Conselhos Sobre Saúde

CAPÍTULO 3

O Regime Alimentar e a Saúde

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Regime Alimentar em relação à Saúde e à Moral

Apenas uma fração da vida nos é assegurada; e a pergunta que cada um deve fazer é: "Como posso empregar minhas energias de maneira que elas possam render o maior dividendo? Como posso fazer o máximo para a glória de Deus e em benefício dos meus semelhantes?" Pois a vida vale apenas quando é usada para a realização desses fins.

O Desenvolvimento Próprio, um Dever

Nosso primeiro dever para com Deus e os nossos semelhantes é o do desenvolvimento próprio. Cada faculdade com a qual o Criador nos dotou deve ser cultivada no mais alto grau de perfeição, a fim de que sejamos capazes de realizar a maior soma de bem que nos seja possível. Por isso que, o tempo gasto no estabelecimento e preservação da saúde é um tempo bem aproveitado. Não podemos permitir-nos diminuir ou invalidar qualquer função do corpo ou da mente. Tão certamente quanto fizermos isto devemos sofrer as conseqüências.

Todo homem tem a oportunidade, até certo ponto, de tornar-se tudo quanto escolher ser. As bênçãos desta vida, bem como as do estado imortal, estão ao seu alcance. Pode edificar um caráter de valor duradouro, conseguindo nova energia a cada passo. Pode crescer diariamente em conhecimento e sabedoria, cônscio de novos prazeres enquanto progride, acrescentando virtude a virtude, graça a graça. Suas faculdades se desenvolverão pelo uso; quanto maior sabedoria


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adquira ele, tanto maior será sua capacidade para adquirir. Sua inteligência, conhecimento e virtude desenvolver-se-ão assim com maior vigor e mais perfeita simetria.

Por outro lado, pode ele permitir que suas faculdades se entorpeçam por falta de uso ou por serem pervertidas por meio de hábitos maus, falta de domínio próprio ou de vigor moral e religioso. Seu caminho então conduz para baixo; é ele desobediente à lei de Deus e às leis da saúde. O apetite o domina; arrasta-o para longe a inclinação. É-lhe mais fácil permitir que as forças do mal, que estão sempre ativas, o arrastem para trás, do que lutar contra elas e avançar. A dissipação, a doença e a morte se seguem. Esta é a história de muitas vidas que poderiam ter sido úteis à causa de Deus e à humanidade.

Tentação por Meio do Apetite

Uma das mais fortes tentações que o homem tem de enfrentar é em relação ao apetite. No princípio Deus fez o homem reto. Ele foi criado com perfeito equilíbrio mental, sendo plena e harmoniosamente desenvolvidos o tamanho e a força de todos os seus órgãos. Mas pela sedução do astucioso inimigo, a proibição de Deus foi desrespeitada e as leis da Natureza exercitaram sua plena penalidade.

A Adão e Eva foi permitido comer de todas as árvores em seu lar edênico, exceto de uma. Disse o Senhor ao santo par: No dia em que comerdes da árvore da ciência do bem e do mal, certamente morrereis. Eva foi enganada pela serpente, e levada a crer que Deus não faria como dissera. Comeu, e, cuidando que sentia a sensação de uma nova e mais exaltada vida, levou do fruto para seu marido. A serpente havia dito que ela não morreria, e ela não sentiu nenhum efeito negativo ao


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comer do fruto, nada que pudesse ser interpretado como a indicar morte, mas, pelo contrário, uma sensação agradável, a qual imaginava ela fosse semelhante à que os anjos experimentavam. Sua experiência se insurgia contra a positiva ordem de Jeová; contudo, Adão consentiu em ser seduzido por ela.

Dessa maneira, mesmo no mundo religioso muitas vezes observamos isto. As expressas ordenanças de Deus são transgredidas; e "visto como se não executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para praticar o mal". Ecl. 8:11. Em face dos mais positivos preceitos divinos, homens e mulheres seguem suas próprias inclinações, e depois ousam orar sobre o assunto, para induzirem Deus a admitir que eles andem contra a Sua vontade expressa. Satanás vem para o lado de tais pessoas, assim como o fez com Eva no Éden, e as impressiona. Entregam-se eles a uma maquinação mental, e consideram isto como uma magnífica experiência que o Senhor lhes tenha dado. Mas a verdadeira experiência deve estar em harmonia com as leis natural e divina; a falsa experiência insurge-se contra as leis da vida e os preceitos de Jeová.

O Apetite e os Antediluvianos

Desde que se rendeu pela primeira vez ao apetite, tem a humanidade aumentado cada vez mais a tolerância para consigo mesma, de maneira que a saúde tem sido sacrificada no altar do apetite. Os habitantes do mundo antediluviano eram intemperantes no comer e beber. Alimentavam-se de carne, embora Deus ainda não houvesse dado ao homem qualquer permissão para ingerir alimento animal. Eles comiam e bebiam até que seu depravado apetite não conhecesse limites, e tornaram-se tão corrompidos que Deus não mais os pôde suportar. O copo de sua iniqüidade estava cheio, e Ele purificou a Terra de sua contaminação moral por meio de um dilúvio.


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A Intemperança Após o Dilúvio

Ao se multiplicarem os homens sobre a Terra após o dilúvio, de novo se esqueceram de Deus, e corromperam seus caminhos perante Ele. Aumentou a intemperança em toda forma, até que quase o mundo todo estava entregue a sua influência. Cidades inteiras tinham sido varridas da face da Terra por causa de degradantes crimes e revoltante iniqüidade que os fizeram uma mancha sobre o aprazível campo das obras que Deus criara. A satisfação ao apetite antinatural conduziu os pecados que acarretaram a destruição de Sodoma e Gomorra. Deus atribui a queda de Babilônia a sua glutonaria e embriaguez. A condescendência para com o apetite e as paixões fora o fundamento de todos os seus pecados.

A Experiência de Esaú

Esaú teve um desejo forte, especial, por uma determinada espécie de alimento, e por tanto tempo estava habituado a satisfazer o eu que não sentiu qualquer necessidade de fugir do prato tentador e cobiçado. Sobre ele pensou, nenhum esforço especial fazendo para restringir o apetite, até que o poder do apetite sobrepôs-se a qualquer outra consideração, e controlou-o, imaginando ele que sofreria grande prejuízo, até mesmo a morte, se não conseguisse esse determinado prato. Quanto mais nele pensava, mais seu desejo era fortalecido, até que sua primogenitura, que era coisa sagrada, perdeu para ele seu valor e santidade. Ele se vangloriava de que podia dispor-se de sua primogenitura e tornar a adquiri-la à vontade; mas, ao procurar reavê-la, ainda que com grande sacrifício, não foi capaz de fazê-lo. Então se arrependeu amargamente de sua imprudência, de sua insensatez, de sua loucura, mas foi tudo em vão. Ele havia desprezado a bênção, e o Senhor a retirou dele para sempre.


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Israel Desejou as Panelas do Egito

Quando o Deus de Israel tirou o Seu povo do Egito, privou-os de alimento cárneo em grande medida, mas deu-lhes pão do Céu e água da dura rocha. Com isto não ficaram eles satisfeitos. Abominaram o alimento que lhes fora dado e desejaram voltar para o Egito, onde podiam sentar-se junto às panelas de carne. Preferiam suportar a escravidão, e até mesmo a morte, a serem privados da carne. Deus lhes satisfez o desejo, dando-lhes carne, e deixando-os comerem-na até que sua glutonaria gerou uma praga, em conseqüência da qual muitos morreram.

Exemplo após exemplo poderia ser citado, para mostrar os efeitos do condescender com o apetite. A nossos primeiros pais pareceu coisa de pouca importância transgredir a ordem de Deus naquele único ato - comer do fruto de uma árvore tão linda à vista e tão agradável ao paladar - mas isso rompeu sua fidelidade a Deus e abriu as comportas de um dilúvio de culpa e desgraça que tem inundado o mundo.

Intemperança e Crime

O crime e a doença têm aumentado com cada geração sucessiva. A intemperança no comer e beber, e a condescendência com as paixões baixas, têm entorpecido as faculdades mais nobres do homem. A razão, em vez de ser dominadora, tornou-se escrava do apetite, numa extensão alarmante. Tem-se condescendido com um crescente desejo de alimento muito substancioso, até que se tornou moda abarrotar o estômago com todas as iguarias possíveis. Especialmente em festas de prazer, condescende-se com o apetite com pouca restrição, apenas. Servem-se ricos almoços e jantares tardios, consistentes de alimentos muito temperados, com molhos condimentados, bolos, tortas, gelados, chá, café, etc. Não admira que, com


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semelhante regime, o povo tenha rosto pálido e sofra indizíveis torturas com dispepsia.

A Natureza protestará contra toda transgressão das leis da vida. Ela suporta os abusos até onde pode; mas finalmente vem a retribuição e recai tanto sobre as faculdades físicas como sobre as mentais. Nem finda com o transgressor; os efeitos de sua tolerância são vistos em sua descendência, e o mal se transmite de geração em geração.

Os Jovens Precisam de Domínio Próprio

A juventude de hoje é uma segura indicação do futuro da sociedade; e vendo essa juventude, que podemos esperar para o futuro? Na maioria são amigos de divertimentos e avessos ao trabalho. Falta-lhes coragem moral para negarem-se a si mesmos e atenderem aos reclamos do dever. Eles têm pouco domínio próprio e ficam agitados e irados nas menores oportunidades. Muitos em cada idade ou fase da vida não possuem princípio ou consciência; e com os seus hábitos e ociosidade e dissipação entregam-se aos vícios e corrompem a sociedade, até que nosso mundo se torne uma segunda Sodoma. Se os apetites e paixões estivessem sob o controle da razão e da religião, a sociedade apresentaria um aspecto inteiramente diverso. Jamais foi desígnio de Deus que a atual condição lamentável existisse; ela existe como resultado da brutal violação das leis da Natureza.

Em grande medida, o caráter é formado nos primeiros anos. Os hábitos então estabelecidos têm mais influência que qualquer dom natural em fazer homens gigantes ou anões no intelecto; pois os melhores talentos podem, mediante hábitos errôneos, ser deformados ou enfraquecidos. Quanto mais cedo na vida uma pessoa contrai hábitos nocivos, tanto mais firmemente prenderão eles sua vítima em servidão, e tanto mais


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certo é baixarem-lhes eles a norma de espiritualidade. Por outro lado, se são formados na juventude hábitos corretos e virtuosos, eles assinalarão geralmente a direção do seu possuidor através da existência. Verificar-se-á, na maioria dos casos, que os que em anos posteriores reverenciam a Deus e honram o direito, aprenderam essa lição antes de haver tempo de o mundo estampar sua imagem de pecado na alma. Os de idade madura são geralmente tão insensíveis a novas impressões como a rocha endurecida; a juventude, porém, é impressionável. É o tempo de adquirir conhecimento para a prática diária no decorrer da vida; então é possível formar facilmente um caráter reto. É o tempo de formar hábitos bons, adquirir e conservar o poder do domínio de si mesmo. A juventude é a estação da semeadura, e a semente lançada determina a colheita, tanto para esta vida como para a futura.

A Responsabilidade dos Pais

Devem os pais fazer seu primeiro objetivo tornar-se sábios em relação à maneira devida de tratar com seus filhos, a fim de que lhes possam assegurar espírito são em corpo são. Os princípios da temperança devem ser praticados em todos os pormenores da vida doméstica. A abnegação deve ser ensinada aos filhos e ser-lhes imposta, no limite do coerente, desde a infância. Ensinai aos pequeninos que eles devem comer para viver, e não viver para comer; que o apetite deve ser mantido em sujeição à vontade; e que a vontade deve ser governada pela razão calma e inteligente.

