Conselhos Sobre o Regime Alimentar

CAPÍTULO 7

O Comer em Demasia

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Um Pecado Comum, mas Sério

Sobrecarregar o estômago é um pecado comum, e quando se usa demasiado alimento, todo o organismo é sobrecarregado. A vida e vitalidade, em vez de aumentar, diminuem. É assim como Satanás planeja. O homem utiliza suas forças vitais no desnecessário trabalho de cuidar de excesso de alimentos.

Por tomar demasiado alimento, não apenas gastamos descuidadamente as bênçãos de Deus, providas para as necessidades da natureza, mas causamos grande dano a todo o organismo. Contaminamos o templo de Deus, que é enfraquecido e mutilado; e a natureza não pode fazer o seu trabalho bem e sabiamente, como Deus designara que fosse. Em virtude de egoísta condescendência para com o seu apetite, o homem tem pressionado as forças da natureza, obrigando-a a realizar um trabalho que jamais deveria ser forçada a executar.

Estivessem todos os homens familiarizados com a viva maquinaria humana, e poderiam não ser culpados de fazer isto, a menos, claro, que amassem de tal maneira a condescendência consigo mesmos, que preferissem continuar sua conduta suicida e morrer morte prematura, ou viver durante anos como um fardo para si mesmos e para seus amigos. Carta 17, 1895.

Obstruindo a Maquinaria Humana

É possível comer sem moderação, mesmo os alimentos saudáveis. Não se deve pensar que, pelo fato de haver alguém deixado o uso de artigos prejudiciais do regime alimentar, deva comer tanto quanto lhe aprouver. O alimentar-se em excesso, não importa qual a qualidade do alimento, atrapalha a máquina viva e a estorva assim em seu trabalho. Christian Temperance and Bible Hygiene, pág. 51.

A intemperança no comer, mesmo que seja alimentos saudáveis, terá efeito danoso sobre o organismo, e embotará as faculdades mentais e morais. Signs of the Time, 1º de setembro de 1887.


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Quase todos os membros da família humana comem mais do que o organismo requer. Este excesso se deteriora e torna-se uma massa pútrida. ... Se é posto no estômago mais alimento do que requer a maquinaria viva, mesmo que seja alimento de boa qualidade, o excesso torna-se um fardo. O organismo faz desesperados esforços para eliminá-lo, e este trabalho extra causa uma sensação de cansaço e fadiga. Alguns que estão de contínuo comendo chamam a isto sensação de fome, mas é causada pela condição de sobrecarga dos órgãos digestivos. Carta 73a, 1896.

Fadigas e preocupações desnecessárias são criadas pelo desejo de fazer alarde ao hospedar visitas. A dona de casa trabalha excessivamente a fim de preparar grande variedade para a mesa; por causa dos muitos pratos preparados, os hóspedes comem demais; e doença e sofrimento, provenientes do demasiado trabalho, de um lado, e de comer excessivamente do outro, eis o resultado. Esses elaborados banquetes são um fardo e um dano. Testimonies, vol. 6, pág. 343.

Banquetes de glutonaria, e alimentos postos no estômago fora de horas, deixam sua influência sobre cada fibra do organismo; e a mente é também seriamente afetada pelo que comemos e bebemos. Health Reformer, junho de 1878.

Cerrada aplicação ao trabalho duro é prejudicial ao crescimento estrutural do jovem; mas onde centenas têm prejudicado sua constituição unicamente por trabalhar demais, a inatividade, o comer demasiado, a delicada indolência têm semeado as sementes de enfermidades no organismo de milhares que estão indo rápida e seguramente para o declínio. Testimonies, vol. 4, pág. 96.

