter períodos de repouso, de inteira liberdade de trabalho intenso. Esses períodos, porém, não podem tomar o lugar do exercício físico diário. Obreiros Evangélicos, pág. 240.

Preparo Para Futuros Deveres

Quando um obreiro tem estado sob grande pressão de cuidado e ansiedade, achando-se esgotado no corpo e na mente, deve afastar-se e descansar um pouco, não para satisfação egoísta, mas para que esteja melhor preparado para os deveres futuros.


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Temos um inimigo vigilante, que se acha sempre em nossas pegadas, pronto a se aproveitar de qualquer fraqueza que possa auxiliá-lo em tornar suas tentações eficazes. Quando a mente está esgotada e o corpo enfraquecido, ele intensifica sobre a alma suas mais cruéis tentações. Economize o obreiro suas forças e, quando fatigado pela lida, vá à parte, e comungue com Jesus. Obreiros Evangélicos, pág. 245.

Evitar a Tensão do Excesso de Trabalho

Ouço falar de obreiros cuja saúde está falhando sob a tensão dos encargos que sobre eles pesam. Isto não deveria acontecer. Deus quer que nos lembremos de que somos mortais. Não devemos nos envolver demasiado em nosso trabalho. É preciso não nos mantermos sob tal tensão que nossas faculdades mentais e físicas fiquem exaustas. Necessitam-se mais obreiros, a fim de que alguns dos encargos sejam removidos dos que se encontram agora tão duramente sobrecarregados. Review and Herald, 28 de abril de 1904.

Tempo Para Aliviar a Tensão, Exercício e

Responsabilidades Familiares

Se, durante seus momentos de folga, um pastor se empenha em trabalho no pomar ou na horta, deduzirá ele esse tempo de seu salário? Certamente não, da mesma maneira que ele não inclui o tempo quando chamado para trabalhar horas extraordinárias em obra ministerial. Alguns pastores gastam muitas horas em aparente lazer, e é justo que descansem quando lhes é possível; pois o organismo não pode resistir à rigorosa tensão, caso não haja tempo para relaxar. Horas há durante o dia, que exigem sério esforço, pelas quais o pastor não recebe pagamento extra, e se ele acha bom picar lenha algumas horas por dia, ou trabalhar no jardim, isto lhe é tanto um privilégio como pregar. O pastor não pode estar sempre pregando e visitando, pois isto é obra exaustiva.

O esclarecimento que me é dado, é que, se nossos pastores


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fizessem mais trabalho físico, colheriam bênçãos na saúde. Após seu dia de pregação, visitas e estudo, o pastor deve ter tempo para cuidar das próprias necessidades. Caso receba apenas pequeno salário, ele pode idear como aumentar seu pequenino fundo. Os de espírito estreito talvez vejam nisto alguma coisa para criticar, mas o Senhor louva tal procedimento.

Foi-me mostrado que por vezes os que fazem parte do ministério são forçados a trabalhar dia e noite, e viver com uma alimentação escassa. Ao sobrevir uma crise, cada nervo e cada músculo é forçado a pesada tensão. Pudessem esses homens sair à parte e descansar um pouco, empenhando-se em trabalho físico, seria grande alívio. Assim haver-se-iam salvo homens que baixaram ao túmulo. É positiva necessidade para a saúde física e a clareza mental fazer algum trabalho manual durante o dia. Assim o sangue é atraído do cérebro para outras partes do corpo. Carta 168, 1899.

Contínuo Aperfeiçoamento

Nossos pastores que atingiram à idade de quarenta ou cinqüenta anos não devem sentir que seu trabalho é menos eficiente do que antes. Os homens de idade e experiência são exatamente aqueles que hão de desenvolver vigorosos e bem dirigidos esforços. Esses homens são especialmente necessários neste tempo; as igrejas não os podem dispensar. Eles não devem falar de fraqueza física e mental, sentindo que passou seu tempo de utilidade.

Muitos deles têm sofrido por causa de excesso de trabalho mental sem o refrigério do exercício físico. O resultado é a debilitação de suas faculdades, e a tendência de fugir às responsabilidades. O que eles necessitam é mais ativo trabalho. Isto não se limita apenas aos que já têm a cabeça alvejando com a geada do tempo, porém homens jovens têm caído no mesmo estado, e se tornado mentalmente fracos. Têm uma lista de


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pregações estabelecidas; mas saindo desse círculo, não mais tomam pé.

O pastor à antiga, que viajava a cavalo e passava muito tempo a visitar o rebanho, possuía muito melhor saúde, apesar de seus contratempos e da maneira por que se expunha, do que nossos pastores de hoje, que evitam o quanto possível o esforço físico, e se limitam aos livros.

Os pastores de idade e experiência devem sentir ser seu dever, como servos assalariados por Deus, ir avante, progredindo a cada dia, tornando-se continuamente mais eficientes em sua obra, e colhendo sem cessar matéria nova para apresentar ao povo. Cada novo esforço para expor o evangelho devia ser um aperfeiçoamento ao anterior. A cada ano devem desenvolver mais profunda piedade, espírito mais suave, maior espiritualidade, e conhecimento mais cabal da verdade bíblica. Quanto mais idade e experiência eles tiverem, tanto mais aptos devem-se achar para chegar mais perto do coração do povo, tendo mais perfeito conhecimento dos homens. Testimonies, vol. 4, págs. 269 e 270.

Ansiedades Financeiras

Quando pastores e professores, premidos pelo peso de responsabilidades financeiras, sobem ao púlpito ou entram na sala de aula com o cérebro fatigado e os nervos sobrecarregados, que se pode esperar senão que se use aquele fogo comum, em lugar do fogo sagrado ateado por Deus? Os tensos e impotentes esforços decepcionam os ouvintes, e prejudicam ao que fala. Ele não teve tempo para buscar ao Senhor, não teve tempo para pedir com fé a unção do Espírito Santo. Obreiros Evangélicos, pág. 271.

Evitar Longas Comissões Noturnas

Um pastor não se pode manter na melhor disposição espiritual quando é chamado a ajustar pequenas dificuldades nas várias igrejas. Esta não é a obra que lhe é designada. Deus que empregar


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toda faculdade de Seus escolhidos mensageiros. Sua mente não deveria ser fatigada por longas reuniões de comissão à noite; pois Deus deseja que toda a sua capacidade cerebral seja usada na proclamação do evangelho tal como ele é em Cristo Jesus.

Sobrecarregado, um pastor fica por vezes tão apressado, que mal encontra tempo para se examinar a si mesmo, a ver se permanece na fé. Muito pouco tempo lhe é dado para meditar e orar. Em Seu ministério, Cristo uniu a oração ao trabalho. Passava noite após noite toda em oração. Os pastores devem buscar a Deus em procura de Seu Santo Espírito, a fim de poderem apresentar devidamente a verdade. Manuscrito 127, 1902.

Uma Posição Firme - Apelo a um Evangelista Popular

Foi-me claramente apresentado que o povo de Deus precisa tomar firme posição contra o comer carne. Havia Deus de dar durante trinta anos a Seu povo a mensagem de que, se quiserem possuir sangue puro e espírito claro, devem abandonar o uso da carne, caso Ele não pretendesse que Lhe dessem ouvidos à mensagem? Por meio do uso da carne é fortalecida a natureza animal, ao passo que a espiritual se enfraquece. Homens como vós, empenhados na mais solene e mais importante obra já confiada a seres humanos, precisam dar atenção especial ao que comem.

