Maranata! - Meditação Matinal

CAPÍTULO 11

Novembro

Ma - Pag. 311  

O Cativeiro de Satanás e seus Anjos

"E a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, Ele tem guardado sob trovas, em algemas eternas, para o juízo do grande dia". S. Jud. 6.

A Terra tinha a aparência de um deserto solitário. Cidades e vilas, derribadas pelo terremoto, jaziam em montões. Montanhas tinham sido removidas de seus lugares, deixando grandes cavernas. Pedras anfractuosas, arrojadas pelo mar, ou arrancadas da própria terra, estavam espalhadas por toda a sua superfície. Grandes árvores tinham sido desarraiga- das, e juncavam a terra. Aqui deve ser a morada de Satanás com seus anjos maus, durante mil anos. Aqui estará ele circunscrito, para errar para cá e acolá, sobre a superfície da Terra, e para ver os" efeitos de sua rebelião contra a lei de Deus. Durante mil anos ele poderá gozar do fruto da maldição que ele determinou. Circunscrito apenas à Terra, Satanás não terá o privilégio de percorrer outros planetas para tentar e molestar os que não caíram. Durante este tempo Satanás sofre extremamente. Desde sua queda, seus maus característicos têm estado em constante exercício. Mas deve ele então ser despojado de seu poder e deixado para que reflita na parte que desempenhou desde sua queda, e aguarde com tremor e terror o terrível futuro, em que deverá sofrer por todo o mal que perpetrou, e ser castigado por todos os pecados que fez com que fossem cometidos.

Ouvi aclamações de triunfo dos anjos e dos santos remi- dos, os quais ressoavam como dez milhares de instrumentos musicais, porque não mais deveriam ser molestados e tentados por Satanás, e porque os habitantes de outros mundos estavam livres de sua presença e tentações. - PE, 290.

Ao povo de Deus o cativeiro de Satanás trará alegria e júbilo. Diz o profeta: "Acontecerá que no dia em que Deus vier a dar-te descanso do teu trabalho, e do teu tremor, e da dura servidão com que te fizeram servir, então proferirás este dito contra o rei de Babilônia [representando aqui Satanás], e dirás: Como cessou o opressor! ... Já quebrantou o Senhor o bastão dos ímpios e o cetro dos dominadores. Aquele que feria os povos com furor, com praga incessante, o que com ira dominava as nações, agora é perseguido, sem que alguém o possa impedir". Isaías 14:3-6. - GC, 657.

Ano Bíblico: S. João 10 e 11. - Juvenis: S. João 14.


Ma - Pag. 312  

Encontrar-nos-emos com Nossos Anjos da Guarda

""Aos Seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos". Sal. 91:11.

Não compreenderemos o que devemos aos cuidados e interposição dos anjos antes que se vejam as providências de Deus à luz da eternidade. Seres celestiais têm tomado parte ativa nos negócios dos homens. Eles têm aparecido em vestes que resplandeciam como o relâmpago; têm vindo como homens " no aspecto de viajantes. Têm aceito hospitalidade nos lares humanos, agido como guias de viajantes nas trevas da noite. Têm obstado aos intentos do espoliador, e desviado os golpes do destruidor.

Embora os governadores deste mundo não o saibam, em seus conselhos têm os anjos multas vezes sido oradores. Olhos humanos os têm visto. Ouvidos humanos têm ouvido seus apelos. Nos conselhos e cortes de justiça, mensageiros celestiais têm pleiteado a causa dos perseguidas e oprimidos. Têm eles combatido propósitos e detido males que teriam acarretado ruína e sofrimento aos filhos de Deus. Tudo isto ,se desdobrará ao estudante na escola celestial.

Todo remido compreenderá o serviço dos anjos em sua própria vida. Que maravilha será entreter conversa com o anjo que foi a sua guarda desde os seus primeiros momentos, que lhe vigiou os passos e cobriu a cabeça no dia de perigo, que com ele esteve no vale da sombra da morte, que assinalou o seu lugar de repouso, que foi o primeiro a saudá-lo na manhã da ressurreição, e dele aprender a história da interposição divina na vida individual, e da cooperação celeste em toda obra em prol da humanidade! - Ed., 304 e 305.

Com a Palavra de Deus nas mãos, todo ser humano, qualquer que seja sua sorte na vida, pode ter a companhia que preferir. Nas suas páginas pode entreter conversa com o que há de mais nobre e melhor da raça humana, e ouvir a voz do Eterno, ao falar Ele com os homens. Ao estudar e meditar os temas, para os quais "os anjos desejam bem atentar" (I S. Pedro 1:12), pode ter a companhia destes. - Ed., 127.

Ano Bíblico: S. João 12 e 13. - Juvenis: S. João 15.


Ma - Pag. 313  

Boas-Vindas à Cidade de Deus

"Disse-lhe o Senhor: Muito bem, serva bom o fiel, foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei. entra tio gozo do teu Senhor". S. Mat. 25:23.

Com indizível amor Jesus dá as boas-vindas a Seus fiéis, para "o gozo do teu Senhor". O gozo do Salvador consiste em ver, no reino de glória, as almas que foram salvas por Sua agonia e humilhação. E os remidos serão participantes de Sua alegria, vendo eles, entre os bem-aventurados, os que foram ganhos para Cristo por meio de suas orações, trabalhos e sacrifícios de amor. Reunindo-se eles em redor do grande trono branco, indizível júbilo lhes encherá o coração ao contemplarem os que ganharam para Cristo, e verem que um ganhou a outros, e estes ainda outros, todos trazidos para o porto de descanso, para ali deporem sua coroa aos pés de Jesus e louvá-Lo pelos séculos intérminos da eternidade.

Ao serem os resgatados recebidos na cidade de Deus, ecoa nos ares um exultante clamor de adoração. Os dois Adões estão prestes a encontrar-se. O Filho de Deus Se acha em pé, com os braços estendidos para receber o pai de nossa raça o ser que Ele criou e que pecou contra o seu Criador, e por cujo pecado os sinais da crucifixão aparecem no corpo do Salvador. Ao divisar Adão os sinais dos cruéis cravos, ele não cai ao peito de seu Senhor, mas lança-se em humilhação a Seus pés, exclamando: "Digno, digno é o Cordeiro que foi morto!" Com ternura o Salvador o levanta, convidando-o a contemplar de novo o lar edênico do qual, avia tanto, fora exilado.

Depois de sua expulsão do Éden, a vida de Adão na Terra foi cheia de tristeza. Cada folha a murchar, cada vítima do sacrifício, cada mancha na bela face da Natureza, cada mácula na pureza do homem, era uma nova lembrança de seu pecado. ... Com paciente humildade, suportou durante quase mil anos a pena da transgressão. Fielmente se arre- pendeu de seu pecado, confiando nos méritos do Salvador prometido, e morreu na esperança de uma ressurreição. O Filho de Deus redimiu a falta e a queda do homem; e agora, pela obra da expiação, Adão é reintegrado em Seu primeiro domínio. - GC, 644 e 645.

Ano Bíblico: S. João 14 e 15. - Juvenis: S. João 16.


Ma - Pag. 314  

Indizível Júbilo

"Jesus, ... em troca da alegria que Lhe estava proposta, portou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado a destra do trono de Deus". Heb. 12:2.

"Tenho-vos dito isto - disse Cristo - "para que o Meu gozo permaneça em vós, e o vossa gozo seja completo". S. João 15:11.

Jesus via sempre diante dele, o resultado da Sua missão. Sua vida terrena, tão cheia de trabalhos e sacrifícios, era iluminada pelo pensamento de que não seria em vão todo o Seu trabalho. Dando a vida pela vida dos homens, restauraria na humanidade a imagem de Deus. E havia de nos levantar do pó, reformar o caráter segundo o modelo de Seu próprio caráter, e torná-lo belo com Sua própria glória.

Cristo viu os resultados do trabalho de Sua alma e ficou satisfeito. olhou através da eternidade, e viu a felicidade daqueles que pela Sua humilhação haviam de receber o perdão e a vida eterna. Foi ferido pelas suas transgressões, moído pelas suas iniqüidades. O castigo que lhes havia de trazer a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras seriam sarados. Ele ouvia as exclamações de júbilo dos remidos. Ouvia os resgatados cantando o cântico de Moisés e do Cordeiro. Ainda que devesse primeiro ser recebido o batismo de sangue, ainda que os pecados do mundo devessem pesar sobre a Sua alma inocente, ainda que a sombra de uma indescritível mágoa" pairasse sobre Ele; por causa da alegria que O esperava, preferiu sofrer a cruz e desprezou a afronta. - CB, 504.