Glutonaria, uma Ofensa

Alguns não exercem controle sobre seu apetite, mas satisfazem o gosto às expensas da saúde. Como resultado, o cérebro é obscurecido, os pensamentos ficam retardados, e eles deixam


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de realizar o que poderiam se houvessem exercido domínio próprio e abstinência. Essas pessoas privam a Deus de suas forças físicas e mentais que podiam ser devotadas ao Seu serviço se tivessem observado temperança em todas as coisas.

Paulo foi um reformador de saúde. Disse ele: "Subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado." I Cor. 9:27. Ele compreendia que sobre si repousava a responsabilidade de preservar toda a plenitude de suas forças, para que pudesse usá-las para glória de Deus. Se Paulo corria o perigo de intemperança, nós corremos perigo ainda maior, porque não sentimos e compreendemos como ele a necessidade de glorificar a Deus em nosso corpo e em nosso espírito, os quais Lhe pertencem. Comer demais é o pecado deste século.

A Palavra de Deus coloca o pecado de glutonaria na mesma categoria que a embriaguez. Tão ofensivo era este pecado à vista de Deus que Ele deu indicações a Moisés de que um filho que não pudesse ser restringido quanto ao apetite, mas que se empanturrasse com tudo que desejasse o seu paladar, devia ser levado pelos pais aos juízes de Israel, para que fosse apedrejado e morto. A condição de um glutão era considerada sem esperança. De nenhuma utilidade seria ele para outros, sendo uma maldição para si mesmo. Em coisa alguma se poderia depender dele. Sua influência estaria sempre contaminando a outros, e o mundo seria melhor sem essa espécie de caráter; pois seus terríveis defeitos poderiam perpetuar-se. Ninguém que possua o senso de sua responsabilidade diante de Deus permitirá que as propensões animais controlem a razão. Os que isto fazem não são cristãos, não importa quem sejam ou quão exaltada seja sua profissão de fé. A injunção de Cristo é: "Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos Céus." Mat. 5:48. Aqui Ele nos mostra que podemos ser tão perfeitos em nossa esfera quanto o é Deus na Sua. Testimonies, vol. 4, págs. 454 e 455.

O Costume de Pratos em Série Incita à Gula

Muitas pessoas que rejeitam a carne e outros pesados e nocivos artigos pensam que porque sua comida é simples e sã,


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elas podem condescender com o apetite sem restrições, comendo excessivamente, por vezes até a gulodice. Isto é um erro. Os órgãos digestivos não devem ser sobrecarregados com uma quantidade ou qualidade de alimento que torne pesado ao organismo o digeri-lo.

O costume determina que a comida seja trazida para a mesa por séries. Não sabendo o que vem depois, uma pessoa pode comer bastante de um prato que talvez não lhe seja o mais conveniente. Quando a última parte é apresentada, ela se arrisca muitas vezes a ultrapassar um pouco os limites, e aceita a tentadora sobremesa, o que, no entanto, não se lhe demonstra nada bom. Se toda a comida de uma refeição é posta na mesa ao princípio, a pessoa fica habilitada a fazer a melhor escolha.

Por vezes o resultado do excesso de alimento é imediatamente sentido. Noutros casos não há nenhuma sensação de mal estar; mas os órgãos digestivos perdem a força vital, e é solapada a base da resistência física.

Alimento em excesso pesa no organismo, produzindo um estado, febril. Chama uma indevida quantidade de sangue para o estômago, causando resfriamento nos membros e extremidades. Impõe pesada carga aos órgãos digestivos, e quando os mesmos têm executado sua tarefa, resta uma sensação de desfalecimento e debilidade. Pessoas que estão continuamente a comer em excesso, chamam fome a essa sensação de esvaimento; é porém, causado pelo estado de exaustão dos órgãos digestivos. Há por vezes anuviamento do cérebro, com indisposição para o esforço mental e físico.

