Conselhos Sobre Educação

CAPÍTULO 7

Obreiros em Nosso Colégio

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O próprio fundamento para toda verdadeira prosperidade em nosso colégio está numa íntima união com Deus por parte dos professores e estudantes. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Seus preceitos devem ser reconhecidos como regra de vida. Na Bíblia a vontade de Deus está revelada a Seus filhos. Onde quer que ela seja lida - no círculo familiar, na escola ou na igreja - todos devem tributar-lhe calma e devotada atenção, como se Deus estivesse de fato presente e falando-lhes a eles.

Nem sempre tem sido mantida em nossa escola uma elevada norma religiosa. A maioria tanto de professores como de estudantes está constantemente procurando conservar sua religião fora de vista. Este tem sido especialmente o caso desde que pessoas do mundo têm financiado o colégio. Cristo requer de todos os Seus seguidores confissão corajosa e franca de sua fé. Cada um tem de tomar a sua posição e ser o que Deus deseja que ele seja: um espetáculo para o mundo, para os anjos e para os homens. Todo cristão deve ser uma luz, não oculta sob o alqueire ou debaixo da cama, mas posta no velador, para que ilumine a todos que estão na casa.

Os professores em nosso colégio devem ser homens e mulheres que tenham mente equilibrada, de forte influência moral, que saibam como tratar de modo sábio com pessoas, e que possuam verdadeiro espírito missionário. Se todos fossem deste tipo, os fardos que agora repousam sobre o diretor seriam aliviados, e o perigo de se tornar prematuramente gasto seria evitado. Mas esta é a sabedoria que está faltando. Testimonies, vol. 5, pág. 555.


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Os professores em nosso colégio não devem conformar-se com os costumes do mundo nem adotar os seus princípios. Os atributos que Deus mais preza são caridade e pureza. Esses atributos devem ser estimados por todo cristão. "Todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus." I João 4:7. "Se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o Seu amor é, em nós, aperfeiçoado." I João 4:12. "Como [Ele] é O veremos. E qualquer que nEle tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro." I João 3:2 e 3.

Deus tem estado a mover o coração de jovens para que se devotem ao ministério. Eles têm vindo ao nosso colégio na esperança de encontrar aí vantagens que não obteriam em nenhum outro lugar. Mas a solene convicção do Espírito de Deus tem sido levianamente considerada pelos professores que conhecem muito pouco do valor das almas e sentem muito pouco o fardo de sua salvação, e têm procurado desviar os jovens do caminho a que Deus tem procurado conduzi-los.

A retribuição pelo trabalho de professores bem qualificados é muito mais alta do que a de nossos pastores, e o professor não chega a trabalhar tanto nem se sujeita a tantas inconveniências como o pastor que se dá inteiramente ao trabalho. Estas coisas são apresentadas perante os jovens, e eles têm sido encorajados a duvidar de Deus e a descrer de Suas promessas. Muitos têm escolhido o caminho mais fácil, preparando-se para ensinar ciências ou para empenhar-se em algum outro trabalho em vez de pregar a verdade.

Assim tem a obra de Deus sido impedida por professores não consagrados, que professam crer na verdade, mas não têm no coração o amor à mesma. O jovem educado é ensinado a considerar suas habilidades como demasiado preciosas para serem devotadas ao serviço de Cristo. Mas não possui Deus nenhum direito sobre ele? Quem lhe deu o poder de obter essa disciplina mental e de alcançar essas conquistas? São elas mantidas em termos de independência em relação a Jeová?


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Muito jovem há que, ignorante do mundo, ignorante de suas fraquezas, ignorante do futuro, não sente nenhuma necessidade de uma divina mão para indicar-lhe o seu comportamento. Ele se considera absolutamente capaz de conduzir o seu próprio barco em meio às ondas encapeladas. Lembrem-se tais jovens que, aonde quer que vão, não estão fora dos domínios de Deus. Não estão livres para escolher o que desejarem sem consulta à vontade do seu Criador.

