Resposta a Perguntas Sobre Drogas
Vossas perguntas, digo, são em grande parte, se não definitivamente, respondidas em How to Live. Os tóxicos das drogas querem dizer os artigos que mencionastes. Os remédios mais simples são menos danosos, na proporção de sua simplicidade; mas em muitíssimos casos são eles usados quando não são absolutamente necessários. Há simples ervas e raízes que qualquer família pode usar por si mesma, não sendo preciso chamar um médico mais depressa do que chamariam um advogado. Não penso vos poder dar uma linha definida de remédios compostos e receitados por médicos, que sejam perfeitamente inofensivos. Entretanto, não seria sábio empenhar-se em polêmica sobre esta questão.
Os facultativos são muito zelosos em usar suas perigosas misturas, e sou decididamente contrária a recorrer a essas coisas. Elas jamais curam; podem mudar o mal, para produzir outro pior. Muitos dos que praticam a prescrição de drogas, não as tomariam eles mesmos, nem as dariam aos filhos. Se eles têm um conhecimento inteligente do corpo humano, se compreendem o delicado e maravilhoso maquinismo humano,
devem eles saber que somos feitos de modo terrível e maravilhoso, e que nem uma partícula dessas drogas fortes deve ser introduzida neste organismo humano vivo.
Quando o assunto me foi apresentado, e a triste preocupação quanto ao resultado da medicação de drogas, foi-me dado o esclarecimento de que os adventistas do sétimo dia deviam fundar institutos de saúde que abandonassem todos esses inventos destruidores da saúde, e os médicos deviam tratar os doentes segundo os princípios da reforma de saúde. A grande preocupação devia ser conseguir enfermeiros bem educados, e bem educados médicos, para ensinarem "preceito e mais preceito; regra sobre regra, regra e mais regra: um pouco aqui, um pouco ali". Isa. 28:10.
Educai o povo em hábitos corretos e práticas saudáveis, lembrados de que um grama de prevenção vale mais que um quilo de cura. Conferências e estudos neste ramo se demonstrarão do mais alto valor. carta 17a, 1893.
Outras Declarações
Deixam atrás de si influências maléficas? - Nada deve ser levado ao organismo humano que deixe atrás de si influência má. Medicina e Salvação, pág. 228; Manuscrito 162, 1897.
Os remédios mais simples podem ajudar a natureza, sem deixar após seu uso nenhuma influência daninha. carta 82, 1897.
Substâncias que intoxicam o sangue - Em nossas clínicas, preconizamos o uso de remédios simples. Desaconselhamos o uso de drogas, pois intoxicam a corrente sangüínea. Nessas instituições deve ser dada instrução judiciosa sobre como comer, como beber, como vestir-se e como viver de modo que seja preservada a saúde. Conselhos Sobre o Regime Alimentar, pág. 303.
Não tenteis ajustar a desordem ajuntando uma carga de medicamentos venenosos. A Ciência do Bom Viver, pág. 235.
Toda droga perniciosa. - Toda droga perniciosa introduzida no estômago humano, quer por prescrição médica, quer por iniciativa própria, fazendo violência ao organismo humano, prejudica toda a maquinaria. Manuscrito 3, 1897.
Diminui as forças vitais. - As drogas têm sempre a tendência de debilitar e destruir as forças vitais. Medicina e Salvação, pág. 223.
Composições tóxicas que deixam efeitos daninhos. - Os servos de Deus não devem ministrar remédios que eles sabem hão de deixar após si efeitos daninhos ao organismo, mesmo que aliviem momentaneamente o sofrimento. Toda composição tóxica dos reinos vegetal e mineral, introduzida no organismo, deixará sua influência infeliz, afetando o fígado e os pulmões, e pondo em perigo o organismo em geral. Spiritual Gifts, vol. 4, pág. 140.
Efeitos posteriores mortíferos de drogas tóxicas. - Os remédios simples da Natureza ajudam na restauração, sem deixar os mortíferos efeitos posteriores, tantas vezes sentidos pelos que usam drogas tóxicas. Destroem o poder do paciente, de se ajudar a si mesmo. Este poder os pacientes devem ser ensinados a exercitar aprendendo a comer alimentos simples, saudáveis, recusando-se a sobrecarregar o estômago com muita variedade de pratos na mesma refeição. Todas estas coisas devem fazer parte da educação dos doentes. Devem ser feitas palestras, mostrando como preservar a saúde, como evitar as doenças, como repousar quando o repouso é necessário. carta 82, 1908.