Sentem-se estes desagradáveis sintomas porque a natureza realizou seu trabalho à custa de um desnecessário dispêndio de força vital, achando-se completamente exausta. O estômago está dizendo: "Dá-me repouso." Por parte de muitos, todavia, a fraqueza é interpretada como um pedido de mais alimento; de modo que, em lugar de conceder descanso ao estômago, lançam-lhe em cima outra carga. Em conseqüência, os órgãos digestivos se acham com freqüência gastos quando deviam encontrar-se em condições de prestar bom serviço. A Ciência do Bom Viver, págs. 306 e 307.


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Debilidades Físicas e Mentais

Como um povo, com toda nossa profissão de reforma de saúde, comemos demais. A condescendência para com o apetite é a maior causa de debilidades físicas e mentais, e jaz na raiz de grande quantidade de fraquezas evidentes em toda parte. Christian Temperance and Bible Hygiene, pág. 154.

Muitos dos que adotaram a reforma de saúde, deixaram tudo quanto era nocivo; segue-se, porém, que pelo fato de deixarem essas coisas, podem comer tanto quanto lhes apetecer? Sentam-se à mesa e, em vez de considerar quanto lhes convém ingerir, entregam-se ao apetite, e comem excessivamente, e o estômago tem quanto lhe é possível fazer, ou o que deve fazer, para o resto do dia, afadigando-se com o fardo que lhe é imposto. Toda a comida posta no estômago, da qual o organismo não pode tirar proveito, é uma carga para a natureza em seu trabalho. Entrava a máquina viva. O organismo fica abarrotado, e não pode com êxito levar avante sua obra. Os órgãos vitais ficam desnecessariamente sobrecarregados, e a energia nervosa do cérebro é chamada ao estômago para ajudar os órgãos digestivos no trabalho de dispor de uma quantidade de comida que não faz nenhum bem ao organismo.

E que influência tem sobre o estômago o comer demasiado? Este se debilita, os órgãos digestivos ficam enfraquecidos, e as enfermidades, com todo o seu cortejo de males, surgem como resultado. Se as pessoas estiveram enfermas antes, aumentam assim sobre si as dificuldades, e diminui sua vitalidade cada dia que passa. Convocam para ação desnecessária suas forças vitais, a fim de que se encarreguem do alimento que lhes ocupa o estômago. Que terrível é estar nesta condição!

Sabemos por experiência alguma coisa sobre dispepsia. Nós a temos tido em nossa família; e sabemos ser uma enfermidade muito de temer. Quando uma pessoa se torna inteiramente dispéptica, torna-se grande sofredora, tanto mental como fisicamente; e seus amigos têm de sofrer também, a menos que sejam insensíveis como animais.

E contudo ainda dizeis: "É da conta de alguém o que eu coma ou que conduta siga?" Sofrem os que estão em relação


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com algum dispéptico? Simplesmente fazei qualquer coisa que de alguma forma os irrite. Quão naturalmente se impacientam! Sentem-se mal, e parece-lhes a eles que seus filhos são muito maus. Não lhes podem falar com calma, nem, sem uma graça especial, agir com paciência em família. Todos ao seu redor ficam afetados pela enfermidade deles; e todos têm de sofrer as conseqüências de sua doença. Lançam uma negra sombra. Então, afetam ou não aos outros vossos hábitos no comer e beber? Certamente que sim. E deveis ser muito cuidadosos em manter-vos nas melhores condições de saúde, a fim de poderdes render a Deus perfeito serviço, e cumprir vosso dever na sociedade e na família.

Mas até mesmo os reformadores de saúde podem errar na quantidade de alimento. Podem comer imoderadamente alimentos saudáveis na qualidade. Testimonies, vol. 2, págs. 362-365.

O Senhor tem-me instruído que, como regra geral, colocamos demasiado alimento no estômago. Muitos acarretam desconforto sobre si por comer demais, e o resultado é muitas vezes a enfermidade. O Senhor não traz sobre eles esta punição. Eles a acarretam sobre si; e o Senhor deseja que compreendam que a dor é resultado da transgressão.