Se os pais transmitiram a seus filhos tendências que tornarão mais difícil a obra de ensiná-los a serem estritamente temperantes, e de cultivarem hábitos puros e virtuosos, que solene responsabilidade repousa sobre eles, de corrigirem essa influência por todos os meios a seu dispor Quão diligente e zelosamente devem eles esforçar-se para cumprir seu dever


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por sua desditosa prole Aos pais é confiado o sagrado encargo de preservar a constituição física e moral de seus filhos. Os que condescendem com o apetite de uma criança, e não a ensinam a dominar suas paixões, poderão posteriormente ver, no amante do fumo, no escravo da bebida alcoólica, de sentidos embotados, e lábios que proferem mentiras e impiedades, o terrível erro que cometeram.

É impossível para os que dão rédea solta ao apetite, alcançar a perfeição cristã. As sensibilidades morais de vossos filhos não podem ser despertadas facilmente, a menos que sejais cuidadosos na seleção de seu alimento. Muita mãe põe a mesa de maneira que se torna uma cilada para a família. Alimentos cárneos, manteiga, queijo, rica pastelaria, alimentos temperados e condimentos são usados livremente, por idosos e jovens. Esses artigos fazem sua obra em perturbar o estômago, atingindo os nervos e enfraquecendo o intelecto. Os órgãos produtores do sangue não podem converter esses artigos em bom sangue. A gordura cozida com o alimento torna-o de digestão difícil. O efeito do queijo é deletério. O pão feito com a farinha refinada não comunica ao organismo a nutrição que se encontra no pão de farinha integral. Seu uso comum não conservará o organismo na melhor das condições. Os condimentos a princípio irritam as tenras mucosas do estômago, mas finalmente destroem a sensibilidade natural dessa delicada membrana. O sangue torna-se febril, despertam-se as propensões animalescas, enquanto se enfraquecem as faculdades morais e intelectuais, tornando-se servas das paixões baixas.

A mãe deve cuidar em pôr diante de sua família uma alimentação simples, se bem que nutritiva. Deus forneceu ao homem abundantes meios para a satisfação de um apetite não pervertido. Estendeu diante dele os produtos da terra - bela


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variedade de alimentos agradáveis ao paladar, e nutritivos para o organismo. Dessas coisas nosso benévolo Pai celeste diz que podemos comer livremente. Frutas, cereais e verduras, preparados de maneira simples, livres de especiarias e gordura animal de qualquer espécie, fazem com leite ou nata, o mais saudável regime dietético. Comunicam nutrição ao corpo, e dão um poder de resistência e um vigor de intelecto não produzidos por um regime estimulante.

Males da Carne

Os que usam alimentos cárneos à vontade, nem sempre têm cérebro desanuviado e intelecto ativo, pois que o uso da carne de animais tende a tornar pesado o corpo e a entorpecer as finas sensibilidades do espírito. Não hesitamos em dizer que a carne não é essencial à manutenção da saúde e da força.

Os que dependem grandemente da carne não podem evitar, às vezes, comer a carne que está mais ou menos doente. Em muitos casos, o processo de criar animais para o mercado produz uma condição não salutar. Conservados longe da luz e do ar puro, respirando a atmosfera de estábulos imundos, todo o corpo se torna logo contaminado com a matéria fétida; e, ao ser tal carne absorvida pelo organismo humano, corrompe o sangue e se produz a doença. Se a pessoa já tem sangue impuro, essa condição doentia será grandemente agravada. Mas poucos podem ser levados a crer que foi a carne que eles comeram que lhes envenenou o sangue e trouxe os seus sofrimentos. Muitos morrem de doenças devidas unicamente à ingestão de carne, quando a causa real é remotamente suspeita por eles ou outros. Alguns não sentem imediatamente seus efeitos, mas isto não é prova de que ela não os prejudique.


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Pode estar seguramente operando no organismo, todavia no presente a vítima talvez não compreenda coisa alguma a esse respeito.

Embora seja um dos artigos mais comuns do regime alimentar, o porco é um dos mais prejudiciais. Deus não proibiu os hebreus de comerem carne de porco apenas para mostrar Sua autoridade, mas porque ele não é um artigo próprio para a alimentação do homem. Deus jamais criou o porco para ser comido sob quaisquer circunstâncias. É impossível que a carne de qualquer criatura vivente seja saudável quando a sujeira é o seu elemento natural, e quando ele se alimenta de todas as coisas detestáveis.

A principal finalidade do homem não é satisfazer ao apetite. Há necessidades físicas a serem supridas; mas por isto é preciso que o homem seja dominado pelo apetite? Há de o povo que está buscando tornar-se santo, puro, refinado para que possa ser introduzido na sociedade dos anjos celestes, continuar a tirar a vida das criaturas de Deus, e fruir sua carne como uma iguaria? Segundo o Senhor me mostrou, esta ordem de coisas há de mudar-se, e o povo de Deus exercerá temperança em tudo.

O Preparo de Alimento Apropriado

Há uma classe que parece pensar que tudo o que é comido está perdido; que, qualquer coisa lançada no estômago para enchê-lo, fará tanto bem como o alimento preparado com inteligência e cuidado. Mas importa que demos sabor agradável ao alimento que comemos. Se não podemos, e temos que comer maquinalmente, deixamos de receber o alimento apropriado. Nosso corpo é constituído daquilo que comemos; e, a fim de tornar os tecidos de boa qualidade, devemos usar a espécie de alimento acertada, e esta deve ser preparada da maneira que melhor se adapte às necessidades do organismo. É dever religioso dos que cozinham, aprenderem como preparar


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alimento saudável, de maneiras diversas, de forma que ele possa ser ao mesmo tempo gostoso e saudável. A cozinha pobre está consumindo as energias vitais de milhares. Mais almas se perdem por esta causa do que muitos pensam. Ela perturba o organismo e produz a doença. Nas circunstâncias assim provocadas, as coisas celestiais não podem ser perfeitamente discernidas.

Algumas pessoas julgam não ser dever religioso preparar devidamente a comida; daí, não procuram aprender a fazê-lo. Deixam o pão azedar antes de assá-lo, e o bicarbonato adicionado para remediar o descuido da cozinheira torna-o totalmente impróprio para o estômago humano. Requer atenção e cuidado fazer bom pão. Há porém, mais religião em um bom pão do que muitos pensam. O alimento pode ser preparado com simplicidade e ser saudável, mas requer perícia torná-lo saboroso e nutritivo ao mesmo tempo.

Para aprender a cozinhar, as mulheres devem estudar, e depois transformar pacientemente o que aprenderam em prática. O povo sofre por não se dar ao trabalho de assim fazer. Digo a esses: É tempo de se despertarem suas adormecidas energias, e buscarem informações. Não pensem ser perdido o tempo empregado em adquirir inteiro conhecimento e experiência no preparo de alimento são e apetecível. Não importa quão longa haja sido sua experiência na cozinha, se ainda têm a responsabilidade de uma família, cumpre-lhes o dever de aprender a dela cuidar devidamente. Se necessário ide a alguma boa cozinheira e ponde-vos sob sua orientação até vos tornardes senhoras na arte.

Comer Erroneamente Destrói a Saúde

O procedimento errado no comer ou beber destrói a saúde e com ela as alegrias da vida. Oh! quantas vezes tem uma boa refeição, como é chamada, sido adquirida a expensas do sono e do repouso tranqüilos! Milhares, por condescenderem com


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um apetite pervertido, têm dado origem a febre ou outra doença aguda, a qual resultou em morte! Foi esta uma satisfação adquirida por um imenso preço.

Só porque é errado comer apenas para satisfazer ao apetite pervertido, não se compreenda que devamos ser indiferentes com respeito ao nosso alimento. É questão da mais alta importância. Ninguém deve adotar regime empobrecido. Muitos se acham debilitados pela doença e precisam de alimento bem preparado e nutritivo. Os reformadores de saúde, mais que todos, devem ter o cuidado de evitar os extremos. O corpo precisa ter suficiente nutrimento. O Deus que dá a Seus amados o sono proveu-lhes também a alimentação apropriada para manter-lhes o sistema físico em condições saudáveis.

Muitos volvem costas à luz e ao conhecimento, e sacrificam o princípio ao paladar. Comem quando o organismo não carece de alimento, e a intervalos irregulares, porque não têm força moral para resistir à inclinação. Em resultado rebela-se o abusado estômago, e seguem-se sofrimentos. A regularidade no comer é muito importante para a saúde do corpo e a tranqüilidade do espírito. Nunca deve um bocado de alimento atravessar os lábios entre as refeições.

Comer com Demasiada Freqüência, Causa de Dispepsia

Muitos transigem com o pernicioso hábito de comer antes de irem deitar-se. Podem ter tomado sua refeição regular, não obstante, porque sentem uma sensação de fraqueza, pensam que devem tomar um lanche. Por transigirem com esta má prática, torna-se ela um hábito, e eles se sentem como se não pudessem dormir sem alimento. Em muitos casos essa fraqueza surge porque os órgãos digestivos foram severamente sobrecarregados durante o dia na disposição da grande quantidade de alimento que lhes foi imposta. Esses órgãos necessitam de um período de repouso total para reaver as energias consumidas.


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Uma segunda refeição jamais deve ser tomada até que o estômago tenha tido tempo para refazer-se do trabalho da digestão da refeição anterior. Ao irmos para o repouso à noite, o estômago deve ter feito completamente o seu trabalho, para que ele, bem como as demais partes do corpo, possam fruir o repouso. Mas, se mais alimento é lançado nele, os órgãos digestivos são postos em movimento novamente, para realizarem o mesmo ciclo de trabalho durante as horas do sono. O sono de tais indivíduos é muitas vezes perturbado com sonhos desagradáveis, e pela manhã eles despertam indispostos. Quando essa prática é seguida, os órgãos digestivos perdem o seu vigor natural, e a pessoa se considera um infeliz dispéptico. E a transgressão das leis da Natureza não só afeta desfavoravelmente o indivíduo, mas outros sofrem com ele. Siga alguém uma conduta que o irrite de alguma forma, e verá quão depressa manifestará impaciência. Não pode ele, senão por graça especial, falar ou agir calmamente. Projeta uma sombra onde quer que vá. Como pode alguém dizer, então: "Não é da conta de ninguém o que eu coma ou beba?"

Males a Serem Evitados

É possível comer sem moderação, mesmo os alimentos saudáveis. Não se deve pensar que, pelo fato de haver alguém deixado o uso de artigos prejudiciais do regime alimentar, deva comer tanto quanto lhe aprouver. O alimentar-se em excesso, não importa qual a qualidade do alimento, atrapalha a máquina viva e a estorva assim em seu trabalho.

Muitos erram em beber água fria às refeições. O alimento não deve ser misturado com água. Tomada às refeições, a água reduz o fluxo de saliva; e quanto mais fria a água, maior o dano causado ao estômago. Limonada ou água geladas, tomadas às refeições, retardarão a digestão até que o organismo tenha provido suficiente calor ao estômago, habilitando-o a


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retomar o seu trabalho. Mastigai devagar permitindo que a saliva se misture com o alimento.

Quanto mais líquido se coloca no estômago às refeições mais difícil se torna a digestão do alimento; pois o líquido precisa primeiro ser absorvido. Não useis sal em grande quantidade; abandonai os picles; conservai os alimentos irritáveis fora do estômago; usai frutas com as refeições e a irritação que tanto apela por bebida deixará de existir. Mas, se for necessária para saciar a sede, água pura é tudo o que o organismo requer. Jamais tomeis chá, café, cerveja, vinho ou qualquer bebida espirituosa.