Com indizível amor Jesus dá as boas-vindas a Seus fiéis, para "o gozo do teu Senhor". O gozo do Salvador consiste em ver, no reino de glória, as almas que foram salvas por Sua agonia e humilhação. E os remidos serão participantes de Sua alegria, vendo eles, entre os bem-aventurados, os que foram ganhos para Cristo por meio de suas orações, trabalhos e sacrifícios de amor. Reunindo-se eles em redor do grande trono branco, indizível júbilo lhes encherá o coração. - GC, 644.

No final "verão o Seu rosto, e nas suas testas estará o Seu nome". Apoc. 22:4. E qual é a felicidade do Céu senão a de ver a Deus? Que maior júbilo poderá ter o pecador salvo pela graça de Cristo, do que contemplar a face de Deus, e tê-Lo por Pai? - 3 TS, 265 e 266.

Ano Bíblico: S. João 16-18. - Juvenis: S. João 17.


Ma - Pag. 315  

A Gratidão dos Remidos

"O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que sempre que o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes". S. Mat. 25:40.

Todo ato de nossa parte em auxiliar o povo de Deus será recompensado como tendo sido feito a Ele mesmo. - RH, 20-09-1898.

Os remidos encontrar-se-ão com aqueles que dirigiram ao Salvador ressurreto e os reconhecerão. Que bendita conversa entreterão com essas almas! "Eu era pecador!", dirá alguém, "sem Deus e sem esperança no mundo, e chegasses a mim, dirigindo-me a atenção para o precioso Salvador, como sendo minha única esperança". ... Outros dirão: "Eu era pagão, em terras pagãs. Vós deixasses os amigos e uma casa confortável e viestes ensinar-me a achar a Jesus e a nele crer como o único Deus verdadeiro. Destruí meus ídolos e adorei a Deus, e, agora, vejo-O face a face. Estou salvo, eternamente salvo, para sempre contemplar Aquele a quem amo. ..."

Outros exprimirão sua gratidão para com os que alimentaram os famintos e vestiram o nu. "Quando o desespero escravizou minha alma na incredulidade, o Senhor vos enviou a mim", dizem eles, "Para me falar palavras de esperança e conforto. Levastes alimento para minhas necessidades físicas, e abristes diante de mim a Palavra de Deus, despertando-me quanto a minhas necessidades espirituais. Tratastes-me corno irmão. Simpatizastes comigo nas minhas tristezas, e restaurasses minha alma magoada e ferida, para que eu me pudesse agarrar à mão de Cristo, estendida para me salvar. Quando eu ainda jazia em ignorância, paciente- mente ensinastes-me que eu tinha nos Céus um Pai que cuidava de mim. Lestes-me as preciosas promessas da Palavra de Deus. Inspirastes-me a fé em que Ele me salvaria,. Meu coração enterneceu-se, submeteu-se, quebrantou-se quando contemplei o sacrifício que Cristo fizera por mim. ... Aqui estou, salvo, eternamente salvo, para sempre viver na Sua presença e louvar Aquele que deu a vida por mim".

Que regozijo haverá, quando esses remidos se reunirem e saudarem os que com eles tanto se preocuparam! E os que viveram, não para agradar a si mesmos, mas para ser uma bênção aos desventurados que têm tão poucas bênçãos - como seu coração fremirá de satisfação! - My Life Today, pp. 353.

Ano Bíblico: S. João 19-21. - Juvenis: S. João 18. 315


Ma - Pag. 316  

O Céu é Muito Barato!

"Verá a Sua posteridade e prolongará os Seus dias; e a vontade do Senhor prosperará nas Suas mãos. Ele verá o fruto do penoso trabalho de Sua alma, o ficará satisfeito". Isa. 53:10 e 11.

O amor de Deus é sem medida, sem comparação. É infinito. ... Quando contemplamos a dignidade e glória de Cristo, vemos quão grande foi esse amor que levou ao sacrifício feito na cruz do Calvário, para redenção de um mundo perdido. Este tema encherá de admiração e assombro os santos, através dos séculos eternos, e por que não meditarmos nós nele aqui, neste mundo, com interesse intenso? ...

Oh, o mistério da piedade - Deus manifesto em carne! Este mistério aumenta à medida que o procuramos compreender. É incompreensível, e todavia os seres humanos permitem que coisas mundanas, terrenas, interceptem o pálido vislumbre que aos mortais é possível ter de Jesus e Seu incomparável amor. ... Como podemos nós entusiasmar-nos com coisas terrenas e comuns, e não comover-nos com este quadro: a cruz do Calvário, o amor revelado na morte do amado Filho de Deus, para que as almas a perecer não fossem detidas na escravidão do pecado, a maldição da lei?

Toda essa humilhação e angústia foram suportadas para fazer retornar à casa paterna os erradios, culpados e ingratos. Oh, o lar dos remidos - não posso correr o risco de perdê-lo! Se for salva no reino de Deus, hei de constante- mente discernir novas profundidades no plano da salvação. Todos os santos remidos verão e apreciarão como nunca dantes o amor do Pai e do Filho, e hinos de louvor irromperão de lábios imortais. Ele nos amou, deu Sua vida por nós. Com corpo glorificado, ampliadas faculdades, coração puro e imaculados lábios, cantaremos as riquezas do amor que redime. Não haverá no Céu sofredores, nem céticos a quem tivéssemos que, laboriosamente, convencer da realidade das coisas eternas; nada de preconceitos a derribar; mas todos serão susceptíveis a esse amor que ultrapassa o entendimento. Repouso, sim, graças a Deus, há um repouso para o Seu povo, onde Jesus guiará os remidos a verdes prados, junto a correntes de águas vivas que alegram a cidade de Deus. Será então atendida a oração de Jesus ao Pai: "Aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo". - Para Conhecê-Lo, p. 371.

Ano Bíblico: Atos 1-3. Juvenis: S. João 19.


Ma - Pag. 317  

O Lar, Finalmente!

"Muito bem, servo bom e fiel, ... entra tio gozo do teu Senhor". S. Mat. 25: 21.

Enquanto vos deleitais nas atraentes belezas da Terra, pensa! no mundo por vir, o qual não conhecerá jamais a mancha do pecado e morte; onde a face da Natureza não mais apresentará as sombras da maldição. Representai-vos na imaginação o lar dos remidos, e lembrai-vos de que ele será mais glorioso do que o pode pintar vossa mais brilhante imaginação. Nos variados dons de Deus em a Natureza só discernimos o mais pálido vislumbre de Sua glória. Está escrito: "As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que O amam". 1 Cor. 2: 9. - CC, 85 e 86.

Afinal abrir-se-ão as portas do Céu para dar entrada aos filhos de Deus, e dos lábios do Rei da glória brotarão as palavras que lhes soarão aos ouvidos qual música inefável: "Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo". S. Mat. 25:34.

Então os remidos receberão as boas-vindas às moradas que" Jesus lhes está preparando. - CC, 127.

Vi então Jesus conduzir a multidão dos remidos à porta da cidade. Lançou mão da porta e girou-a sobre os seus resplandecentes gonzos, e mandou entrarem as nações que haviam observado a verdade. Dentro da cidade havia tudo para deleitar a vista. Contemplavam por toda parte uma copiosa glória. Então Jesus olhou para os Seus santos remidos; seus rostos estavam radiantes de glória; e, fixando Seu olhar amorável sobre eles, disse com Sua preciosa e melodiosa voz: "Vejo o trabalho de Minha alma, e estou satisfeito. Esta opulenta glória é vossa, para a gozardes eternamente. Vossas tristezas estão terminadas. Não mais haverá morte, nem tristeza, nem pranto; tampouco haverá mais dor". ...

A linguagem é demasiadamente fraca para tentar uma descrição do Céu. Apresentando-se diante de mim aquela cena, fico inteiramente absorta. Enlevada pelo insuperável esplendor e excelente glória, deponho a pena e exclamo: "Oh, que amor! que amor maravilhoso!" A linguagem mais exaltada não consegue descrever a glória do Céu, ou as profundidades incomparáveis do amor de um Salvador. - PE, 283 e 289.

Ano Bíblico: Atos 4-6. - Juvenis: S. João 20.


Ma - Pag. 318  

Surpresas Quando Chegarmos ao Céu

"O Senhor não vê como vê o tomem. O homem vá o exterior, porém o Senhor, o coração". I Sam. 16:7.

Muitas vezes consideramos casos perdidos justamente aqueles que Cristo está atraindo a Si. ... Haverá muitos no Céu, os quais seus vizinhos supunham que lá não entrariam, O homem julga segundo a aparência; mas Deus vê o coração. - PJ, 71 e 72.