O talento é sempre melhor desenvolvido e melhor apreciado onde é mais necessário. Mas esta verdade é passada por alto por muitos que avidamente desejam a distinção. Embora superficiais na experiência religiosa e nas realizações mentais, sua cega ambição cobiça uma esfera de ação mais alta do que aquela em que a Providência os colocou. O Senhor não os chama, como fez a José e a Daniel, para resistir a tentações de honra mundana e alta posição. Mas eles forçam passagem para essas posições de perigo e desertam o único posto de dever para o qual estão habilitados.

O clamor macedônico está vindo a nós de todas as direções. "Enviem-nos obreiros", é o apelo urgente do leste e do oeste. Ao nosso redor há campos "brancos para a ceifa. E o que ceifa recebe galardão e ajunta fruto para a vida eterna". João 4:35 e 36. Não é uma tolice deixar de lado esses campos para empenhar-se nalgum negócio que só pode render lucro monetário? Cristo não quer obreiros egoístas que só estão procurando os mais altos salários. Ele chama os que estão dispostos a se tornarem pobres por amor a Ele, assim como Ele Se fez pobre por eles. Que incentivos foram apresentados diante de Cristo neste mundo? Insultos, zombaria, pobreza, vergonha, rejeição, traição e crucifixão. Procurarão os subpastores uma missão mais fácil que a do seu Mestre?

A Palavra de Deus é uma grande simplificadora dos complicados processos da vida. Ela concede divina sabedoria a cada fervoroso pesquisador. Jamais devemos esquecer que fomos redimidos pelo sofrimento. É o precioso sangue de Cristo que faz expiação por nós. Mediante labuta, sacrifícios


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e perigo, pela perda de bens terrenos, e em angústia de alma tem o evangelho sido levado ao mundo. Deus chama a jovens no vigor e força de sua juventude, para que com Ele compartilhem abnegação, sacrifício e sofrimento. Se aceitarem o chamado, Ele os fará Seus instrumentos na salvação das almas por quem Ele morreu. Mas Ele gostaria que considerassem o custo e entrassem na obra com pleno conhecimento das condições sob as quais servem a um Redentor crucificado.

Dificilmente posso expressar meus sentimentos quando penso em como o propósito de Deus no estabelecimento de nosso colégio tem sido desconsiderado. Os que possuem uma forma de piedade estão negando, por sua vida não consagrada, a eficácia da verdade para tornar os homens sábios para a salvação. Considerai a história dos apóstolos, que sofreram pobreza, abusos, maus-tratos e até mesmo a morte por amor à verdade. Eles se alegravam de que fossem achados dignos de sofrer por Cristo.

Se grandes resultados podem ser alcançados por grandes esforços e grandes sofrimentos, quem dentre nós, que seja súdito da divina graça, pode recusar o sacrifício? O evangelho de Cristo inclui em seus reclamos toda alma que tenha ouvido a mensagem das novas de grande alegria. Que daremos a Deus por todos os Seus benefícios para conosco? Sua incomparável misericórdia jamais pode ser retribuída. Somente pela voluntária obediência e serviço de gratidão podemos testificar de nossa lealdade e coroar com honra nosso Redentor.

Não tenho maior desejo do que ver nossa juventude imbuída do espírito da religião pura que os levará a tomar a cruz e seguir a Cristo. Prossegui, jovens discípulos de Jesus, controlados pelo princípio, envolvidos nas vestes de pureza e de justiça. Vosso Salvador vos conduzirá à posição melhor adequada aos vossos talentos e onde possais servir melhor. No caminho do dever podeis estar certos de receber graça bastante para o vosso dia.

A pregação do evangelho é o instrumento escolhido por Deus para a salvação das almas. Nosso primeiro trabalho, porém, deve ser pôr o nosso próprio coração em harmonia com


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Deus, e então estaremos preparados para trabalhar por outros. Nos primeiros dias houve grande exame do coração entre nossos fervorosos obreiros. Eles se aconselhavam mutuamente e uniam-se em oração pedindo humilde e ferventemente a orientação divina. Tem havido declínio no verdadeiro espírito missionário entre obreiros e professores. No entanto a vinda de Cristo está mais próxima do que quando a princípio cremos. Cada dia que passa é um dia a menos para proclamarmos a mensagem de advertência ao mundo. Seria de desejar que houvesse hoje mais fervente intercessão com Deus, maior humildade, maior pureza e maior fé.