Lembrai-vos de que, quando comeis carne, estais simplesmente comendo cereais e verduras em segunda mão; pois o animal recebe dessas coisas a nutrição que o faz crescer e o prepara para o mercado. A vida que se achava nos cereais e nas verduras passa para o animal, e torna-se parte de sua vida, e depois os seres humanos comem o animal. Por que são eles tão inclinados a comer alimento em segunda mão?

No princípio, Deus declarou que os frutos eram "bons para comida". A permissão para comer carne foi conseqüência da queda.


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Não foi senão depois do dilúvio que o homem teve permissão de comer a carne de animais. Por que, então, precisamos comer carne? Poucos dos que a comem sabem quão cheia de doença ela é. O alimento cárneo nunca foi o melhor, e agora se acha contaminado pela doença.

A idéia de matar animais para comer é, em si mesma, revoltante. Não houvesse o senso natural do homem sido corrompido pela condescendência com o apetite, e as criaturas humanas não haveriam pensado em comer a carne dos animais.

Foi-nos dada a obra de promover a reforma de saúde. O Senhor quer que Seu povo esteja em harmonia uns com os outros. Como deveis saber, não abandonaremos a posição que por estes trinta e cinco anos o Senhor nos tem mandado ocupar. Acautelai-vos, não vos coloqueis em oposição à obra da reforma de saúde. Ela irá avante, pois é o meio empregado pelo Senhor para diminuir os sofrimentos em nosso mundo, e purificar a Seu povo.

Cuidai com a atitude que tomais, não sejais encontrado a causar divisão. Meu irmão, enquanto deixais de introduzir em vossa vida e em vossa família a bênção que advém de seguir os princípios da reforma de saúde, não prejudiqueis a outros com o opor-vos à luz dada por Deus sobre este assunto.

Conquanto não façamos do uso da carne uma prova, conquanto não queiramos forçar ninguém a abandoná-la, é todavia nosso dever solicitar que nenhum pastor da associação trate levemente ou se oponha à mensagem de reforma neste ponto. Se, em face da luz que Deus tem dado acerca do efeito de comer carne sobre o organismo, continuais ainda a comer carne, deveis sofrer as conseqüências. Não tomeis, porém, diante do povo uma atitude que lhes dê lugar de pensar que não é necessário exigir uma reforma quanto a comer carne,


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pois o Senhor a requer. O Senhor nos deu a obra de proclamar a mensagem da reforma de saúde, e se não vos é possível avançar nas fileiras dos que estão dando essa mensagem, não deveis salientar isto. Contrariando os esforços de vossos coobreiros, os quais ensinam a reforma de saúde, estais deslocado, trabalhando do lado errado. Carta 48, 1902.

A Voz do Obreiro Evangélico

O Pastor é o Porta-Voz de Deus

O homem que aceita a posição de porta-voz de Deus, deve considerar altamente essencial apresentar ele a verdade presente com toda a graça e inteligência que lhe seja possível, de modo que a verdade nada perca ao ser exposta perante o povo. Os que consideram coisa de pouca importância falar com dicção imperfeita, desonram a Deus. Manuscrito 107, 1898.

Em Tons Cheios, Claros

A habilidade de falar com simplicidade e clareza, em acentos sonoros, é imprescindível em qualquer ramo da obra. Essa qualidade é indispensável nos que desejam tornar-se pastores, evangelistas, obreiros bíblicos, ou colportores. Os que pretendem entrar em qualquer desses ramos de trabalho, devem aprender a usar a voz de maneira tal que, ao falarem ao povo acerca da verdade, se produza uma decidida impressão para bem. A verdade não deve sofrer detrimento por ser enunciada de maneira imperfeita. Obreiros Evangélicos, pág. 86.

Falar Claramente e com Expressão

Todos os obreiros, falem eles do púlpito ou dêem estudos bíblicos, devem aprender a falar de maneira clara e expressiva. Carta 200, 1903.


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Ler a Bíblia em Voz Suave e Harmoniosa

Aquele que dá estudos bíblicos na congregação ou a famílias, deve ser capaz de ler com voz branda e harmoniosa cadência, de modo a se tornar aprazível aos ouvintes. Obreiros Evangélicos, pág. 87.

Convincente e Impressivamente

A ciência de ler corretamente e com a própria entonação, é de alto valor. Não importa quanto conhecimento tenhais adquirido em outros sentidos, se negligenciastes o cultivo da voz e da maneira de falar de modo que possais falar e ler distinta e inteligivelmente, todo o vosso saber de pouco proveito será; pois sem a cultura da voz não podeis comunicar prontamente e de maneira distinta aquilo que aprendestes.

Aprender a transmitir convincentemente e impressivamente o que se sabe, é de especial valor para os que desejam tornar-se obreiros na causa de Deus. Quanto mais expressão vos for possível comunicar às palavras de verdade, tanto mais eficazes serão essas palavras naqueles que as ouvem. A devida apresentação da verdade do Senhor merece nossos maiores esforços. Façam os estudantes em preparo para o serviço do Mestre decididos esforços para aprender a falar corretamente, com vigor, de modo que, quando em conversa com outros acerca da verdade, ou quando empenhados em ministério público, possam apresentar pela maneira devida as verdades de origem celeste. Manuscrito 131, 1902.

A Voz do Orador Afeta a Decisão

Alguns destroem a impressão solene que possam haver causado no povo por elevarem a voz demasiado alto, proclamando a verdade com brados e gritos. Quando assim apresentada, a verdade perde muito de sua doçura, sua força e solenidade. Se, porém, a voz tem a devida entonação, se é possuída de solenidade e modulada de maneira a ser comovente, produzirá muito melhor


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impressão. Tal era o tom em que Cristo ensinava os discípulos. Impressionava-os com solenidade; falava de maneira a comover a alma. Porém, que resultado faz esse gritar? Isto não dá ao povo nenhuma idéia mais exaltada da verdade, nem os impressiona mais profundamente. Causa apenas uma sensação de desagrado nos ouvintes, e fatiga os órgãos vocais do orador. Os tons da voz têm muita influência em afetar o coração dos que ouvem. Testimonies, vol. 2, pág. 615.

O Devido Emprego dos Órgãos Vocais

Importa dar aos órgãos vocais cuidadosa atenção e cultivo. Eles são fortalecidos pelo devido emprego, mas se enfraquecem quando usados impropriamente. Seu uso excessivo, como em pregar longos sermões, caso isto se repita muitas vezes, há de não somente prejudicar os órgãos vocais, mas ocasionar indevida tensão em todo o sistema nervoso. A delicada harpa de mil cordas vem a gastar-se, desconserta-se, e produz desarmonia em lugar de sons melodiosos.

É de importância para todo orador cultivar os órgãos vocais de tal sorte que os mantenha em condições saudáveis, para que possa falar ao povo as palavras de vida. Cada um deve buscar entendimento quanto à maneira mais eficaz de usar essa faculdade a ele dada por Deus, e praticar aquilo que aprende. Não é necessário falar em alta voz ou em elevado diapasão; isto é grandemente nocivo ao orador. Os discursos proferidos com rapidez perdem muito de seu efeito; pois as palavras não podem ser pronunciadas com tanta clareza e distintamente como se fossem ditas mais pausadamente, dando aos ouvintes tempo para compreender o sentido de cada palavra.