Alguns dentre os remidos ter-se-ão apoderado de Cristo nas últimas horas de vida, e no Céu será dada instrução para estes que, ao morrer, não compreendiam perfeitamente o plano da salvação. - SBC, 1124.

A Cristo, em Sua agonia na cruz, sobreveio um raio de conforto. Foi a súplica do ladrão arrependida. ... Em Jesus ferido, zombado e pendente da cruz, vê o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Num misto de esperança e de agonia em sua voz, a desamparada, moribunda alma atira-se sobre o agonizante Salvador. "Senhor, lembra-Te de mim, quando vieres no Teu Reino"- A resposta velo pronta. Suave e melodioso o acento, cheias de amor, de compaixão e de poder as palavras: "Na verdade te digo hoje, que serás comigo no Paraíso". - DN, 558 e 559.

Semelhante fé pode ser representada pelos trabalhadores da hora undécima, os quais receberam como recompensa tanto quanto os que. haviam labutado durante muitas horas. O ladrão suplicou com fé, arrependimento, contrição. Ele suplicou com sinceridade, como se compreendesse plenamente que Jesus podia salvá-lo, se quisesse. - SBC, 1125.

Aqueles que Cristo louva no Juízo, talvez tenham conhecido pouco de teologia, mas nutriram Seus princípios. ... Há, entre os gentios, almas que servem a Deus ignorantemente, a quem a luz nunca foi levada por instrumentos humanos; todavia não perecerão. Conquanto ignorantes da lei escrita de Deus, ouviram Sua voz a falar-lhes por meio da Natureza, e fizeram aquilo que a lei requeria. ...

Quão surpreendidos e jubilosos ficarão os humildes dentre as nações, e dentre os pagãos, de ouvir dos lábios do Salvador: "Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos ir- mãos, a Mim o fizestes"! Quão alegre ficará o coração do Infinito Amor quando Seus seguidores erguerem para Ele o olhar, em surpresa e gozo ante Suas palavras de aprovação! - DN, 477 e 478.

Ano Bíblico: Atos 7-9. - Juvenis: S. João 21.


Ma - Pag. 319  

Respostas Satisfatórias

"Assim como os céus são mais altos do que a Terra, assim são os Meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os Meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos". Isa. 55:9.

Nossos planos nem sempre são os planos de Deus. Em Sua amorosa solicitude e Interesse para conosco, Ele que nos compreende melhor do que nós próprios, recusa permitir, por vezes, que procuremos egoistamente satisfazer nossa ambição. ... Nossos planos são com freqüência frustra- aos, a fim de que sejam cumpridos os planos de Deus a nosso respeito. ...

Na vida futura, os mistérios que aqui nos inquietaram e desapontaram serão esclarecidos. Veremos quê as orações na aparência desatendidas e as esperanças frustradas têm lugar entre as nossas maiores bênçãos. - CB, 473 e.474.

Não estamos agora suficientemente adiantados nas consecuções espirituais para compreender os mistérios de Deus. Quando, porém, fizermos parte da família do Céu, esses mistérios serão desdobrados perante nós. ...

Então será revelada muita coisa na explanação de questões a cujo respeito Deus agora guarda silêncio, por não havermos colhido e apreciado o que tem sido revelado dos mistérios eternos. Os métodos da Providência divina serão esclarecidos; os mistérios da graça por meio de Cristo serão patenteados. O que a mente agora não consegue entender, e que é difícil de compreender, será explicado. Discerniremos ordem naquilo que parecia ser inexplicável; sabedoria em tudo o que foi retido; bondade e afável misericórdia em tudo que foi comunicado. A verdade será desdobrada à mente, livre de obscuridade, numa só linha, e seu fulgor será suportável. O coração será levado a cantar de alegria. Os conflitos estarão para sempre terminados, e serão solucionadas todas as dificuldades. 6BC, 1091.

Tudo quanto nos tem confundido acerca das providências de Deus será esclarecido no mundo vindouro. As coisas difíceis de serem compreendidas terão então explicação. Os mistérios da graça nos serão desvendados. Naquilo em que a nossa mente finita só via confusão e promessas desfeitas, veremos a mais perfeita e bela harmonia. Saberemos que o amor infinito dispôs as experiências que nos pareciam as mais probantes. 3TS, 433.

Ano Bíblico: Atos 10.12. - Juvenis: Atos 1.


Ma - Pag. 320  

"Pensai nas Coisas lá do Alto"

"Pensai mas coisas lá do alto, não nas que são aqui da Terra". Colos. 3:2.

Quando o povo de Deus tirar os olhos das coisas deste mundo e os puser no Céu e em coisas celestiais, será um povo peculiar, porque verá a misericórdia e bondade e compaixão que Deus mostrou aos filhos dos homens. Seu amor atrairá deles uma resposta, e na vida mostrarão aos que os rodeiam que o Espírito de Deus os controla, que estão pondo suas afeições nas coisas de cima e não nas da Terra.

Ao pensar no Céu, podemos levar nossa imaginação à expansão máxima, e cultivar os mais elevados pensamentos de que somos capazes, e nossa mente se tornará cansada no esforço de compreender a largura e profundidade e altura do assunto. A nossa mente é impossível apreender os grandes temas da eternidade. É nos mesmo impossível fazer um es- forço para compreender essas coisas sem que o esforço afete para bem todo o nosso caráter, e tenha uma influência edificante sobre nosso espírito. Quando pensamos em como Cristo veio "ao nosso mundo para morrer pelo homem caído, compreendemos alguma coisa do preço que foi pago por nossa redenção, e reconhecemos que não há verdadeira bondade nem grandeza à parte de Deus.

Unicamente à luz que brilha do Calvário, podemos saber a que profundezas de pecado e degradação o gênero humano caiu. Unicamente pelo comprimento da corrente baixada do Céu para nos alçar, podemos saber as profundezas às quais havíamos caído. E é unicamente mantendo em vista as invisíveis realidades que podemos compreender algo do maravilhoso tema da redenção.

Estamos quase no lar; em breve ouviremos a voz do Salvador, mais melodiosa do que qualquer música, dizendo: Vossa peregrinação está terminada. Entrai no gozo de vosso Senhor. Benditas, benditas boas-vindas! Quero ouvi-las de Seus lábios imortais. Quero louvá-Lo; quero honrar Aquele que está assentado sobre o trono. Quero que minha voz ecoe e recoe através dos paços do Céu. Estareis vós lã? ... Deus nos alude, enchendo-nos de toda a plenitude e poder, e assim poderemos fruir as alegrias do mundo por vir. - Nos Lugares Celestiais, P. 368.

Ano Bíblico: Atos 13-15. - Juvenis: Atos 2.


Ma - Pag. 321  

A Recompensa dos Remidos

"Se permanecer a obra de alguém... , esse receberá galardão". I Cor. 3:14.

Magnífica será a recompensa concedida quando os obreiros fiéis se reunirem em torno do trono de Deus e do Cordeiro. Quando João, em seu estado mortal, contemplou a glória de Deus, caiu como morto: não pôde suportar a visão. Porém quando os filhos de Deus houverem sido revestidos de imortalidade, vê-Lo-ão "como é". I S. João 3:2. Estarão perante o trono, aceitos no Amado. Todos os seus pecados terão sido apagados, removidas todas as suas transgressões. Podem, então, olhar o deslumbrante resplendor do trono de Deus. Foram co-participantes dos sofrimentos de Cristo, foram co-obreiros Seus no plano da redenção, e com Ele participam do gozo de ver almas salvas no reino de Deus, para ali louvarem a Deus durante toda a eternidade. ...

Nesse dia os remidos resplandecerão com os resplendor do Pai e do Filho. Tocando suas harpas de ouro, os anjos darão as boas-vindas ao Rei e aos Seus troféus de vitória - os que foram lavados e branqueados no sangue do Cordeiro. Um cântico de, triunfo ressoará, enchendo todo o Céu. Cristo venceu. Ele penetra nas cortes celestes, acompanhado de Seus remidos, testemunhas de que a Sua missão de sofrimento e sacrifício não foi debalde. ...

Há ali casas para os peregrinos da Terra. Há vestes para os justos, com coroas de glória e palmas de vitória. Tudo quanto nos tem confundido acerca das providências de Deus será esclarecido no mundo vindouro. As coisas difíceis de serem compreendidas terão então explicação. Os mistérios da graça nos serão desvendados. Naquilo em que a nossa mente finita só via confusão e promessas desfeitas, veremos a mais perfeita e bela harmonia. Saberemos que o amor infinito dispôs as experiências que nos pareciam as mais probantes. Ao reconhecermos o terno cuidado daquele que faz todas as coisas contribuírem para o nosso bem, regozijar-nos-emos com júbilo inexprimível e repleto de glória. - 3TS, 432 e 433.