Todos estão em constante perigo. Advirto a igreja a que se acautele dos que pregam a outros a palavra da vida mas não estimam eles mesmos o espírito de humildade e abnegação que ela inculca. Não se pode confiar nesses homens num momento de crise. Desrespeitam a voz de Deus tão prontamente como o fez Saul, e como este muitos se mostram dispostos a justificar sua conduta. Quando repreendido pelo Senhor por meio de Seu profeta, Saul ousadamente afirmou que havia obedecido à voz de Deus; mas o balido das ovelhas e o mugido das reses provavam que não. Do mesmo modo muitos hoje afirmam sua lealdade a Deus, mas suas reuniões de concertos e outros prazeres, suas associações mundanas, sua glorificação do eu, e seu ávido desejo de popularidade - tudo testifica que não estão obedecendo a Sua voz. "Os opressores do Meu povo são crianças, e mulheres estão à testa do seu governo." Isa. 3:12.

Esta é uma elevada norma que o evangelho coloca ante nós. O cristão coerente não é apenas uma nova, mas também nobre criatura em Jesus Cristo. Ele é uma permanente luz para mostrar a outros o caminho para o Céu e para Deus. Aquele que está usufruindo sua vida em Cristo não terá qualquer desejo por prazeres mundanos, frívolos, que não satisfazem.

Entre os jovens encontrar-se-á grande diversidade de caráter e de educação. Alguns viviam num elemento de arbitrária restrição e dureza, o que desenvolveu neles um espírito de


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obstinação e desafio. Outros têm sido mimados no lar, permitindo-lhes os pais que seguissem suas próprias inclinações, desculpando-se-lhes cada defeito, até que o seu caráter se deformasse. Para tratar com sucesso com cada uma dessas diferentes personalidades o professor precisa usar grande tato e delicadeza no modo de agir, bem como firmeza no governo.

Desprazer e mesmo desdém pelos necessários regulamentos manifestar-se-ão muitas vezes. Alguns porão em prática todo o seu engenho para fugir às penalidades, enquanto outros mostrarão atrevida indiferença quanto às conseqüências da transgressão. Tudo isto exigirá muita paciência e maior diligência da parte dos que têm a seu cargo a educação deles.

Uma das maiores dificuldades com que o professor tem tido de se haver é a falta da parte dos pais em cooperar na administração da disciplina do colégio. Se os pais se comprometessem a sustentar a autoridade do professor, muita insubordinação, vício e libertinagem seriam evitados. Os pais devem exigir que seus filhos respeitem a legítima autoridade e lha obedeçam. Devem trabalhar com infatigável cuidado e diligência para instruir, guiar e restringir os filhos até que hábitos corretos sejam firmemente estabelecidos. Com tal disciplina os jovens estariam em sujeição às instituições da sociedade e às gerais restrições de obrigação moral.

Tanto por preceito como pelo exemplo deve ensinar-se ao jovem simplicidade no vestir e nas maneiras, atividade, sobriedade e economia. Muitos estudantes são extravagantes ao dispor dos recursos que seus pais fornecem. Procuram mostrar-se superiores aos seus companheiros mediante o uso perdulário do dinheiro em exibição e satisfação própria. Em algumas instituições de ensino esta questão tem sido considerada de tão grande conseqüência que a roupa do estudante é indicada e o uso que faz do dinheiro é limitado por lei. Mas pais condescendentes e condescendentes estudantes encontrarão algum modo de burlar a lei. Nós não precisaríamos recorrer a nenhum desses meios. Pedimos aos pais cristãos que


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tomem todas estas questões em consideração, com oração e cuidado, que busquem conselho da Palavra de Deus, e então procurem agir de acordo com seus ensinos.

Se condições para trabalho manual forem providas em conexão com nossa escola, e solicitar-se aos estudantes que devotem parte de seu tempo a algum trabalho ativo, isto provar-se-ia uma salvaguarda contra muitas das más influências que existem em instituições de ensino. Ocupações úteis, viris, postas em lugar de divertimentos corruptores e frívolos, dariam legítimo objetivo à exuberância de vida juvenil e promoveriam sobriedade e estabilidade de caráter. Devia fazer-se todo esforço possível para encorajar o desejo de progresso físico, moral e também mental. Se as moças aprendessem a cozinhar, especialmente a assar bom pão, sua educação seria de muito mais valor. O conhecimento de trabalho útil evitaria em grande medida esse sentimentalismo doentio que tem arruinado e continua arruinando a milhares. O exercício dos músculos, bem como do cérebro, estimulará o gosto pelas tarefas domésticas da vida prática.

