Conselhos Sobre Educação

CAPÍTULO 11

Obstáculos à Reforma

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Até certo ponto, a Bíblia tem sido introduzida em nossas escolas, e alguns esforços têm sido feitos em direção da reforma; é, porém, demasiado difícil adotarem-se os devidos princípios, depois de haver-se estado por tanto tempo habituado aos métodos populares. As primeiras tentativas para mudar os velhos costumes, trouxeram duras provas aos que queriam trilhar o caminho indicado por Deus. Cometeram-se erros, e houve grande prejuízo em resultado. Tem havido obstáculos cuja tendência é conservar-nos numa direção comum, mundana, e impedir-nos de apoderar-nos dos verdadeiros princípios educacionais. Para o não convertido, que vê as coisas do baixo nível do egoísmo humano, da incredulidade e indiferença, os retos princípios e métodos têm parecido errôneos.

Alguns professores e diretores apenas meio-convertidos, são pedras de tropeço para os outros. Concedem algumas coisas e fazem reformas pela metade; mas, ao vir maior conhecimento, recusam-se a avançar, preferindo trabalhar segundo as próprias idéias. Assim fazendo, colhem e comem daquela árvore de conhecimentos que coloca o humano acima do divino. "Agora, pois, temei ao Senhor, e servi-O com sinceridade e com verdade, e deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do rio e no Egito, e servi ao Senhor. Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais." Jos. 24:14 e 15. "Se o Senhor é Deus, segui-O; e, se Baal, segui-o." I Reis 18:21. Estaríamos muito adiante da condição espiritual em que nos achamos, caso avançássemos segundo a luz que nos foi enviada.

Ao serem advogados novos métodos, tantas indagações duvidosas têm sido apresentadas, tantos concílios


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reunidos para que se pudessem discernir todas as dificuldades, que os reformadores têm sido entravados, e alguns deixaram de insistir em reformas. Parecem impotentes para resistir à corrente de dúvidas e críticas. Foram relativamente poucos os que receberam o evangelho em Atenas, porque o povo nutria orgulho de sabedoria intelectual e mundana, e consideravam loucura o evangelho de Cristo. Mas "a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens". I Cor. 1:25. Portanto "pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus". I Cor. 1:23 e 24.

Precisamos agora recomeçar novamente. Reformas são necessárias na alma, no coração e na vontade. Os erros podem estar arraigados pela idade; esta, porém, não torna o erro verdade, nem a verdade erro. Tempo demasiado têm os velhos costumes e hábitos sido seguidos. O Senhor quer que toda idéia falsa seja afastada de professores e alunos. Não estamos na liberdade de ensinar o que se armoniza com as normas do mundo ou da igreja, simplesmente por ser costume assim fazer. As lições ensinadas por Cristo devem servir de norma. O que o Senhor ensinou relativamente à instrução a ser ministrada nas nossas escolas, deve ser rigorosamente observado; pois caso não haja em alguns aspectos uma espécie de educação inteiramente diversa da que tem sido seguida em algumas de nossas escolas, não valeria a pena termos incorrido no ônus de compra de terras e construção de edifícios escolares.

Insistem alguns em que, se os ensinos religiosos forem tornados preeminentes em nossas escolas, estas se tornarão impopulares; que os que não pertencem à nossa fé não as patrocinarão. Muito bem; vão eles então a outras escolas, onde encontrarão um sistema educativo segundo os seus gostos. Com essas considerações, é desígnio de Satanás


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impedir a realização do objetivo pelo qual nossas escolas foram estabelecidas. Entravadas por seus ardis, os diretores raciocinam segundo a maneira do mundo, copiam-lhe os planos e imitam-lhe os costumes. Muitos têm manifestado tanta falta de sabedoria do alto, que se unem com os inimigos de Deus e da verdade em prover entretenimentos mundanos para os alunos. Assim fazendo, trazem sobre si mesmos o desagrado de Deus, pois desencaminham a juventude e fazem obra para Satanás. Esta obra, com todos os seus resultados, terão de encontrar eles perante o tribunal de Deus.

Os que seguem tal orientação, mostram que não podem merecer confiança. Uma vez o mal praticado, podem confessar seu erro; poderão, todavia, anular a influência que exerceram?

Há de o "bem está" (Mat. 25:21) ser pronunciado sobre os que foram infiéis a seu legado? Esses obreiros infiéis não construíram sobre a Rocha eterna, e seu fundamento demonstrar-se-á areia movediça. Quando o Senhor exige de nós que sejamos distintos e diferentes, como podemos cobiçar popularidade ou buscar imitar os costumes e práticas do mundo? "Não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus." Tia. 4:4.

