Mente, Caráter e Personalidade (Vol. 1)

CAPÍTULO 21

O Trato de Cristo com a Mente

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Os Ensinamentos de Cristo, um Guia

O ensino de Cristo, assim como Sua compaixão, abrangia o mundo. Jamais poderá haver uma circunstância na vida, um momento crítico na experiência humana, que não tenha sido antecipado em Seu ensino, e para os quais seus princípios não tenham uma lição. Príncipe dos ensinadores, serão Suas palavras reconhecidas como um guia aos Seus cooperadores até o fim do tempo. Educação, págs. 81 e 82.

Identificava-Se com os Interesses de Seus Ouvintes

Ensinava-os de maneira que os fazia sentir quão perfeita era Sua identificação com os interesses e a felicidade deles. Suas instruções eram tão diretas, tão adequadas Suas ilustrações, Suas palavras tão cheias de simpatia e animação, que os ouvintes ficavam encantados. A Ciência do Bom Viver, pág. 24.

Compreende as Operações Ocultas do Espírito Humano

Aquele que pagou infinito preço para remir o homem, lê com infalível exatidão todas as operações ocultas do espírito humano, e sabe justamente como lidar com cada alma. E ao lidar com os homens, manifesta os mesmos princípios que são manifestados no mundo natural. Testemunhos Para Ministros, págs. 189 e 190.


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Ele Age Pela Operação Calma e Regular de Leis

Deus age pela operação calma e regular das leis que designou. Assim é com as coisas espirituais. Satanás constantemente procura produzir efeitos por meio de arremetidas rudes e violentas; mas Jesus achou acesso às mentes pelo caminho de suas associações mais familiares. Perturbou o menos possível o costumeiro modo de pensar, com ações abruptas ou regras estabelecidas. Honrou ao homem com Sua confiança, colocando-o assim na sua dignidade. Introduziu velhas verdades em nova e preciosa luz. Assim, quando apenas tinha doze anos de idade, surpreendeu os doutores da lei com Suas perguntas no templo. Evangelismo, pág. 190.

Sempre Circundado por uma Atmosfera de Paz

Sua terna compaixão caía como um toque de saúde nos corações cansados e aflitos. Mesmo entre a turbulência de inimigos furiosos, era circundado por uma atmosfera de paz. A beleza de Seu semblante, a amabilidade de Seu caráter e, sobretudo, o amor expresso no olhar e na voz, atraíam para Ele todos quantos não estavam endurecidos na incredulidade. Não fora o espírito suave, cheio de simpatia, refletindo-se em cada olhar e palavra, e Ele não teria atraído as grandes congregações que atraiu. Os aflitos que iam ter com Ele, sentiam que ligava com os próprios, o interesse deles, como um terno e fiel amigo, e desejavam conhecer mais das verdades que ensinava. O Céu era trazido perto. Anelavam permanecer diante dEle, para terem sempre consigo o conforto de Sua presença. O Desejado de Todas as Nações, pág. 254.

Sua Vida Era Equilibrada

Em Sua vivência, Jesus de Nazaré diferia de todos os outros homens. Sua vida inteira era caracterizada por desinteressada beneficência e pela beleza da santidade. No Seu íntimo dominava o mais puro amor, livre de toda mancha de egoísmo e pecado. Sua vida era perfeitamente equilibrada. Ele é o único verdadeiro modelo de bondade e perfeição. Desde o começo


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de Seu ministério, os homens começaram a compreender mais claro o caráter de Deus.

Até ao tempo do primeiro advento de Cristo, os homens adoravam deuses cruéis, despóticos. Mesmo a mente dos judeus foi atingida pelo temor em lugar do amor. A missão de Cristo na Terra foi mostrar aos homens que Deus não era um déspota, mas sim um Pai celestial, cheio de amor e misericórdia para com Seus filhos. Manuscrito 132, 1902.

Ele não Era Alheio ao Calor e Animação

Muitos há que possuem uma errônea idéia da vida e do caráter de Cristo. Pensam que Ele era destituído de calor e animação, que era sério, áspero, melancólico. Em muitos casos, toda a experiência religiosa recebe dessa maneira de ver um colorido sombrio. Caminho a Cristo, pág. 120.

Infinitas Possibilidades em Todo Ser Humano

Em cada ser humano Ele divisava infinitas possibilidades. Via os homens como poderiam ser, transfigurados por Sua graça - na "graça do Senhor, nosso Deus". Sal. 90:17. Olhando para eles com esperança, inspirava-lhes esperança. Encontrando-os com confiança, inspirava-lhes confiança. Revelando em Si mesmo o verdadeiro ideal do homem, despertava para a realização deste ideal tanto o desejo como a fé. Em Sua presença as almas desprezadas e caídas compreendiam que ainda eram homens, e anelavam mostrar-se dignas de Seu olhar. Em muitos corações que pareciam mortos às coisas santas, despertavam-se novos impulsos. A muito desesperançado abriu-se a possibilidade de uma nova vida. Educação, pág. 80.

Seu Coração, uma Fonte de Vida

Diz-se muitas vezes que Jesus chorou, mas jamais foi visto a sorrir. Nosso Salvador foi efetivamente, um Varão de dores, experimentado nos trabalhos, pois abria o coração a todos os sofrimentos humanos. Mas, se bem que Sua vida fosse cheia de abnegação e ensombrada por dores e cuidados, Seu espírito não se abatia. Sua fisionomia não apresentava a expressão do desgosto ou do descontentamento, mas sempre de inalterável serenidade. Seu coração era uma fonte de vida; e


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aonde quer que fosse, levava descanso e paz, contentamento, e alegria. Caminho a Cristo, pág. 120.