Em questões de educação o século presente realiza um trabalho de ostentação e superfície. O irmão ______ possui naturalmente amor por planejamento e integridade, o que se tem tornado um hábito em preparo e disciplina por toda uma existência. Ele foi aprovado por Deus para isto. Seus trabalhos são de real valor, porque ele não permitirá que os estudantes sejam superficiais. Desde o início, porém, em seus esforços no sentido do estabelecimento de uma escola, ele encontrou muitos obstáculos. Tivesse sido menos resoluto e perseverante, e teria abandonado a luta. Alguns dos pais negligenciaram o sustento da escola, e seus filhos não respeitaram o professor porque ele usava roupa humilde. Permitiram que sua aparência despertasse neles o preconceito contra ele. Esse espírito de desrespeito foi condenado pelo Senhor, sendo o professor encorajado em seu trabalho. Mas as queixas e as informações desavisadas levadas aos lares pelos filhos fortaleceram o preconceito dos pais. Enquanto o irmão ______ estava procurando inculcar princípios verdadeiros e estabelecer hábitos corretos, filhos muito mimados estavam


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se queixando de sobrecarga nos estudos. Essas mesmas pessoas, foi-me mostrado, estavam sofrendo porque a mente não estava suficientemente ocupada com assuntos convenientes. Seus pensamentos eram fixados em coisas desmoralizantes, e tanto a mente como o corpo estavam debilitados pelo hábito da masturbação. Era esta vil prática, não o excesso de estudo, que causava as freqüentes enfermidades desses filhos e impedia-os de fazer o progresso que os pais desejavam.

O Senhor aprovou de modo geral o procedimento do irmão ______, ao lançar ele os fundamentos para a escola que está agora em atividade. Mas o homem tem trabalhado muito, sem uma influência firme, benfazeja e fortalecedora do lar para aliviar-lhe o fardo. Pressionado pelo excesso de trabalho ele tem cometido alguns erros, nem cinqüenta por cento tão graves, porém, como os das pessoas que se têm mostrado amarguradas com ele. Em sua relação com os jovens ele tem tido de enfrentar esse espírito de rebelião e desafio que o apóstolo apresenta como um dos sinais dos últimos dias.

Alguns professores no colégio têm deixado de compreender a responsabilidade de sua posição. Não têm sido eles mesmos discípulos na escola de Cristo, daí não se apresentarem preparados para instruir a outros.

Entre os estudantes encontrar-se-ão alguns de hábitos indolentes e viciosos. Esses necessitarão reprovação e disciplina; mas se não puderem ser reformados, não sejam empurrados mais para o fundo do abismo por impaciência e rudeza. Devem os professores ter sempre em mente que os jovens sob seus cuidados são a aquisição do sangue de Cristo, e são membros mais novos da família do Senhor. Cristo fez um sacrifício infinito para redimi-los. E os professores devem sentir que estão na posição de missionários, a fim de ganhar esses estudantes para Jesus. Se são por natureza opositores, tomem muito cuidado em condescender com esse traço de caráter. Os que já passaram o período crítico da juventude jamais devem esquecer as tentações e provas dos primeiros anos da vida, e quanto ansiavam por simpatia, bondade e amor.


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Aquele que se devota a árduo trabalho público na causa da humanidade, muitas vezes encontra pouco tempo para dedicar-se à própria família e, em certo sentido, é deixado quase sem família e sem influências sociais benéficas. Assim tem sido com o irmão ______. Sua mente tem estado constantemente sobrecarregada. Pouca oportunidade ele tem tido de conquistar as afeições dos filhos ou de dar-lhes a necessária disciplina e guia.

Há muitos no colégio que precisam de completa conversão. Que ninguém procure discernir o argueiro que está no olho de seu irmão, quando há uma trave no seu próprio olho. Cada um deve purificar de sua impureza o templo de sua própria alma. Seja toda inveja e ciúme expulsos juntamente com o lixo acumulado. Exaltados privilégios e realizações celestiais, para nós adquiridos a imenso custo, são liberalmente apresentados a nossa aceitação. Deus nos faz individualmente responsáveis pela medida de luz e privilégios que nos tem concedido. E se recusarmos entregar-Lhe o lucro dos talentos a nós confiados, perderemos o Seu favor.