Comer Devagar

A fim de assegurar saudável digestão, o alimento deve ser comido vagarosamente. Os que quiserem evitar a dispepsia, e os que compreendem a obrigação que têm de conservar todas as suas faculdades em condições que lhes permitam prestar a Deus o melhor serviço, farão bem em se lembrar disto. Se vosso tempo para comer é limitado, não comais apressadamente, mas comei menos, e mastigai devagar. O benefício derivado do alimento não depende tanto da quantidade de comida, quando da digestão completada; nem a satisfação do paladar depende tanto da quantidade de alimento engolido quanto depende do tempo que o mesmo permanece na boca. Os que são excitados, ansiosos ou apressados, fariam bem em não comer até que tivessem encontrado tranqüilidade ou repouso; pois as faculdades vitais, já duramente sobrecarregadas, não podem suprir os necessários fluidos digestivos. Quando em viagem, alguns estão continuamente mordiscando, se lhes chega ao alcance qualquer coisa de comer. Isto é muito nocivo. Se os que viajam comessem regularmente das mais simples e mais nutritivas espécies de alimento, não sentiriam tão grandes fadigas, nem sofreriam de tantas enfermidades.

A fim de preservar a saúde, é necessário temperança em


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todas as coisas - temperança no trabalho, temperança no comer e no beber. Nosso Pai celestial enviou a luz da reforma da saúde para guardar-nos dos maus resultados de um apetite degradado, para que os que amam a pureza e a santidade possam saber como usar com discrição as coisas boas que Ele lhes proveu, e para que, ao exercerem a temperança na vida diária, possam ser santificados pela verdade.

Devemos ter nas reuniões gerais e nas campais alimento de boa qualidade, saudável e nutritivo, e preparado de maneira simples. Não devemos transformar essas oportunidades em ocasiões para banquetear-nos. Se apreciamos as bênçãos de Deus, se nos estamos nutrindo do pão da vida, não devemos estar tão interessados em satisfazer o apetite. O assunto principal dos nossos pensamentos será: Como vai minha alma? Haverá um desejo tão intenso pelo alimento espiritual - algo que comunique vigor espiritual - que não nos lamentamos caso o regime alimentar seja simples e modesto.

Deus exige que o corpo Lhe seja oferecido como sacrifício vivo, não morto ou agonizante. As ofertas dos antigos hebreus deviam ser sem mancha; seria aceitável a Deus um sacrifício humano cheio de enfermidades e corrupção? Ele nos diz que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo; e requer de nós que cuidemos deste templo, a fim de que seja habitação apropriada para o Seu Espírito. O apóstolo Paulo nos faz esta admoestação: "Fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." I Cor. 6:20. Todos devem ser muito cuidadosos em manter o corpo nas melhores condições de saúde, a fim de poderem prestar a Deus o melhor serviço, cumprindo o seu dever na família e na sociedade. Christian Temperance, págs. 41-53.


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O Poder do Apetite

Uma das mais vigorosas tentações que o homem tem de enfrentar, é quanto ao apetite. Existe entre a mente e o corpo misteriosa e admirável relação. Um reage sobre o outro. Conservar o físico em condição saudável a fim de desenvolver-lhe a resistência, para que cada parte do maquinismo vivo funcione harmonicamente, eis o que deve constituir o primeiro estudo em nossa vida. Negligenciar o corpo, é negligenciar a mente. Não pode ser para a glória de Deus terem Seus filhos corpo enfermo ou mente atrofiada. Condescender com o paladar a custa da saúde, é ímpio abuso dos sentidos. Os que cometem qualquer espécie de intemperança, seja no comer ou beber, desperdiçam as energias físicas e enfraquecem a força moral. Esses experimentarão a recompensa que acompanha a transgressão da lei física.

O Redentor do mundo sabia que a condescendência com o apetite traria debilidade física, adormecendo órgãos perceptivos de maneira que se não discerniriam as coisas sagradas e eternas. Cristo sabia que o mundo estava entregue à glutonaria, e que isto perverteria as faculdades morais. Se a condescendência com o apetite era tão forte sobre a raça humana que, para derribar-lhe o poder foi exigido do divino Filho de Deus que jejuasse por cerca de seis semanas, em favor do homem, que obra se acha diante do cristão a fim de ele poder vencer da maneira por que Cristo venceu A força da tentação para satisfazer o apetite pervertido só pode ser avaliada em face da inexprimível agonia de Cristo naquele prolongado jejum no deserto.

Cristo sabia que, para com êxito levar avante o plano da salvação, precisava começar a obra redentora do homem


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exatamente onde começara a ruína. Adão caiu pela condescendência com o apetite. Para que no homem ficassem gravadas suas obrigações quanto a obedecer à lei de Deus, Cristo começou Sua obra de redenção reformando os hábitos físicos do próprio homem. O declínio da virtude e a degeneração da raça são principalmente atribuíveis à satisfação do apetite pervertido.

Solene Responsabilidade

Pesa sobre todos e em especial sobre os pastores que ensinam a verdade, solene responsabilidade de vencerem o apetite. Muito maior seria sua utilidade, caso controlassem os apetites e paixões; e mais vigorosas seriam suas faculdades mentais e energias morais, se aliassem o trabalho físico ao exercício mental. Tendo hábitos estritamente temperantes, e com a combinação do trabalho muscular e da mente, poderiam realizar soma incomparavelmente maior de labor, conservando a clareza mental. Seguissem eles essa direção, e seus pensamentos e palavras fluiriam mais livremente, haveria mais energia em seus exercícios religiosos, e mais assinaladas seriam as impressões causadas por eles em seus ouvintes.

A intemperança no comer, mesmo da comida saudável, exercerá debilitante influência sobre o organismo, embotando as mais vivas e santas emoções. É essencial a estrita temperança em comer e beber, tanto para a conservação da saúde, como para o vigoroso funcionamento de todo o organismo. Hábitos de estrita temperança aliados com o exercício muscular e mental, manterão vigor à mente e ao corpo, e comunicarão poder de resistência aos que se empenham no ministério, aos redatores, e a todos cujos hábitos são sedentários. ...


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Alimentos Estimulantes

A intemperança começa à nossa mesa, no uso de alimentos insalubres. Depois de algum tempo, devido à continuada condescendência com o apetite, os órgãos digestivos se enfraquecem, e o alimento ingerido não satisfaz. Estabelece-se um estado mórbido, experimentando-se intenso desejo de usar comida mais estimulante. O chá, o café e os alimentos cárneos, produzem efeito imediato. Sob a influência desses venenos, o sistema nervoso fica excitado e, em certos casos, momentaneamente, o intelecto parece revigorado e a imaginação mais viva.

Como esses estimulantes produzem no momento resultados tão agradáveis, muitos chegam à conclusão de que realmente deles necessitam, e continuam a usá-los. Há sempre, porém, uma reação. O sistema nervoso, havendo sido indevidamente estimulado, tomou emprestado para o uso presente, energias reservadas para o futuro. Todo esse temporário fortalecimento do organismo é seguido de depressão. Proporcional a esse passageiro aumento de forças do organismo, será a depressão dos órgãos assim estimulados, após haver cessado o efeito do excitante. O apetite educa-se a desejar muito algo mais forte, que tenda a manter e acrescentar o aprazível desejo, até que a condescendência se torne um hábito, havendo contínuo e intenso desejo de mais forte estímulo, como seja o fumo, vinhos e outras bebidas alcoólicas. Quanto mais se satisfizer o apetite, tanto mais freqüente será sua exigência, e mais difícil de o controlar. Quanto mais enfraquecido se tornar o organismo, e menos capaz se tornar de passar sem tais estimulantes, tanto mais aumenta a paixão por eles, até que a vontade é vencida, e parece impossível a resistência ao forte e falso desejo desses estimulantes.


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O único caminho seguro é não tocar, não provar, não manusear o chá, o café, vinhos, o fumo e o ópio e as bebidas alcoólicas. A necessidade de os homens desta geração chamarem em seu auxílio a força de vontade fortalecida pela graça de Deus, a fim de resistir às tentações de Satanás, e vencer a mínima condescendência com o apetite pervertido, é duas vezes maior que a de algumas gerações passadas. Mas a geração atual tem menos poder de domínio próprio do que os que viviam então. Os que têm condescendido com o apetite quanto a esses estimulantes, transmitiram aos filhos os depravados apetites e paixões, tornando-se a esses filhos necessário maior força moral para resistir a toda sorte de intemperança. O único procedimento perfeitamente seguro é ficar firme ao lado da temperança, e não se arriscar na perigosa vereda.

O grande objetivo por que Cristo suportou aquele longo jejum no deserto, foi ensinar-nos a necessidade da abnegação e da temperança. Essa obra deve começar à nossa mesa, cumprindo que seja estritamente efetuada em todos os aspectos da vida. O Redentor do mundo veio do Céu para ajudar o homem em sua fraqueza para que, no poder que Jesus lhe veio trazer, ele se torne forte para vencer o apetite e a paixão, fazendo-se vitorioso em todos os pontos.

Muitos pais educam os gostos de seus filhos, e lhes formam os apetites. Servem-lhes carnes, chá e café. Os alimentos cárneos muito condimentados e o chá e o café que algumas mães animam os filhos a ingerirem, preparam o caminho para eles desejarem os estimulantes mais fortes, como o fumo. O uso do fumo incita o desejo das bebidas alcoólicas; e seu uso diminui invariavelmente a força nervosa.

Caso as sensibilidades morais dos cristãos se despertassem


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no sentido da temperança em todas as coisas, eles poderiam por seu exemplo começar à mesa a ajudar os que são fracos no domínio de si mesmos, quase impotentes para resistirem aos anseios do apetite. Se pudéssemos compreender que os hábitos que formamos nesta vida afetarão nossos interesses eternos, que nosso destino perpétuo depende dos hábitos de estrita temperança, esforçar-nos-íamos no sentido de formá-los no comer e no beber. Por nosso exemplo e esforço pessoal, podemos servir de instrumentos para salvar muitas almas da degradação da intemperança, do crime e da morte. Nossas irmãs podem fazer muito na grande obra da salvação de outros com o apresentar mesas providas apenas de alimentos saudáveis e nutritivos. Podem empregar o precioso tempo de que dispõem em educar o gosto e o apetite de seus filhos, formando neles hábitos de temperança em todas as coisas, incentivando ao mesmo tempo a abnegação e a beneficência em proveito dos outros.

Resultados da Condescendência

Não obstante o exemplo que Cristo nos deu no deserto da tentação, refreando o apetite e vencendo-lhe o poder, muitas mães cristãs existem que, por seu exemplo e pela educação que dão aos filhos, estão-nos preparando para serem comilões e bebedores de vinho. Deixa-se freqüentemente às crianças que comam o que lhes apetece e quando lhes apetece, sem atenção para com a saúde. Muitos filhos são educados como glutões desde a primeira infância. Em resultado disso tornam-se dispépticos bem cedo na vida. A condescendência e a intemperança no comer cresce com eles, e fortalece-se à medida que eles se fortalecem. Sacrifica-se, devido à indulgência dos pais, o vigor físico e o mental. Testemunhos Seletos, vol. 1, págs. 415-419.


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Fidelidade na Reforma da Saúde

Fui incumbida de dirigir uma mensagem a todo o nosso povo no tocante à reforma do regime alimentar; pois muitos se têm desviado de sua anterior fidelidade a esses princípios.

O propósito de Deus, em relação aos Seus filhos, é que cresçam até à estatura perfeita de homens e mulheres em Cristo Jesus. Para o conseguir, cumpre que façam uso legítimo de toda faculdade do espírito, alma e corpo. Não devem desperdiçar nenhuma força mental nem física.

O assunto de como preservar a saúde é de importância capital. Estudando-o no temor de Deus, acharemos que o melhor para a nossa prosperidade, tanto física como espiritual, é observar regime alimentar simples. Estudemos pacientemente a questão. Necessitamos de sabedoria e bom critério, a fim de proceder sabiamente neste assunto. As leis da Natureza não devem ser contrariadas, mas obedecidas.