A voz humana é um precioso dom de Deus; é uma força para o bem, e o Senhor quer que Seus servos lhe conservem o


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acento e a melodia. A voz deve ser cultivada de modo a desenvolver-lhe a harmonia, para que soe agradavelmente ao ouvido, e impressione o coração. ...

O Senhor requer que o instrumento humano não seja movido por impulso ao falar, porém proceda calmamente, fale devagar, e permita ao Espírito Santo comunicar eficiência à verdade. Nunca penseis que provocar-vos a uma paixão no discurso, falando por impulso e permitindo que os próprios sentimentos vos ergam a voz a um tom fora do natural, seja testemunho de grande poder de Deus sobre vós. ...

Vossa influência deve ter vasto alcance, e as faculdades de expressão oral devem achar-se sob o controle da razão. Quando forçais os órgãos vocais, perde-se a modulação da voz. Importa vencer decididamente a tendência de falar apressado. Deus requer do instrumento humano todo o serviço que ele pode dar. Todos os talentos concedidos a esse instrumento devem ser cultivados e apreciados, e empregados como precioso dom do Céu. Os obreiros no campo da seara são os instrumentos indicados por Deus, condutos pelos quais pode comunicar luz do Céu. O emprego descuidoso, imprevidente, de qualquer das faculdades dadas por Deus, diminui-lhes a eficiência, de maneira que, em uma emergência, quando poderia ser efetuado o máximo bem, eles se encontram tão fracos e doentios e inválidos, que não podem realizar senão uma pequena coisa. Special Testimonies, Série A, nº 7, págs. 9-11.

É Importante Para o Pastor o Cultivo da Voz

Os professores de nossas escolas não devem tolerar nos alunos atitudes grosseiras e gestos vulgares, erradas entonações de voz na leitura, ou acentos ou ênfases incorretos. A perfeição na linguagem e na voz deve ser um ponto em que se insista com cada aluno. Devido à negligência e ao mau


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preparo, contraem-se muitas vezes hábitos que servem de grande entrave na obra de um pastor que, noutros sentidos, cultivou seus talentos. Cumpre ajudar o aluno que está em seu poder, mediante a união da graça com o esforço, a tornar-se um homem. As aptidões mentais e físicas com que Deus o adornou podem, mediante cultivo e penosos esforços, tornar-se uma força para benefício de seus semelhantes. Manuscrito 22, 1886.

Cultivar a Voz

A educação da voz ocupa lugar importante na cultura física, visto que ela tende a expandir e fortalecer os pulmões, e desta maneira afastar as enfermidades. Para se conseguir correta expressão na leitura e na fala, faça-se com que os músculos abdominais desempenhem papel amplo na respiração, e que os órgãos respiratórios, não fiquem constrangidos. Que a tensão sobrevenha aos músculos do abdômen, em vez de aos da garganta. Grande cansaço e séria enfermidade da garganta e pulmões podem-se assim evitar. Deve prestar-se cuidadosa atenção para se obter uma articulação distinta, sons macios e bem modulados, e uma enunciação não demasiado rápida. Educação, pág. 199.

Falar a Mil com a Mesma Facilidade com que se Faria a Dez

O falar da garganta, fazendo a voz sair da parte superior dos órgãos vocais, forçando-os e irritando-os continuamente, não é a melhor maneira de proteger a saúde ou de aumentar a eficiência desses órgãos. Deveis tomar profunda inspiração, e fazer com que a ação provenha dos músculos abdominais. Sejam os pulmões apenas o veículo, mas não dependais deles quanto ao trabalho. Caso deixeis que vossas palavras venham do íntimo, exercitando os músculos abdominais, podeis falar a milhares de pessoas com a mesma facilidade com que o faríeis a dez. Testimonies, vol. 2, pág. 614.


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Respirar Apropriadamente

Os pastores devem manter-se eretos, falar devagar, com firmeza e distintamente, inspirando profundamente o ar a cada sentença, e emitindo as palavras com o auxílio dos músculos abdominais. Se eles observarem esta regra simples, atendendo às leis da saúde em outros sentidos, poderão conservar a vida e a utilidade por muito mais tempo que o podem fazer os homens em qualquer outra profissão. O peito tornar-se-á mais amplo, e ... o orador raramente fica rouco, mesmo falando continuamente. Em vez de ficarem enfraquecidos, os pastores podem, mediante cuidado, vencer qualquer tendência para o definhamento. Obreiros Evangélicos, pág. 90.

Falar Lenta e Calmamente

Quando eu era mais moça, costumava falar demasiado alto. O Senhor mostrou-me que eu não poderia causar no povo a devida impressão elevando a voz a um tom fora do natural. Foi-me então apresentado Cristo e Sua maneira de falar; e havia suave melodia em Sua voz. Esta, lenta e calma, chegava aos que O escutavam, e Suas palavras penetravam-lhes no coração, e eles podiam apanhar o que fora dito antes de ser proferida a sentença seguinte. Alguns parecem pensar que devem correr adiante, do contrário, perderão a inspiração, e o povo também. Se isto é inspiração, deixai-os perdê-la, e quanto mais depressa, melhor. Manuscrito 19b, 1890.

A Aparência Pessoal do Evangelista

A Personalidade do Evangelista

Segundo as instruções que me têm sido dadas, o ministério é um santo e elevado ofício, e os que aceitam essa posição devem ter


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a Cristo no íntimo, e manifestarem sincero desejo de representá-Lo dignamente perante o povo em todas as suas ações, no vestuário, no falar e mesmo na maneira por que o fazem. ...

Nossas palavras, atos, comportamento, vestuário, tudo, deve pregar. Não somente com as palavras devemos falar ao povo, mas tudo quanto diz respeito a nossa pessoa deve constituir para eles um sermão. Testimonies, vol. 2, págs. 615 e 618.

Almas Perdidas por Causa de Negligência

Um pastor negligente em seu vestuário, fere muitas vezes as pessoas de bom gosto e finas sensibilidades. Os que estão em falta a esse respeito devem corrigir seus erros, e ser mais ponderados. A perda de algumas almas será relacionada afinal com o desalinho do pastor. O primeiro aspecto impressionou desfavoravelmente o povo, pois não podiam de maneira alguma relacionar sua aparência com as verdades por ele apresentadas. Seu vestuário testificava contra ele; e a impressão causada foi de que o povo que ele representava era de uma desleixada espécie, que não cuidava nada de sua maneira de vestir, e os ouvintes não queriam nada com tal classe de gente. Testimonies, vol. 2, pág. 613.

Gosto, Cor, Propriedade

Alguns dos que ministram em coisas sagradas se vestem de tal maneira que, até certo ponto pelo menos, seu vestuário lhes destrói a influência do trabalho. Há visível falta de gosto na cor, e no assentamento. Que impressão causa tal maneira de vestir? É de que a obra em que eles se empenham não é considerada mais sagrada nem mais alta que o trabalho comum, como arar o campo. Por seu exemplo, o pastor faz com que as coisas sagradas desçam ao nível das que são comuns. Testimonies, vol. 2, pág. 614.