Conselhos Sobre a Ministração de Drogas
Raramente necessárias - usá-las cada vez menos. - A medicação de drogas, tal como é geralmente praticada, é uma calamidade. Educai em direção oposta às drogas. Usai-as cada vez menos, e confiai mais em agentes higiênicos; então a Natureza corresponderá aos médicos de Deus - ar puro, pura água, exercício apropriado, uma consciência limpa. Os que persistem no uso do chá, café e alimentos cárneos sentirão necessidade de drogas, mas muitos se poderiam recuperar sem uma gota de remédio se obedecessem às leis da saúde. As drogas raramente necessitam ser empregadas. Conselhos Sobre Saúde, pág. 261.
Procurar diminuir o seu uso. - Em sua prática, devem os médicos procurar diminuir mais e mais o uso de drogas, em vez de aumentá-lo. Quando a Dra. A veio ao Retiro da Saúde, ela pôs de lado seu conhecimento e prática da reforma de saúde, e ministrou, para quase todas as doenças, as pequenas doses homeopáticas. Isto foi contrário ao esclarecimento dado por Deus. Assim nosso povo, que fora ensinado a evitar as drogas em quase todas as formas, recebeu uma educação diferente. carta 26a, 1889.
Não precisam ser usadas drogas fortes. - Educar os enfermos e sofredores no modo correto de vida a fim de evitar enfermidades, eis quais deviam ser as primeiras atividades de um médico. O maior bem pode ser feito por nosso esforço de iluminar as mentes de todos com quem pudermos entrar em contato, quanto ao melhor comportamento que devem adotar a fim de evitar enfermidades e sofrimento, o alquebramento físico e morte prematura. Mas os que não se incomodam em assumir trabalho que lhes sobrecarrega as faculdades físicas e mentais, estarão prontos a receitar drogas, as quais lançam no organismo humano o fundamento para um mal duplamente maior do que aquele que declaram ter aliviado.
O médico que tem a coragem moral de pôr em perigo a sua reputação esclarecendo o entendimento mediante fatos claros, mostrando a natureza da enfermidade e como evitá-la, e a perigosa prática de recorrer a drogas, terá um caminho árduo, mas viverá, e deixará viver. ... Se reformador, ele falará claramente com respeito aos falsos apetites, e ruinosas condescendências, tanto no vestir, como no comer e no beber, no desgaste para fazer uma grande quantidade de trabalho dentro de um
prazo determinado, o que tem influência ruinosa sobre o temperamento, sobre as faculdades físicas e mentais. ...
Hábitos direitos, corretos, praticados inteligente e perseverantemente, serão removedores de causas de enfermidades, não se necessitando recorrer a drogas fortes. Muitos prosseguem de um passo a outro com suas condescendências não naturais, o que conduz a um estado de coisas tão antinaturais quanto possível. Medicina e Salvação, págs. 221 e 222.
Como é praticada em geral - A medicação de drogas, como é em geral praticada, é um malefício. Healthful Living, pág. 246.
Menos perigosas, quando ministradas com prudência. - Não ministreis drogas. Certo, as drogas podem não ser tão perigosas como em geral são, se forem ministradas prudentemente, mas nas mãos de muitos elas são danosas à propriedade do Senhor. carta 3, 1884.
Abandonar quase inteiramente. - Nossas instituições são estabelecidas para que os doentes sejam tratados por métodos naturais, rejeitando quase inteiramente o uso de drogas. ... Terrível prestação de contas a Deus haverá para os homens que tão pouca consideração têm para com a vida humana, que tratam o corpo tão desapiedadamente ministrando-lhe suas drogas. ... Não somos escusáveis se por ignorância destruirmos o edifício de Deus por ingerir drogas venenosas sob variedade de nomes que não compreendemos. É nosso dever recusar tais prescrições.
Desejamos construir um hospital em que se curem as doenças pelas providências da própria Natureza, e onde o povo seja ensinado na maneira de se tratarem a si mesmos quando doentes; onde aprendam a comer com temperança das comidas saudáveis, e sejam educados a recusar todos os narcóticos - chá, café, vinhos fermentados, e estimulantes de toda espécie - e a rejeitar carne de cadáveres de animais. Temperança, págs. 88 e 89.