Os que têm sido instruídos com relação aos efeitos prejudiciais do uso da alimentação cárnea, do chá e do café, bem como de comidas muito condimentadas, e que estão resolvidos a fazer com Deus um concerto com sacrifício, não hão de continuar a satisfazer o seu apetite com alimentos que sabem ser prejudiciais à saúde. Deus requer que o apetite seja dominado, e se pratique a renúncia no tocante às coisas que fazem mal. É esta uma obra que tem de ser feita antes que o povo de Deus possa ser apresentado diante dEle perfeito.

Responsabilidade Pessoal

O povo remanescente de Deus deve estar convertido. A apresentação desta mensagem, visa à conversão e santificação das pessoas.


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Devemos sentir neste movimento a virtude do Espírito de Deus. É esta uma mensagem maravilhosa e definida; significa tudo para quem a recebe e deve ser proclamada em alta voz. Devemos ter fé verdadeira e constante em que esta mensagem há de continuar aumentando de importância até ao fim.

Alguns crentes professos aceitam certas porções dos Testemunhos como mensagens de Deus, ao passo que rejeitam outras que condenam suas inclinações favoritas. Essas pessoas estão contrariando a própria prosperidade, bem como a da igreja. Importa que andemos na luz, enquanto ela estiver conosco. Os que dizem crer na reforma do regime alimentar, e contudo lhe contrariam os princípios nas suas práticas cotidianas, estão prejudicando a própria alma, deixando má impressão no espírito de outros crentes e dos incrédulos.

Vigor Mediante a Obediência

Arcam com grande responsabilidade os que conhecem a verdade, para conseguir que todas as suas obras correspondam à sua fé, sua vida seja purificada e santificada, e eles preparados para a obra que tem de ser rapidamente feita nestes últimos dias. Não dispõem de tempo nem de forças para gastá-los com satisfazer o apetite. As seguintes palavras devem soar-nos aos ouvidos com impressiva gravidade: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor." Atos 3:19. Muitos dentre vós têm espiritualidade deficiente, e, a menos que sejam totalmente convertidos, se perderão irremediavelmente. Quereis correr este risco?

Orgulho e fraqueza de fé privam a muitos das ricas bênçãos de Deus. Muitos há que, se não se humilharem diante de


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Deus hão de ficar surpreendidos e desapontados quando soar o clamor: "Aí vem o esposo!" Mat. 25:6. Têm a teoria da verdade, falta-lhes, porém, o óleo nos vasos para as lâmpadas. Nossa fé no presente tempo não deve consistir em mero assentimento ou em simplesmente acreditar a teoria da terceira mensagem. Precisamos do óleo da graça de Cristo para prover as nossas lâmpadas, e fazer que a luz de nossa vida irradie, indicando o caminho aos que estiverem em trevas.

Se quisermos fugir de uma experiência claudicante, cumpre-nos operar com diligência e sem demora a nossa própria salvação, e isto com temor e tremor. Muitos há que não dão prova categórica de sua fidelidade aos votos do batismo. Seu zelo está arrefecido pela formalidade, ambições mundanas, orgulho e amor-próprio. De quando em quando, seus sentimentos são estimulados, porém não se deixam cair sobre a rocha, Cristo Jesus. Não se chegam a Deus com coração contrito e arrependido, confessando seus pecados.

Os que em seu coração experimentam os efeitos da legítima conversão, hão de em sua vida revelar os frutos do Espírito. Oxalá se persuadissem todos os que têm vida espiritual tão diminuta, de que a vida eterna só será concedida aos que participam da natureza divina, fugindo às corrupções e concupiscências deste século!

Somente a virtude de Cristo é que pode operar uma transformação do coração e do espírito, a qual todos necessitam a fim de poder com Ele partilhar a nova vida no reino dos Céus. "Aquele que não nascer de novo", disse Jesus, "não pode ver o reino de Deus." João 3:3. A religião que vem de Deus é a única que a Ele conduz. Para podermos servi-Lo como convém, importa nascer do divino Espírito. Seremos então


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induzidos à vigilância, tendo purificado o coração e renovado o entendimento, e obtido graça para conhecer e amar a Deus. Isto nos tornará dispostos para obedecer a todos os reclamos divinos, que é o em que consiste o culto legítimo.

Deus requer de Seu povo crescimento progressivo. Devemos aprender que condescender com o apetite constitui o maior embaraço ao cultivo do espírito e à santificação da alma. Apesar de sua adesão à reforma do regime alimentar, muitos seguem regime impróprio. A transigência com o apetite é a causa principal da debilidade física e mental, e é em grande parte responsável pela fraqueza e morte prematura de muitos. Todo indivíduo que aspira à pureza de espírito, deve ter sempre presente que em Cristo há virtude para vencer o apetite.

A Alimentação Cárnea

Se pudéssemos auferir qualquer benefício da condescendência com o desejo de alimentos cárneos, eu não vos faria este apelo. Mas sei que tal não se dá. A alimentação cárnea é prejudicial ao bem-estar físico e devemos aprender a passar sem ela. Os que estão em condições de seguir o regime vegetariano, mas atêm-se às suas preferências, comendo e bebendo o que lhes apraz, a pouco e pouco se tornarão descuidosos das instruções que o Senhor lhes deu no tocante às outras verdades e serão por fim incapazes de discernir estas, colhendo o que semearam.

Aos alunos de nossas escolas não se deve servir carne nem quaisquer outros alimentos que se sabe serem prejudiciais. Nada que possa promover o apetite de estimulantes deve ser posto à mesa. Apelo para os idosos, os jovens e os de meia-idade.


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Negai ao vosso apetite o que vos possa causar dano. Servi ao Senhor com sacrifício.

As próprias crianças devem desempenhar parte inteligente nessa obra. Somos todos membros de uma só família e Deus quer que Seus filhos, tanto jovens como idosos, se resolvam a negar-se no apetite e a poupar os meios necessários à construção de casas de culto e ao sustento dos missionários.

Estou habilitada a dizer aos pais: Colocai-vos nessa questão com alma e espírito ao lado do Senhor. Precisamos lembrar constantemente que estamos em juízo perante o Senhor do Universo nestes dias de graça. Não vos quereis libertar das condescendências que vos estão prejudicando? É fácil fazer uma profissão formal de fé; testifiquem, porém, os vossos atos de renúncia, de vossa obediência aos preceitos que Deus estabelece para Seu povo peculiar. Deponde então na tesouraria da igreja uma parte das economias que realizardes por meio desses atos; e não escassearão os meios para realizar a obra de Deus.

Muitos há que sentem não poderem permanecer por muito tempo sem o uso de alimentos cárneos; mas se essas pessoas se colocassem do lado do Senhor, absolutamente resolvidas a andar no caminho pelo qual Ele deseja guiá-las, receberiam força e sabedoria, como sucedeu a Daniel e seus companheiros. Veriam como o Senhor lhes pode dar bom discernimento, e se surpreenderiam ao ver quanto podem ser poupado para a obra de Deus pelos atos de renúncia. As pequenas somas poupadas por atos de sacrifício farão mais para o levantamento da obra de Deus do que os grandes donativos que forem feitos sem renúncia.

Os adventistas do sétimo dia proclamam verdades momentosas. Há mais de quarenta anos o Senhor nos deu luz especial sobre a reforma do regime alimentar, mas de que modo


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estamos andando nessa luz? Quantos têm recusado viver de acordo com os conselhos de Deus Como povo, nossos progressos deveriam ser proporcionais à luz que recebemos. Nosso dever é compreender e respeitar os princípios da reforma do regime alimentar. No tocante à temperança, deveríamos haver progredido mais do que qualquer outro povo e, entretanto, há ainda entre nós membros da igreja bem instruídos e mesmo ministros do evangelho que têm pouco respeito pela luz que Deus deu sobre o assunto. Comem o que lhe apraz e procedem do mesmo modo.

Os que ocupam cargo de instrutor e dirigente em nossa causa devem estar firmados no terreno da Bíblia, com relação a reforma do regime alimentar e dar testemunho decidido aos que crêem que estamos vivendo nos últimos dias da história deste mundo. Cumpre traçar uma linha divisória entre os que servem a Deus e os que servem a si próprios.

Os princípios que nos foram propostos no começo desta mensagem são tão importantes e devem ser considerados com tanta consciência hoje em dia como o foram então. Muitos há que nunca seguiram a luz dada com respeito ao regime alimentar. É tempo de tirar a luz de sob o alqueire e fazê-la resplandecer com luminosidade clara e forte.

Os princípios do regime alimentar significam muito para nós, individualmente, e como povo. Quando pela primeira vez me veio a mensagem da reforma alimentar, eu era fraca e muito débil, sujeita a desmaios freqüentes. Roguei a Deus que me auxiliasse, e Ele me apresentou a grande questão da reforma da alimentação. Revelou-me que os que estão guardando seus mandamentos, deverão ser postos em relação sagrada com Ele e, por meio da temperança observada no comer e no beber, conservar o espírito e o corpo nas condições mais favoráveis para o Seu serviço. Essa luz me foi grande bênção.


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Tomei posição como observadora da reforma do regime alimentar, sabendo que o Senhor me fortaleceria. Tenho hoje melhor saúde do que na juventude, apesar da minha idade.

Houve quem alegasse que não tenho seguido os princípios da reforma alimentar, tais como os defendo com a pena; posso, entretanto, dizer que tenho sido fiel a essa reforma. Os membros da minha família sabem que isso é verdade.

"Para a Glória de Deus"

Não estabelecemos regra alguma para ser seguida no regime alimentar, mas dizemos que nos países onde são comuns as frutas, cereais e nozes, os alimentos cárneos não constituem alimentação própria para o povo de Deus. Fui instruída que a alimentação de carne tende a embrutecer a natureza e a privar os homens daquele amor e simpatia que devem sentir uns pelos outros, dando aos instintos baixos o domínio sobre as faculdades superiores do ser. Se a alimentação de carne foi saudável algum dia, é perigosa agora. Constitui em grande parte a causa dos cânceres, tumores e doenças dos pulmões.

Não nos compete fazer do uso da alimentação cárnea uma prova de comunhão; devemos, porém, considerar a influência que crentes professos, que fazem uso de carne, têm sobre outras pessoas. Como mensageiros de Deus, não devemos testemunhar ao povo: "Quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus"? I Cor. 10:31. Não devemos dar um testemunho decidido contra a transigência com o apetite pervertido? Porventura os ministros do evangelho, que estão a proclamar a verdade mais solene já enviada aos mortais, devem constituir-se exemplo no regresso às panelas de carne do Egito? É lícito que os que são


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sustentados pelos dízimos dos celeiros de Deus se permitam a condescendência que tende a envenenar a corrente vivificadora que lhes flui nas veias? Desprezarão a luz que Deus lhes deu e as advertências que lhes faz? A saúde do corpo deve ser considerada como essencial para o crescimento na graça e para a aquisição de bom temperamento. Se o estômago não for bem cuidado, a formação de caráter moral íntegro será prejudicada. O cérebro e os nervos relacionam-se com o estômago. O comer e o beber impróprios resultam num pensar e agir impróprios também.

Todos estão sendo agora experimentados e provados. Fomos batizados em Cristo, e, se desempenharmos nossa parte em renunciar tudo que nos afeta desfavoravelmente, fazendo de nós o que não devemos ser, ser-nos-á concedida força para o crescimento em Cristo, que é a nossa cabeça viva, e veremos a salvação de Deus.