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A Escolha de Cores

O tecido escuro ou preto é mais apropriado para um pastor no púlpito, e causará melhor impressão sobre o povo, do que uma combinação de duas ou três cores no vestuário. Testimonies, vol. 2, pág. 610.

Propriedade de Vestuário e de Conduta

Cumpre-nos apresentar propriedade no vestuário e na conduta. Nunca devemos estar negligentes ou desalinhados em nossa aparência ou em nosso trabalho. Carta 49, 1902.

O Caráter da Obreira Julgado Pelo Vestuário

O caráter de uma pessoa é julgado pelo aspecto de seu vestuário. Um gosto apurado, um espírito cultivado, revelar-se-ão na escolha de ornamentos simples e apropriados. A modesta simplicidade no vestir, aliada à modéstia das maneiras, muito farão no sentido de cercar uma jovem com aquela atmosfera de sagrada reserva que para ela será um escudo contra os milhares de perigos. Educação, pág. 248.

Os Incrédulos Apreciam a Simplicidade no Vestuário

Muitos se trajam à maneira do mundo a fim de obter influência sobre os incrédulos; cometem, porém, lamentável erro. Caso desejem ter real e salvadora influência, vivam segundo sua profissão de fé, mostrem essa fé por suas obras de justiça, e tornem distinta a diferença entre o cristão e o mundano. As palavras, a maneira de vestir, as ações, devem falar em favor de Deus. Então, difundir-se-á sobre os que os rodeiam uma santa influência, e mesmo os descrentes conhecerão, vendo-os, que eles têm estado com Jesus. Se alguém quiser que sua influência fale em favor da verdade, viva a fé que professa, imitando assim o humilde Modelo. Testimonies, vol. 4, págs. 633 e 634.

O Orgulho no Vestuário, Pedra de Tropeço Para os Descrentes

Muitas almas convencidas da verdade têm sido


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levadas a decidir-se contra ela por causa do orgulho e do amor do mundo manifestado por nossas irmãs. A doutrina pregada parecia clara e harmônica, e os ouvintes sentiam deverem levantar uma pesada cruz, com a aceitação da verdade. Quando essas pessoas viram nossas irmãs fazendo tanta ostentação no vestuário, disseram: "Este povo veste-se mesmo como nós. Não podem realmente crer o que professam; afinal, devem estar enganados. Se na verdade pensassem que Cristo havia de vir em breve, e o caso de cada alma devia ser decidido para a vida eterna ou morte eterna, não podiam dedicar tempo e dinheiro para se vestirem de acordo com as modas existentes." Mal sabiam aquelas professas irmãs crentes o sermão que seu vestuário estava pregando!

Nossas palavras, ações, vestidos, são pregadores vivos e diários, juntando com Cristo, ou espalhando. Isto não é coisa insignificante, para ser passada por alto com um gracejo. A questão do vestuário exige séria reflexão e muito orar. Muitos incrédulos sentiram que não estavam procedendo bem em se permitirem ser escravos da moda; mas quando vêem alguns que fazem elevada profissão de piedade vestindo-se da mesma maneira que os mundanos, fruindo a sociedade dos frívolos, entendem que não pode haver mal em tais coisas. Testemunhos Seletos, vol. 1, págs. 595 e 596.

O Vestuário Simples Não Embaraça os Pobres

Nosso vestuário deve ser simples, de maneira que, ao visitarmos os pobres, eles não fiquem embaraçados pelo contraste entre nossa aparência e a deles. Obreiros Evangélicos, pág. 189.

O Vestuário Adequado a uma Profissão Sagrada

O cuidado no vestuário é digno de consideração. O pastor se deve trajar de maneira condigna com sua posição. Alguns têm falhado a esse respeito. Em alguns casos, não somente


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tem havido falta de gosto e boa combinação no vestuário, mas este tem sido desalinhado e sujo.

O Deus do Céu, cujo braço move o mundo, que nos dá vida e nos sustém com saúde, é honrado ou desonrado pelo vestuário dos que oficiam em honra Sua. Obreiros Evangélicos, pág. 173.

A Esposa do Evangelista

Responsável por Seus Talentos

Repousa sobre a esposa do pastor uma responsabilidade a que ela não deve, nem pode levianamente eximir-se. Deus há de requerer dela com juros, o talento que lhe foi emprestado. Cumpre-lhe trabalhar fiel e zelosamente, em conjunto com o marido, para salvar almas. Nunca deve insistir com seus próprios desejos, nem manifestar falta de interesse no trabalho do esposo, nem entregar-se a sentimentos de saudade e descontentamento. Todos esses sentimentos naturais devem ser vencidos. É preciso que tenha na vida um desígnio, o qual deve ser levado a efeito sem vacilação. Que fazer se isto se acha em conflito com os sentimentos, prazeres e gostos naturais? Estes devem ser pronta e alegremente sacrificados, a fim de fazer bem e salvar almas.

A esposa do pastor deve viver uma vida devota e de oração. Mas algumas gostariam de uma religião em que não há cruzes, e que não exige abnegação e esforço de sua parte. Em lugar de se manterem nobremente por si mesmas, repousando em Deus quanto a forças, e fazendo face a suas responsabilidades individuais, elas levam a maior parte do tempo dependendo de outros, deles derivando sua vida espiritual. Se tão-somente se apoiassem confiantemente, com confiança infantil, em Deus, e concentrassem em Jesus suas afeições, recebendo sua vida de Cristo, a videira viva, que soma de bem não poderiam elas realizar, que auxílio poderiam ser a


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outros, que apoio para seus maridos! E que recompensa não seria a sua afinal! Obreiros Evangélicos, pág. 202.

Acompanhar o Marido no Ganhar Almas

Se a esposa de um pastor o acompanha em viagens, não deve ir apenas para seu prazer, para visitar e ser servida, mas para com ele trabalhar. Deve ter os mesmos interesses que ele em fazer bem. Convém que tenha boa vontade de acompanhar o marido, caso os cuidados da casa a não impeçam, e deve ajudá-lo em seus esforços para salvar almas. Com mansidão e humildade, mas todavia com confiança em si mesma, deve exercer no espírito dos que a rodeiam uma influência orientadora, desempenhando seu papel e levando sua cruz e encargos na reunião, em torno do altar de família e na conversação no círculo familiar. O povo assim o espera, e se essa expectativa se não realiza, mais da metade da influência do marido é destruída.

A esposa de um pastor pode fazer muito, se quiser. Se for dotada de espírito de sacrifício, e tiver amor às almas, poderá fazer com ele outro tanto de bem. Uma irmã obreira na causa da verdade pode compreender e tratar, especialmente entre as irmãs, de certos casos que se acham fora do alcance do pastor. Obreiros Evangélicos, págs. 201 e 202.

O Vestuário da Esposa do Pastor

Especialmente as esposas de nossos pastores devem ser cuidadosas em não se afastarem dos claros ensinos da Bíblia em questão de vestuário. Muitos consideram essas recomendações como demasiado antiquadas para merecerem atenção; Aquele, porém, que as deu a Seus discípulos, compreendia os perigos do amor do vestuário em nossos tempos, e mandou-nos essa advertência. Dar-lhe-emos ouvidos e seremos sábios? O excesso no vestuário vai em constante progresso. Ainda não é o fim. A moda


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muda sempre, e nossas irmãs seguem-lhe os rastos, a despeito do tempo ou das despesas. Grande é a quantia despendida com o vestuário, quando devia volver a Deus, o Doador. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 594.