O professor ______ ter-vos-ia servido bem, não tivesse sido ele adulado por uns e condenado por outros. Ele ficou confuso. Possuía traços de caráter que precisavam ser suprimidos. Em seu entusiasmo alguns lhe têm manifestado indevida confiança e louvor. Colocastes o homem onde lhe será difícil recuperar-se e encontrar o seu lugar certo. Ele foi sacrificado por ambos os partidos na igreja, porque deixaram de atender à admoestação do Espírito de Deus. Isto é injusto para com ele. Ele era recém-chegado à fé, e não estava preparado para os acontecimentos ocorridos.

Quão pouco sabemos acerca do efeito que nossos atos terão sobre nossa futura história e a dos outros! Muitos pensam ser de pouca conseqüência o que eles façam. Não lhes faz mal nenhum o assistirem a este concerto, ou se unirem com o mundo naquele divertimento, caso o desejem fazer.


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Assim Satanás lhes dirige e controla os desejos, e eles não consideram que os resultados podem ser os mais momentosos. Isso poderá ser o elo na cadeia dos acontecimentos que ligam uma alma aos laços de Satanás, e lhe determina a ruína eterna.

Todo ato, embora pequeno, tem seu lugar no grande drama da vida. Considerai que o desejo de uma única satisfação do apetite, introduziu o pecado no mundo, com seus terríveis resultados. Os casamentos profanos dos filhos de Deus com as filhas dos homens, deram em resultado a apostasia que terminou com a destruição do mundo pelo dilúvio. O mais insignificante ato de condescendência com o próprio eu tem resultado em grandes revoluções. É o que acontece agora. Poucos há que sejam ponderados. Como os filhos de Israel, não dão ouvidos aos conselhos, mas seguem as próprias inclinações. Unem-se a um elemento mundano no assistir a reuniões em que se porão em evidência, e assim abrem o caminho que será seguido por outros. O que foi feito uma vez, será repetido por eles e por muitos outros. Todo passo dado por essas pessoas produz impressão perdurável, não só em sua própria consciência e hábitos, como nos dos outros. Esta consideração imprime solene dignidade à vida humana.

Meu coração dói todos os dias e todas as noites por nossas igrejas. Muitas estão progredindo, mas no caminho de volta. "A vereda dos justos... vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito." Sua marcha é para a frente e para o alto. Eles vão de força em força, de graça em graça e de glória em glória. Esse é o privilégio de todas as nossas igrejas. Mas, oh, quão diferente tem sido! Elas precisam de divina iluminação. Precisam mudar o rumo da marcha. Eu sei o que digo. A menos que se tornem cristãos de fato, irão de fraqueza em fraqueza, as divisões aumentarão, e muitos serão levados à perdição.

Tudo que vos posso dizer, é: Tomai a luz que Deus vos deu


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e segui-a a qualquer preço. Essa é vossa única segurança. Tendes um trabalho a fazer no promover a harmonia, e que o Senhor vos ajude a fazê-lo mesmo com a crucifixão do eu. Reuni os raios de luz que tendes menosprezado e rejeitado. Levantai-os com mansidão, com temor e tremor. O pecado do antigo Israel foi desconsiderar a expressa vontade de Deus e seguir o seu próprio caminho segundo os ditames do coração não santificado. O moderno Israel está depressa seguindo-lhe os passos, e o desprazer do Senhor seguramente repousando sobre ele.

Nunca é difícil fazer aquilo que gostamos de fazer, mas seguir um rumo diretamente contrário a nossas inclinações é como levantar uma cruz. Cristo orou que Seus discípulos fossem um como ele era Um com o Pai. Essa união é a credencial de Cristo ao mundo de que Deus O enviou. Quando a vontade própria é renunciada em relação a questões, haverá união dos crentes com Cristo. Todos devemos orar e trabalhar com determinação para isso, assim respondendo quanto for possível à oração de Cristo por união em Sua igreja.

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