Educação

CAPÍTULO 15

Princípios e Métodos Comerciais

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"Quem anda em sinceridade anda seguro." Prov. 10:9.

Não há nenhum ramo de negócio lícito, para o qual a Bíblia não conceda um preparo essencial. Seus princípios de diligência, honestidade, economia, temperança e pureza, são o segredo do verdadeiro êxito. Tais princípios, como os apresenta o livro dos Provérbios, constituem um tesouro de sabedoria prática. Onde poderá o negociante, o artífice, o dirigente de homens em qualquer ramo de negócios, encontrar melhores máximas para si próprio ou para seus empregados do que as que se encontram nestas palavras do sábio:

"Viste um homem diligente na sua obra? Perante reis será posto; não será posto perante os de baixa sorte." Prov. 22:29.

"Em todo trabalho há proveito, mas a palavra dos lábios só encaminha para a pobreza." Prov. 14:23.

"A alma do preguiçoso deseja e coisa nenhuma alcança." Prov. 13:4. "O beberrão e o comilão cairão em pobreza; e a sonolência faz trazer as vestes rotas." Prov. 23:21.

"O que anda maldizendo descobre o segredo; pelo que, com o que afaga com seus lábios, não te entremetas." Prov. 20:19.

"Retém as suas palavras o que possui o conhecimento" (Prov. 17:27), mas "todo tolo se entremete nelas". Prov. 20:3.


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"Não entres na vereda dos ímpios" (Prov. 4:14); "andará alguém sobre as brasas, sem que se queimem os seus pés?" Prov. 6:28.

"Anda com os sábios e serás sábio." Prov. 13:20.

"O homem que tem muitos amigos pode congratular-se." Prov. 18:24.

Todo o ciclo de nossas obrigações de uns para com os outros, é compreendido naquelas palavras de Cristo: "Tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós." Mat. 7:12.

Quantos homens poderiam ter evitado o insucesso e ruína financeiros, se atendessem às admoestações tantas vezes repetidas e encarecidas nas Escrituras:

"O que se apressa a enriquecer não ficará sem castigo." Prov. 28:20.

"A fazenda que procede da vaidade diminuirá, mas quem a ajunta pelo trabalho terá aumento." Prov. 13:11.

"Trabalhar por ajuntar tesouro com língua falsa é uma vaidade, e aqueles que a isso são impelidos buscam a morte." Prov. 21:6.

"O que toma emprestado é servo do que empresta." Prov. 22:7.

"Decerto sofrerá severamente aquele que fica por fiador do estranho, mas o que aborrece a fiança estará seguro." Prov. 11:15.

"Não removas os limites antigos, nem entres nas herdades dos órfãos, porque o seu Redentor é forte; Ele pleiteará a sua causa contra ti." Prov. 23:10 e 11. "O que oprime ao pobre para se engrandecer a si ou o que dá ao rico, certamente, empobrecerá." Prov. 22:16. "O que faz uma cova nela cairá; e o que revolve a pedra, esta sobre ele rolará." Prov. 26:27.


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Tais são princípios que dizem respeito ao bem-estar da sociedade, e das associações tanto seculares como religiosas. São estes princípios que dão segurança à propriedade e à vida. Tudo que contribui para que a confiança e a cooperação sejam possíveis, deve o mundo à lei de Deus, conforme se acha em Sua Palavra e ainda se encontra delineada, em traços muitas vezes obscuros e quase obliterados, no coração dos homens.

As palavras do salmista: "Melhor é para mim a lei da Tua boca do que inúmeras riquezas em ouro ou prata" (Sal. 119:72) declaram aquilo que é verdadeiro além de outro ponto de vista que não o religioso. Declaram uma verdade absoluta, e que é reconhecida no mundo comercial. Mesmo nesta época de paixão pela aquisição do dinheiro, em que a concorrência é grande e os métodos tão pouco escrupulosos, ainda se reconhece amplamente que, para um jovem que se inicia na vida, a integridade, a diligência, a temperança, a pureza e a economia constituem um melhor capital do que qualquer quantidade de simples dinheiro.

No entanto, mesmo daqueles que apreciam o valor dessas qualidades e admitem a Bíblia como sua fonte, poucos há que reconheçam o princípio de que dependem.