Exemplo de Religião Doméstica

Lembre-se a mulher do pastor que tem filhos, de que na própria casa ela tem um campo missionário onde deve trabalhar com energia infatigável e zelo inquebrantável, sabendo que os resultados de sua obra perdurarão por toda a eternidade. Não é a alma de seus filhos de tanto valor como a dos pagãos? Cuide, pois, deles com amorável solicitude. Cabe-lhe a responsabilidade de mostrar ao mundo o poder e a excelência da religião no lar. Ela deve ser regida por princípios, não por impulsos, e operar com a consciência de que Deus é seu ajudador. Não deve permitir que coisa alguma a distraia de sua missão.

É de infinito valor a influência de uma mãe intimamente ligada a Cristo. Seu ministério de amor faz do lar uma Betel. Cristo com ela coopera, transformando a água comum da vida no vinho do Céu. Os filhos crescerão para lhe ser uma bênção e uma honra nesta vida e na que há de vir. Obreiros Evangélicos, pág. 206.

A Importante Obra no Lar

Se homens casados vão trabalhar, deixando a esposa a cuidar dos filhos em casa, a esposa e mãe está plenamente fazendo uma obra tão grande e importante quanto o marido e pai. Enquanto um se encontra no campo missionário, a outra é uma missionária no lar, sendo seus cuidados e ansiedades e encargos freqüentemente muito maiores que os do esposo e pai. A obra da mãe é solene e importante - moldar o espírito e o caráter dos filhos,


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prepará-los para serem úteis aqui, e habilitá-los para a vida futura e imortal.

O marido, em pleno campo missionário, pode receber a honra dos homens, ao passo que a lidadora do lar talvez não receba nenhum louvor terrestre por seus esforços; mas, em ela trabalhando o melhor possível pelos interesses de sua família, buscando moldar-lhes o caráter segundo o Modelo divino, o anjo relator escreve-lhe o nome como o de um dos maiores missionários do mundo.

A mulher do missionário pode-lhe ser grande auxílio em buscar tornar-lhe mais leves as responsabilidades, se mantém sua própria alma no amor de Deus. Ela pode ensinar a Palavra aos filhos. Pode dirigir sua casa com economia e prudência. Em união com o marido, pode educar os filhos em hábitos de economia, ensinando-os a restringir suas necessidades. Obreiros Evangélicos, pág. 203.

O Espírito de Queixa, um Peso Morto

Estas irmãs se acham intimamente relacionadas com a obra de Deus, se Ele chamou os maridos para pregarem a verdade presente. Estes servos, caso sejam realmente chamados por Deus, sentirão a importância da verdade. Encontram-se entre os vivos e os mortos, e devem velar pelas almas, como quem delas deva dar contas. Solene é sua vocação, e suas companheiras podem ser-lhes uma grande bênção ou uma grande maldição. Elas os podem animar quando desalentados, confortar quando deprimidos, e estimulá-los a olhar para cima e a confiar plenamente em Deus quando lhes desfalece a fé. Ou podem tomar a direção contrária, olhar ao lado sombrio, pensar que lhes cabe um tempo de provas, sem exercitar nenhuma fé em Deus, falar de suas provações e incredulidade aos companheiros, condescender com o espírito de queixa e murmuração, e serem-lhes um peso morto, e mesmo uma maldição. ...

A esposa não santificada é a maior maldição que um


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pastor pode ter. Os servos de Deus que têm sido e são ainda bastante infelizes para terem em casa essa influência má, devem dobrar as orações e a vigilância, assumir atitude firme e decidida, e não permitir que essa treva os empurre para baixo. Devem apegar-se mais a Deus, ser firmes e resolutos, governar bem a própria casa, e viver de maneira a receber a aprovação de Deus e o vigilante cuidado dos anjos. Mas se cederem aos desejos das não santificadas companheiras, estará sobre sua habitação o desagrado de Deus. A arca de Deus não pode permanecer na casa, pois eles condescendem com seus erros e os apóiam. Testemunhos Seletos, vol. 1, págs. 37 e 38.

Manter Elevada Norma Moral

Tempos Assinalados Pelo Abandono dos Princípios

Vêem-se por toda parte naufrágios humanos, altares de família derribados, lares arruinados. Há estranho abandono dos princípios, a norma da moral se encontra rebaixada, e a Terra está-se tornando rapidamente uma Sodoma. Crescem velozmente as práticas que trouxeram o juízo de Deus sobre o mundo antediluviano e que fez com que Sodoma fosse destruída pelo fogo. Estamo-nos aproximando do fim, quando a Terra será purificada pelo fogo. Obreiros Evangélicos, págs. 125 e 126.

Pastores: Alvos de Satanás

As tentações especiais de Satanás são dirigidas contra o ministério. Ele sabe que os pastores são apenas seres humanos, não possuindo em si mesmos graça nem santidade; que os tesouros do evangelho foram colocados em vasos de barro, os quais só o poder divino pode tornar vasos para honra. Sabe que Deus tem ordenado que os pastores sejam um meio poderoso para a salvação


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de almas, e que eles só poderão ser bem-sucedidos em sua obra à medida que permitem que o Pai eterno lhes domine a vida. Procura, portanto, com toda a sua habilidade, induzi-los a pecar, sabendo que seu cargo torna o pecado neles mais excessivamente maligno; pois, pecando, tornam-se eles próprios representantes do mal. Obreiros Evangélicos, pág. 124.

Dignidade e Sociabilidade Equilibradas

A questão da pureza e da discrição na conduta é uma das que deve merecer nossa atenção. Devemo-nos guardar dos pecados desta época degenerada. Não desçam os embaixadores de Cristo a frívolas conversações, a familiaridades com mulheres, sejam elas casadas ou solteiras. Que se mantenham no lugar que lhes convém, com a devida dignidade; entretanto, podem ser ao mesmo tempo sociáveis, bondosos e corteses para com todos. Devem estar acima de tudo que tenha ares de vulgaridade e familiaridade. Isso é terreno proibido, no qual não é seguro pisar. Toda palavra, toda ação, deve tender a elevar, refinar, a enobrecer. Há pecado na inconsideração relativamente a essas coisas. Obreiros Evangélicos, pág. 125.

Reprovar Lisonja da Parte das Mulheres

Sereis por vezes lisonjeados por homens, porém mais freqüentemente por mulheres. Especialmente quando apresentais a verdade em novos campos, encontrareis pessoas que se entregarão a essa ímpia lisonja. Como servo de Cristo, desprezai a lisonja; fugi dela como o faríeis de uma serpente venenosa. Reprovai a mulher que vos elogiar a elegância, segurando-vos a mão o maior tempo possível. Pouco tenhais que dizer a pessoas dessa classe; pois elas são os agentes de Satanás, e desenvolvem seus planos lançando sedutoras armadilhas para vos desviar do caminho da santidade. Toda senhora cristã sensata procederá com modéstia; compreenderá os ardis de Satanás, e não lhe dará colaboração.