O ideal - deixar afinal de ministrar drogas. - Quando compreenderdes a filosofia em seu mais verdadeiro sentido, vossas receitas de drogas serão muito menores, e finalmente deixareis
por completo de distribuir drogas. O médico que pratica a medicação por drogas, mostra que não compreende a delicada maquinaria do organismo humano. Está introduzindo no organismo uma semente que jamais perderá suas propriedades destruidoras, ao longo de toda a vida. Digo-vos isto porque não me atrevo a calar-me. Cristo pagou muitíssimo pela redenção do homem para que o corpo deste seja assim tão cruelmente tratado como tem sido pela medicação com drogas.
Anos atrás o Senhor me revelou que se devem estabelecer instituições para tratamento de doentes, sem drogas. O homem é propriedade de Deus, e a ruína a que se tem votado a habitação viva, os sofrimentos causados pelas sementes da morte disseminadas no organismo humano, são uma ofensa a Deus. Medicina e Salvação, pág. 229.
A Presença Divina na Sala de Cirurgias
Cristo na sala de cirurgias. - Antes de efetuar uma operação melindrosa, peça o cirurgião o auxílio do Grande Médico. Assegure ao paciente que Deus o pode fazer passar a salvo pelo transe, que em todos os tempos de aflição é Ele um seguro refúgio para os que nEle confiam. A Ciência do Bom Viver, pág. 118.
O Salvador está presente no quarto do enfermo, na sala de operações; e Seu poder, para glória de Seu nome, realiza grandes coisas. Manuscrito 159, 1899.
A cirurgia não é negação da fé. - É privilégio nosso usar todos os meios designados por Deus, em correspondência com a nossa fé, e então confiar em Deus, quando pleiteamos a promessa. Se houver necessidade de uma intervenção cirúrgica, e o médico estiver disposto a encarregar-se do caso, não é negação da fé submeter-se à operação. Depois de haver o paciente entregue sua vontade à vontade de Deus, confie ele, aproximando-se do Grande Médico, o Poderoso Restaurador, e entregando-se em perfeita confiança. O Senhor honrará sua fé
justamente do modo que Ele vê ser para glória de Seu nome. "Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em Ti. Confiai no Senhor perpetuamente, porque o Senhor Deus é uma rocha eterna." Isa. 26:3 e 4. Manuscrito 67, 1899.
Jesus guiou vossas mãos. - Quem esteve ao vosso lado, ao efetuardes essas operações melindrosas? Quem vos manteve calmo e dominado na crise, dando-vos discernimento rápido e perspicaz, vista clara, nervos estáveis e habilidosa precisão? O Senhor Jesus enviou Seu anjo para o vosso lado, para vos dizer que fazer. Colocou-se uma mão sobre a vossa mão. Jesus, e não vós, guiou os movimentos de vosso instrumento. Por vezes reconhecestes isso, e sobreveio-vos uma admirável calma. Não vos atrevíeis a apressar-vos, e todavia trabalháveis com rapidez, sabendo que não havia um momento a perder. O Senhor vos abençoou grandemente. Testimonies, vol. 8, págs. 187 e 188.
Ao erguerdes a vista a Deus, em vossas operações melindrosas, anjos divinos se postavam ao vosso lado, e suas mãos eram vistas como vossa mão, a executar o trabalho com uma exatidão que surpreendia os presentes. carta 73, 1899.
O Observador divino ao lado do médico. - Cristo é o maior médico-missionário que já viveu. Nunca perdeu um caso. Ele sabe como dar força e orientação aos médicos desta instituição. Ele está ao seu lado, quando fazem suas difíceis intervenções cirúrgicas. Sabemos que isto é assim. Ele salvou vidas que se teriam perdido se o bisturi se tivesse desviado um quase nada. Anjos de Deus estão constantemente ajudando aqueles pelos quais Cristo deu a vida.
Deus concede aos médicos desta instituição habilidade e eficiência porque eles O estão servindo. Sabem eles que a habilidade não é sua própria, que ela vem de cima. Reconhecem que está ao seu lado um divino Vigia, que concede sabedoria aos Seus médicos, habilitando-os a agir inteligentemente em sua obra. Manuscrito 28, 1901.