Muitos comem depressa demais. Outros comem numa só refeição alimentos que não combinam. Se os homens e as mulheres tão-somente se lembrassem de quanto afligem sua mente quando afligem o estômago, e quão profundamente é Cristo desonrado quando o estômago é sobrecarregado, seriam corajosos e abnegados, dando ao estômago oportunidade de recobrar sua salutar ação. Enquanto assentados à mesa podemos fazer trabalho médico-missionário ao comer e beber para glória de Deus. Manuscrito 93, 1901.

Cochilar Durante o Culto

Quando comemos imoderadamente, pecamos contra nosso próprio corpo. No que toca ao sábado, na casa de Deus, glutões assentar-se-ão e dormirão sob as escaldantes verdades da Palavra de Deus. Não conseguem manter os olhos abertos nem compreender os solenes sermões proferidos. Achais que essas pessoas estão glorificando a Deus no corpo e no espírito,


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os quais Lhe pertencem? Não; eles O desonram. E o dispéptico - aquilo que o tornou dispéptico é estar seguindo esta conduta - em vez de observar regularidade, tem permitido que o apetite o controle, e tem comido entre as refeições. Talvez, se seus hábitos são sedentários, não tenha ele tido o vitalizante ar do céu para ajudá-lo na obra da digestão; pode ser que não tenha tido suficiente exercício para sua saúde. Testimonies, vol. 2, pág. 374.

Não devemos preparar para o sábado mais liberal provisão de alimento, nem maior variedade que nos outros dias. Em lugar disto, a comida deve ser mais simples, e menos se deve comer, a fim de a mente estar mais clara e vigorosa para compreender as coisas espirituais. Um estômago abarrotado quer dizer um cérebro pesado. As mais preciosas palavras podem ser ouvidas e não apreciadas devido à mente estar confusa por uma alimentação imprópria. Comendo demais no sábado, muita gente faz mais do que julga para se tornar incapaz de receber o benefício de suas sagradas oportunidades. A Ciência do Bom Viver, pág. 307.

Perda de Memória

O Senhor concedeu-me luz para vós sobre o assunto de temperança em todas as coisas. Sois intemperantes em vosso modo de comer. Freqüentemente colocais no estômago quantidade dupla do alimento que vosso organismo requer. Este alimento se deteriora; vosso hálito torna-se desagradável; vossas dificuldades em expectorar se agravam; vosso estômago é sobrecarregado; e as energias vitais são convocadas do cérebro para


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movimentar o moinho que tritura o material posto em vosso estômago. Nisto tendes mostrado pouca consideração por vós mesmos.

Sois um glutão quando à mesa. Esta é uma grande causa de vosso esquecimento e perda de memória. Dizeis coisas que eu sei tendes dito, depois contornais o terreno e afirmais que dissestes coisa inteiramente diferente. Eu sabia isto, mas passei-o por alto, como sendo resultado certo do comer demasiado. De que adiantaria falar sobre isto? Não curaria o mal. Carta 17, 1895.

Conselho a Pastores e Obreiros Sedentários

O excessivo comer é especialmente prejudicial aos que são de temperamento indolente; estes devem comer frugalmente, e fazer bastante exercício físico. Existem homens e mulheres de excelentes aptidões naturais, que não realizam metade do que poderiam efetuar se exercessem domínio sobre si mesmos quanto a negar-se ao apetite.

Muitos escritores e oradores falham nesse ponto. Depois de comer à vontade, entregam-se a ocupações sedentárias, lendo, estudando ou escrevendo, não se dando nenhum tempo para exercício físico. Em conseqüência, é entravado o livre fluxo dos pensamentos e das palavras. Não podem escrever nem falar com a intensidade e o vigor necessários para atingir o coração; seus esforços são fracos e infrutíferos.