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Não venhais a atrair nunca a reputação de ser um pastor particularmente favorito das mulheres. Fugi à companhia daquelas que, por suas artes, seriam capazes de vos enfraquecer no mínimo que fosse o desígnio de fazer o que é direito, ou de trazer mancha sobre a pureza de vossa consciência. Não lhes deis vosso tempo nem a vossa confiança; pois vos fariam sentir privados de vossa força espiritual. Nada façais entre estranhos, em carros, no lar, na rua, que tenha a mínima aparência do mal. Review and Herald, 8 de julho de 1884.

Evitar Toda Aproximação do Mal

Quando alguém que pretende ensinar a verdade se inclina a estar muito na companhia de moças ou mesmo de senhoras casadas, quando lhes coloca familiarmente a mão em cima, ou se encontra muitas vezes conversando com elas de maneira familiar, temei-o; os puros princípios da verdade não se acham introduzidos em sua vida. Esses não são coobreiros de Jesus; eles não estão em Cristo, e Cristo neles não habita. Necessitam de inteira conversão antes de Deus poder aceitar-lhes os serviços. A verdade de origem celeste não degrada nunca o que a recebe, não o induz nunca à mínima aproximação de indevida familiaridade; ao contrário, santifica o crente, apura-lhe o gosto, eleva-o e enobrece-o, e leva-o a mais íntima ligação com Jesus. Ela o leva a considerar a recomendação do apóstolo Paulo de abster-se até de toda aparência do mal, para que o bem que nele há não seja blasfemado. ...

Os homens que fazem a obra de Deus, e têm Cristo no coração, não abaixarão a norma de moralidade, antes procurarão sempre elevá-la. Não encontrarão prazer na lisonja das mulheres, ou em ser por elas mimados. Jovens e casados digam: Afastai as mãos! Não darei a mínima ocasião de que blasfemem o meu bem. Meu bom nome é


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para mim capital de valor incomparavelmente maior do que ouro ou prata. Deixai-me conservá-lo puro. Se os homens atacarem esse nome, não seja porque eu tenha dado qualquer ocasião para isto, mas pela mesma razão por que falaram mal de Cristo - porque aborreciam a pureza e santidade de Seu caráter; pois este lhes era contínua repreensão.

Eu quisera impressionar o espírito de todo obreiro da causa de Deus com a grande necessidade de contínua, fervorosa oração. Eles não podem estar constantemente de joelhos, mas podem erguer o coração a Deus. Assim foi que Enoque andou com Deus. Review and Herald, 10 de novembro de 1885.

Cercar a Alma

Haverá mulheres que se tornarão tentadoras, e que farão o máximo possível para atrair e conquistar a atenção dos homens sobre elas. Primeiro, buscarão granjear-lhes a simpatia, a seguir, a afeição, e depois levá-los a violar a santa lei de Deus. Os que desonraram a própria mente e a afeição fixando-as naquilo que é proibido pela Palavra de Deus, não terão escrúpulos de desonrar a Deus com várias espécies de idolatria. Deus os entregará a suas vis afeições. Importa guardar os pensamentos; cercar a alma com os preceitos da Palavra de Deus; e ser muito cuidadoso quanto a cada pensamento, palavra e ação a fim de não ser surpreendido pelo pecado. Review and Herald, 17 de maio de 1887.

Manter as Salvaguardas

Nosso grande adversário tem agentes que estão constantemente à caça de uma oportunidade para destruir almas, como um leão caça sua presa. ... A remoção de uma única salvaguarda da consciência, a contemporização com um só hábito, uma simples negligência das elevadas exigências do dever, pode ser o princípio de uma série de enganos, que te passará para as fileiras dos que estão servindo a Satanás, ao passo que estás todo o tempo professando


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amar a Deus e a Sua causa. Um momento de negligência, um único passo em falso, pode tornar todo o curso de tua vida para uma direção errada. E pode ser que nunca venhas a saber o que causou tua ruína, antes de ser pronunciada a sentença: "Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniqüidade." Mat. 7:23. O Colportor -Evangelista, pág. 55.

Convertido por Pastores Não Convertidos

Um homem pode ouvir e reconhecer toda a verdade, e todavia nada conhecer da piedade pessoal e da verdadeira religião experimental. Ele pode explicar o caminho da salvação a outros, e ser todavia um rejeitado. A verdade é santa e poderosa, e esquadrinha os intentos e desígnios do coração. A importância e autoridade da verdade no grande plano da salvação originaram-se no divino Autor, e não são anuladas ou tornadas sem valor por que os instrumentos empregados em sua ministração sejam profanos ou infiéis.

"Por que", perguntou um homem que tinha estado e ainda estava em iniqüidade, "são almas convertidas à verdade pela minha influência?" Respondi: "Cristo está continuamente atraindo pessoas a Si, e fazendo brilhar Sua luz no caminho das mesmas. O que anda em busca da salvação não tem licença de ler o caráter daquele que o ensina. Caso seja ele próprio sincero, e se chegue a Deus, crendo nEle, confessando seus pecados, será aceito." Carta 12, 1890.

O Período de Experiência

Jovens Obreiros que Passam Para as Fileiras

Há jovens conscienciosos que se estão preparando para entrar nas fileiras, para revigorar os postos avançados. Andando humildemente com Deus, Ele falará com eles, e os instruirá. A esses eu diria: Trabalhai onde vos achardes, fazendo


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o que estiver ao vosso alcance para passar adiante a verdade que vos é tão preciosa. Conservai a simplicidade, e depois, quando houver vagas a serem preenchidas, ouvireis as palavras: Amigo, sobe mais para cima. Talvez sejais relutantes para avançar, mas ide avante confiando em Deus, e pondo em Sua obra nova e sincera vida, e um coração cheio de fé que opera por amor e purifica a alma. Ao terdes sede da água da vida, pedi-a a Cristo, e de graça, Ele vos dará a beber da água da vida. Ele vos será uma fonte que salta para a vida eterna. Carta 9, 1899.

Muito Depende de Começar Direito

A utilidade de jovens que se sentem chamados por Deus para pregar, depende muito da maneira pela qual entram no trabalho. Os que são escolhidos por Deus para a obra do ministério darão prova de sua alta vocação, e por todos os meios possíveis procurarão tornar-se obreiros capazes. Atos dos Apóstolos, pág. 353.

Começar o Trabalho Juntamente com Pastores de Mais Idade

A fim de adquirir o preparo para o ministério, os jovens devem estar ligados aos pastores mais idosos. Os que obtiveram experiência no serviço ativo, devem levar consigo para as searas, obreiros jovens e inexperientes, ensinando-os a trabalhar com êxito para a conversão de almas. Bondosa e afetuosamente esses obreiros mais experientes devem ajudar os mais novos a se prepararem para a obra à qual o Senhor os pode chamar. E os jovens que se estão preparando devem respeitar os conselhos de seus instrutores, honrando-lhes a devoção, e lembrando-se de que seus anos de labor lhes têm dado sabedoria. ...