Aquilo que se acha na base da integridade comercial e do verdadeiro êxito, é o reconhecimento da propriedade de Deus. O Criador de todas as coisas é o seu proprietário original. Somos Seus mordomos. Tudo que temos foi confiado por Ele, para ser usado de acordo com Sua direção.

Essa é uma obrigação que repousa sobre todo ser humano. Afeta toda esfera da atividade humana. Quer o reconheçamos quer não, somos mordomos, supridos por Deus com talentos e facilidade, e colocados no mundo para realizar uma obra indicada por Ele.


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A cada homem é dada "a sua obra" (Mar. 13:34) - a obra para a qual o adaptam suas capacidades e que resultará no maior benefício a si próprio e a seus semelhantes, e na maior honra a Deus.

Assim é que nossas ocupações ou vocação são uma parte do grande plano de Deus e, tanto quanto são realizadas de acordo com Sua vontade, Ele próprio Se responsabiliza pelos resultados. Como "cooperadores de Deus" (I Cor. 3:9) nossa parte consiste em uma conformidade fiel com Suas orientações. De maneira que não há lugar para ansiosos cuidados. Requer-se diligência, fidelidade, responsabilidade, economia e discrição. Toda faculdade deve ser exercitada na sua mais alta possibilidade. A confiança deverá ser, porém, não no desfecho feliz de nossos esforços, mas na promessa de Deus. A palavra que alimentou Israel no deserto e sustentou Elias durante o tempo da fome, tem o mesmo poder hoje. "Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos? ... Buscai primeiro o reino de Deus, e Sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas." Mat. 6:31 e 33.

Aquele que dá ao homem a capacidade de adquirir riqueza, deu, juntamente com esse dom, uma obrigação. De tudo que adquirimos Ele exige determinada porção. O dízimo é do Senhor. "Todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, ... as dízimas de vacas e ovelhas, ... santas são ao Senhor." Lev. 27:30 e 32. O voto feito por Jacó em Betel mostra a extensão da obrigação. "De tudo quanto me deres, certamente Te darei o dízimo", disse ele. Gên. 28:22.

"Trazei todos os dízimos à casa do tesouro" (Mal. 3:10), é a ordem de Deus. Não se apela para a gratidão


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ou generosidade. É uma questão de simples honestidade. O dízimo é do Senhor; e Ele nos ordena que Lhe devolvamos aquilo que é Seu.

"Requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel." I Cor. 4:2. Se a honestidade é um princípio essencial nos negócios da vida, não deveríamos reconhecer nossa obrigação para com Deus, obrigação esta que se acha na base de todas as outras?

De acordo com as condições de nossa mordomia, temos obrigação não somente para com Deus mas também para com o homem. Todo ser humano deve os dons da vida ao infinito amor do Redentor. Alimento, roupa e abrigo, bem como o corpo, o espírito e a alma, tudo são aquisição de Seu sangue. Pelo dever de gratidão e serviço, assim imposto, Cristo nos ligou a nossos semelhantes. Ele nos ordena: "Servi-vos uns aos outros." Gál. 5:13. "Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." Mat. 25:40.

"Eu sou devedor", disse Paulo, "tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes." Rom. 1:14. Assim também nós. Em virtude de tudo que tornou nossa vida mais abençoada do que a dos outros, achamo-nos colocados em obrigação para com todo ser humano a quem podemos beneficiar.

Estas verdades não se destinam mais ao gabinete particular do que ao escritório comercial. Os bens que manuseamos não são nossos propriamente, e jamais se poderia, sem más conseqüências, perder de vista este fato. Não somos senão mordomos, e do desempenho de nossa obrigação para com Deus e o homem, depende tanto o bem-estar de nossos semelhantes como nosso próprio destino nesta vida e na vindoura.

"Alguns há que espalham, e ainda se lhes acrescenta mais; e outros, que retêm mais do que é justo, mas é para a sua


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perda." Prov. 11:24. "Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o acharás." Ecl. 11:1. "A alma generosa engordará, e o que regar também será regado." Prov. 11:25.

"Não te canses para enriqueceres. ... Porventura, fitarás os olhos naquilo que não é nada? Porque, certamente, isso se fará asas e voará ao céu como a águia." Prov. 23:4 e 5.

"Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos darão; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo." Luc. 6:38.

"Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares." Prov. 3:9 e 10.

"Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa, e depois fazei prova de Mim, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu não vos abrir as janelas do Céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança. E, por causa de vós, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos será estéril. ... E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa." Mal. 3:10-12.