Insisto em que vos prepareis para a vinda de Cristo nas nuvens do céu. ... Preparai-vos para o juízo, para que, ao vir Cristo, para Se fazer admirável em todos os que crêem, vós estejais entre os que O encontrarão em paz. 3TS, 432.

Ano Bíblico: Atos 16-18. - Juvenis: Atos 3.


Ma - Pag. 322  

"Nem Olhos Viram, nem Ouvidos Ouviram"

"Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam". 1 Cor. 2-9.

Os que na verdade amam a Deus desejarão de tal modo usar os talentos que Deus lhes confiou, que poliam ser uma bênção aos outros. E afinal os portais do Céu se abrirão de par em par para lhes dar entrada, e dos lábios do Rei da Glória alcançará os seus ouvidas, qual música suavíssima, a bênção: "Vinde, benditos de Meu Pai! entra! na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo". S. Mat. 25:34. Assim os remidos receberão as boas-vindas às mansões que Jesus lhes está preparando. Lá seus companheiros não serão os vis da Terra, mas sim os que, mediante o auxílio divino formaram caráter perfeito. Cada tendência pecaminosa, toda imperfeição, foi removida pelo sangue de Cristo; o é-lhes comunicada a excelência e resplendor de Sua glória, excedente em muito ao brilho do Sol em seu esplendor meridiano. E resplandece através deles a beleza moral, a perfeição de Seu caráter o que é de valor muito superior ao esplendor externo. São irrepreensíveis ante a grande trono branco, e participam da dignidade e privilégios dos anjos.

"Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam". Em vista da gloriosa herança que lhe pode caber, "que dará o homem em troca de sua alma?" S. Mat. 16:26. Pode ele ser pobre, todavia possui, em si mesmo, uma riqueza e dignidade que o mundo jamais poderia conceder. A alma, redimida e purificada do pecado, com todas as suas nobres faculdades delicadas ao serviço de Deus, é de sumo valor. Nos Lugares Celestiais, p. 367.

Habitar para sempre no lar dos bem-aventurados, trazer na alma, no corpo e no espírito, não os negros traços do pecado e da maldição, mas a perfeita semelhança de nosso Criador, e através dos séculos intérminos progredir em sabedoria, em conhecimento e santidade, explorando sempre novos campos do pensamento, sempre encontrando novas maravilhas e novas glórias, aumentando sempre à capacidade de saber, gozar e amar, e sabendo que há ainda diante de nós alegria, amor e sabedoria infinitos - tal é o objetivo a que aponta a esperança cristã. - CP, 49.

Ano Bíblico: Atos 19-21. - Juvenis: Atos 4.


Ma - Pag. 323  

Fruto Vivificante

"No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, o as folhas da árvore são para a cura dos povos". Apoc. 22:2.

O fruto da árvore da vida, no Jardim do Éden, possuía virtude sobrenatural. Comê-lo produzia vida eterna. Seu fruto era o antídoto da morte. Suas folhas serviam para manter a vida e a imortalidade. ...

Depois da entrada do pecado o Cultivador celestial transplantou a árvore da vida para o Paraíso celestial. - 8T, 288.

os santos remidos, que aqui houverem amado a Deus e observado os Seus mandamentos, entrarão pelas portas da cidade, e terão direito à árvore da vida. Dela comerão livre- mente, como nossos primeiros pais, antes da queda. As folhas daquela árvore frondosa e imortal serão para a cura das nações. Todos os seus ais terão desaparecido. Nunca mais sofrerão doença, tristeza ou morte, pois foram curados pelas folhas da árvore da vida. Jesus, então, verá o trabalho da Sua alma e ficará satisfeito, quando os remidos, que estiveram sujeitos à tristeza, aos trabalhos e aflições, que gemeram sob a maldição, se reunirem ao redor da árvore da vida, para comer o seu fruto imortal, a que nossos primeiros pais per- deram todo o direito, quando transgrediram os mandamentos de Deus. Não haverá perigo de jamais perderem novamente o direito à árvore da vida, pois aquele que tentou nossos primeiros pais a pecar será destruído pela segunda morte. - Youth"s Instructor, Outubro de 1852.

Obediência a todos os mandamentos de Deus era a condição para comer da árvore da vida. Adão caiu por desobediência.

A obediência por meio de Jesus Cristo confere ao homem perfeição de caráter e o direito a essa árvore da vida. As condições para participar novamente do fruto da árvore são expostas claramente no testemunho de Jesus Cristo a João: "Bem-aventurados os que guardam os Seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas". - 1BC, 1086.

Restabelecidos à árvore da vida, no Éden há tanto tempo perdido, os remidos crescerão até à estatura completa da raça em sua glória primitiva. Os últimos traços da maldição do pecado serão removidos, e os fiéis de Cristo aparecerão na beleza do Senhor nosso Deus". - GC, 642 e 643.

Ano Bíblico: Atos 22 e 23. - Juvenis: Atos 5.


Ma - Pag. 324  

O Arco-íris ao Redor do Trono

"Eis armado tio Céu um trono, o no trono Alguém sentado, e Esse que Se acha assentado é semelhante no aspecto a pedra de jaspe e de sardônio, o ao redor do trono há em arco-íris semelhante no aspecto a esmeralda". Apoc. 4:2 e 3.

Assim como o arco nas nuvens é formado pela união da luz solar e da chuva, assim a arco-íris que circunda o trono representa o poder conjunto da misericórdia e justiça. Não é só a justiça que deve ser mantida; pois isto obliteraria a glória do arco-íris da promessa sobre o trono; os homens poderiam ver somente a penalidade da lei. Se não houvesse justiça nem punição, não haveria estabilidade para o governo de Deus. É a mescla de juízo e misericórdia que torna completa a salvação. ...

A misericórdia nos convida a entrar pelas portas na cidade de Deus, e a justiça se compraz em conceder a toda alma obediente amplos privilégios como membro da família real, filho do Rei celestial. Se fossemos defeituosos no caráter, não poderíamos passar pelas portas que a misericórdia abriu para os obedientes; pois a justiça permanece junto à entrada, e exige santidade de todos os que desejam ver a Deus.

Caso se extinguisse a justiça e fosse possível que a misericórdia divina abrisse as portas para toda a raça humana, sem levar em conta o caráter, haveria pior condição de descontentamento e rebelião no Céu do que antes da expulsão de Satanás. Seriam quebradas a paz, a felicidade e a harmonia do Céu. A mudança da Terra para o Céu não alterará o caráter dos homens; a felicidade dos remidos no Céu resulta do caráter formado nesta vida segundo a imagem de Cristo. Os santos no Céu primeiro terão sido santos na Terra.

A salvação que Cristo fez tanto sacrifico em adquirir para o homem é a única coisa que tem valor; pois é o que salva do pecado. ... Destarte, a lei de Deus não é enfraquecida pelo evangelho, mas é rompido o poder do pecado, e o cetro da misericórdia é estendido ao pecador arrependido.

No arco-íris acima do trono há um perene testemunho de que "Deus amou ao mundo de tal maneira" que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". ...

Deus jamais Se esquecerá de Seu povo em sua luta contra o mal. Que Jesus seja o nosso tema. - RH, 13-12-1892.

Ano Bíblico: Atos 24-26. Juvenis: Atos 6.


Ma - Pag. 325  

Veremos o Rei

"Os teus olhos verão o Rei na Sua formosura, verão a terra que se estende até longe". Isa. 33:17.

Se desejamos ver o Rei em Sua formosura, temos de aqui nos comportar à altura. Temos de deixar atrás nossa meninice. Quando vier provocação, fiquemos calados. Há ocasiões em que o silêncio é eloqüência. Devemos revelar a paciência, bondade e longanimidade que nos tornem dignos de ser chamados filhos e filhas de Deus. Devemos confiar nele, crer nele, e com Ele contar. Devemos seguir as pegadas de Cristo. "Se alguém quer vir após Mim", diz Ele, "negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me". S. Luc. 9.23. ... O ficar calado quando assim devemos proceder, pode representar para nós uma cruz pesada. Pode ser uma disciplina penosa; deixai, porém, que vos assegure que o silêncio f az muito mais para vencer o mal do que uma tempestade de palavras iradas.

Neste mundo devemos aprender o que devemos ser para ter um lugar nas cortes celestiais. Devemos aprender as lições que Cristo nos deseja ensinar, para estarmos preparados para ser levados à escola superior das cortes de cima, onde o Salvador nos guiará para junto do rio da vida, explicando-nos muitas coisas que aqui não pudemos compreender, e ensinando-nos os mistérios de Deus. Lá veremos a glória de Deus como nunca a vimos aqui. Agora só recebemos uni vislumbre da glória, porque não prosseguimos em conhecer ao Senhor.