Que os obreiros mais idosos sejam educadores, mantendo-se a si mesmos sob a disciplina de Deus. Que os jovens sintam ser um privilégio estudar sob a direção de obreiros mais velhos,


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e tomem toda a responsabilidade compatível com sua juventude e experiência. Assim educava Elias a juventude de Israel nas escolas dos profetas; e os jovens hoje em dia devem ter idêntico preparo. Não é possível indicar em todos os particulares a parte que a juventude deve desempenhar; mas cumpre que seja fielmente instruída pelos obreiros mais velhos, e ensinada a olhar sempre para Aquele que é o autor e consumador de nossa fé. Obreiros Evangélicos, págs. 101 e 102.

Trabalhar com Obreiros Mais Experientes,

mas não Copiar sua Maneira de Ser

Os inexperientes não devem ser mandados para o campo sozinhos. Eles devem ficar ao lado de pastores mais idosos e experientes, de modo a se poderem educar. Estes, porém, lhes deveriam dizer: "Não deveis copiar meus gestos, nem o tom de minha voz, de modo que ninguém saiba quem está falando, se vós se eu. Deveis estar em vossa própria armadura, com vosso próprio aspecto de caráter, santificados por Deus. Não deveis revestir-vos do aspecto de minha personalidade, nem de meus gestos, nem do tom de minha voz, nem de minhas expressões, nem palavras."

Creio que isto me tem sido mostrado umas vinte vezes em minha vida, e tenho buscado dizê-lo aos irmãos, porém o mal não é remediado. Quando um desses homens inexperientes na obra fica ao vosso lado, não é para pensar em tudo da mesma maneira que pensais, e considerar tudo segundo o fazeis; de modo que, se abandonásseis a verdade, ele dissesse: "Eu também a deveria abandonar." Que eles obtenham simetria de caráter com o Deus do Céu; não que devam ter as vossas idéias, e vós exerçais uma influência modeladora sobre eles; antes levai-os diretamente à Bíblia como seu modelo. A importância dessas coisas me foi mostrada tantas vezes, que isto constitui para mim uma preocupação. Manuscrito 19b, 1890.


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Não Reprimir nem Desanimar os Obreiros Novos

Nunca foi desígnio de Deus que o juízo e os planos de um homem sejam considerados supremos. Ele diz: Sois coobreiros de Deus. Homem algum empreenda reprimir ou desanimar. Não busque pôr sua armadura no irmão, pois ele não a experimentou. ... E os pastores nunca devem copiar os gestos, os hábitos, atitudes, expressões e entonações de voz de qualquer homem. Não se devem tornar sombra de homem algum, em pensamento, sentimento, ou no delinear e executar o grande todo. Se Deus vos fez pastor do rebanho, deu-vos habilitações para essa obra. Manuscrito 104, 1898.

Jovens Chamados ao Serviço nas Linhas de Frente

Os homens experientes devem andar de maneira séria, e proporcionar aos jovens que buscam se desenvolver toda oportunidade de progredirem. Os de mais idade não devem sentir que seja desonroso para eles que os mais jovens, que precisam empregar suas aptidões e ocupar seus lugares individuais e tornarem-se homens fidedignos, progridam. Os mais idosos devem encorajar os jovens a desenvolverem seus talentos.

Precisamos de homens que lancem mão da obra com determinação. Cumpre dar aos mais novos ocasiões de desenvolvimento. Carta 97, 1896.

Para Serem Reconhecidos

Ele condescendeu em levar Seus discípulos perante grande número de pessoas a fim de dar-lhes reputação, de modo que muitos reconhecessem em sua maneira de trabalhar que eles faziam assim como Cristo fizera. Os próprios atos de misericórdia indicados por nosso Senhor hão de abrir a porta aos discípulos. Carta 252, 1906.

Jovens Obreiros na Escola da Disciplina

Tratemos com respeito os membros mais novos da família do Senhor. Os obreiros jovens que se iniciam no ministério podem cometer muitos erros, mas os pastores de mais idade


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não se acham isentos deles, não obstante os anos que têm estado no trabalho. O próprio Senhor tomará nas mãos esses mais jovens, por vezes afligindo-os e permitindo que sofram por causa de seus erros, mas nunca os abandonando. Dá-lhes oportunidade de se tornarem membros da família real, filhos do celeste Rei. Manuscrito 127, 1902.

Jovens Chamados ao Campo da Seara

O Senhor chama os jovens a entrarem no campo da seara, e trabalharem diligentemente como ceifeiros. Chama-os a trabalhar para Ele, não nas igrejas já estabelecidas, mas a ligar-se com obreiros experientes na obra no grande campo da seara. Saiam os jovens bem dotados e negociem com seus talentos. Indo, ponham eles sua confiança na guia do Senhor. ...

Esta é a obra que os jovens devem ser animados a fazer, não falarem a auditórios que não lhes necessitam dos imaturos esforços, que se acham bem apercebidos desse fato, e não sentem a atração do Espírito. O Senhor não deu aos jovens a obra entre as igrejas. Seu primeiro dever é aprender do grande Mestre lições em vários sentidos. ...

Que disse Cristo a Seus discípulos? "Se alguém Me serve, siga-Me." João 12:26. Tal é a regra dada na Palavra de Deus. Estudando a vida de Cristo, descubram os obreiros como Ele viveu e trabalhou. Esforcem-se dia a dia para viver a vida de Cristo, buscando conhecer o caminho do Senhor. Manuscrito 75, 1900.

Depois de Doze Meses de Prova

Aos que chama para a obra do ministério, o Senhor dará tato e habilidade e entendimento. Se depois de trabalhar por doze meses na obra evangelística, um homem não tem nenhum fruto a apresentar por seus esforços, se as pessoas por quem ele trabalhou não


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foram beneficiadas, se não elevou a norma em lugares novos e não há almas convertidas por seus esforços, esse homem deve humilhar o coração diante de Deus, e buscar compreender se não se enganou em sua vocação. O ordenado pago pela associação deve ser dado aos que mostram o fruto por seu trabalho. A obra de uma pessoa que reconhece a Deus como sua eficiência, que tem verdadeira concepção do valor de almas, e a própria alma cheia do amor de Cristo, será frutífera. Manuscrito 26, 1905.

Chamados e Transferências

Mudar-se Para Regiões Não Advertidas

Muitas vezes os habitantes de uma cidade onde Cristo trabalhava desejavam que Ele ficasse com eles e ali continuasse Sua obra. Jesus, porém, lhes dizia que devia ir às cidades que não haviam ouvido as verdades que tinha a apresentar. Havendo dado a verdade aos habitantes de um lugar, deixava-os construir sobre o que lhes transmitira, indo enquanto isto a outro lugar. Seus métodos de trabalho devem ser seguidos hoje por aqueles a quem Ele deixou Sua obra. Cumpre-nos ir de lugar em lugar, levando a mensagem. Assim que a verdade houver sido proclamada em um lugar, devemos ir advertir a outros. Manuscrito 71, 1903.

Mudar-se Apenas Quando se Erguer a Nuvem

Não fiqueis desassossegados ou sem fé; mantende cingida a armadura para a batalha, fortalecei a alma em Deus, e podereis agir valorosamente. NEle está nossa força e eficiência. ... Quando se erguer a nuvem, e Deus indicar vosso dever de iniciar o trabalho em algum outro campo, podereis mudar-vos com entendimento. Mas não abandoneis então o campo onde tanto foi feito e onde ainda mais há por fazer. Carta 77, 1895.