"Se andardes nos Meus estatutos, e guardardes os Meus mandamentos, e os fizerdes, então, Eu vos darei as vossas chuvas a seu tempo; e a terra dará a sua novidade, e a árvore do campo dará o seu fruto. E a debulha se vos chegará à vindima, e a vindima se chegará


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à sementeira; e comereis o vosso pão a fartar e habitareis seguros na vossa terra. Também darei paz na terra; ... e não haverá quem vos espante." Lev. 26:3-6.

"Praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas." Isa. 1:17. "Bem-aventurado é aquele que atende ao pobre; o Senhor o livrará no dia do mal. O Senhor o livrará e o conservará em vida; será abençoado na terra, e Tu não o entregarás à vontade de seus inimigos." Sal. 41:1 e 2. "Ao Senhor empresta o que se compadece do pobre, e Ele lhe pagará o seu benefício." Prov. 19:17.

Aquele que aplica dessa maneira os seus bens, acumula um duplo tesouro. Além daquilo que, embora sabiamente aproveitado, terá finalmente de deixar, estará ele acumulando uma riqueza para a eternidade, a saber, o tesouro de caráter que é a posse mais valiosa da Terra e do Céu.

Honestidade nas Transações Comerciais

"O Senhor conhece os dias dos retos, e a sua herança permanecerá para sempre. Não serão envergonhados nos dias maus e nos dias de fome se fartarão." Sal. 37:18 e 19.

"Aquele que anda em sinceridade, e pratica a justiça, e fala verazmente segundo o seu coração; ... aquele que, mesmo que jure com dano seu, não muda" (Sal. 15:2 e 4); "que arremessa para longe de si o ganho de opressões, que sacode das suas mãos todo o presente; ... e fecha os seus olhos para não ver o mal, este habitará nas alturas; ... o seu pão lhe será dado, e as suas águas serão certas. Os teus olhos verão o Rei na Sua formosura e verão a terra que está longe." Isa. 33:15-17.


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Deus dá em Sua Palavra a descrição de um homem próspero, cuja vida foi, na mais exata acepção da palavra, um êxito, homem este que tanto o Céu como a Terra se deleitavam em honrar. Jó mesmo diz acerca de sua experiência:

"Como era nos dias da minha mocidade,

Quando o segredo de Deus estava sobre a minha tenda;

Quando o Todo-poderoso ainda estava comigo,

E os meus meninos, em redor de mim; ...

Quando saía para a porta da cidade

E na praça fazia preparar a minha cadeira.

Os moços me viam e se escondiam;

E os idosos se levantavam e se punham em pé;

Os príncipes continham as suas palavras

E punham a mão sobre a boca;

A voz dos chefes se escondia; ...

"Ouvindo-me algum ouvido, me tinha por bem-aventurado;

Vendo-me algum olho, dava testemunho de mim;

Porque eu livrava o miserável, que clamava,

Como também o órfão que não tinha quem o socorresse.

"A bênção do que ia perecendo vinha sobre mim,

E eu fazia que rejubilasse o coração da viúva.

Cobria-me de justiça, e ela me servia de veste;

Como manto e diadema era o meu juízo.

Eu era o olho do cego

E os pés do coxo;

Dos necessitados era pai

E as causas de que eu não tinha conhecimento inquiria com diligência." Jó 29:4, 5, 7-16.

"O estrangeiro não passava a noite na rua;

As minhas portas abria ao viandante." Jó 31:32.

"Ouvindo-me, esperavam. ...

E não faziam abater a luz do meu rosto;

Se eu escolhia o seu caminho, assentava-me como chefe;

E habitava como rei entre as suas tropas,

Como aquele que consola os que pranteiam." Jó 29:21, 24 e 25.

"A bênção do Senhor é que enriquece, e ele não acrescenta dores." Prov. 10:22.


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"Riquezas e honra estão comigo; sim, riquezas duráveis e justiça." Prov. 8:18.