Abaixar as normas a fim de conseguir popularidade e aumento de número e fazer depois desse acréscimo motivo de regozijo, mostra grande cegueira. Fossem algarismos prova de êxito, e Satanás poderia reclamar a preeminência; pois neste mundo seus seguidores são grandemente mais numerosos. É o grau de poder moral que permeia a escola, o que lhe demonstra a prosperidade. É a virtude, a inteligência e a piedade dos que compõem nossas escolas, não seu número, que deve ser fonte de alegria e reconhecimento. Devem então nossas escolas se converter ao mundo e seguir-lhe os costumes e modas? "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que...


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não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." Rom. 12:1 e 2.

Os homens empregarão todos os meios para tornarem menos destacada a diferença entre os adventistas do sétimo dia e os observadores do primeiro dia da semana. Foi-me apresentado um grupo com o nome de adventistas do sétimo dia, o qual estava aconselhando que a bandeira ou sinal que nos torna um povo distinto, não devia ser salientada de maneira tão chocante; pois pretendiam que esse não seria o melhor método para assegurar êxito a nossas instituições. Não estamos, porém, em tempo de arriar nossa bandeira, de nos envergonharmos de nossa fé. Esta distinta bandeira, descrita nas palavras: "Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus" (Apoc. 14:12), deve ser levada através do mundo até ao fim do tempo de graça. Ao passo que devem ser aumentados os esforços para avançarmos nos diferentes lugares, não devemos encobrir nossa fé para assegurar mais alunos. Cumpre que a verdade alcance as almas prestes a perecer; e caso ela seja de algum modo oculta, Deus é desonrado, e sobre nossas vestes se encontrará o sangue das almas.

Enquanto os que se acham ligados a nossas instituições andarem humildemente diante de Deus, os seres celestes hão de cooperar com eles; conservem, porém, todos em mente que Deus disse: "Aos que Me honram honrarei." I Sam. 2:30. Nunca, por um momento, deve ser dada a ninguém a impressão de que lhe seria proveitoso ocultar sua fé e doutrinas ao povo incrédulo do mundo, temendo não ser tão altamente estimado se seus princípios forem conhecidos. Cristo exige de todos os Seus seguidores confissão aberta, varonil de sua fé. Cada um deve ocupar sua posição, e ser aquilo que Deus designa que ele seja, como espetáculo ao mundo, aos anjos, e aos homens. Todo o


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Universo olha com inexprimível interesse para ver a obra final do grande conflito entre Cristo e Satanás. Todo cristão deve ser uma luz, não escondida sob um alqueire, ou debaixo da cama, mas posta no velador, para que a luz se comunique a todos quantos se acham na casa. Jamais, por covardia ou tática mundana, deixeis que a verdade de Deus seja deixada para trás.

Embora em muitos sentidos nossas instituições de ensino tenham entrado no conformismo com o mundo; embora tenham para ele avançado passo a passo, são ainda prisioneiros de esperança. A fatalidade não teceu suas malhas em torno de suas atividades a tal ponto que tenham de permanecer impotentes e na incerteza. Se derem ouvidos a Sua voz, e seguirem em Seus caminhos, Deus os corrigirá e ensinará, e os trará de volta a sua retilínea posição de distinção do mundo. Quando se discernir a vantagem de trabalhar na base dos princípios cristãos, quando o eu estiver escondido em Cristo, far-se-á progresso muito maior, pois cada obreiro sentirá sua própria fraqueza humana; ele suplicará de Deus sabedoria e graça, e receberá o divino auxílio prometido para cada emergência.

As circunstâncias adversas deviam criar o firme propósito de vencê-las. Uma barreira vencida dará maior coragem e condições para ir avante. Marchai na direção certa, e iniciai uma mudança, sólida, inteligentemente. Então as circunstâncias vos serão uma ajuda e não um embaraço. Dai início. O carvalho começa na semente.

Para Professores e Administradores

Apelo a nossas escolas de ensino superior a que usem saudável discernimento e trabalhem num plano mais elevado. Nossas instalações educacionais devem ser purificadas de toda impureza. Nossas instituições têm de ser dirigidas com base em princípios cristãos se quiserem vencer


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todo empecilho. Se forem dirigidas segundo a sistemática do mundo, haverá falta de solidez na obra, falta de perspicaz discernimento espiritual. A condição do mundo antes do primeiro aparecimento de Cristo é um quadro da condição do mundo justo antes do segundo advento. O povo judeu foi destruído porque rejeitou a mensagem de salvação enviada pelo Céu. Não seguirão o exemplo dos que rejeitaram a luz para sua própria ruína aqueles que vivem nesta geração, a quem Deus tem enviado grande luz e maravilhosas oportunidades?

Muitos hoje ocultam os seus rostos com véu. Estes véus são simpatia com práticas e costumes do mundo, que ocultam neles a glória de Deus. O Senhor deseja que conservemos os nossos olhos fixos nEle, para perdermos de vista as coisas deste mundo.