Cada principio reto, cada verdade aprendida em uma escola terrestre, far-os-á mais adiantados, em medida correspondente, na escola celestial. Assim como Cristo andava e falava com Seus discípulos durante Seu ministério na Terra, semelhantemente Ele nos ensinará na escola celestial, levando-nos para junto do rio das águas vivas, e revelando-nos verdades que nesta vida devem permanecer como ocultos mistérios por causa das limitações da mente humana, tão deslustrada pelo pecado! Na escola celestial teremos oportunidade de alcançar, passo a passo, as maiores culminância do saber. Ali, como filhos do Rei celestial, habitaremos sempre com os membros da família real; ali veremos o Rei em Sua beleza, e contemplaremos Seus atrativos incomparáveis.

Muito temos esperado, mas nossa esperança não se deve turbar. Se tão somente pudermos ver o Rei em Sua formosura, seremos benditos para sempre. - Nos Lugares Celestiais, P. 365.

Ano Bíblico: Atos 27 e 28. - Juvenis: Atos 7.


Ma - Pag. 326  

Os Cento e Quarenta e Quatro Mil

"Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sigo, e com Ele cento e quarenta e quatro mil tendo nas frontes escrito o Seu nome e o nome de Seu Pai". Apoc. 14-.I.

No mar cristalino diante do trono, naquele mar como que de vidro misturado com fogo - tão resplendente é ele pela glória de Deus - está reunida a multidão dos que "saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome". Apoc. 15:2. Com o Cordeiro, sobre o monte Sião, "tendo harpas de Deus", estão os cento e quarenta e quatro mil que foram remidos dentre os homens; e ouve-se, como o som de muitas águas, e de grande trovão, "uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas". E cantavam um "cântico novo" diante do trono - cântico que ninguém podia aprender senão os cento e quarenta e quatro mil. É o hino de Moisés e do Cordeiro - hino de livramento. Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência - e nunca ninguém teve experiência semelhante. "Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai". "Estes, tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro". Apoc. 14:1-5; 15:3. "Estes são os que vieram de grande tribulação" (Apoc. 7: 14); passaram pelo tempo de angústia tal como nunca houve desde que houve nação; suportaram a aflição do tempo da angústia de Jacó; permaneceram sem intercessor durante o derramamento final dos juízos de Deus. Mas foram livres, pois "lavaram os seus vestidos, e os branquearam no sangue do Cordeiro". "Na sua boca não se achou engano,, porque são irrepreensíveis" diante de Deus. "Por isso estão diante do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo,, e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra". Apoc. 7:15. Viram a Terra devastada pela fome e pestilência, o Sol com poder para abrasar os homens com grandes calores, e eles próprios suportaram o sofrimento, a fome e a sede. Mas "nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem Sol nem calma alguma cairá sobre eles". - GC, 646 e 647.

Ano Bíblico: Rom. 1-4. - Juvenis: Atos 8.


Ma - Pag. 327  

A Grande Multidão dos Remidos

"Depois destas coisas vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas tias mãos". Apoc. 7:9.

Todas as classes, todas as nações, tribos, povos e línguas estarão perante o trono de Deus e do Cordeiro, com suas vestes imaculadas e coroas gloriosas. Disse o anjo: "Estes são os que vieram de grande tribulação, e lavaram suas vestiduras e as branquearam, ao passo que aqueles que são amantes de prazeres mais do que amantes de Deus, os condescendentes consigo mesmos e desobedientes, perderam ambos os mundos. Não têm nem as coisas desta vida nem a vida imortal.

Aquela multidão triunfante, com cânticos de vitória, e coroas e harpas, provaram a ardente fornalha de aflições terrestres - fornalha aquecida intensamente. Vieram da pobreza, da fome e tortura, da profunda abnegação e amargas desilusões. Contemplai-os agora como vencedores, não mais pobres, não mais envoltos em tristeza, aflições e ódio de todos os homens por amor de Cristo. Vede suas vestes celestiais, brancas e resplandecentes, mais ricas do que as de qualquer rei. Olhai, pela fé, às suas coroas de glória; nunca semelhante diadema envolveu a fronte de qualquer monarca terrestre.

Escutai as suas vozes, ao cantarem exaltados hosanas, agitando as palmas de vitória. Música melodiosa reboa pelo Céu ao entoarem a melodia destas palavras: "Digno, digno é o Cordeiro que foi morto e ressurgiu para sempre. Ao nosso Deus que Se assenta no trono e ao Cordeiro, pertence a salvação". E a hoste angélica, anjos e arcanjos, querubins cobridores e serafins gloriosos, reecoam o estribilho daquele cântico de alegria e triunfo, dizendo: "Amém. O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graça, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus pelos séculos dos séculos". Apoc. 7:12.

Oh, naquele dia se descobrirá que os justos eram os sábios, ao passo que os pecadores e desobedientes eram tolos em seu orgulho e vaidade, por negligenciarem as coisas de interesse eterno. Vergonha e desprezo eterno é sua porção. Os que foram cooperadores de Cristo estarão então bem perto do trono de Deus, cingidos de pureza e das vestes de justiça eterna. - Nos Lugares Celestiais, p. 371.

Ano Bíblico: Rom. 5-7. - Juvenis: Atos 9.


Ma - Pag. 328  

A Recompensa dos Ganhadores de Almas

"Os que forem sábios ... resplandecerão, como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas sempre e eternamente". Dan. 12:3.

Quando penso naquelas palavras de Daniel, fico acordada à noite e repito-as muitas vezes: "Os que forem sábios ... resplandecerão, como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas sempre e eternamente". Olha! ao Sol e às estrelas, dispostas nos céus, e conhecidas por seus nomes. Diz o Senhor: Aqueles que a muitos conduzirem à justiça, brilharão como as estrelas sempre e eternamente. - MS 83, 1886.

Para determinar quão importantes são os interesses envolvidos na conversão da alma do erro para a verdade, temos de avaliar o valor da imortalidade; temos de entender quão terríveis são as dores da segunda morte; temos de compreender a honra e a glória que aguardam os remidos, e entender o que será viver na presença daquele que morreu para que pudesse elevar e enobrecer o homem, e conceder ao vencedor um diadema real.

O valor de uma alma não pode ser estimado completamente por mentes finitas. Com que gratidão hão de os remidos e glorificados lembrar-se dos que foram instrumentos de sua salvação! Ninguém lamentará então seus esforços abnegados e perseverantes labores, sua paciência, longanimidade e fervo- roso anelo do coração pela salvação de almas que se teriam perdido se ele tivesse negligenciado seu dever, cansando-se de fazer o bem.

Então esses de vestes brancas são reunidos no redil do Sumo Pastor. O obreiro fiel e a alma salva por seus labores são saudados pelo Cordeiro no trono, e guiados para a árvore da vida e para a fonte de águas vivas. Com que alegria contempla o servo de Cristo aqueles remidos, que participam da glória do Redentor! Quão mais precioso é o Céu àqueles que foram fiéis na obra de salvar almas! "Os que forem sábios ... resplandecerão, como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas..." - 5T, 620 e 621.

O que é efetuado mediante a cooperação dos homens com Deus é uma obra que jamais perecerá, mas subsistirá pelos séculos eternos. - PE, 199.

Ano Bíblico: Rom. 8-10. - Juvenis: Atos 10.


Ma - Pag. 329  

Pensai nas Coisas Celestiais

"São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras, e as alvejaram no sangue do Cordeiro". Apoc. 7-.14.

Em visão, viu o revelador uma multidão em vestiduras brancas. ... Foram vistos no templo de Deus. Este será o resultado para todos os que se prevalecerem dos méritos de Cristo e lavarem suas vestes em Seu sangue. Todas as providências foram tomadas para que possamos assentar-nos com Cristo em Seu trono, mas a condição é estarmos em harmonia ,com a lei de Deus. Temos de abandonar toda a injustiça, e cumprir as condições; então todo o Céu se abrirá às nossas orações. ...

Não podemos correr o risco de perder o Céu. Devemos falar nas coisas do Céu. Lá não haverá morte nem dor. "Por que somos tão relutantes em falar nessas coisas? por que nos demoramos a falar em coisas terrestres? O apóstolo nos exorta a falar nas coisas de cima. "Mas a nossa conversação está nos Céus, donde também esperamos ao Salvador nosso Senhor Jesus Cristo". Filip. 3:20, Figueiredo. ... Cristo voltará em breve, para juntar os que estiverem preparados, e levá-los àquele lugar glorioso. "Assim também Cristo, tendo- Se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que O aguar- dam para a salvação". Heb. 9:28.