Aqueles sobre quem pesam importantes responsabilidades, e sobretudo os que são guardas dos interesses espirituais, devem ser homens de viva sensibilidade e rápida percepção. Mais que os outros devem eles ser temperantes no comer. Alimento muito condimentado e rico não deveria ser colocados em sua mesa.

Todos os dias homens que ocupam posição de responsabilidade têm de tomar decisões das quais dependem resultados de grande importância. É-lhes preciso com freqüência pensar rapidamente, e isto só pode ser feito com êxito pelos que observam estrita temperança. A mente se revigora sob o correto tratamento das faculdades físicas e mentais. Se a tensão não é demasiada, sobrevém renovado vigor a cada esforço. Mas com freqüência a obra dos que têm importantes planos a considerar e sérias decisões a tomar é afetada para o mal em conseqüência de um regime impróprio. Um estômago perturbado produz um


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estado mental incerto e perturbado. Causa muitas vezes irritabilidade, aspereza ou injustiça. Muito plano que haveria sido uma bênção para o mundo tem sido posto à margem; muitas medidas injustas, opressivas e mesmo cruéis têm sido executadas em resultado de estados enfermos, resultantes de hábitos errôneos no comer.

Eis uma sugestão para todos quantos têm trabalho sedentário ou especialmente mental; experimentem-no os que tiverem suficiente força moral e domínio próprio: Comei em cada refeição apenas duas ou três espécies de alimento simples, não ingerindo mais do que o necessário para satisfazer a fome. Fazei exercício ativo todos os dias, e vede se não experimentais benefício.

Homens fortes, que se empenham em ativo trabalho físico, não são forçados a cuidar tanto no que respeita à qualidade e à quantidade do alimento, como as pessoas de hábitos sedentários; mas mesmo esses desfrutariam melhor saúde se usassem de domínio sobre si mesmos quanto ao comer e beber.

Alguns desejariam que se lhes prescrevesse uma regra exata para seu regime. Comem demais, e depois se lamentam, e ficam sempre a pensar no que comem e bebem. Não deve ser assim. Uma pessoa não pode ditar uma estrita regra para outra. Cada um deve exercer discernimento e domínio próprio, agindo por princípio. A Ciência do Bom Viver, págs. 308-310.

Indigestão e Reuniões de Comissão

Em mesas lautas, os homens muitas vezes comem muito mais do que pode ser digerido com facilidade. O estômago sobrecarregado não pode fazer devidamente seu trabalho. O resultado é uma sensação desagradável de embotamento do cérebro, e a mente não age com rapidez. Criam-se perturbações mediante combinações impróprias de alimentos; há fermentação; o sangue fica contaminado e o cérebro confuso.

O hábito de comer em demasia, ou de comer demasiada variedade de alimentos na mesma refeição, causa freqüentemente dispepsia. Sério dano é assim causado aos delicados órgãos digestivos. Em vão protesta o estômago, e apela para o cérebro a fim de que raciocine da causa para o efeito. A quantidade excessiva de alimento ingerido, ou a sua combinação


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imprópria, faz a sua obra prejudicial. Em vão dão sua advertência os avisos desagradáveis. O sofrimento é a conseqüência. A doença toma o lugar da saúde.

Perguntarão alguns: Que tem isto que ver com as reuniões de comissões? Muitíssimo. Os efeitos da alimentação errada são levados para as reuniões de concílios e comissões executivas. O cérebro é afetado pelo estado do estômago. O estômago perturbado produz estado de espírito perturbado, indeciso. O estômago doente produz estado doentio do cérebro, tornando muitas vezes a pessoa obstinada em manter opiniões errôneas. A suposta sabedoria dessa pessoa é loucura para com Deus.

Apresento isto como causa da situação em muitas reuniões de concílio e de comissões executivas, onde a assuntos que exigiam estudo acurado, bem pouca consideração foi dada, e decisões da maior importância foram tomadas precipitadamente. Muitas vezes, quando deveria ter havido unanimidade de sentimento na afirmativa, opiniões decididamente negativas mudaram inteiramente a atmosfera de uma reunião. Esses resultados têm-me sido apresentados repetidas vezes.