A Bíblia mostra também o resultado do afastamento dos retos princípios em nosso trato, não somente com Deus, mas igualmente no de uns para com outros. Àqueles a quem foram confiados os Seus dons, mas que são indiferentes às Suas exigências, diz Deus:

"Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos. Semeais muito e recolheis pouco; comeis, mas não vos fartais; bebeis, mas não vos saciais; vesti-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário recebe salário num saquitel furado. Olhastes para muito, mas eis que alcançastes pouco; e esse pouco, quando o trouxestes para casa, Eu lhe assoprei." Ageu 1:5, 6 e 9. "Depois daquele tempo, veio alguém a um monte de vinte medidas, e havia somente dez; vindo ao lagar para tirar cinqüenta, havia somente vinte." Ageu 2:16. "Por quê? - disse o Senhor dos Exércitos. Por causa da Minha casa, que está deserta." Ageu 1:9. "Roubará o homem a Deus? Todavia, vós Me roubais e dizeis: Em que Te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas." Mal. 3:8. "Por isso, retêm os céus o seu orvalho, e a terra retém os seus frutos." Ageu 1:10.

"Portanto, visto que pisais o pobre, ... edificareis casas de pedras lavradas, mas nelas não habitareis; vinhas desejáveis plantareis, mas não bebereis do seu vinho." Amós 5:11. "O Senhor mandará sobre ti a maldição, a turbação e a perdição em tudo em que puseres a tua mão. ... Teus filhos e tuas filhas serão dados a outro povo, os teus olhos o verão, e após eles desfalecerão todo o dia; porém não haverá poder na tua mão." Deut. 28:20 e 32.

"Aquele que ajunta riquezas, mas não retamente; no meio de seus dias as deixará e no seu fim se fará um insensato." Jer. 17:11.


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Os cálculos de cada negócio, os pormenores de cada transação passam pelo exame de auditores invisíveis, agentes dAquele que nunca transige com a injustiça, nem abona o mal, nem passa por alto o erro.

"Se vires em alguma província opressão de pobres e a violência em lugar do juízo e da justiça, não te maravilhes de semelhante caso; porque o que mais alto é do que os altos para isso atenta." Ecl. 5:8. "Não há trevas nem sombra de morte onde se escondam os que praticam a iniqüidade." Jó 34:22.

"Erguem a sua boca contra os Céus. ... E dizem: Como o sabe Deus? Ou: Há conhecimento no Altíssimo?" Sal. 73:9 e 11. "Estas coisas tens feito", diz Deus, "e Eu Me calei; pensavas que era como tu; mas Eu te argüirei, e, em sua ordem, tudo porei diante dos teus olhos." Sal. 50:21.

"E outra vez levantei os meus olhos, e olhei, e vi um rolo voante. ... Esta é a maldição que sairá pela face de toda a Terra; porque qualquer que furtar será desarraigado, conforme a maldição de um lado; e qualquer que jurar falsamente será desarraigado, conforme a maldição do outro lado. Eu a trarei, disse o Senhor dos exércitos, e a farei entrar na casa do ladrão e na casa do que jurar falsamente pelo Meu nome; e pernoitará no meio da sua casa e a consumirá com a sua madeira e com as suas pedras." Zac. 5:1, 3 e 4.

Contra todo malfeitor a lei de Deus profere condenação. Pode ele deixar de atender àquela voz, pode procurar fazer silenciar o seu aviso, mas em vão. Ela o acompanha. Faz-se ouvir. Destrói-lhe a paz. Desatendida, persegue-o


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até à sepultura. Dá testemunho contra ele no juízo. Qual fogo, inextinguível, consumirá finalmente corpo e alma.

"Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou que daria o homem pelo resgate da sua alma?" Mar. 8:36 e 37.

Essa é uma questão que exige consideração por parte de todo pai, professor e estudante, todo ser humano, jovem ou idoso. Não pode ser integral ou completo nenhum projeto de negócios ou plano para a vida que apenas compreenda os breves anos da existência presente, e não tome providências para o interminável futuro. Que se ensinem os jovens a tomar em consideração a eternidade. Sejam ensinados a escolher princípios e buscar possessões que sejam duradouros, a acumular para si aquele "tesouro nos Céus que nunca acabe, aonde não chega ladrão, e a traça não rói" (Luc. 12:33); a adquirir para si amigos "com as riquezas da injustiça", para que quando estas faltarem, aqueles os possam receber "nos tabernáculos eternos". Luc. 16:9.

Todos os que fazem isto estão efetuando a melhor preparação possível para a vida neste mundo. Ninguém poderá acumular tesouro no Céu sem que venha por isso mesmo a ver sua vida na Terra enriquecida e enobrecida.

"A piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir." I Tim. 4:8.

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