Gostamos de pensar nesse acontecimento, ou preferimos adiá-lo? Temos de colocar nossas afeições nas coisas de rima. Quanto mais falarmos de Jesus, mais Lhe refletiremos a divina imagem. Contemplando, transformamo-nos. Precisamos introduzir Cristo em nossa experiência religiosa. Quando vos reunis, seja a conversação sobre Cristo e Sua salvação. ... Quanto mais falarmos em Jesus, tanto mais de Seus incomparáveis encantos contemplaremos.

Os que não têm prazer em pensar e falar em Deus nesta vida, não fruirão a vida por vir, onde Deus estará sempre presente, habitando entre os Seus. Mas os que gostam de pensar em Deus estarão em seu elemento, respirando a atmosfera do Céu. Aqueles que, na Terra, acariciam o pensa- mento do Céu, acabar-se-ão felizes em suas santas associações e prazeres. ... "Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os Seus servos O servirão, contemplarão a Sua face, e nas suas frontes está o nome dele". Apoc. 22:3 e 4. Nos Lugares Celestiais, p. 370.

Ano Bíblico: Rom. 11.13. Juvenis: Atos 11.


Ma - Pag. 330  

As Glórias do Mundo Celestial

"Porque desde a antigüidade não se ouviu, nem com os ouvidos se perceber, nem os olhos se viu Deus além de Ti, que trabalha para aquele que nEle espera". Isa. 64-4.

Muitos têm anelado penetrar as glórias do mundo futuro, ansiosos de que lhes fossem revelados os segredos dos mistérios eternos; mas buscam em vão. Aquilo que se acha revelado, é para nós e nossos filhos. ... O grande Revelador abriu à nossa inteligência muitas coisas essenciais, a fim de podermos compreender as atrações celestes, e honrarmos o grande e avultado galardão. ... As revelações de Jesus com referência às coisas celestiais são de tal espécie que só os de mente espiritual podem apreciar. Pode a imaginação conclamar seu máximo poder para pintar as glórias do Céu, mas "nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam". 1 Cor. 2:9. Os seres celestiais estão ao nosso redor. ... Anjos de luz produzem uma atmosfera celestial em torno da alma, alçando-nos para o que é invisível e eterno. Não podemos, com a nossa vista natural, contemplar-lhes as formas, unicamente pela visão espiritual podemos discernir os seres celestiais. Nossas faculdades humanas se extinguiriam pela inexprimível glória dos anjos de luz. Unicamente o ouvido espiritual pode distinguir a harmonia das vozes celestiais. Não é desígnio de Cristo excitar as emoções por descrições brilhantes. ... Ele, que é o caminho, a verdade e a vida, apresentou-Se com suficiente nitidez como o único meio pelo qual se pode alcançar a salvação. Com efeito, nada mais que isso se requer.

Poderia Ele levar a alma humana ao limiar do Céu, e através da porta aberta mostrar-nos sua glória interior inundando o santuário celestial e resplandecendo através de seus portais; temos, porém, de contemplá-la pela fé, não com os olhos naturais. Não Se esquece Ele de que somos Seus instrumentos humanos, destinados a fazer as obras de Deus num mundo todo calcinado e corrompida pela maldição. É neste mundo, envolto em trevas morais como numa morta- lha, em que as trevas cobrem a Terra e densa escuridão os povos, que devemos andar na luz do Céu. - Nos Lugares Celestiais, P. 366.

Ano Bíblico: Rom. 14-16. - Juvenis: Atos 12.


Ma - Pag. 331  

Atentar Para as Coisas Eternas

"Não atentando nós mas coisas que se vêem, tuas mas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas". 11 Cor. 4:18.

Se a igreja se revestir do manto da justiça de Cristo, deixando qualquer aliança com o mundo, raiará para ela o amanhecer de um dia brilhante e glorioso. As promessas de Deus a ela feitas serão sempre firmes. ... A verdade, passando de largo aqueles que a desprezam e rejeitam, triunfará. Conquanto às vezes pareça haver retardado, seu progresso nunca foi impedido. ... Dotada de energia divina, abrirá caminho através das mais fortes barreiras e triunfará sobre todos os obstáculos.

Que susteve o Filho de Deus durante Sua vida de trabalho e sacrifício? Ele viu os resultados do trabalho de Sua alma, e ficou satisfeito. Olhando para dentro da eternidade, contemplou a felicidade dos que receberam por intermédio de Sua humilhação, perdão e vida eterna. Seus ouvidos perceberam os hosanas dos remidos. Ouviu-os entoando o cântico de Moisés e do Cordeiro.

Podemos ter uma visão do futuro, da felicidade no Céu. Na Bíblia estão reveladas visões da glória futura, cenas pintadas pela mão de Deus, e que são uma preciosidade para Sua igreja. Pela fé podemos chegar até o limiar da cidade eterna e ouvir as afáveis boas-vindas dadas aos que, nesta vida, cooperaram com Cristo, considerando uma honra sofrer por Sua causa. Ao serem pronunciadas as palavras: "Vinde, benditos de Meu Pai", eles lançam suas coroas aos pés do Redentor, exclamando: "Digno é o Cordeiro que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças. ... E ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre". S. Mat. 25:34; Apoc. 5:12 e 13.

Lá os remidos saudarão os que os conduziram ao Salvador, e, todos se unirão no louvor Aquele que morreu para que os seres humanos pudessem ter a vida que se mede com a vida de Deus. O conflito está terminado. As tribulações e lutas chegaram ao fim. Cânticos de vitória enchem todo o Céu, enquanto os resgatados entoam a jubilosa melodia: Digna, digno é o Cordeiro que foi morto, e vive outra vez, triunfante conquistador. - AA, 600-602.

Ano Bíblico: 1 Cor. 1-4. - Juvenis: Atos 13.


Ma - Pag. 332  

"Bem-Aventurados Aqueles que Lavam as Suas Vestiduras"

"Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas". Apoc. 2:14.

Esperamos chegar afinal ao Céu e unir-nos ao coro celestial? Justamente como vamos para a sepultura haveremos de ressurgir, no que toca ao caráter. ... Agora é a tempo de lavar e passar a f erro. É tempo de lavar nossas vestes e branqueá-las no sangue do Cordeiro.

João viu o trono de Deus e ao redor desse trono uma multidão, e indagou: Quem são esses? Veio então a resposta: "São estes os que ... lavaram suas vestiduras, e as alvejaram no sangue do Cordeiro". Apoc. 7:14. Cristo os guia às fontes de águas vivas, o ali está a árvore da vida, e está também o precioso Salvador. É-nos apresentada uma vida mensurável como a vida de Deus. Não haverá lã dor, nem tristeza, nem doença ou morte. Tudo é paz, harmonia e amor.

Agora é o tempo de receber graça, força e poder para combiná-los com os nossos esforços humanos, a fim de podermos formar caracteres para a vida eterna. Isto fazendo, veremos que os anjos de Deus nos servirão, e seremos herdeiros de Deus e co-herdeiros de Jesus Cristo. E quando soar a última trombeta, e os mortos forem chamados de sua prisão e transformados num momento, num piscar de olhos, coroas de glória imorredoura serão colocadas na fronte dos vencedores. Os portais de pérola revolver-se-ão sobre seus gonzos, abrindo-se de par em par às nações que guardaram a verdade, e elas entrarão. Terminado está o conflito.

"Vinde, benditos de Meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo". S. Mat. 25:34. Queremos esta bem-aventurança? Eu quero, e creio que vós também a quereis. Que Deus vos ajude, para que possais pelejar as batalhas desta vida e alcançar a vitória dia a dia, e afinal estar entre o número dos que hão de rojar as coroas aos pés de Jesus e dedilhar as harpas de ouro, enchendo o Céu da mais doce música! Quero que ameis meu Jesus. ... Não rejeiteis meu Salvador, pois Ele por vós pagou preço infinito. Vejo em Jesus encantos sem-par, e quero que também vós vejais esses encantos. - Nos Lugares Celestiais, P. 369.

Ano Bíblico: I Cor. 5-7. Juvenis: Atos 14.


Ma - Pag. 333  

O Julgamento Durante o Milênio

"Não sabeis que havemos de litigar os próprios anjos; quanto mais as coisas desta vida?" I Cor. 6:3.