Apresento este assunto agora porque sou instruída a dizer aos meus irmãos no ministério: Pela intemperança no comer, vós vos incapacitais para ver com clareza a diferença existente entre o fogo sagrado e o comum. E por essa intemperança também revelais vosso desrespeito pelas advertências que o Senhor vos fez. Sua palavra para vós é: "Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do Seu servo? Quando andar em trevas e não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor e firme-se sobre o seu Deus. Todos vós que acendeis fogo e vos cingis com faíscas; andai entre as labaredas do vosso fogo e entre as faíscas que acendestes; isso vos vem da Minha mão, e em tormentos jazereis." Isa. 50:10 e 11.

Não nos achegaremos ao Senhor, para que Ele nos salve de toda intemperança no comer e beber, de toda paixão profana, sensual, de toda impiedade? Não nos deveremos humilhar perante Deus, pondo de lado tudo quanto corrompa a carne e o espírito, para que em Seu temor possamos aperfeiçoar a santidade de caráter? Testimonies, vol. 7, págs. 257 e 258.

Nenhuma Recomendação da Reforma de Saúde

Nossos pregadores não são suficientemente minuciosos em relação a seus hábitos de alimentação. Tomam o alimento em


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quantidades demasiado grandes, e vasta variedade numa só refeição. Alguns são reformadores apenas no nome. Não têm regras pelas quais nortear seu regime, mas condescendem em comer frutas ou nozes entre as refeições, e assim impõem cargas sobremodo pesadas aos órgãos digestivos. Alguns ingerem três refeições ao dia, quando duas seria mais condizente com a saúde física e espiritual. Se as leis que Deus fez para governar o organismo físico são violadas, a penalidade há de seguir-se fatalmente.

Por causa da imprudência no comer, os sentidos de alguns parecem meio paralisados, e eles são apáticos e sonolentos. Esses pastores de rosto pálido que estão sofrendo em conseqüência de egoísta tolerância para com o apetite, não são uma recomendação em favor da reforma de saúde. Quando sofrendo em virtude de sobrecarga de trabalho, muito melhor seria dispensar ocasionalmente uma refeição, dando assim oportunidade à natureza para refazer-se. Nossos obreiros fariam pela reforma de saúde mais pelo exemplo do que pregando-a. Quando amigos bem-intencionados fazem para eles alimentos laboriosos, eles ficam fortemente tentados a desrespeitar o princípio; mas recusando os pratos requintados, os ricos condimentos, chá e café, podem demonstrar assim que são reformadores da saúde praticantes. Alguns estão sofrendo agora em conseqüência da transgressão das leis da vida, deixando assim um estigma sobre a causa da reforma de saúde.

Condescendência excessiva no comer, beber, no dormir ou no contemplar, é pecado. A ação harmoniosa, saudável, de todas as faculdades do corpo e da mente resulta em felicidade; e quanto mais elevadas e refinadas as faculdades, mais pura e perfeita a felicidade. Testimonies, vol. 4, págs. 416 e 417.

Cavando a Sepultura com os Dentes

A razão por que muitos de nossos pastores queixam-se de enfermidades, é que deixam de fazer suficiente exercício e são condescendentes no comer em excesso. Não compreendem que tal procedimento põe em perigo até a constituição mais forte. Os que, como vós, são de temperamento apático, devem comer pouco e não evitar exercício físico. Muitos de nossos pastores estão cavando sua sepultura com os próprios dentes. O organismo,


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tendo que cuidar da carga imposta aos órgãos digestivos, sofre, e severo esforço é imposto ao cérebro. Por toda ofensa cometida contra as leis da saúde, o transgressor tem de pagar a penalidade em seu corpo. Testimonies, vol. 4, págs. 408 e 409.

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