À medida que a verdade é introduzida na vida prática, a norma deve ser cada vez mais elevada, até estar à altura dos reclamos da Bíblia. Isto exigirá oposição às modas, costumes, práticas e máximas do mundo. Influências mundanas, como as ondas do mar, arremessam-se contra os seguidores de Cristo para afastá-los dos verdadeiros princípios de Sua mansidão e graça; mas devemos estar firmes ao princípio como uma rocha. Fazer isto requererá coragem moral, e aqueles cuja alma não está fixada à Rocha eterna serão varridos pela correnteza do mundo. Só podemos permanecer firmes se nossa vida estiver escondida com Cristo em Deus. A independência moral é absolutamente legítima quando em oposição ao mundo. Ao nos conformarmos inteiramente com a vontade de Deus, somos firmados em terreno vantajoso, e veremos a necessidade de decidida separação dos costumes e práticas do mundo.

Não devemos elevar nossa norma apenas um pouco acima das normas do mundo, mas devemos procurar que a distinção seja decididamente notória. A razão por que temos tido tão pouca


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influência sobre parentes e amigos incrédulos é que tem havido muito pouca decidida diferença entre nossas práticas e as do mundo.

Muitos professores permitem que sua mente busque um nível demasiado estreito e baixo. Não conservam sempre em vista o plano divino, mas estão fixando os olhos em modelos seculares. Olhai para cima, onde o Filho do homem... está em pé à mão direita de Deus" (Atos 7:56), e lutai então para que vossos alunos sejam colocados em conformidade com o Seu caráter perfeito. Indicai aos jovens a escada de oito degraus de Pedro, e ponde-lhes os pés, não no último degrau, mas no primeiro, e com fervor pedi-lhes que subam até o último.

Cristo, que une a Terra e o Céu, é a escada. A base está plantada firmemente na Terra em Sua humanidade; o topo em sua extremidade final alcança o trono de Deus em Sua divindade. A humanidade de Cristo envolve a caída família humana, enquanto a Sua divindade Se firma no trono de Deus. Somos salvos pelo subir a escada degrau a degrau, olhando para Cristo, apegando-nos a Cristo, elevando-nos passo a passo até a estatura de Cristo, de modo que Ele Se faz para nós sabedoria e justiça e santificação e redenção. A fé, a virtude, o conhecimento, o domínio próprio, a perseverança, a piedade, a fraternidade e o amor são degraus desta escada. Todas essas graças devem ser vistas no caráter cristão; e "fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo". II Ped. 1:10 e 11.

Não é coisa fácil obter o incalculável tesouro da vida eterna. Ninguém pode fazer isto e flutuar com a corrente do mundo. Terá que sair do mundo, separar-se, e não tocar coisa imunda. Ninguém pode agir como mundano sem ser levado pela corrente do mundo. Ninguém fará qualquer progresso


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para o alto sem perseverante esforço. Aquele que quiser vencer tem de apegar-se a Cristo. Não deve olhar para trás, mas manter os olhos no alto, indo de graça em graça. Vigilância individual é o preço da segurança. Satanás está disputando no jogo da vida o prêmio de vossa alma. Não vos inclineis para o seu lado nem uma só polegada, não suceda obter ele vantagem sobre vós.

Se algum dia alcançarmos o Céu, será por havermos ligado nossa alma a Cristo, apoiando-nos nEle e libertando-nos do mundo, de suas atrações e encantamento. Deve haver de nossa parte cooperação espiritual com as inteligências celestiais. Precisamos crer, trabalhar, orar, vigiar e esperar. Como aquisição do Filho de Deus, somos propriedade Sua, e cada um deve ser educado na escola de Cristo. Tanto os professores como os alunos devem fazer diligente trabalho para a eternidade. O fim de todas as coisas está próximo. Há necessidade agora de homens armados e equipados para batalhar por Deus.

Não são os homens que devemos exaltar, mas Deus, o único Deus vivo e verdadeiro. A vida altruísta, o espírito generoso, capaz de sacrificar-se, a simpatia e o amor daqueles que detêm posições de confiança em nossas instituições, devem ter uma influência purificadora, enobrecedora, que fale com eloqüência em favor do bem. Suas palavras em conselho não viriam então de um espírito auto-suficiente, de si mesmo exaltado, mas suas discretas virtudes seriam mais valiosas que o ouro. Se os homens lançarem mão da natureza divina, trabalhando num plano de adição, acrescentando graça a graça no aperfeiçoamento do caráter cristão, Deus agirá num plano de multiplicação. Ele diz em Sua Palavra: "Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor." II Ped. 1:2.

"Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria,


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nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas. Mas o que se gloriar glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas Me agrado, diz o Senhor." Jer. 9:23 e 24. "Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?" Miq. 6:8. "Quem, ó Deus, é semelhante a Ti, que perdoas a iniqüidade e que Te esqueces da rebelião do restante da Tua herança? O Senhor não retém a Sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade." Miq. 7:18. "Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos Meus olhos e cessai de fazer mal. Aprendei a fazer o bem." Isa. 1:16 e 17.

Essas são as palavras de Deus a nós. O passado está contido no livro onde todas as coisas estão escritas; não podemos apagar o seu registro; mas se escolhermos aprender delas o passado nos ensinará suas lições. Ao fazê-lo nosso instrutor, podemos torná-lo também nosso amigo. Ao recordar do passado aquilo que é desagradável, aprendamos a não repetir o mesmo erro. Que coisa alguma no futuro seja registrado que nos cause pesar mais tarde.

Podemos evitar agora uma semeadura deplorável. Cada dia estamos fazendo nossa história. O ontem está além de nosso poder corrigir ou controlar; o hoje nos pertence. Não entristeçamos, pois, o Espírito de Deus hoje, porque amanhã não seremos capazes de trazer de volta o que tivermos feito. Hoje será então ontem.

Procuremos seguir o conselho de Deus em todas as coisas, pois Ele é infinito em sabedoria. Embora no passado tenhamos deixado de fazer por nossas crianças e jovens o que podíamos ter feito, arrependamo-nos agora e redimamos o tempo. O Senhor diz: "Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o


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carmesim, se tornarão como a branca lã. Se quiserdes, e ouvirdes, comereis o bem desta terra. Mas, se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados à espada." Isa. 1:18-20. A mensagem: "Avante", deve ainda ser ouvida e repetida. As diferentes situações que tomam lugar em nosso mundo exigem um trabalho que faça frente a esses peculiares desenvolvimentos. O Senhor tem necessidade de homens que sejam espiritualmente corretos e talentosos, homens que estejam sem dúvida recebendo o renovado maná celestial. O Espírito opera no coração desses homens, e a Palavra de Deus lança luz na mente, revelando-lhes mais do que nunca antes a verdadeira sabedoria.

A educação dada aos jovens molda toda a estrutura social. Por todo o mundo se acha em desordem a sociedade, tornando-se necessária uma transformação cabal. Muitos julgam que melhores equipamentos para educação, maior capacidade, e métodos mais modernos, operarão o ajustamento. Professam crer e aceitar a Palavra de Deus, e todavia lhe dão lugar inferior na grande estrutura da educação. Aquilo que devia estar em primeiro lugar é subordinado às invenções humanas.

É tão fácil deixar-se levar pelos planos, métodos e costumes à maneira do mundo, sem dar mais atenção ao tempo em que vivemos, ou à grande obra a ser realizada, do que o fez o povo do tempo de Noé! Há constante perigo de que nossos educadores sigam os passos dos judeus, conformando-se com os costumes, as práticas e tradições não provindas de Deus. Com tenacidade e firmeza se apegam alguns aos velhos hábitos e ao amor de vários estudos não essenciais, como se sua salvação dependesse dessas coisas. Assim procedendo, desviam-se da obra especial de Deus, e dão aos alunos uma instrução deficiente e errônea.


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Os espíritos são desviados de um positivo "Assim diz o Senhor", que envolve interesses eternos para teorias e ensinos humanos. A verdade infinita e eterna, a revelação de Deus, é explicada em face de interpretações humanas, quando unicamente o poder do Espírito Santo pode revelar as coisas espirituais. A sabedoria humana é loucura; pois lhe falta o todo das providências de Deus que visam a vida eterna.

Os reformadores não são demolidores. Jamais procurarão arruinar os que se não conformam com seus planos e não se lhes assemelham. Os reformadores precisam avançar, não recuar. Cumpre-lhes ser decididos, firmes, resolutos, inflexíveis; mas a firmeza não deve degenerar em espírito dominador. É desejo de Deus que todos quantos O servem sejam firmes como a rocha no que diz respeito a princípios, mas mansos e humildes de coração, como era Cristo. Então, permanecendo em Cristo poderão realizar a obra que ele faria se estivesse em seu lugar. Um espírito rude e condenador não é essencial ao heroísmo nas reformas para este tempo. Todos os métodos egoístas no serviço de Deus, são uma abominação aos Seus olhos.

Satanás age para tornar de nenhum efeito a oração de Cristo. Ele faz contínuos esforços para criar amargura e discórdia, pois onde há união há força, há uma unanimidade que nem todos os poderes do inferno conseguem quebrar. Todos os que ajudam os inimigos de Deus ao promoverem fraqueza, tristeza e desânimo em relação a qualquer dentre o povo de Deus, mediante seus próprios métodos e temperamentos perversos, estão trabalhando diretamente contra a oração de Cristo.

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