Durante os mil anos entre a primeira e a segunda ressurreições, ocorre o julgamento dos ímpios. O apóstolo S. Paulo indica este juízo como um acontecimento a seguir-se ao segundo advento. "Nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações". I Cor. 4:5. Daniel declara que quando veio o Ancião de dias, "foi dado o juízo aos santos do Altíssimo". Daniel 7:22. Nesse tempo os justos reinam como reis e sacerdotes de Deus. S. João, no Apocalipse, diz: "Vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar". "Serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com Ele mil anos". Apoc. 20:4 e 6. É nesse tempo que, conforme foi predito por S. Paulo, "os santos hão de julgar o mundo". I Cor. 6:2. Em união com Cristo julgam os ímpios, comparando seus atos com o código - a Escritura Sagrada, e decidindo cada caso segundo as ações praticadas no corpo. Então é determinada a parte que os ímpios devem sofrer, segundo suas obras; e registada em frente ao seu nome, no livro da morte.

Igualmente Satanás e os anjos maus são julgados por Cristo e Seu povo. Diz S. Paulo: "Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos?" 1 Cor. 6:3. E S. Judas declara que "aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão, e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia". S. Judas 6.

Ao fim dos mil anos ocorrerá a segunda ressurreição. Então os ímpios ressuscitarão dos mortos, comparecendo perante Deus para a execução do "juízo escrito". Assim, o escritor do Apocalipse, depois de descrever o ressurgir dos justos, diz: "Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram". Apoc. 20:5. A respeito dos ímpios Isaías declara: "Serão amontoados como presos numa mas- morra, e serão encerrados num cárcere, e serão visitados de- pois de muitos dias". Isaías 24:22. - GC, 657 e 653.

Ano Bíblico: I Cor. 8.10. - Juvenis: Atos 16.


Ma - Pag. 334  

Cristo Volta Novamente à Terra

"Quanto a estes foi que também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor entro Suas santas miríades, para executar juízo contra todos". S. Jud. 14 e 15.

Ao fim dos mil anos, Cristo volta novamente à Terra. É acompanhado pelo exército dos remidos, e seguido por um cortejo de anjos. Descendo com grande majestade, ordena aos ímpios mortos que ressuscitem para receber sua conde- nação. Surgem estes como um grande exército, inumerável como a areia do mar. Que contraste com aqueles que ressurgiram na primeira ressurreição! Os justos estavam revestidos de imortal juventude e beleza. Os ímpios trazem os traços da doença e da morte.

Todos os olhares daquela vasta multidão se voltam para contemplar a glória do Filho de Deus. A uma voz, as hastes dos ímpios exclamam: "Bendito O que vem em nome do Senhor!" Não é o amor para com Jesus que inspira esta declaração. É a força da verdade que faz brotar involuntariamente essas palavras de seus lábios. Os ímpios saem da sepultura tais quais a ela baixaram, com a mesma inimizade contra Cristo, e com o mesmo espirito de rebelião. Não terão um novo tempo de graça no qual remediar os defeitos da viela passada. Para nada aproveitaria isso. Uma vida inteira de pecado não lhes abrandou o coração. Um segundo tempo de graça, se lhes fosse concedido, seria ocupado, como foi o primeiro, em se esquivarem aos preceitos de Deus e contra Ele incitarem rebelião.

Cristo desce sobre o monte das Oliveiras, donde, depois de Sua ressurreição, ascendeu, e onde anjos repetiram a promessa de Sua volta. Diz o profeta: "Virá o Senhor meu Deus, e todos os santos contigo". "E naquele dia estarão os Seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o Oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, ... e haverá um vale muito grande". "O Senhor será Rei sobre toda a Terra: naquele dia um será o Senhor, e um será o Seu nome". Zac. 14:5, 4 e 9. Descendo do Céu a Nova Jerusalém em seu deslumbrante resplendor, repousa sobre o luar purificado e preparado para recebê-la, e Cristo, com Seu povo e os anjos, entram na santa cidade. - GC, 659 e 660.

Ano Bíblico: I Cor. 11-13. - Juvenis: Atos 17.


Ma - Pag. 335  

Satanás é Solto de sua Prisão

"Quando ... se completarem os mil anos, Satanás será solta da sua prisão, e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da Terra". Apoc. 20:7 e 8.

Ao fim dos mil anos ocorrera a segunda ressurreição. Então os ímpios ressuscitarão dos mortas, comparecendo perante Deus para a execução do "juízo escrito". Assim, o escritor do Apocalipse, depois de descrever a ressurgir dos justos, diz: "Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram". Apoc. 20:5. A respeito dos ímpios Isaías declara: "Serão amontoados como presos numa masmorra, e serão encerrados num cárcere, e serão visitados depois de muitos dias". Isaías 24:22. - GC, 658.

Agora Satanás se prepara para a última e grande luta pela supremacia. Enquanto despojado de seu poder e separa- do de sua obra de engano, o príncipe do mal se achava infeliz e abatido, mas, sendo ressuscitados os ímpios mortos, e vendo ele as vastas multidões a seu lado, revivem-lhe as esperanças, e decide-se a não render-se no grande conflito. Arregimentará sob sua bandeira todos os exércitos dos perdi- dos, e por meio deles se esforçará por executar seus planos. Os ímpios são cativos de Satanás. Rejeitando a Cristo, aceitaram o governo do chefe rebelde. Então prontos para receber suas sugestões e executar-Lhe as ordens. Contudo, fiel à sua astúcia original, ele não se reconhece como Satanás. Pretende ser o príncipe que é o legitimo dono do mundo, e cuja herança foi dele ilicitamente extorquida. Representa-se a si , mesmo, ante seus súditos iludidos, como um redentor, assegurando-lhes que seu poder os tirou da sepultura, e que ele está prestes a resgatá-los da mais cruel tirania. Havendo sido removida a presença de Cristo, Satanás opera maravilhas para apoiar suas pretensões. Faz do fraco forte, e a todos inspira com seu próprio espírito e energia. Propõe-se guiá-los contra o acampamento dos santos e tomar posse da cidade de Deus. Com diabólica exultação aponta para os incontáveis milhões que ressuscitaram dos mortos, e declara que como seu guia é muito capaz de tornar a cidade, reavendo seu trono e reino. - GC, 660.

Ano Bíblico: I Cor. 14-16. - Juvenis: Atos 18.


Ma - Pag. 336  

Os Ímpios Preparam-Se Para Atacar a Nova Jerusalém

"Satanás ... sairá a seduzir as nações ... a fim de para a peleja". Apoc. 20:7 e 8.

Naquela vasta multidão há muitos que pertenceram a raça de grande longevidade que existiu antes do dilúvio; homens de estatura elevada e gigantesco intelecto, os quais, entregando-se ao domínio dos anjos caídos, dedicaram toda a sua habilidade e saber à exaltação própria; homens cujas maravilhosas obras de arte levaram o mundo a lhes idolatrar o gênio, mas cuja crueldade e invenções más, contaminando a Terra e desfigurando a imagem de Deus, fizeram-no exterminá-los da face de Sua criação. Há reis e generais que venceram nações, homens valentes que nunca perderam batalha, guerreiros orgulhosos, ambiciosos, cuja aproximação fazia tremer os reinos. Na morte não experimentaram mudança alguma. Ao subirem da sepultura, retomam o fio de seus pensamentos exatamente onde ele cessou. São movidos pelo mesmo desejo de vencer, que os governava quando tombaram.

Satanás consulta seus anjos, e depois esses reis, vencedores e guerreiros poderosos. Olham para a força e número ao seu lado, e declaram que o exército dentro da cidade é pequeno em comparação com o seu, podendo ser vencido. Formulam seus planos para tomar posse das riquezas e glória da Nova Jerusalém. Todos imediatamente começam a preparar- se para a batalha. Hábeis artífices constróem petrechos de guerra. Chefes militares, famosos por seus êxitos, arregimentam em companhias e seções as multidões de homens aguerridos.

Finalmente é dada a ordem de avançar, e o inumerável exército se põe em movimento - exército tal como nunca foi constituído por conquistadores terrestres, tal como jamais Poderiam igualar as forças combinadas de todas as eras, desde que a guerra existe sobre a Terra. Satanás, o mais forte dos guerreiros, toma a dianteira, e seus anjos unem as forças para esta luta final. Reis e guerreiros estão em seu séquito, e as multidões seguem em vastas companhias, cada qual sob as ordens de seu designado chefe. Com precisão militar as fileiras cerradas avançam pela superfície da Terra, quebrada e desigual, em direção à cidade de Deus. "Por ordem de Jesus são fechadas as portas da Nova Jerusalém, e os exércitos de Satanás rodeiam a cidade, preparando-se para o assalto. GC, 660 e 661.

Ano Bíblico: II Cor. 1.4. Juvenis: Atos 19.


Ma - Pag. 337  

O Julgamento Final

"Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então se abriram os livros. ... E os mortos foram julgados,. segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros". Apoc. 20:12.

