Mensagens Escolhidas - Volume 3

CAPÍTULO 30

A Conveniência de Variar as Atitudes na Oração

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Nem Sempre Precisamos Ajoelhar-nos

Devemos orar constantemente, com espírito humilde e manso. Não precisamos esperar por uma oportunidade para ajoelhar-nos diante de Deus. Podemos orar e conversar com o Senhor onde quer que estivermos. Carta 342, 1906.

Nenhum Lugar é Impróprio Para Orar em Qualquer Ocasião

Não há tempo nem lugar impróprios para erguer a Deus uma prece. ... Entre as turbas de transeuntes na rua, em meio de uma transação comercial, podemos elevar a Deus um pedido, rogando a direção divina, como fez Neemias quando apresentou seu pedido perante o rei Artaxerxes. Caminho a Cristo, pág. 99.

Comungando com Deus Enquanto Andamos e Trabalhamos

Podemos falar com Jesus ao caminhar, e Ele diz: Acho-Me à tua mão direita. Podemos comungar com Deus em nosso coração; andar na companhia de Cristo. Quando


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empenhados em nossos trabalhos diários, podemos exalar o desejo de nosso coração, de maneira inaudível aos ouvidos humanos; mas essas palavras não amortecerão em silêncio, nem serão perdidas. Coisa alguma pode sufocar o desejo da alma. Ele se ergue acima do burburinho das ruas, acima do barulho das máquinas. É a Deus que estamos falando, e nossa oração é ouvida. Obreiros Evangélicos, pág. 258.

Nem Sempre é Necessário Ajoelhar-se

Para orar não é necessário que estejais sempre prostrados de joelhos. Cultivai o hábito de falar com o Salvador quando sós, quando estais caminhando, e quando ocupados com os trabalhos diários. A Ciência do Bom Viver, págs. 510 e 511.

A Congregação se Ajoelha Depois de Levantar-se em Consagração

O Espírito do Senhor repousou sobre mim, e Se revelou nas palavras que me foram dadas para falar. Perguntei aos presentes quem sentia a instância do Espírito de Deus e quem estava disposto a comprometer-se a viver a verdade e ensiná-la a outros, e a trabalhar por sua salvação, que o manifestasse colocando-se em pé. Fiquei surpresa ao ver toda a congregação levantar-se. Solicitei, então, que todos se ajoelhassem, e enviei minha petição ao Céu por esse povo. Fiquei profundamente impressionada com esta experiência. Senti a profunda atuação do Espírito de Deus sobre mim, e sei que o Senhor me deu uma mensagem especial para Seu povo neste tempo. Review and Herald, 11 de março de 1909.

Congregação Apinhada na Europa Permaneceu Sentada

Convidei os que desejassem as orações dos servos de Deus a vir para a frente. Todos os que haviam estado indiferentes, todos quantos desejassem voltar para o Senhor e buscá-Lo diligentemente, podiam aproveitar a oportunidade. Vários assentos foram prontamente ocupados e toda a congregação se pôs em movimento. Dissemos-lhes que o melhor que podiam fazer era sentar-se mesmo onde estavam, e todos buscaríamos juntos o Senhor confessando nossos pecados, e o Senhor empenhara Sua palavra: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda


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a injustiça." I João 1:9. Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 147.)

A Congregação Põe-se em pé Para a Oração de Consagração

Convidei todos quantos quisessem entregar-se a Deus em concerto sagrado, e servi-Lo de todo o coração, a que se levantassem. A casa estava cheia, e quase todos se ergueram. Estavam presentes pessoas não pertencentes a nossa fé, e algumas se levantaram. Apresentei-as ao Senhor em fervorosa oração, e sabemos que tivemos a manifestação do Espírito de Deus. Sentimos que havia sido realmente obtida uma vitória. Manuscrito 30a, 1896.

A Congregação se Ajoelha Para a Oração de Consagração

Ao fim de meu sermão, fui impressionada pelo Espírito de Deus a estender àqueles que desejassem entregar-se inteiramente ao Senhor, um convite para irem à frente. Os que sentiram a necessidade das orações dos servos de Deus foram convidados a manifestá-lo. Cerca de trinta foram para a frente. ...

Eu hesitara a princípio, cogitando se isto seria o melhor a fazer, quando meu filho e eu éramos os únicos, ao que me parecia, a prestar auxílio naquela ocasião. Mas como se alguém me houvesse falado, atravessou-me a mente o pensamento: "Não podes confiar no Senhor?" Eu disse: "Fá-lo-ei, Senhor." Se bem que meu filho ficasse muito surpreendido de que eu fizesse um apelo assim em tal ocasião, esteve à altura da emergência. Nunca o ouvi falar com maior poder ou mais profundo sentimento que naquela ocasião. ...

Ajoelhamos em oração. Meu filho tomou a direção, e certamente o Senhor dirigiu a súplica; pois ele parecia orar como se estivesse na presença de Deus. Review and Herald, 30 de julho de 1895.

Num Congresso de Obreiros em Oakland, Califórnia

Solicitamos agora que esquadrinheis todo o coração. Os que estão


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decididos a desvencilhar-se de toda tentação do inimigo e buscar o Céu no alto, querem indicar essa determinação colocando-se em pé? [Quase toda a congregação presente atendeu ao apelo.]