Somente quando dermos atenção inteligente aos princípios do viver saudável, seremos habilitados a ver os males que resultam do regime impróprio. Os que, depois de reconhecerem seus erros, tiverem coragem para reformar seus hábitos, hão de experimentar que o processo da reforma exige lutas e muita perseverança. Uma vez educados os gostos, porém, reconhecerão que o uso de alimentos que antes haviam considerado inofensivos, estivera, pouco a pouco, mas de modo seguro, lançando bases para a dispepsia e outras doenças.

Pais e mães, vigiai em oração. Ponde-vos em guarda rigorosa contra a intemperança sob qualquer forma. Ensinai aos vossos filhos os princípios da verdadeira reforma pró-saúde. Ensinai-lhes o que lhes convém evitar, a fim de preservar a saúde. Já a ira de Deus está começando a manifestar-se sobre os filhos da desobediência. Quantos crimes, pecados e práticas iníquas estão se manifestando por todos os lados!


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Como um povo, devemos ter o maior cuidado em guardar nossos filhos da companhia depravada.

O Ensino dos Princípios de Saúde

Para educar o povo nos princípios da reforma de saúde, é mister que se façam maiores esforços. Importa fundar escolas culinárias e instruir o povo, de casa em casa, quanto aos meios de preparar alimentos saudáveis. Todos, idosos e jovens, devem aprender a cozinhar com maior simplicidade. Onde quer que a verdade seja apresentada, o povo deverá aprender a preparar alimentos de modo simples e apetitoso. Cumpre mostrar-lhe como é possível seguir regime alimentar completo sem lançar mão dos alimentos animais.

Ensinai ao povo que é melhor saber conservar a saúde do que curar as enfermidades. Nossos médicos devem ser educadores sábios, advertindo a todos contra a tolerância dos apetites e mostrando que a abstinência das coisas que Deus proibiu é o único modo de evitar a ruína não só do corpo, mas também do espírito.

Muito do cuidado e habilidade devem ser empregados na preparação dos alimentos destinados a substituir os que antigamente constituíam o regime alimentar dos que agora estão aprendendo a ser reformadores. Para esse fim requer-se fé em Deus, firmeza de propósito e o desejo de promover o auxílio mútuo. Um regime que deixa de fornecer os elementos próprios da nutrição acarreta o opróbrio da causa da reforma de saúde. Somos mortais e temos que prover o alimento próprio para o corpo.

Exageros no Regime Alimentar

Alguns de nosso povo, posto que se abstenham conscienciosamente de alimentos impróprios, deixam, todavia, de suprir-se


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dos elementos necessários ao sustento do corpo. Nutrindo idéias exageradas a respeito da reforma pró-saúde, correm o risco de preparar pratos tão insípidos que não satisfazem. Cumpre preparar o alimento de modo a ser não só apetitoso, como substancial. Não de deve subtrair ao corpo o que ele necessita. Eu uso sal e sempre o usei, porque o sal, em vez de produzir efeito deletério, é realmente essencial para o sangue. Os vegetais devem tornar-se saborosos com um pouco de leite, nata, ou algo equivalente.

Posto que se tenha advertido contra o perigo de contrair enfermidades pelo uso da manteiga e contra os males provenientes do uso abundante de ovos por parte das crianças, não devemos considerar violação do princípio, usar ovos de galinhas bem tratadas e convenientemente alimentadas. Os ovos contêm propriedades que são agentes medicinais neutralizantes de certos venenos.

Abstendo-se de leite, ovos e manteiga, alguns deixaram de prover ao organismo o alimento necessário e, em conseqüência, se enfraqueceram e incapacitaram para o trabalho. Deste modo a reforma de saúde perde o seu prestígio. A obra que temos procurado erguer solidamente, confunde-se com coisas estranhas que Deus não exigiu, e as energias da igreja se paralisam. Mas Deus intervirá para evitar os resultados das idéias tão extremadas. O evangelho tem por alvo harmonizar a raça pecaminosa. O seu fim é levar ricos e pobres, conjuntamente, aos pés de Jesus.

Tempo virá em que talvez tenhamos de deixar alguns dos artigos de que se compõe o nosso atual regime, tais como leite, nata e ovos, mas não é necessário provocar perplexidades para nós mesmos com restrições exageradas e prematuras. Esperai até que as circunstâncias o exijam e o Senhor prepare caminho para isso.

Os que almejam êxito na proclamação dos princípios da


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reforma da saúde, deverão fazer da Palavra de Deus seu guia e conselheiro. Somente quando assim procederem é que os mestres dos princípios dessa reforma poderão permanecer em terreno vantajoso. Evitemos dar testemunho contra ela, deixando de usar alimentos nutritivos e saborosos em lugar dos artigos prejudiciais do regime que abandonamos. De forma alguma satisfaçais o vosso apetite quando este requer estimulantes. Tomai somente alimentos simples, nutritivos e agradecei a Deus constantemente os princípios da reforma da saúde. Em todas as coisas sede verdadeiros e retos, e ganhareis vitórias preciosas.

O Regime Alimentar em Países Diversos

Conquanto trabalhando contra a glutonaria e a intemperança, necessitamos reconhecer a condição a que está sujeita a família humana. Deus fez provisões para os que vivem nas diversas partes do mundo. Os que desejam ser Seus cooperadores devem refletir maduramente antes de especificar os alimentos que devem ser usados e os que não devem. Cumpre colocar-nos em ligação íntima com as massas. Se a reforma da saúde com todo o seu rigor, for ensinada àqueles cujas circunstâncias não lhes permitem a sua adoção, ter-se-á produzido mais dano do que bem. Quando prego o evangelho aos pobres, sou instruída a dizer-lhes que tomem os alimentos mais nutritivos. Não posso dizer-lhes: "Não deveis comer ovos, nem usar leite ou nata. Não deveis empregar manteiga no preparo de vossos alimentos." Cumpre que o evangelho seja pregado aos pobres, mas ainda não chegamos ao tempo em que deverá ser prescrito o regime dietético mais rigoroso.

Palavras aos Vacilantes

Os pastores que se sentem em liberdade para tolerar o apetite estão longe de atingir o alvo. Deus os quer como reformadores da saúde. Deseja-os vivendo na luz que foi dada sobre


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esse assunto. Entristece-me ver os que deveriam ser zelosos dos nossos princípios de saúde, ainda não convertidos ao modo de vida que nos convém. Oro ao Senhor para que lhes impressione o espírito com o fato de que estão sofrendo grande perda. Se tudo fosse como deveria ser nos lares de que se compõem nossas igrejas, faríamos trabalho dobrado para o Senhor.

A fim de serem purificados e permanecerem puros, os adventistas do sétimo dia deverão possuir o Espírito Santo em seu coração e lar. O Senhor me revelou que quando o Israel de hoje se humilhar perante Ele e limpar toda mancha que porventura contamine o templo da alma, ouvir-lhe-á as orações em favor dos enfermos e os abençoará no uso de Seus remédios. Se o agente humano fizer pela fé tudo quanto puder para combater a enfermidade, empregando os métodos simples de tratamento por Deus providos, seus esforços serão abençoados por Ele.

Se depois de tanta luz que lhes foi dada, os filhos de Deus ainda mantiverem hábitos errôneos, condescendendo com o apetite e recusando reformar-se, sofrerão fatalmente as conseqüências da transgressão. Se se propuserem satisfazer o apetite pervertido, seja a que preço for, Deus não os salvará miraculosamente daquilo que é o resultado de sua condescendência. "Em tormentos jazereis." Isa. 50:11.

Os que preferem ser presunçosos, dizendo: "O Senhor me curou, não necessito restringir o regime dietético; posso comer e beber o que me aprouver", necessitarão, no corpo e na alma, do poder restaurador de Deus. Em vista de o Senhor vos ter misericordiosamente curado, não deveis supor que podeis acompanhar as práticas condescendentes do mundo. Fazei o que Cristo ordenava, depois de operada a cura: "Vai-te e não peques mais." João 8:11. O apetite não deve ser vosso deus.


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O Senhor deu Sua Palavra ao Israel antigo de que se se apegassem firmemente a Ele e cumprissem todos os Seus pedidos, guardaria todos os Seus das doenças que haviam atribulado os egípcios; mas essa promessa foi feita sob condição de obediência. Se os israelitas houvessem obedecido às instruções recebidas, aproveitando-se de suas vantagens, ter-se-iam tornado para o mundo um modelo de saúde e prosperidade. Deixaram de cumprir o plano divino e, desta forma, de receber também as bênçãos que poderiam ter sido suas. Mas em José e Daniel, Moisés e Elias e em muitos outros, temos exemplos nobres dos resultados que se podem obter de um plano sábio de vida. Da mesma maneira a fidelidade hoje em dia produzirá resultados idênticos. É para nós que está escrito: "Vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz." I Ped. 2:9.

Quantos se privam das bênçãos mais preciosas que Deus tem em depósito para eles, seja em saúde, seja em dons espirituais Há muitas almas que suplicam vitórias e bênçãos especiais para que possam fazer alguma coisa apreciável. Para esse fim estão sempre sentindo que lhes é necessário empenhar-se numa exaustiva luta com orações e lágrimas. Quando tais pessoas esquadrinharem as Escrituras com espírito de oração, para conhecer a vontade divina e pô-la em prática de todo o coração, sem reserva alguma nem tolerância de qualquer espécie, encontrarão descanso. Todas as agonias, lágrimas e lutas não lhes produzirão a bênção que anelam. O eu precisa ser totalmente renunciado. Devem fazer a obra que se lhes apresenta, recebendo a plenitude da graça de Deus, que é prometida a todos os que a pedem com fé.

"Se alguém quer vir após Mim", disse Jesus, "negue-se a


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si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-Me." Luc. 9:23. Sigamos o Salvador em Sua simplicidade e renúncia. O Homem do Calvário seja por nós enaltecido pela palavra e por vida santa. O Salvador chega muito perto dos que se consagram a Deus. Se já houve um tempo em que mais necessitássemos da operação do Espírito Santo no coração e vida, esse tempo é o presente. Asseguremo-nos deste poder divino para termos a força de viver uma vida de santidade e renúncia. Testemunhos Seletos, vol. 3, págs. 354-365.

Participantes da Natureza Divina

Jesus repousava na sabedoria e força de Seu Pai celeste. Declara: "O Senhor Jeová Me ajuda, pelo que Me não confundo; ... e sei que não serei confundido. ... Eis que o Senhor Jeová Me ajuda." Mostrando Seu próprio exemplo, diz-nos: "Quem há entre vós que tema ao Senhor? ... Quando andar em trevas e não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor e firme-se sobre o Seu Deus." Isa. 50:7, 9 e 10.

"Vem o príncipe do mundo", disse Jesus; "e ele nada tem em Mim." João 14:30. Nada havia nEle que correspondesse aos sofismas de Satanás. Ele não consentia com o pecado. Nem por um pensamento cedia à tentação. O mesmo se pode dar conosco. A humanidade de Cristo estava unida a divindade; estava habilitado para o conflito, mediante a presença interior do Espírito Santo. E veio para nos tornar participantes da natureza divina. Enquanto a Ele estivermos ligados pela fé, o pecado não mais terá domínio sobre nós. Deus nos toma a mão da fé, e a leva a apoderar-se firmemente da divindade de Cristo, a fim de atingirmos a perfeição de caráter. O Desejado de Todas as Nações, pág. 123.