Cristo Nunca Ficou Irritado

Cristo exemplificou na própria vida Seus ensinos divinos. Seu zelo nunca O levou a ficar arrebatado. Manifestava coerência sem obstinação, benevolência sem fraqueza, ternura e simpatia sem sentimentalismo. Era altamente sociável; no entanto, possuía modesta dignidade que não animava indevida familiaridade. Sua temperança nunca induzia à austeridade ou farisaísmo. Ele não Se conformava com este mundo; todavia não era indiferente às necessidades do menor dentre os homens. Estava alerta às necessidades de todos. Evangelismo, pág. 636.

Tato Para Lidar com Preconceitos

Suas mensagens de misericórdia variavam, a fim de ajustar-se ao Seu auditório. Sabia "dizer, a seu tempo, uma boa palavra ao que está cansado" (Isa. 50:4); pois nos lábios Lhe era derramada graça, a fim de que transmitisse aos homens, pela mais atrativa maneira, os tesouros da verdade. Possuía tato para se aproximar do espírito mais cheio de preconceitos, surpreendendo-o com ilustrações que lhe prendiam a atenção. O Desejado de Todas as Nações, pág. 254.

Ele Alcançava as Profundezas da Desgraça Humana

Ele percorria todos os caminhos em que se achavam pessoas extraviadas. Alcançava as maiores profundezas da desgraça e miséria humanas. Carta 50, 1897.

Combate o Poder de Satanás Sobre a Mente

Ele [Cristo] via o poder - o enganador poder - de Satanás sobre a mente dos homens, e empenhou-Se [ligou-Se por um penhor] a vir a este mundo. Põe ao lado as vestes de Sua realeza, depõe Sua real coroa, renuncia a Seu alto comando, desce do trono de Sua glória como alto Comandante de todo o Céu, e veste Sua divindade de humanidade, para que a humanidade tocasse a humanidade. Para isso foi que Ele veio. Veio diretamente para nossa Terra a fim de tomar sobre Si a natureza do homem, passar através de todas as provas, todas as aflições


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e tentações que assaltassem o homem, e aqui lutou com essas tentações, percorrendo o terreno onde Adão caiu, para que pudesse remir o ignominioso fracasso e queda de Adão.

Em natureza humana, como nosso substituto, como nosso penhor, Ele apoderou-Se da mesma esperança de que é nosso privilégio apoderar-nos, e isto significa poder infinito. Por esse meio, nosso Salvador venceu as tentações do inimigo e obteve a vitória. Em favor de quem? Ora, em nosso favor! Por quê? Para que nenhum dos membros da família humana tivesse que tropeçar na estrada que conduz à vida eterna. Por isso que Ele a percorreu antes de nós, Ele sabe de todos os obstáculos, conhece cada dificuldade que toda pessoa da face da Terra tem de defrontar. Ele sabe isso tudo, e por isso, quando de Seu batismo, ao fazer a Sua petição ao Céu, essa oração fendeu diretamente a infernal sombra que Satanás lançou em vossa vereda, lançou no meu caminho, e a fé penetrou "além do véu". Heb. 6:19. Manuscrito 18, 1895.

Ajuda o Indagador a Exercer Fé

Cristo sabia todos os seus pensamentos, [da mulher que Lhe tocou na orla da veste] e dirigia os passos em direção a ela. Compreendia-lhe a grande necessidade, e a estava ajudando a exercer fé. A Ciência do Bom Viver, pág. 60.

O Conhecimento Divino Pode Tornar-se Conhecimento Humano

Pode o conhecimento divino tornar-se conhecimento dos homens. Todo pastor deve estudar atentamente a maneira de ensinar de Cristo. Deve assimilar Suas lições. Não existe um dentre vinte, que conheça a beleza, a essência real do ministério de Cristo. Devem descobri-las. Então se tornarão participantes do rico fruto de Seus ensinamentos. Entretecê-los-ão tão plenamente em sua própria vida e práticas que as idéias e princípios que Cristo introduziu em Suas lições se insinuarão nos ensinamentos deles. A verdade florescerá e produzirá a mais nobre espécie de fruto. E o próprio coração do obreiro se


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aquecerá; sim, arderá com a vivificadora vida espiritual que incute no espírito dos outros. Manuscrito 104, 1898.

Em Contato com Várias Mentalidades

Todos os que professam ser filhos de Deus devem ter na mente que, como missionários serão postos em contato com todas as classes de espíritos. Há os corteses e os rudes, os humildes e os altivos, os religiosos e os céticos, os instruídos e os ignorantes, os ricos e os pobres. Estes diferentes espíritos não podem ser tratados da mesma forma; todos, porém, carecem de bondade e simpatia. Pelo mútuo contato, nosso espírito deve tornar-se polido e refinado. Dependemos uns dos outros, e estamos intimamente unidos pelos laços da fraternidade humana. A Ciência do Bom Viver, págs. 495 e 496.

Nossa Mentalidade Torna-se uma com a DEle

Ao nos sujeitarmos a Cristo nosso coração se une ao Seu, nossa vontade imerge em Sua vontade, nossa mentalidade torna-se uma com a dEle, nossos pensamentos serão levados cativos a Ele; vivemos Sua vida. Isto é o que significa estar trajado com as vestes de Sua justiça. Quando então o Senhor nos contemplar, verá não o vestido de folhas de figueira, não a nudez e deformidade do pecado, mas Suas próprias vestes de justiça que são a obediência perfeita à lei de Jeová. Parábolas de Jesus, pág. 312.

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