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A Voz do Dever

A voz do dever é a voz de Deus - um guia interior, enviado do Céu. Conselhos Sobre Saúde, pág. 562.

Podemos Conhecer a Direção de Deus

Mas não devemos pôr a responsabilidade de nosso dever sobre outros, e esperar que eles nos digam o que fazer. Não podemos depender da humanidade quanto a conselhos. O Senhor nos ensinará nosso dever com tanta boa vontade como o faz a qualquer outro. Se a Ele nos achegarmos com fé, transmitir-nos-á pessoalmente os Seus mistérios. Nosso coração arderá muitas vezes dentro de nós ao aproximar-Se Alguém para comungar conosco como fez com Enoque. Os que decidem não fazer, em qualquer sentido, coisa alguma que desagrade a Deus, depois de Lhe apresentarem seu caso, saberão a orientação que hão de tomar. E não receberão unicamente sabedoria, mas força. O Desejado de Todas as Nações, pág. 668.

Obreiros com o Senso do Dever

Em todo movimento para diante que Deus nos tem levado a fazer, em todo passo conquistado pelo povo de Deus, tem havido entre nós instrumentos de Satanás prontos a deixar-se ficar atrás e sugerir dúvidas e incredulidade, e a pôr obstáculos em nosso caminho, para nos enfraquecer a fé e o ânimo. Temos tido de portar-nos como guerreiros, dispostos a avançar e lutar disputando o caminho através da oposição suscitada. Isto tem tornado nosso trabalho dez vezes mais difícil, do que do contrário teria sido. Temos tido de ficar firmes e inflexíveis como uma rocha. ...

Alguns ... parecem estar sem âncora. Esses têm prejudicado grandemente a causa da verdade. Outros há que parecem nunca ter uma posição em que estejam firmes e seguros, prontos a lutar, se necessário for, quando Deus chama os soldados fiéis a que se encontrem no posto do dever. ... Alguns não têm idéia alguma quanto a correr qualquer risco, ou a aventurarem eles próprios qualquer coisa. Mas alguém deve aventurar-se; alguém precisa correr risco nesta causa. Testimonies, vol. 3, págs. 315 e 316.


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Os Evangelistas Devem Completar Suas Séries de Conferências

Nada sei quanto ao caso do Pastor ______, a não ser que ele tem sido usado pelo Senhor em Sua obra em Los Angeles, e que tem sido grandemente abençoado. Mais de cem pessoas se decidiram pela verdade em resultado de seus esforços. Ao termo de sua última série de conferências em tenda, ele pensou em mudar seu campo de trabalho, mas recebeu uma petição assinada por muitos cidadãos de Los Angeles, rogando-lhe que permanecesse e continuasse as reuniões. O Senhor deu ao irmão ______ um espírito de adaptabilidade, com sabedoria para planejar e levar a cabo seu trabalho, e tem-no abençoado em produzir folhetos, notícias e cartazes que têm despertado o interesse do povo.

Eu diria: Deixai o irmão ______ trabalhar onde sua mensagem está evidentemente realizando grande bem. Os que têm ido a essas reuniões, têm dado liberalmente de seus meios para manutenção da obra que ele está levando avante. ...

Por enquanto, deixai-o permanecer em Los Angeles; pois o Senhor está-lhe dando assinalado êxito no apresentar a mensagem ao povo. Dê ele à trombeta um sonido certo, despertando os que nunca ouviram a verdade. Oxalá o Senhor o anime a permanecer em Los Angeles até que os membros da igreja se achem despertos para revestir-se da armadura e mostrar que se preocupam em dar a mensagem. ...

Ninguém, por preceito ou por exemplo, procure tirar o Pastor ______ da obra que lhe foi designada por Deus. Lancem todos mãos com ele no esforço de levar avante a obra de maneira distinta. Carta 75, 1905.

Princípios-Guia no Chamar um Evangelista

Quanto a ser direito que o Pastor ______ deixe Los Angeles e trabalhe por algum tempo em uma cidade do norte, direi: Cumpre-nos por vezes deixar tais questões em grande


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parte com o próprio homem. Há demasiadas transferências de homens que estão realizando um bom trabalho, justamente o trabalho que o Senhor disse que devia ser feito. Por vezes, quando um obreiro está sendo bem-sucedido em seus esforços e o interesse continua animador, não devia chegar até ele absolutamente a questão de removê-lo para outro campo, pois isto só serve para confundi-lo. Uma vez que o Senhor está agitando poderosamente o povo de Los Angeles mediante as reuniões da tenda, não permitais que coisa alguma interrompa essa obra. ... Não tente ninguém desviar o irmão ______ do lugar em que há profundo interesse e uma extraordinária porta aberta à verdade presente. Esta é a oportunidade de Los Angeles. Carta 193, 1905.

Obreiros Prejudicados por Desnecessárias Remoções

Penso que prejudica chamar obreiros de uma parte da vinha em que estão fazendo uma boa obra, para irem a um outro campo, onde vão começar tudo novo. Creio que isto dá aos que são chamados, a idéia de que são de mais importância do que na verdade são, e as pobres almas serão prejudicadas. Eu vos advirto quanto a esse ponto de remover obreiros quando não há necessidade. Carta 179, 1900.

A Remoção de Obreiros Antes de Tempo

Não Compreendida Pelos Conversos

Eu sabia que o irmão e a irmã ______ não eram isentos de faltas, mas que se estavam esforçando por conhecer e fazer a vontade do Mestre, e que possuíam talentos que os habilitavam a aproximar-se de homens e mulheres em posições mais altas, e que por meio de seus esforços muitos se interessariam pela verdade. Sabia que uma remoção impediria importante campo do trabalho que era muito necessário, e também que uma mudança significaria muito para eles, pessoalmente, pois acabavam de estabelecer-se bem, em um lar conveniente. Não me senti na liberdade de emprestar minha influência a essa remoção.

Sua mudança para outro campo, em tais circunstâncias,


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ocasionaria desfavorável impressão, a qual ficaria na mente dos que, mediante seus esforços, acabavam de aceitar a fé. Além disto, se fosse realmente verdade que eles possuíssem traços objetáveis de caráter, o caso não se tornaria melhor por enviá-los a outro campo de trabalho, pois levariam esses traços consigo, essas objetáveis características e métodos. Carta 48, 1907.

Mudar os Homens Demasiado Cedo, Ardil de Satanás

Houvesse o pastores de todo se recusado a escutar às declarações exageradas, unilaterais de quem quer que fosse, houvesse ele dado palavras de advertência em harmonia com a regra bíblica, e dito, como Neemias: "Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer", (Nee. 6:3) aquela igreja teria estado em muito melhor condição. Esta obra de retirar homens de seus campos de labor se tem repetido de quando em quando, no desenvolvimento desta causa. É um ardil do grande adversário das almas para entravar a obra de Deus. Quando indivíduos prestes a decidir-se em favor da verdade são assim deixados sob influências desfavoráveis, perdem o interesse, e é muito raro que se possa outra vez causar uma impressão tão poderosa sobre eles. Satanás está sempre buscando algum ardil para chamar o pastor de seu campo de trabalho nesse ponto crítico, a fim de que se percam os resultados de seus esforços. Manuscrito 1, 1878.

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