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O Resultado de Desconsiderar a Luz

A doença que visitou a muitas famílias em ______ não teria ocorrido, tivessem elas seguido a luz que Deus lhes confiou. À semelhança do Israel antigo, desatenderam elas a luz e não mais puderam ver a necessidade de refrear o apetite do que o Israel antigo. Os filhos de Israel desejavam obter alimentos cárneos, e diziam, como o fazem muitos agora: Se não tivermos carne morreremos. Deus deu carne ao rebelde Israel, mas Sua maldição o acompanhou. Milhares deles pereceram enquanto a carne ainda lhes estava entre os dentes. Temos o exemplo do Israel antigo, e a advertência para que não façamos como eles. ... Como podemos ir avante tão indiferentemente, escolhendo o nosso próprio caminho, seguindo a luz dos nossos próprios olhos e afastando-nos mais e mais de Deus, como o fizeram os hebreus? Deus não pode fazer grandes coisas por Seu povo em virtude de sua dureza de coração e pecaminosa descrença.

Deus não faz acepção de pessoas, mas em todas as gerações os que temem ao Senhor e praticam o que é justo são por Ele aceitos, enquanto os que são murmuradores, incrédulos e rebeldes não obterão o Seu favor nem as bênçãos prometidas aos que amam a verdade e nela andam. Os que possuem a luz e não a seguem, mas desatendem os reclamos divinos, notarão que suas bênçãos se converteram em maldições e em juízo as suas misericórdias. Deus deseja que aprendamos humildade e obediência ao lermos a história do Israel antigo, que fora Seu povo escolhido e peculiar, mas que trouxe sua própria destruição pela fato de haver seguido os seus próprios caminhos. Testimonies, vol. 3, págs. 171 e 172.


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Fidelidade às Leis da Saúde

Estou convencida de que ninguém precisa tornar-se doente, ao preparar-se para a reunião campal, se observar as leis da saúde em sua cozinha. Se não fizer nenhum bolo nem pastel, mas fizer pão simples integral, e depender de frutas, em conserva ou secas, não necessita contrair doença ao preparar-se para a reunião, nem precisará ficar doente enquanto lá estiver. Ninguém deve estar durante toda a reunião sem algum alimento quente. ...

Os irmãos e as irmãs não devem ficar doentes no acampamento. Se se vestirem de maneira apropriada nas horas frias da manhã e da noite e forem meticulosos em variar as suas roupas de acordo com a mudança do tempo, de modo a manter circulação apropriada, e estritamente observarem regularidade no dormir e no comer alimentos simples, não tomando nada entre as refeições, não precisam ficar doentes. ... Os que têm estado empenhados em trabalho árduo de dia para dia, agora cessam os seus exercícios; por isso não devem comer a sua quantidade comum de alimento. Se o fizerem, seu estômago será sobrecarregado. Desejamos ter de modo especial as energias cerebrais vigorosas nessas reuniões, e no melhor estado de saúde possível, para ouvirmos a verdade, apreciá-la, retê-la, a fim de que todos possamos praticá-la após voltarmos da reunião. Se o estômago é sobrecarregado com muito alimento, ainda que de boa espécie, a energia cerebral é chamada em auxílio dos órgãos digestivos. Há uma sensação de embotamento no cérebro. É quase impossível conservar os olhos abertos. As muitas verdades que devemos ouvir, entender e praticar são inteiramente perdidas pela indisposição ou porque o cérebro está quase paralisado em conseqüência da quantidade de alimento ingerido. Testimonies, vol. 2, págs. 602 e 603.


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Cozinha Saudável

Muitos não consideram este um assunto de dever, por isso não procuram preparar alimento apropriado. Este pode ser feito de maneira simples, saudável e fácil, sem usar banha, manteiga ou alimentos cárneos. A habilidade deve estar ligada à simplicidade. Para isso, as senhoras devem ler e, depois, transformar pacientemente em prática o que leram. Muitas estão sofrendo por não quererem dar-se ao incômodo de fazer isso. Digo a estas: É tempo de despertardes as vossas energias adormecidas e pôr-vos em dia com a leitura. Aprendei a cozinhar com simplicidade e, não obstante, de maneira a conseguir o mais saboroso e saudável alimento.

Pelo fato de ser errado cozinhar apenas para agradar o paladar ou satisfazer o apetite, ninguém deve nutrir a idéia de que esteja certo um regime alimentar improvisado. Muitos estão debilitados pela doença e carecem de alimentos nutritivos, em abundância e bem cozidos. Temos visto freqüentemente pão integral pesado, azedo e apenas parcialmente assado. Isso é falta de interesse de aprender, e de cuidado em desempenhar-se do importante dever de cozinhar. Às vezes encontramos broas ou biscoitos, secos, não assados, e outras coisas dessa espécie. E depois as cozinheiras vos dirão que se acham em condições de cozinhar bem no estilo antigo, mas, para dizerem a verdade, seus familiares não gostam de pão de farinha integral; que eles morreriam de fome vivendo dessa maneira.

Tenho dito a mim mesma que não me admira isto. É vossa maneira de preparar o alimento o que o torna tão sem sabor. Comer tal alimento levaria certamente a pessoa à dispepsia.

Essas pobres cozinheiras, e os que têm de comer o seu alimento, dirão solenemente que a reforma de saúde não se lhes ajusta. O estômago não tem poder para transformar em bom,


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o pão pobre, pesado e azedo; ao contrário esse pão pobre transformará em doente o estômago são. Os que usam tal alimento sabem que estão diminuindo o vigor. Não há uma causa? Algumas dessas pessoas se dizem reformadores, mas não o são. Elas não sabem cozinhar. Preparam bolos, batatas e pão de farinha integral, mas há sempre a mesma rotina, com pouca variação, e o organismo deixa de ser fortalecido. Parece-lhes inútil o tempo empregado em obter uma experiência cabal no preparo de alimento saudável e saboroso.

Aprender a Cozinhar

Freqüentemente nossas irmãs não sabem cozinhar. A estas, eu diria: Eu iria à melhor cozinheira que se pudesse encontrar no país e permaneceria aí, se necessário, por semanas, até que me tornasse mestre na arte - uma inteligente e hábil cozinheira. Assim faria eu se tivesse uns quarenta anos. É vosso dever saber cozinhar, da mesma maneira que é dever vosso ensinar vossas filhas a fazê-lo. Ao ensinar-lhes a arte culinária estais construindo ao redor delas uma barreira que as preservará de loucura e do vício a que, de outro modo, serão tentadas a entregar-se. Eu prezo minha costureira, dou valor a minha secretária; mas, minha cozinheira, que sabe preparar bem o alimento para sustentar a vida e nutrir o cérebro, os ossos e músculos, ocupa o mais importante lugar entre os auxiliares em minha família. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 191.


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A Habilidade Mais Necessária

É dever religioso para os que cozinham aprenderem a preparar alimento saudável em diferentes maneiras, de modo a serem ingeridos com prazer. As mães devem ensinar seus filhos a cozinhar. Que ramo da educação de uma jovem pode ser tão importante como esse? A comida tem que ver com a vida. O alimento escasso, empobrecido, mal preparado, está continuamente empobrecendo o sangue mediante o enfraquecimento dos órgãos que o fazem. É altamente essencial que a arte culinária seja considerada uma das mais importantes matérias na educação. Poucas são as boas cozinheiras. As jovens acham que é descer a uma baixa ocupação tornar-se cozinheira. Não é assim. Elas não encaram a questão do devido ponto de vista. O conhecimento acerca do preparo do alimento saudável, do pão em especial, não é ciência inferior. ...

As moças devem ser cabalmente instruídas na cozinha. Sejam quais forem suas circunstâncias na vida, aí está um conhecimento que pode ser posto em uso prático. É o ramo da educação que tem influência mais direta sobre a vida humana, especialmente daqueles que mais queridos nos são. Muita esposa e mãe que não teve a devida educação, e a quem falta habilidade na arte culinária, apresenta diariamente a sua família comida mal preparada, a qual vai firme e seguramente destruindo os órgãos digestivos, preparando deficiente qualidade de sangue, e trazendo com freqüência ataques agudos de doença inflamatória, causando morte prematura.

Muitos foram levados à morte por comerem pão pesado e azedo. Foi-me relatado um caso de uma menina empregada que fez uma fornada de pão azedo e pesado. Para ver-se livre dele e ocultar o caso, atirou-os a um casal de grandes porcos.


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Na manhã seguinte, o dono da casa encontrou mortos os animais e, examinando a gamela, encontrou pedaços daquele pão pesado. Fez averiguações, e a jovem confessou o que fizera. Não pensara no efeito que tal pão teria nos porcos. Se pão azedo e pesado mata porcos, que podem devorar cascavéis, e quase tudo quanto é detestável, que efeito terá no delicado órgão que é o estômago humano?

É dever religioso de cada moça e senhora cristã aprender sem tardança a preparar pão bom e de fácil digestão, de farinha de trigo integral. As mães devem fazer-se acompanhar de suas filhas ainda bem jovens, na cozinha, e ensinar-lhes a arte de cozinhar. A mãe não pode esperar que suas filhas compreendam os mistérios da conservação do lar sem instrução. Deve ela instruí-las paciente e carinhosamente, e tornar o trabalho o mais agradável possível por sua fisionomia alegre e animadoras palavras de aprovação. Se elas errarem uma vez, duas ou três, não as censureis. O desânimo antecipado está realizando sua obra e tentando-as a dizerem: "Não adianta, não posso fazer isto." Esse não é o momento para censura. A vontade se está tornando enfraquecida. É necessário o incentivo de palavras animadoras, cordiais, esperançosas como: "Não se preocupem com os erros que cometeram. Vocês são apenas aprendizes, e devem considerar natural cometer erros. Experimentem novamente. Ponham a mente no que estão fazendo. Sejam bem cuidadosas, e com certeza serão bem-sucedidas."

Muitas mães não consideram a importância dessa espécie de conhecimento e, em lugar de terem a preocupação e o cuidado de ensinar seus filhos e tolerar suas faltas e erros enquanto aprendem, preferem fazer tudo elas mesmas. E, ao cometerem suas filhas alguma falta ao se esforçarem, elas as


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mandam embora dizendo: "Não adianta, você não sabe fazer isto ou aquilo. Você me deixa mais perplexa e me atrapalha mais do que ajuda."

Dessa forma, os primeiros esforços das aprendizes são repelidos e, o primeiro erro arrefece de tal forma o seu interesse e ardor em aprender que elas temem fazer outra experiência e estão dispostas a costurar, fazer tricô, limpar a casa, qualquer coisa, menos cozinhar. ...

As mães devem fazer-se acompanhar de suas filhas à cozinha e ensiná-las pacientemente. Sua constituição será melhor para esse trabalho; seus músculos adquirirão tono e energia, e seus pensamentos serão mais saudáveis e elevados no fim do dia. Elas poderão sentir-se cansadas, mas quão agradável é repousar após uma quantidade de trabalho apreciável. O sono, suave e restaurador do físico, revigora o corpo cansado e prepara-o para os deveres do dia seguinte. Não sugirais a vossos filhos que, trabalhem ou não, é a mesma coisa. Ensinai-lhes que sua ajuda é necessária, que o seu tempo é valioso, e que dependeis de seu trabalho. Testimonies, vol. 1, págs. 681 e 682.

Pão Prejudicial

Quando fora de casa, por vezes, tenho visto que o pão que estava na mesa, e o geral da comida, me fariam mal; mas era obrigada a comer um pouco para sustentar a vida. É um pecado aos olhos do Céu ter-se tal comida. Tenho sofrido por falta da comida apropriada. Para um estômago dispéptico, podeis pôr sobre a mesa frutas de diferentes espécies, mas não muitas em uma refeição. Assim podeis ter variedades, e será apetitoso, e depois de haverdes tomado a refeição, sentir-vos-eis bem. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 192.