Desejamos que cada um de vós seja salvo. Desejamos que as portas da cidade de Deus se revolvam para vós em seus resplandecentes gonzos, e que vós, com todos os povos que guardaram a verdade, possais entrar nela. Ali daremos louvor e ações de graças e glória a Cristo e ao Pai para sempre; sim, para sempre e eternamente. Oxalá Deus nos ajude a ser fiéis em Seu serviço durante o conflito, vencendo afinal e ganhando a coroa da vida eterna.

[Orando] Meu Pai celestial, venho a Ti neste momento assim como estou, pobre e necessitada, e dependente de Ti. Suplico-Te que concedas a mim e a este povo a graça que aperfeiçoa o caráter cristão, etc. Review and Herald, 16 de julho de 1908.

Em pé Para a Oração de Consagração

Pergunto: quem agora fará decidido esforço para obter a educação superior? Os que quiserem, manifestem-no pondo-se em pé. [A congregação se levantou.] Eis aqui toda a congregação. Deus vos ajude a cumprir o vosso compromisso. Oremos.

[Orando] Pai celestial, venho a Ti neste momento assim como estou, pobre, fraca, indigna, e Te suplico que impressiones os corações deste povo reunido aqui, hoje. Eu lhes falei as Tuas palavras; mas, ó Senhor, só Tu podes tornar a palavra eficaz, etc. Review and Herald, 8 de abril de 1909.

No Fim de um Sermão na Associação Geral, em Washington

O cristão sincero muitas vezes está em oração, tanto em público como em particular. Ele ora enquanto anda na rua, enquanto realiza o seu trabalho nas horas passadas em claro, à noite. Ellen White recomendou numa declaração publicada em Obreiros Evangélicos, pág. 178: "Tanto no culto público, como no particular, é nosso privilégio curvar os joelhos perante o Senhor ao fazer-Lhe nossas petições." A seguinte declaração sobre este ponto, escrita na Austrália e que se encontra em Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 312, é mais enfática: "Tanto no culto público como no particular é nosso dever prostrar-nos de joelhos diante de Deus quando Lhe dirigimos nossas petições. Este procedimento mostra nossa dependência de Deus. "Também é um sinal de reverência: "Deve haver um conhecimento inteligente de como aproximar-se de Deus em reverência e piedoso temor com amor devocional. Há uma crescente falta de reverência para com o nosso Criador, um crescente desrespeito pela Sua grandeza e majestade." Manuscrito 84b, 1897 (Citado em Mensagens Escolhidas, vol. 2, págs. 312-316.)

Que Ellen White não tencionava ensinar que precisamos ajoelhar-nos em todas as ocasiões de oração torna-se claro tanto por suas palavras como por seu exemplo. Para ela não havia tempo ou lugar em que não fosse apropriado orar. Sua família testificou que em sua casa os que se assentavam à mesa da sala de jantar inclinavam a cabeça, e não se punham de joelhos. Ela não costumava ajoelhar-se para a bênção no fim dos cultos a que assistia. O enérgico conselho para ajoelhar-se parece ter sua principal aplicação nos cultos de adoração na casa de Deus e na família, e nas devoções particulares no lar. No ministério público houve ocasiões em que ela ficou em pé ao orar.

O Senhor vos ajude a empreender esta obra como


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ainda não a empreendestes. Quereis fazer isto? Quereis levantar-vos aqui e testificar que fareis de Deus vossa confiança e vosso Ajudador? [A congregação se levantou.]

[Orando] Agradeço-Te, Senhor Deus de Israel. Aceita este compromisso deste Teu povo. Põe Teu Espírito sobre eles. Que neles seja vista a Tua glória! Ao proferirem a palavra da verdade, vejamos a salvação de Deus. Amém. General Conference Bulletin, 18 de maio de 1909.


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VIII. A Reforma Pró-Saúde

Conquanto haja muita coisa nas obras publicadas, de E. G. White, no tocante à saúde e à reforma pró-saúde, nenhuma declaração de sua pena relata como foram dadas as primeiras visões sobre este assunto. Podemos afirmar que estas lhe advieram em 1848, 1854 e 1863. Para a informação de que houve uma visão sobre pontos de saúde em 1848, precisamos volver-nos a uma declaração de Tiago White na Review and Herald, em 8 de novembro de 1870, na qual ele assevera:

"Há vinte e dois anos do atual outono nossa atenção foi chamada para os efeitos prejudiciais do fumo, chá e café, por meio do testemunho da Sra. White. ...

"Quando alcançamos uma boa vitória sobre essas coisas, e quando o Senhor viu que estávamos em condições de suportá-la, foi dada a luz referente ao alimento e vestuário."

O conselho mais amplo sobre o asseio e a alimentação se encontra num testemunho escrito em 1854. Específica referência à visão sobre a reforma pró-saúde, em 6 de junho de 1863, é feita nas respostas de E. G. White a algumas perguntas, publicadas na Review and Herald do dia 8 de outubro de 1867.

O crescente interesse em tais pormenores como os que são revelados aqui justifica a inclusão desses itens neste volume, embora sua forma seja um tanto irregular.

As repetidas declarações de que ela não dependeu de escritores contemporâneos sobre assuntos de saúde são significativas, não somente na consideração de como lhe adveio a luz sobre a reforma pró-saúde, mas também no estudo de sua obra em geral.

A declaração de 1881 sobre o uso correto dos testemunhos acerca da reforma pró-saúde denota cuidadoso equilíbrio em sua obra, ao ensinar princípios de saúde. (Depositários do Patrimônio Literário White.)

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