Agora Cristo de novo aparece à vista de Seus inimigos. Muito acima da cidade, sobre um fundamento de ouro polido, está um trono, alto e sublime. Sobre este trono assenta-Se o Filho de Deus, e em redor dele estão os súditos de Seu reino. O poder e majestade de Cristo nenhuma língua os pode descrever, nem pena alguma retratar. A glória do Pai eterno envolve Seu Filho. O resplendor de Sua presença enche a cidade de Deus e estende-se para além das portas, inundando a Terra inteira com seu fulgor.

Mais próximo do trono estão os que já foram zelosos na causa de Satanás, mas que, arrancados como tições do fogo, seguiram seu Salvador com devoção profunda, intensa. Em seguida estão os que aperfeiçoaram um caráter cristão em meio de falsidade e incredulidade, os que honraram a lei de Deus quando o mundo cristão a declarava nula, e os milhões de todos os séculos que se tornaram mártires pela sua fé. E além está a "multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos e línguas, ... trajando vestidos brancos e com palmas nas suas mãos". Apoc. 7:9. ...

Os resgatados entoam um cântico de louvor que ecoa repetidas vezes pelas abóbadas do céu: "Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro". E anjos e serafins unem sua voz em adoração. ...

Na presença dos habitantes da Terra e do Céu, reunidos, é efetuada a coroação final do Filho de Deus. E agora, 4.n- vestido de majestade e poder supremos, o Rei dos reis pronuncia a sentença sobre os rebeldes contra Seu governo, e executa justiça sobre aqueles que transgrediram Sua lei e oprimiram Seu povo. ...

Logo que se abrem os livros de registo e o olhar de Jesus incide sobre os ímpios, eles se tornam cônscios de todo pecado cometido. - GC, 661-663.

Ano Bíblico: II Cor. 5-7. -,Juvenis: Atos 20.


Ma - Pag. 338  

Todas as Obras Serão Trazidas a Juízo

"Deus há de trazer a juízo todas as obras até as que estão escondidas, quer seja boas, quer sejam más". Ecles. 12-.14.

No caso de cada indivíduo há em andamento um processo que é muito mais admirável do que aquele que transfere as feições para a placa polida do artista. A arte fotográfica meramente imprime a semelhança numa substância perecível; mas no registo da vida é fielmente delineado o caráter, e este registo, embora obscuro, nunca pode ser apagado, a não ser pelo sangue do Sacrifício expiatório. - RH, 04-11-1884. "

Anjos de Deus estão fazendo uma reprodução do caráter com tanta exatidão como o artista retrata a semelhança das feições humanas; e é de acordo com isso que seremos julga- dos! - RH, 02-02-1386.

Quando se assentar o juízo e se abrirem os livros, haverá multas revelações surpreendentes. Os homens não se apresentarão então como aparecem aos olhos humanos e juízos finitos. Pecados secretos serão então expostos à vista de todos. Serão revelados motivos e intenções que estiveram ocultos nas escuras câmaras do coração. - RH, 01-01-1884.

Tudo aparecerá como uma fotografia da vida real. - R 13-01-1891.

Naquela hora solene e terrível a infidelidade do marido será revelada à esposa, e a infidelidade da esposa, ao marido. Pais saberão então, pela primeira vez, qual era o verdadeiro caráter de seus filhos, e estes verão os erros e enganos que assinalaram a vida de seus pais. O homem que roubou o seu próximo por meio de falsas representações, não há de evadir-se com seus ganhos mal - adquiridos . Deus tem, em Seus livros, um registo exato de toda conta injusta e de toda transação desonesta. - RH, 27-03-1888.

A memória será fiei e vívida na condenação do culpado que naquele dia for achado em falta. A mente recordará todos os pensamentos e atos do passado; a vida inteira será passada em revista como as cenas de um panorama. - RH, 04-11-1884.

Ano Bíblico: II Cor. 8-10. - Juvenis: Atos 21.


Ma - Pag. 339  

Cristo é o Juiz

"O Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo o julgamento". S. João 5:22.

Em Seus ensinos, Cristo procurava impressionar os homens com a certeza do juízo vindouro e com a sua notoriedade. Este não é o julgamento de alguns indivíduos ou mesmo de uma nação, mas do mundo todo de inteligências humanas, de seres responsáveis. Será realizado na presença de outros mundos, para que o amor, a integridade, o serviço do homem para com Deus sejam honrados no mais alto grau. Não haverá falta de glória e honra. ...

A lei de Deus será revelada em sua grandeza; e os que se levantaram em arrogante rebelião contra os seus santos preceitos compreenderão que a lei que rejeitaram e desprezaram, e que calcaram aos pés, é o divino padrão de caráter.

Nesta mancha de mundo, manifesta o Universo celeste o máximo interesse, pois Jesus pagou um preço infinito pela alma de seus habitantes. ... Deus confiou ao Filho todo o julgamento, pois sem contestação Ele é Deus manifestado na carne.

Era desígnio de Deus que o Príncipe dos sofredores em forma humana fosse o Juiz do mundo inteiro. Aquele que velo das cortes celestiais para salvar o homem da morte eterna; ... Aquele que Se sujeitou a ser denunciado perante um tribunal terrestre, e que sofreu a ignominiosa morte de cruz - é o único que há de proferir a sentença de recompensa ou de castigo. Aquele que aqui Se submeteu ao sofrimento e à humilhação da cruz, terá no conselho de Deus a mais ampla compensação e ascenderá ao trono sendo reconhecido por todo o Universo celestial como Rei dos santos. Ele empreendeu a obra da salvação e demonstrou perante os mundos não caídos e a família celestial que é poderoso para completar a obra por Ele iniciada. ...

Naquele dia de castigo e recompensa finais, tanto os santos como os pecadores reconhecerão que Aquele que foi crucificado é o Juiz de todos os viventes . . . . É-nos concedido um tempo de graça, são-nos proporcionados oportunidades e privilégios para confirmar a nossa vocação e eleição. Como de- veríamos apreciar este precioso tempo e aproveitar todo talento dado por Deus, para que sejamos fiéis mordomos de nós mesmos! ...

Solene será o dia da decisão final. - RH, 22-11-1898.

Ano Bíblico: II Cor. 11.13. - Juvenis: Atos 22.


Ma - Pag. 340  

Recompensas e Castigos

"Então dirá o Rei aos que estiverem à Sua direita: Vinde, benditos de Meu Pai! entrai ma posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo". S. Mat. 25:34.

O Salvador apresenta diante de nós a cena do juízo final, quando for dada a recompensa aos que estiverem à Sua direita, e a sentença da condenação aos que estiverem à Sua esquerda. Os justos são representados como desejando saber o que fizeram para serem tão liberalmente recompensados. Tiveram a permanente presença de Cristo em seu coração; estiveram imbuídos de Seu Espírito, sem esforço consciente de sua parte; serviram a Cristo na pessoa de Seus santos, e obtiveram assim a segura recompensa. Mas não tiveram em vista a recompensa que haveriam de receber, e a expectativa a esse respeito não fizera parte do intuito que motivara seu serviço. O que eles efetuaram foi feito por amor a Cristo e aos semelhantes, e Cristo Se identifica com a humanidade sofredora, e considera todos os atos realizados por simpatia, com paixão e amor para com os homens, como sendo feitos a Sua própria Pessoa. ...

Num sentido secundário, devemos todos ter respeito para com a recompensa do galardão. Mas conquanto apreciemos a promessa da bênção, devemos ter perfeita confiança em Jesus Cristo, crendo que Ele fará o que é direito e nos dará a recompensa segundo as nossas obras. O dom de Deus é a vida eterna, mas Jesus não quer que estejamos tão ansiosos quanto à recompensa, como quanto a podermos fazer a "vontade de Deus porque isto é de direito, sem tomar em consideração todo ganho. ...

os que mais abundante recompensa vão receber serão os que unem à sua atividade e zelo, bondosa e terna piedade para com os pobres, os órfãos, os oprimidos e os aflitos. .. ..

Há, ao nosso redor, os que têm um espírito manso e humilde, o espírito de Cristo, que fazem muitas coisas pequenas para ajudar os que os rodeiam, e que não pensam nisso; esses ficarão afinal surpresos, ao verificarem que Cristo percebeu a palavra bondosa dita aos desanimados, e tomou nota das menores dádivas dadas para aliviar os pobres, e que custaram ao doador alguma abnegação. O Senhor pesa o espírito, e em conformidade com ele recompensa, e o puro, humilde, infantil espírito de amor, torna a oferta preciosa a Sua vista - RH, 03-07-1894.

Ano Bíblico: Gál. 1-3. - Juvenis: Atos 23.

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