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Mudança de Regime

As pessoas que condescenderam com o apetite para comer livremente carne, molhos altamente temperados, e várias espécies de substanciosos bolos e conservas, não podem imediatamente ter prazer num regime simples, saudável e nutritivo. Seu paladar está tão pervertido que não tem apetite para um regime saudável de frutas, pão simples e verduras. Não devem esperar que logo de início tenham prazer em alimento tão diferente daquele com que têm estado condescendendo. Se não podem, a princípio, ter prazer em alimento simples, devem jejuar até que o possam. Esse jejum se lhes demonstrará de maior benefício do que remédios, pois o abusado estômago encontrará o descanso de que há muito vinha necessitando, e a verdadeira fome pode ser satisfeita com um regime simples.

Levará tempo para o paladar recuperar-se dos abusos que recebeu, e voltar ao seu tom natural. Mas a perseverança no procedimento de negação própria quanto a comer e beber logo tornará saboroso o alimento saudável, e logo será tomado com maior satisfação do que o epicureu sente com suas ricas iguarias. O estômago não está perturbado com o alimento cárneo e sobrecarregado, mas em bom estado de saúde e pode prontamente realizar a sua obra. Não deve haver nenhuma demora na reforma. Devem-se fazer esforços para preservar cuidadosamente as últimas reservas de energias vitais, removendo toda sobrecarga. O estômago pode jamais recobrar a saúde, mas um sistema apropriado de alimentação evitará que a debilidade continue; e muitos a recobrarão mais ou menos, a não ser que tenham ido longe demais em suicídios glutônicos. Spiritual Gifts, vol. 4, págs. 130 e 131.


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Combinação Prejudicial

Agora quanto ao leite e açúcar: Sei de pessoas que ficaram atemorizadas com a reforma da saúde, e disseram que não queriam ter nada a ver com ela, por causa de falar contra o abundante uso dessas coisas. As mudanças devem ser feitas com grande cuidado; e devemos proceder cautelosa e sabiamente. Devemos seguir uma orientação que se recomende por si mesma aos homens e mulheres inteligentes da Terra. Grandes quantidades de leite e açúcar ingeridos juntos, são prejudiciais. Comunicam impurezas ao organismo. ... O açúcar abarrota o organismo. Entrava o trabalho da máquina viva.

Houve um caso em Montcalm County, Michigan, ao qual me referirei. O cidadão era um homem imponente. Media mais de um metro e oitenta e era de bela aparência. Fui chamada a visitá-lo em sua doença. Eu havia conversado anteriormente com ele a respeito de sua maneira de viver. "Não gosto da aparência de seus olhos", disse eu. Ele estava usando grande quantidade de açúcar. Perguntei-lhe por que fazia aquilo. Ele disse que havia deixado de comer carne, e que não sabia o que supriria sua falta tão bem quanto o açúcar. ...

Alguns de vós enviam suas filhas, que mal atingiram a feminilidade, para a escola a fim de aprenderem as ciências antes que elas aprendam a cozinhar, quando isto deve ser considerado da maior importância. Havia uma senhora que não sabia cozinhar; ela não havia aprendido a preparar alimentos saudáveis. A esposa e mãe era deficiente neste importante ramo da educação e, como resultado, não sendo os alimentos, preparados de maneira pobre, suficientes para fazer face às exigências do organismo, era ingerido açúcar imoderadamente, o que causava uma condição enfermiça do organismo inteiro. ...


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Quando fui ver o homem doente, procurei falar-lhe da melhor maneira possível como conduzir-se, e logo ele começou lentamente a melhorar. Mas usou imprudentemente suas forças não estando capacitado, comeu uma pequena quantidade de alimento, de má qualidade, e estava regredindo novamente. Dessa vez não houve nenhum auxílio para ele. Seu organismo parecia ser uma massa viva de corrupção. Ele pereceu vítima da cozinha pobre. Procurou fazer com que o açúcar suprisse a falta da boa alimentação e isto apenas tornou pior o assunto.

Sento-me com freqüência à mesa de irmãos e irmãs, e vejo que eles usam grande quantidade de leite e açúcar. Isto sobrecarrega o organismo, irrita os órgãos digestivos, e afeta o cérebro. Tudo quanto embaraça o ativo funcionamento do maquinismo vivo, afeta diretamente o cérebro. E segundo a luz que me foi dada, o açúcar, quando usado abundantemente, é mais prejudicial do que a carne. Testimonies, vol. 2, págs. 368-370.

Alimentos sem Sabor

Conheço famílias que mudaram do regime cárneo para um regime pobre. Seu alimento é tão deficientemente preparado, que o estômago o aborrece, e depois me disseram que a reforma da saúde não lhes vai bem; que estavam enfraquecendo. Aí está uma razão por que alguns não foram bem-sucedidos em seus esforços para simplificar a comida. Usam um regime sem nutrição. A comida é preparada sem capricho, e comem continuamente a mesma coisa. Não deve haver muitas espécies na mesma refeição, mas não devem todas as refeições constar dos mesmos pratos, sem variação. A comida deve ser preparada com simplicidade, todavia de maneira a se tornar apetecível. Testemunhos Seletos, vol. 1, págs. 194 e 195.


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Regime Alimentar Pobre

Tenho falado da importância de a quantidade e a qualidade da comida estarem em estrito acordo com as leis da saúde. Não recomendamos, todavia, um regime alimentar insuficiente. Foi-me mostrado que muitos têm uma idéia errônea da reforma da saúde, e adotam uma alimentação bem pobre. Vivem com uma qualidade de comida barata e fraca, preparada sem cuidado ou sem atenção para com a nutrição do organismo. É de importância que o alimento seja preparado com cuidado, para que o apetite, quando não pervertido, o possa saborear. Pelo fato de, por princípio, rejeitarmos carne, manteiga, pastéis de carne, especiarias, toucinho e o que irrita o estômago e destrói a saúde, não se deve dar nunca a idéia de que não tem muita importância o que comemos.

Alguns há que vão a extremos. Precisam comer determinada quantidade, e apenas tal qualidade, e se limitam a duas ou três coisas. Não permitem que sejam postas diante deles e sua família para comer senão poucas coisas. Comendo pequena quantidade de alimento e este não da melhor qualidade, não põem no estômago o que é próprio para nutrir o organismo. Comida sem nutrição não pode ser convertida em sangue bom. Um regime empobrecido, empobrecerá o sangue. ...

Foram-me apresentadas duas classes: Primeiro, a daqueles que não estavam vivendo de acordo com a luz que Deus lhes dera. ... Muitos de vós há que professam a verdade, que a aceitaram porque outros o fizeram, e para cuja vida não podeis dar a razão. Isto porque sois tão vacilantes como a água. Em lugar de confrontar os vossos motivos à luz da eternidade, em vez de terdes um conhecimento prático dos princípios


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que encobrem todas as vossas ações, em lugar de cavar fundo para o alicerce, e construir sobre um verdadeiro fundamento, por vós mesmos, estais andando nas fagulhas acesas por outros. E falhareis nisso, assim como falhastes na reforma da saúde. Ora, se tivésseis agido de acordo com o princípio, não teríeis feito isto.

Alguns não podem ser impressionados com a necessidade de comerem e beberem para a glória de Deus. A condescendência com o apetite afeta-os em todas as relações da vida. Mostra-se na família, na igreja, na reunião de oração e na conduta dos filhos. Tem sido a maldição de sua vida. Não vos é possível fazê-los compreender as verdades para estes últimos dias. Deus proveu abundantemente quanto ao sustento e a felicidade de todas as Suas criaturas; e caso Suas leis jamais fossem violadas, e todos agissem em harmonia com a vontade divina, experimentar-se-iam saúde, paz e felicidade em lugar de miséria e contínuo mal. ...

Outra classe que tem sustentado a reforma da saúde são os muito severos. Eles tomam uma posição e se firmam obstinadamente nessa posição e levam quase tudo além do limite. ...

Os alimentos cárneos prejudicam o sangue. Cozinhai carne com condimentos e comei-a com bolos e tortas muito substanciosos e tereis má qualidade de sangue. O organismo é demasiadamente sobrecarregado para digerir uma comida assim. Os pastéis de carne e os picles, que jamais deveriam encontrar lugar em qualquer estômago humano, proporcionarão mísera qualidade de sangue. E um alimento de qualidade pobre preparado de maneira imprópria, insuficiente na qualidade, não pode formar sangue bom. Alimentos cárneos e comidas muito substanciosas, bem como um regime pobre, produzirão os mesmos resultados. Testimonies, vol. 2, págs. 367 e 368.


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Extremos do Regime Alimentar

Muitos dos pontos de vista mantidos pelos adventistas do sétimo dia diferem vastamente dos mantidos pelo mundo em geral. Os que advogam uma verdade impopular devem, mais que todos os outros, procurar ser coerentes em seu viver. Não devem procurar ser o mais possível diferentes dos outros, mas sim ver quanto se podem aproximar daqueles que eles desejam influenciar, a fim de que possam ajudá-los a chegar à situação que tanto prezam. Tal procedimento recomendará as verdades que sustentam.

Os que advogam a reforma no regime alimentar devem, pela maneira em que provêem a sua própria mesa, apresentar sob o melhor prisma as vantagens da reforma de saúde. Devem exemplificar os seus princípios de tal modo que a recomendem ao juízo das pessoas sinceras.

Existe uma classe numerosa que rejeitará qualquer movimento de reforma, por muito razoável que seja, se porventura impõe restrições ao apetite. Eles consultam o paladar, em vez da razão e das leis da saúde. Desta classe, todos os que deixam o trilho batido do costume e advogam uma reforma sofrerão oposição, e serão considerados radicais, por mais coerente que seja o seu modo de proceder.

Ninguém deve, porém, permitir que a oposição ou o ridículo o afastem da obra da reforma, ou o levem a considerá-la levianamente. Quem estiver possuído do espírito que atuava em Daniel, não será estreito nem presumido, mas será firme e decidido em defender o direito. Em todas as suas associações, quer com seus irmãos quer com outros, não se desviará do princípio, enquanto ao mesmo tempo não deixará de manifestar uma paciência nobre e cristã. Se os que advogam a


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reforma de saúde levam a questão a extremos, não será de admirar que o povo se aborreça. Muitas vezes nossa fé religiosa é desta maneira levada ao descrédito, e em muitos casos os que testemunham mostras de incoerência, nunca mais podem ser levados a pensar que haja na reforma qualquer coisa de bom. Esses extremistas causam, em poucos meses, mais dano do que podem desfazer em toda uma vida. Empenham-se em uma obra que Satanás se apraz em ver prosseguir. ...

Pelo fato de nós, por princípio, rejeitarmos o uso dos alimentos que irritam o estômago e destroem a saúde, nem por isso devemos dar idéia que seja de pouca conseqüência o que comemos. Não recomendo um regime empobrecido. Muitos que carecem dos benefícios de um regime saudável, e por motivos de consciência adotam o que eles julgam ser assim, enganam-se supondo que um cardápio pobre, preparado sem esforço, e consistente na maior parte de mingaus e bolinhos de farinha grosseira, pesados e mal cozidos, seja um regime reformado. Alguns usam leite com grande quantidade de açúcar no mingau, julgando que estão praticando a reforma pró-saúde. Mas o açúcar e leite combinados são responsáveis pela produção de fermentação no estômago, sendo, pois, prejudiciais. O livre uso de açúcar em qualquer forma tende a obstruir o organismo, e não raro é causa de doença. Alguns pensam que só devem comer determinada quantidade, e de determinada qualidade, e limitar-se a duas ou três espécies de alimento. Mas comendo quantidade demasiado pequena, e não da melhor qualidade, não recebem nutrição suficiente.

Há verdadeiro senso comum na reforma do regime. Nem todos podem comer as mesmas coisas. Comidas apetecíveis e sãs para uma pessoa, podem ser desagradáveis e mesmo nocivas para outra. Alguns não podem usar leite, ao passo que outros tiram bom proveito dele. Pessoas há que não conseguem


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digerir ervilhas e feijão; para outros, eles são saudáveis. Para uns as preparações de cereais integrais são boas, enquanto outros não as podem ingerir. Alguns estômagos se tornaram tão sensíveis que não podem fazer uso de um tipo de farinha mais grossa. Dessa forma, é impossível estabelecer uma regra invariável pela qual regulamentarmos os hábitos dietéticos de cada um.

Idéias estreitas, e acentuação exagerada de pontos pequenos, têm sido grande mal para a causa da reforma da saúde. É possível esforçar-se tanto para economizar no preparo do alimento que, em vez de um regime saudável, torna-se um regime de miséria. Qual o resultado? - Sangue pobre. Já vi vários casos de doença de cura dificílima, devidos a um regime insuficiente. As pessoas assim doentes não foram levadas pela pobreza a adotar um regime insuficiente, mas isso fizeram para executar suas idéias errôneas acerca do que constitui a reforma pró-saúde. Dia a dia, refeição após refeição, os mesmos pratos eram preparados, sem variação, até que resultaram em dispepsia e debilidade geral.

Muitos dos que adotam a reforma alimentar se queixam de que não se dão bem com ela; depois de sentar-me à sua mesa, porém, chego à conclusão de que não é a reforma que tem a culpa, mas a comida deficientemente preparada. Apelo para homens e mulheres a quem Deus deu inteligência: Aprendam a cozinhar. Não cometo nenhum erro quando digo "homens", pois eles, da mesma maneira que as mulheres precisam compreender o preparo simples e saudável dos alimentos. Suas ocupações levam-nos muitas vezes a lugares onde não lhes é possível obter comida saudável. Poderão ser chamados a passar dias e até semanas entre famílias inteiramente ignorantes a este respeito. Então, caso possuam o conhecimento, poderão usá-lo bem.

Analisai vossos hábitos dietéticos. Observai da causa para o efeito, mas não deis falso testemunho contra a reforma de saúde, seguindo ignorantemente um procedimento que


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milita contra ela. Não negligencieis vosso corpo, nem dele abuseis, tornando incapaz de prestar a Deus aquele serviço que Lhe é devido. Estou inequivocamente certa de que alguns dos mais serviçais obreiros de nossa causa morreram em virtude desta negligência. Cuidar do corpo, provendo-lhe alimento que seja apetecível e revigorante, é um dos primeiros deveres da dona-de-casa. Muito melhor é ter roupas e mobiliário menos dispendiosos do que reduzir o suprimento necessário à mesa.

A maioria das pessoas possui melhor saúde tomando duas refeições ao dia, em vez de três; outras sob as circunstâncias existentes, podem precisar de alguma comida na hora do jantar; mas esta refeição deve ser muito leve. Ninguém se julgue um critério para todos - que cada um tenha que proceder exatamente como ele.

Nunca enganeis o estômago, levando-o a proceder diferentemente daquilo que a saúde requer, e nunca dele abuseis impondo-lhe uma carga que não deve levar. Cultivai o domínio próprio. Refreai o apetite; conservai-o sob o controle da razão. Não julgueis necessário abarrotar a mesa com alimento insalubre quando tendes visitas. A saúde de vossa família e a influência sobre vossos filhos devem ser consideradas, tanto quanto os hábitos e gostos de vossos hóspedes. ...

A reforma da saúde significa alguma coisa para nós, e não devemos menosprezá-la por meio de pontos de vista e práticas estreitos. Devemos ser sinceros para com nossas convicções do direito. Daniel foi abençoado por causa de sua firmeza em fazer o que sabia ser correto, e nós seremos abençoados se procurarmos honrar a Deus com inteiro propósito de coração. Christian Temperance, págs. 55-59.

Comer em Excesso

Muitos dos que adotaram a reforma da saúde, deixaram tudo quanto era nocivo; segue-se, porém, que pelo fato de deixarem essas coisas, podem comer tanto quanto lhes apetecer? Sentam-se à mesa e, em vez de considerar quanto lhes convém ingerir, entregam-se ao apetite, e comem excessivamente, e o estômago tem quanto lhe é possível fazer, ou o que deve fazer, para o resto do dia, afadigando-se com o fardo que lhe é imposto. Toda a comida posta no estômago, da qual o organismo não pode tirar proveito, é uma carga para a Natureza em seu trabalho. Entrava a máquina viva. O organismo fica abarrotado, e não pode com êxito levar avante sua obra. Os órgãos vitais ficam desnecessariamente sobrecarregados, e a energia nervosa do cérebro é chamada ao estômago para ajudar os órgãos digestivos no trabalho de dispor de uma quantidade de comida que não faz nenhum bem ao organismo.

Assim o vigor do cérebro é diminuído com o sacar tão fortemente dele em favor do estômago com sua pesada carga. E depois de ele concluir a tarefa, quais são as sensações experimentadas em resultado desse desnecessário gasto de energia vital? Uma sensação de fraqueza, como se devêsseis comer mais. Talvez essa sensação sobrevenha justamente antes da hora da refeição. Qual a causa disso? A natureza afadigou-se com seu trabalho, e acha-se tão exausta em conseqüência disso, que experimentais essa sensação de fraqueza. E julgais que o estômago diz: "Mais comida", quando, em sua fraqueza, ele está dizendo distintamente: "Dai-me repouso."


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O Estômago Necessita de Descanso

O estômago necessita de descanso para refazer as exaustas energias para outro trabalho. Mas em vez de lhe conceder qualquer período de sossego, pensais que ele precisa de mais comida, e amontoais outra carga sobre a natureza, negando-lhe o necessário descanso. É como um homem que trabalha no campo durante todo o período da manhã, até estar cansado. Ele entra ao meio-dia, e diz que está cansado e exausto; mas dizei-lhe que vá trabalhar novamente, que achará descanso. É assim que tratais vosso estômago. Ele se acha de todo cansado. Em vez, porém, de dar-lhe repouso, dais-lhe mais comida, e depois chamais a vitalidade de outras partes do organismo para o ajudar no trabalho da digestão.

Muitos de vós tendes às vezes sentido um entorpecimento no cérebro. Sentiste-vos desanimados de pegar qualquer trabalho que exigiu esforço seja mental ou físico, até que tivésseis repousado da sensação de fardo imposto sobre vosso organismo. Depois há, novamente, esta sensação de fraqueza. Dizeis, porém, que é a falta de mais alimento, e colocais uma carga dupla no estômago para que ele cuide dela. Mesmo que sejais cuidadosos no que se refere à qualidade de vosso alimento, glorificais a Deus no vosso corpo e espírito, os quais Lhe pertencem, comendo essa quantidade de alimento? Os que colocam tanto alimento no estômago, sobrecarregando assim a natureza, não poderiam apreciar a verdade se a ouvissem. Não poderiam eles despertar as entorpecidas sensibilidades do cérebro para compreender o valor da expiação e o grande sacrifício feito pelo homem caído. É-lhe impossível apreciar a grande, preciosa e extraordinariamente rica recompensa que está reservada para os fiéis vencedores. Jamais se deve permitir que a parte animal de nossa natureza governe a moral e intelectual.


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E que influência exerce o comer em excesso sobre o estômago? Este se torna debilitado, os órgãos digestivos são enfraquecidos e, como resultado, surge a doença com todo o seu cortejo de males. Se as pessoas já eram doentes, aumentam elas dessa forma as dificuldades sobre si, e diminuem sua vitalidade cada dia que vivem. Convocam suas energias vitais para a desnecessária atividade de cuidar do alimento que colocam no estômago. Testimonies, vol. 2, págs. 362-364.

Mães Atarefadas

Grande quantidade de trabalho árduo é desempenhado para conseguir para suas mesas alimentos que prejudicam grandemente o já sobrecarregado organismo. As senhoras gastam grande parte do seu tempo ao pé de um fogão quente, preparando alimentos altamente condimentados, para agradar o paladar. Em conseqüência, as crianças são negligenciadas e não recebem a instrução moral e religiosa. A atarefada mãe negligencia cultivar a brandura do temperamento, que é a luz solar da casa. Os assuntos eternos tornam-se secundários. Todo o tempo tem que ser empregado no preparo dessas coisas para o apetite que arruína a saúde, irrita o temperamento e entorpece as faculdades da razão.

A reforma no regime alimentar seria uma poupança em gastos e trabalho. Podem ser facilmente supridas as necessidades de uma família que se satisfaça com um regime simples e saudável. Os alimentos requintados destroem os órgãos do corpo e a mente. E quanto trabalho árduo para executar isto! Spiritual Gifts, vol. 4, págs. 131 e 132.


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O Pecado da Glutonaria

É pecado ser intemperante na quantidade de alimento ingerido, mesmo que a qualidade seja recomendável. Muitos acham que por não usarem alimento cárneo e os artigos alimentares mais finos, podem comer do alimento simples até não mais terem vontade. Isto é um engano. Muitos professos reformadores da saúde não são mais do que glutões. Põem eles sobre os órgãos digestivos um fardo tão grande que a vitalidade do organismo é consumida no esforço para dele desfazer-se. Exerce ele também uma influência depressiva sobre o intelecto, pois a energia nervosa do cérebro é requerida para auxiliar o estômago em seu trabalho. Comer em excesso, mesmo do alimento mais simples, embota a sensibilidade dos nervos do cérebro e enfraquece sua vitalidade. O comer em excesso exerce um efeito mais prejudicial sobre o organismo do que o trabalho excessivo; as energias da alma são mais efetivamente prostradas pelo comer intemperante do que pela intemperança no trabalho.

Os órgãos digestivos jamais devem ser sobrecarregados com uma quantidade ou qualidade de alimento que exija esforço do organismo para dela apropriar-se. Tudo aquilo que é colocado no estômago, além do que o organismo pode utilizar para transformar em bom sangue, atravanca a maquinaria, pois não pode ser tornado quer em carne quer em sangue, e sua presença sobrecarrega o fígado e produz uma condição mórbida do organismo. O estômago trabalha demais em seu esforço para utilizá-lo, e há então uma sensação de fraqueza que é interpretada como sendo fome, e, sem dar tempo aos órgãos digestivos para repousarem de seu intenso labor e renovar suas energias, outra quantidade imoderada de alimento é colocada no estômago, pondo o cansado maquinismo de novo em movimento. O organismo recebe menos alimento de tão grande


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quantidade de comida, mesmo de devida qualidade, do que de uma quantidade menor, tomada em períodos regulares. ...

É impossível ter clara concepção das coisas eternas a menos que a mente seja treinada a demorar-se sobre temas elevados. Todas as paixões devem ser trazidas em perfeita sujeição às faculdades morais. Quando homens e mulheres professam fé vigorosa e espiritualidade zelosa, sei que sua profissão é falsa se eles não têm posto todas as suas paixões sob controle. Deus pede isto. A razão pela qual tais trevas espirituais prevalecem é que a mente se satisfaz em seguir um baixo nível e não é dirigida para o alto, em um canal celestial puro e santo. Testimonies, vol. 2, pág. 374.

Evitar as Falsas Normas

Ao passo que vos desejaríamos advertir a não comer em excesso, mesmo da melhor qualidade de comida, quereríamos também advertir aos que são extremistas a não erguerem uma falsa norma, e depois se esforçarem por levar toda a gente a segui-la. Alguns há que se estão iniciando como reformadores da saúde, e que não estão habilitados a se empenharem em nenhum outro empreendimento, e não possuem senso suficiente para cuidar da própria família, ou manter o próprio lugar na igreja. E que fazem eles? Ora, eles se arvoram em médicos da reforma da saúde, como se pudessem fazer disto um sucesso. Assumem as responsabilidades de sua prática, e tomam nas mãos a vida de homens e mulheres, quando na verdade nada sabem do assunto. Testemunhos Seletos, vol. 1, págs. 192 e 193.

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